A Jeep lançou no mercado brasileiro o novo utilitário esportivo Compass. O modelo lançado na Europa em 2007 e em 2006 nos EUA chega para concorrer com Kia Sportage, VW Tiguan, Honda CR-V, Hyundai Tucson e iX35. Para avaliar as primeiras impressões do automóvel, a Jeep convidou o WebMotors para rodar por um trecho da rodovia Castelo Branco, em São Paulo.
Equipado com um motor 2,0L de 156 cv e de 190 Nm, o utilitário chega atrelado a uma transmissão CVT de seis escalonamentos simulados. De acordo com a Jeep brasileira, o propulsor consumiu US$ 4 milhões para ser totalmente adaptado à gasolina do Brasil, que contém 22% de etanol em sua mistura.
Com uma grade dianteira que remete o consumidor facilmente à marca Jeep, o Compass tem 2,63 de entre-eixos, 4,44 m de comprimento, 1,81 m de largura (sem os espelhos retrovisores) e 1,72 m de altura (incluindo os racks de teto). O compartimento de carga tem capacidade para levar 328 l, sendo 458 l se for considerado o espaço até o teto do carro. Com a segunda fileira de bancos rebatidas, a capacidade aumenta para 725 l (até a altura dos assentos), sendo 1.269 l se a bagagem estiver até o teto. Apesar de apresentar bons números “volumétricos” para a região do porta-malas, o Compass oferece uma baixa capacidade de carga, apenas 419 kg. Levando em conta que seu peso em ordem de marcha é de 1.424 kg (relação peso potência de 9,1 kg/cv) o Compass acaba não sendo tão coerente quando o assunto é carregar.
O Jeep Compass chega ao Brasil em uma única versão por um valor sugerido de R$ 99,90 mil (região Sul, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro) e R$ 97,90 mil (Espírito Santo e regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste). Os principais itens do carro são: ar-condicionado automático, assistente de saída em subida, controle de tração, correção eletrônica de rolagem da carroceria, espelhos retrovisores externos elétricos e aquecidos, ABS, travamento elétrico das portas, teto solar elétrico e volante regulável em altura.
Impressões ao dirigir
Conforme mencionamos acima, o Jeep Compass sofre um pouco por abrigar um motor 2,0L de 156 cv. Tal morosidade fica mais evidente nos momentos em que a transmissão CVT perde a retomada correta, mesmo quando ela está na opção Autostick (recurso que simula seis velocidades, para trocas manuais). Equipado com rodas de 17 polegadas de liga e pneus 215/60, o rodar do Compass é prazeroso e silencioso. Nos trechos mais sinuosos os controles funcionam muito bem e a sensação de segurança é nítida, mesmo se levarmos em conta a elevada distância do solo, mais de 205 m, e a construção de modo monobloco. O volante oferece uma boa empunhadura e os marcadores dão leitura da velocidade em quilômetros e milhas por hora. Falta uma média instantânea de combustível e uma regulagem de profundidade para a direção. O consumo divulgado pela Jeep é de 9,8 km/l no circuito urbano e 16,4 km/l na estrada. Porém, a medição foi feita com gasolina norte-americana.
Para se ajustar ao banco o motorista tem os seguintes recursos, regulagem de altura, encosto e distância. Um recurso pouco usado no Brasil, mas que existe no Compass, é a resistência para esquentar o assento. De acordo com as medições da Jeep, o modelo oferece uma altura do assento para o teto de 1,07 m.
Pontos fortes do Jeep Compass
Para os usuários que nunca tive a oportunidade de ter um Jeep na garagem, o Compass é um bom começo. Afinal, o SUV tem boas lembranças de um utilitário de guerra como, a distância do solo de 205 mm, o ângulo de rampa e de entrada de 20° e ângulo de saída de 32°. Os equipamentos de série são suficientes para o consumidor que se dispõe a pagar quase R$ 100 mil em um SUV. O porta-malas oferece um compartimento abaixo do assoalho, algo interessante para conquistar mais espaço na carga. O sistema de som é interessante e de fácil manuseio. Os comandos podem ser efetuados por meio de botões atrás do volante. A fonte é composta por uma disqueteira integrada no painel para seis CDs, com compatibilidade MP3/WMA e DVD, entradas auxiliar e USB 2.0 (incluindo controle total de aparelhos como iPod, iPad e iPhone) e sistema Bluetooth Uconnect com comando de voz.
Pontos negativos do Jeep Compass
No manual do proprietário há uma versão equipada com motor 2,4L, conjunto igual ao utilizado pelo Fiat Freemont. Talvez o motor do “Fiat” se casaria melhor com o SUV de entrada da Jeep. Afinal, seriam 172 cv e 220 Nm injetados no modelo. Mas se falta fôlego no “empuxo”, falta força também agilidade na transmissão.
Fonte: WebMotors