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  • Estudantes projetam carro modelo Baja para disputar o Rally Piocerá

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    A proposta é inédita. Onze estudantes de engenharia mecânica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI) pretendem lançar o protótipo de um carro modelo baja SAE para disputar o maior rally de regularidade das Américas.

    Seria o primeiro modelo em disputa numa prova de regularidade no Brasil, quem sabe até do mundo. O Baja SAE é um programa estudantil desenvolvido pela SAE (Society of Automotive Engineers) International, no qual o desafio é projetar, desenvolver e construir um veículo automotor, todo terreno, robusto e de fácil operação. As competições do programa vêm ganhando força e hoje acontecem em diversos países. No Brasil é a primeira tentativa de fazer um Baja SAE ir tão longe e superar tantas dificuldades em um rali.

    A equipe conta com o apoio de algumas empresas piauienses e paulistas além do maior apoio que é do próprio IFPI. No Piocerá, o objetivo é largar e conseguir cumprir todas as etapas da prova. Esse tipo de protótipo possui estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora de estrada, motor padrão de 10 HP e capacidade para abrigar um piloto. Todo o sistema de suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi são desenvolvidos pelas equipes, nesse caso estudantes de engenharia mecânica que buscam apresentar nas provas os melhores rendimentos.

    O protótipo intitulado Black Bull conta até com os pilotos e o titular é o estudante da equipe Antonio Edson. O modelo que está sendo preparado com fortes pretensões de completar o Piocerá não se adéqua a uma categoria em específico, isso porque não é projetado para piloto e navegador, assim eles poderiam competir isoladamente na categoria dos quadriciclos a moto rally.

    Um dos projetistas, Ranyere Craveiros, que cursa o 7º período de engenharia mecânica no IFPI, informou que o Baja SAE, por si só, não é muito veloz, a máxima é de 65km/h. O primeiro modelo que eles projetaram foi em 2010. “Tal projeto teve aproximadamente um ano de duração. No entanto, os resultados obtidos não agradaram, assim o veículo finalizado em 2010 foi deixado de lado”, lembra Ranyere.

    A partir do modelo inicial, iniciou-se outro projeto que durou apenas seis meses e surgiu o baja SAE do IFPI.Com resultados um pouco melhores a equipe julgou viável começar a construção de mais um modelo a partir das peças e soluções de seu antecessor. Assim, foram necessários três modelos: o Bajuína, o IFPI Baja, ambos projetados em 2010, e o atual o Black Bull, que ficou pronto em 2011. A equipe pretende fazer mais ajustes para participar da próxima edição do Piocerá.

    “A competição entre Baja SAE não é tão longa quanto ao percurso do Rally Piocerá. Por outro lado, o conjunto mecânico do carro é testado quase que ao extremo e essa é uma vantagem do modelo, por ser um protótipo ele é facilmente adaptável a situações de longas distâncias e de vários tipos de terreno. O Piocerá é um desafio para todos nós e uma experiência incrível para testar nossos conhecimentos”, garante Ranyere Craveiro.

    Fonte: CrossBrasil