Bom, pessoALL, nas próximas mensagens (total de 8) vou repassar algumas informações beeeem interessantes sobre pneus que encontrei no site da Maneco Pneus.
Creio que pode acrescentar alguma coisa mesmo para quem sabe muito.
Cuidados na hora de consertar pneus
Nas últimas décadas observamos algumas evoluções na construção de pneus, em especial: o pneu radial, o pneu sem câmara para veículos pequenos, médios e caminhões,os pneus para alta velocide, o pneu que não fura (run-flat) ou que roda furado, e os pneus maciços.
No Brasil lojas e borracheiros não acompanharam esta evolução dos pneus e estão despreparados para realizar consertos técnicos e seguros.
Existe um completo desconhecimento na hora de fazer um simples conserto em um pneu radial sem câmara (tubeless).
9.1- Reparo provisório
O tipo de reparo mais usado, o plug, conhecido também como macarrão, é na verdade um conserto provisório e deve ser usado apenas em emergências. Após realizar um plug faça a sua substituição por um reparo definitivo assim que possível.
O macarrão, quando não substituído, causa vazamentos espaçados por toda a banda de rodagem do pneu, e rodar com vazamentos e pressão insuficientes pode levar a danos irreparáveis no pneu.
Se aparecer multiplos furos em um pneu, na verdade aquilo não são furos mas infiltrações causados por um plug provisório ou por um furo que ainda não foi consertado. Basta realizar um conserto definitivo para que aquelas dezenas de vazamentos parem.
Outro procedimento de segurança negligenciado pela maioria dos borracheiros é a desmontagem obrigatória que devemos fazer m todo pneu furado. O pneu furado, já pode estar seriamente avariado por rodar vazio ou com baixa pressão decorrente do furo, portanto é fundamental a sua desmontagem total da roda par verificação.
Por desinformação ou preguiça, uma vez que o reparo provisório pode ser feito sem a desmontagem do pneu, esta importante etapa é negligenciada.
Recomendamos que o reparo provisório tipo maçarão seja feito sempre com a desmontagem do pneu. E no caso de pneus que ainda serão utilizados por muitos meses, substituído pelo reparo definitivo.
O reparo provisório pode danificar a carcaça do pneu e impedir a reforma ou recauchutagem.
O macarrão pode e deve ser aplicado no pneu em emergências (viagens) ou naqueles que já se aproximam da hora de serem substituídos (gastos).
Primeiro localiza-se o furo com água e sabão, depois desmonta-se o pneu da roda para verificar danos maiores. Monta-se novamente, inflamos e procedemos a aplicação do macarrão. Nova verificação na água e o balanceamento.
Vantagens:
• Rapidez (de 5 a 10 minutos)
• Baixo custo, de R$ 6,00 a R$ 12,00
Desvantagens:
• É provisório (dura de 3 a 6 meses, quando bem feito)
• Causa danos na carcaça
• Causa vazamentos em pontos vários do pneu
9.2- Reparo definitivo
Existem 2 tipos de reparo definitivo a frio, através de vulcanização química, no mercado brasileiro. O reparo interno a frio e o reparo interno combinado a frio, que além de reparar o líner do pneu também preenche o furo até a banda de rodagem.
O reparo interno a frio ou o combinado é feito por dentro do pneu na área perfurado do líner, que é a borracha responsável por vedar o ar nos pneus sem câmara de ar (tubeless).
Nenhum tipo de conserto de pneu é indicado no caso de cortes laterais ou bolhas nos flancos causados por buracos e impactos. Nem mesmo a instalação de câmara de ar deve ser utilizada neste caso.
O reparo interno é feito com a limpeza ou lixamento ao redor do furo, aplicação de cola cimento química da cor branca, pré-secagem de 2 minutos, aplicação do reparo e secagem final de mais 2 minutos. O pneu é então montado na roda, conferido na água e então balanceado.
Vantagens:
• É definitivo
• Evita danos na carcaça
• Maior segurança
• Evita retrabalho
Desvantagens:
• Demora de 15 a 20 minutos
• Custa de R$ 15,00 a R$ 30,00
Qualquer conserto, a frio ou a quente depende de uma boa limpeza e ausência de contaminação de umidade, grafite, talco, poeira ou gordura, para dar certo. Evite reparar pneus em borracharias sujas de chão de terra, sem equipamento de montagem e desmontagem e com profissionais despreparados. Lembre-se que o pneu é um item de segurança fundamental.
9.3- Câmara de ar como quebra-galho
Instalar uma câmara de ar com a finalidade de vedar um pneu sem câmara perfurado ou rasgado é um erro muito comum no Brasil. Seja pela incapacidade técnica do borracheiro consertar um pneu moderno, ou falta de equipamentos e dos próprios reparos, ou até mesmo diante de pneus com danos impossíveis de serem reparados com a segurança devida.
Utilizar uma câmara de ar com a finalidade de vedar o ar de um pneu sem câmara deve ser prática evitada porque:
1) Não repara o líner, responsável pela real vedação do ar do pneu
2) Reduz o índice de velocidade de um pneu que geralmente é de 210 Km/h para meros 140 Km/h
Isso considerando que se está utilizando uma câmara de ar de tamanho adequado ao pneu, o que hoje em dia é improvável. E também que esta câmara de ar é adequada ao furo da roda, e que o grafite interno do pneu foi eliminado para não danificar a câmara. E é clao que o pneu não tenha sofrido nenhum dano estrutural na lateral ou na estrutura de aço, ou mesmo um corte, porque no máximo que uma Câmara de ar poderá fazer e vedar o ar e nunca devolver resistência a um pneu cortado.
Devido a todos estes fatores descritos devemos evitar ao máximo o uso de Câmaras de ar como paliativo no caso de furos ou cortes de pneus sem câmara.
9.4- Quanto substituir um pneu
Além do momento que o pneu alcança 1,6 mm de profundidade de banda de rodagem, o TWI, devemos substituir pneus danificados:
1) No líner interno por rodar com baixa pressão ou vazio. Pneu fachiado. Que pode ser facilmente verificado observando o interior do pneu se apresenta marca característica, ou pó de borracha solta ao desmontar.
2) Com bolha na lateral, indicado que fios de nylon, da lateral que dão sustentação ao pneu, foram rompidos.
3) Com cortes na lateral maiores que 0,5 cm na horizontal ou 1 cm se na vertical.
4) Velhos e ressecados, mesmo guardados e sem uso.
9.5- Consertos a quente
Hoje em dia, mesmo câmaras de ar não devem ser reparadas a quente, com o velho método de colar um pedaço de borracha com uma máquina de vulcanizar.
Geralmente estas vulcanizadoras pequenas não têm o controle de temperatura adequado acabando por queimar a câmara de ar ou subvulcanizar.
No caso de consertos à quente em pneus o dano é permanente, a menos que feito em uma reformadora de grande porte, na autoclave.
No caso de uma emergência dê preferência para reparos provisórios, ou mesmo uma câmara de ar provisória, tudo menos conserto a quente.
Existem consertos a frio também para câmaras de ar.