
Postado originalmente por
frdbock
Trilha do Trabalhador 01-05-12
Se fosse pra levantar cedo pra trabalhar num dia chuvoso eu duvido que teria tanta gente, maaaasssss como era pra ir pra trilha ficou LOTADO!!!! 10 Jipes!
Cheguei pontualmente adiantado cerca de 40 minutos por culpa do despertador, que não sabia que hoje é feriado. A chuva que começou na segunda não parou e variava de intensidade enquanto eu esperava achando que iam aparecer uns poucos gatos pingados. Pouco depois encostava ao lado da cherokee Fantasma, o Wrangler “Hell Boy” (batizado hoje na trilha),4 portas do Tannuri com esposa e em seguida o Jean e esposa na cherokee . Engrenamos o papo acompanhado de uns sanduiches e aos poucos foram chegando os outros: o Paulo Rosado do Troller de mesmo nome, o Paulo Garcia do TR4 “BAILARINO” (batizado hoje na trilha), o Vagner e esposa no Vitarinha preto, o Diego e seu amigo Maneta (desculpa esqueci o nome) no GV prata, o Claudio Fonseca e família no Pajero Full “LA BARCA” (batizado hoje na trilha), o Afonso e Felipe no Vitara Cerejão e o Valdenio na cherokee Negona. Perto da 10h, saímos em direção à trilha passando por dentro do “aprazível” bairro do Lote XV e depois margeando o Rio Iguaçu, guiados pelo Valdenio na Negona e comigo fechando o comboio. A lama fina da estrada fazia escorregar bastante e nosso amigo e dublê de mergulhador,Paulo Garcia, iniciou o balé com o TR4 enquanto o comboio se deslocava. Como ele estava na minha frente, eu alertei pelo rádio que ele não estava em 4x4 e ele disse ser proposital para dar mais emoção. E a emoção veio, algumas curvas a frente, quando ele parou a poucos centímetros de um mourão de cerca já avisando pelo rádio que a manobra foi matematicamente calculada, para não ser zuado. O carros com pneus AT ou ST estavam se divertindo, e assim foi até o primeiro playground onde havia uma poça d’água enorme com lama na estrada e ao lado um aterro com lama fofa. O Valdenio partiu pra dentro da lama e aí todos começaram a passar pela poça e pelo aterro. O problema é que foi todo mundo ao mesmo tempo e foi muito engraçado pois pra todo lado que se olhava tinha alguém atolado. O Jean ficou agarrado no alto do aterro dando um X que não deixava o V8 sair do lugar. Tentei puxar ele pra cima mas minha cherokee escorregava. O Sandro veio com o Wrangler Hell Boy e arrastou ele pra baixo, enquanto eu ia coordenar a operação de resgate do TR4 Bailarino que estreou fazendo A Morte do Cisne e caiu dentro de uma vala ao lado da estrada, após o lago de lama. Puxamos o Bailarino com o Troller Rosado com pneus mud e felizmente nenhuma avaria. O Fonseca ficou com “La Barca” ancorada no meio do lago com as rodas jogando água pra cima, sendo guinchado pelo Valdenio. Nessa hora nosso zequinha oficial e dublê de piloto, Felipe da Mamãe, pede, quase chorando, pro Afonso deixar ele brincar com o carro na lama. Antes que me perguntem, NÃO, NÃO ERA O PAJERO CABEÇA DE BACALHAU. Esse é da Márcia e ela não deixa ele dirigir. O Afonso, que já tinha tomado alguns calmantes, entregou a chave pro Felipe e orientou a passar ao lado da minha cherokee. A emoção foi tão grande que o Felipe passou a uns dois metros do meu carro, caindo também dentro da vala. O inabalável Afonso já conformado com a situação e com a ausência da Truta, iniciou a colocação da cinta e o nosso reboque oficial, Troller Rosado, tirou o menino do buraco. Aí baixou o Felipe aMassa lama no moleque e o danado foi pra dentro do lago e do aterro passando bonito por tudo. Vendo a desenvoltura do vitara Cerejão, o Vitarinha do Vagner foi pra dentro do aterro seguido do Grand Vitara do Diego que ficou atolado no alto. Antes que alguém pudesse falar alguma coisa, o possuído piloto do Cerejão já estava no alto do aterro e o Zequinha maneta do GV do Diego tentava colocar a cinta com sua única mão que funcionava e seus dois pés. O motor do Cerejão deve ter ido a uns 10 mil giros e após alguns puxões desatolou o GV e arrastou ele, com o Diego freando, morro abaixo até o lago de lama sob os gritos de pára, pára da galera que assistia a cena bizarra.
