A Mitsubishi Motors possui um SUV com nome que representa tradição e serve de referência no segmento: Pajero. E sobrenome: Dakar, uma homenagem à capital e maior cidade do africano Senegal, onde aconteceram as mais duras provas automobilísticas do planeta, o Rali Paris Dakar. Agora, de nacionalidade que traduz confiança e preço mais baixo, o Pajero Dakar é fabricado na unidade de Catalão, em Goiás. E foi com este SUV que rodamos mais de 700 km pelo Sertão Central cearense, de temperaturas elevadas, próximas dos 35º C e baixíssima umidade.

Por conta de um bom conforto interno e ótimo acabamento, os passageiros são bem “acolhidos” pelo Pajero. Bancos revestidos em couro, saída de ar condicionado para terceira fileira de bancos rebatíveis e o bom revestimento acústico. São itens que ajudam a deixar a viagem confortável. Para o motorista, o câmbio automático, controles de som e piloto automático no volante são recursos que ajudam a melhorar a segurança, ao dirigir sem a necessidade de retirar as mãos do volante para ativar estes comandos.

Multimídia com tela central de muito boa visibilidade e fácil operação. Infelizmente, os mapas de rodovias estaduais cearenses não estão atualizados. Resultado: é um GPS completamente perdido nesta função. Restando, portanto, o conhecimento de todos para seguir viagem. De boa qualidade, moderno, permitindo o uso de todas as mídias: MP3, CD, DVD, USB e viva-voz com Bluetooth para atender telefone. Sensor de chuva que infelizmente não vimos funcionar e acendimento automático dos faróis de xênon.

Personalidade
A força do Dakar, que veio também com a missão de substituir o Pajero Sport, nasce do valente propulsor de 3.2 litros, injeção direta diesel (DI-D), quatro cilindros e 16 válvulas capaz de gerar 165 cv de potência e torque de 38,1 mkgf a 2.000 rpm. Tração 4x4 acionada manualmente por meio de alavanca com engate suave e preciso para dar ainda mais a “personalidade” ao Pajero e transformá-lo num Dakar. Seria interessante se a Mitsubishi disponibilizasse, mesmo como opcional, o moderno motor High Power DI-D (injeção direta de combustível) de 2.5 litros capaz de gerar 178 cv.

O ponto mais forte do modelo durante o teste foi a estabilidade. O comportamento dinâmico e força lateral capacitam o Dakar como um dos melhores SUV para entrar e sair das curvas, por vezes “imita” um bem comportado sedã. A suspensão foi calibrada para suportar e absorver as más criações de estradas e rodovias com pavimentos danificados. Freios a disco nas quatro rodas, ABS (sistema antitravamento), controlados eletronicamente com sistema EBD (controle de distribuição eletrônica de frenagem nas rodas) proporcionam freadas sem sustos ou surpresas indesejadas.

A Mitsubishi Dakar mostrou muita disponibilidade e raça suficiente para vencer, sem qualquer dificuldade, a forte sequência de curvas à direita e esquerda, altas temperaturas e as subidas íngremes da Serra da Mata, no município de Monsenhor Tabosa-CE, onde fica o pico mais alto do estado, o Pico da Serra Branca, com 1.154 metros. O SUV conquistou com facilidade os 730 m acima, de onde fica a sede do município. (Alcides Freire)

O Pajero Dakar foi cedido para teste pela concessionária Mitsubishi Nissei.

Detalhes
Bancos revestidos em couro, saída de ar condicionado para terceira fileira de bancos rebatíveis e o bom revestimento acústico são itens que deixam a viagem mais confortável

Fonte: O Povo