Postado originalmente por
Renato Franco
Amigos,
Respondendo aos dois últimos posts, que são correlacionados, tenho a dizer:
1 . A questão fundamental que vejo é a seguinte: os LR são incompatíveis com o PADRÃO do diesel nacional, ou são mais sensíveis a adulterações ou mau acondicionamento do produto?
a - a primeira hipótese - incompatibilidade com o PADRÃO - seria imputável à LR, pois evidente que existiria um defeito de projeto, hipótese prevista no art. 12 do CDC, que fixa responsabilidade objetiva ao fornecedor.
b - a segunda hipótese - sensibilidade às adulterações - a meu ver, não poderia ser exigido do fornecedor DO CARRO, mas sim do fornecedor DO COMBUSTÍVEL, pois não haveria defeito imputável ao veículo, mas sim ao combustível.
A discussão, portanto, exige a fixação prévia da premissa, sob pena de restar um diálogo de surdos, juridicamente inconsistente.
Eu, particularmente, não acredito na primeira hipótese, pois, se a incompatibilidade fosse com o PADRÃO, imagino que TODOS os carros, sem exceção, iriam dar problema, o que não ocorreu, ao menos no meu caso e em inúmeros amigos que conheço que tem o carro.
Estive há pouco tempo em uma corrida de kart com um engenheiro da Bosch, e perguntei a ele sobre essas questões, e ele me disse que a única diferença que pode existir entre a 'sensibilidade' dos common-rail é o diâmetro do bico injetor, por sua vez inversamente proporcional à pressão de serviço. Assim, os dutos de 1.000 bar teriam, em tese, menor sensibilidade que os dutos de 2.000 bar, utilizados nos motores mais modernos. Evidentemente, o sistema de filtragem do combustível também influencia neste resultado, pois quanto o filtro tem que ser compatível com o tamanho do bico, segurando as partículas de impurezas de tamanho superior, que podem entupi-los.
Abraços.