Todos felizes e com as viaturas batizadas, seguimos estrada adiante até onde a lama é mais funda formando um atoleiro de uns 50 metros. Não vi os primeiros carros, que passaram, acho que eram o Valdenio e o Sandro, mas os que não tinham pneu mud passaram bailando pela estrada espirrando lama para os lados. Como eu era o último, acelerei ao bom e velho estilo Renata Red Bull atravessando o atoleiro quase todo com o carro de lado num drift sensacional. Ao final, piso no freio ABS (Ahhhh Bostaaaa Seguraaaa) e paro a alguns centímetros do Grand Vitara do Diego, que apesar de já estar traumatizado pelo resgate suicida, ainda conseguiu puxar o GV pra frente um meio metro estragando a minha manobra perfeita. Saio do carro e vejo o Zequinha Maneta e o Diego ainda dentro do GV respirando fundo e voltando a sua cor normal.
Seguimos adiante até as obras do Arco Metropolitano do RJ onde paramos e cometemos dois grandes erros: deixar as mulheres juntas. Meus amigos, as esposas do Sandro, do Vagner e do Jean se juntaram e na meia hora que ficamos lá elas começaram um papo de, na próxima, fazer umas comprinhas na Rua Tereza e o bagulho evoluiu e no almoço já combinavam as compras em Miami. Coisa de maluco!!!
Ainda no Arco Metropolitano, a galera começou a fazer uns zerinhos aproveitando a lama fina do lugar. Eu me enfiei num brejo, ao lado de um morro que deve ser a base do viaduto, sendo seguido depois pelos outros e pelo irreconhecível Felipe que novamente tomou a viatura do resignado Afonso, que a tudo assistia inabalável, e deu um outro show de cagadas não atolando em nada, só deixando alguns pedaços de acabamento do Vitara pelo caminho. Já ia esquecendo o outro erro... deixaram o Sandro tomar a terceira cerveja. Aí o cara endoidou. Chamou a esposa pra dentro do carro e subiu com o Jeep no morro do viaduto, manobrou e apontou para descer pela lateral. Acho que tinha uns 20 metros, a inclinação era forte e o saibro estava molhado. Na leteral do morro tinha um degrau e o Wrangler ficou preso na gangorra, sendo gentilmente empurrado por nós para iniciar o show. E ele desceu toda a lateral do morro lentamente sem sequer escorregar, deixando todo mundo de boca aberta. Depois vim saber que o Wrangler na verdade é um transformer disfarçado, mas isso é outra estória e os créditos hoje são do piloto.
Seguimos para o almoço passando primeiro pelo pesadão, uma reta num brejo onde só os carros mais altos se aventuraram (pela ordem, Valdenio, Sandro, Paulo Rosado e Fred), apesar dos protestos do Felipe que já via o efeito do calmante do Afonso acabar. Almoçamos uma bela Truta, digo, picanha em Nova Iguaçu e nos despedimos retornando aos nossos lares após um dia de muito trabalho, no bom sentido. Espero que todos tenham curtido e quem não foi, perdeu!!!
Abç
Fred Boquimpani
XJ 98 - Fantasma