Temo que o Horácio tenha razão.
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Temo que o Horácio tenha razão.
Caro Horácio!
Faço minha, suas palavras.
Complemento, a Ford, para retirar do mercado uma concorrente da Ranger, comprou todas as pkp Pantanal da Troller e passou o maçarico em todas, alegando problemas com o chassi, que duvido tenha ocorrido, pois conheci pessoalmente a pkp Pantanal, e diga-se de passagem, bem reforçada nesse quesito.
Creio, que a Ford, fará com o Troller, o mesmo que fez com o Willys, é bem a cara dela, coisa de americano, ninguém pode ser melhor que eles.
Eu acho que não...
Veja Horácio,
o problema (descaso da troller ou intenção do fim, oriundos da indefinição do motor com tecnologia euro 5) que relata decorre de outros motivos, a saber.
A implantação do proconve 7 (também chamado de euro 5) tardou a acontecer no país por culpa da Petrobrás.
O programa depende (e muito) da qualidade do diesel comercializado.
Somente são aceitos diesel que com até 50 ppm (material particulado por milhão).
Na Europa comercializam o S10 e S15, enquanto que somente agora chegamos ao S50.
O atraso provocado pela Petrobras levou os órgãos de fiscalização e controle e a cobrar uma definição da estatal quanto ao fornecimento do combustível, que, friso, deveria ter ocorrido em 2010.
Ante a resistência da petrobrás, o Ministério Público Federal tomou a frente do impasse e firmou termos de ajustamento de conduta com todos os envolvidos (inclua aí montadoras).
Ocorre, porém, que as montadoras (em sua maioria), no tocante a vans, pick-ups, chassis - cabines e outros veículos semi-leves movidos a diesel, as montadoras interpretaram que haveria uma tolerância maior para estes veículos, pois entendiam que as restrições só teriam início em 2013.
Assim, com a entrada em vigor da restrição em 2012, as montadoras não apresentaram soluções para os indigitados veículos (veja que na Fenatran pouco se falou sobre motores para vans, pick-ups, chassis - cabines e outros veículos semi-leves.
Assistindo de "camarote" cada lançamento previsto para 2012, o MPF verificou que as montadoras fizeram leitura equivocada do TAC e mandou recado para que cumprissem, sob pena de sofrerem sanções.
Vamos aos fatos.
Pegaremos a ford como exemplo.
Você poderá notar que a transit furgão e cabine não definiu a motorização euro 5 na fenatran.
O mesmo ocorreu com Fiat (Ducato), Renault (master), Hyundai, e outras.
Após o "vacilo", as montadoras correram para se adequar às restrições.
Tenho para mim que a troller tinha planos de lançar a nova linha (2013) somente no segundo semestre, mas "pega" de surpresa terá que correr contra o tempo, apressar os últimos ensaios e lançar, enfim, seu veículo adequado ao P7.
A ranger, como está mudando de geração e motores, não saiu tão prejudicada, pois a linha da versão anterior teria que ser paralisada para testes da nova linha.
Veja que a ford até o momento não definiu os motores da transit.
Bem, vamos aguardar até circular na net flagras do troller 2013 ou noticias oficiais do lançamento.
Acho que a Ford já enviou o seu representante para apagar o fogo... :)
PArabéns pelo post, Maxx. Informações concretas são sempre bem vindas.
No entanto, se a troller tinha planos de lançar a nova linha (2013) somente no segundo semestre, pq adiantou a produção 2011 para deixar um super estoque? Ou seja: há 5 meses um T4 não é fabricado.
Pelo visto a Ford tinha conhecimento que não poderia fabricar o T4 com o NGD em 2012 e, mesmo assim, negligenciou na elaboração do 2013.
Já estamos em junho e o carro supostamente ainda está sendo testado???
Boa sorte pra quem comprar...
Isso já foi debatido aqui... Havia uma liminar que foi derrubada... Tentaram empurrar para frente e não conseguiram, e em acordo para não perder toda a produção que fizeram para suprir o mercado quando do fechamento da linha de produção para a renovação, conseguiram comercializar tudo que tinham até 31 de março de 2012...
...
Caro amigo.
No Brasil, as leis apenas atendem os anseios da sociedade, do governo ou dos grupos de interesse econômico. Por isso que aqui as leis pegam ou não.
No caso da indústria automobilística, toda lei, só acontece mediante acertos prévios. Assim, tudo que diz respeito ao setor já é de amplo conhecimento das organizações, tipo FENABRAVE.
Não acredito na desinformação, na surpresa, quando se fala da indústria automobilística, bancos e outros setores de peso na economia, como alimentos, cosméticos, eletrodomésticos, etc.
A Ford não anda sozinha. Anda com a GM, com a Chevrolet, com a Mercedes, com a Volkswagem. Parece que existe concorrência e seriedade no setor, mas é pura fachada.
Abraços.
Pois é acredito que o buraco é mais embaixo,pelo motor a MWM já tem motores para atender a legislação vide s-10 nova e serie Max force da MWM, enfim se vai sair com mwmw ou o novo motor da Ford que vem na Ranger é uma opção da Forda.
Já pensei nisso também. Mas, me parece muito radicalismo.
A Troller deve estar prestes a se pronunciar sobre o novo modelo. Por enquanto, ele deve estar mais ou menos assim:
Anexo 349910
Veja o artigo que achei ......
Fala sobre o Euro 4, mas traz referência sobreo o Euro 5.
O Euro 4 vai atrasar
A ADOÇÃO DO NOVO PADRÃO DE EMISSÕES DE GASES, QUE ENTRARIA EM VIGOR EM 2009, ESTÁ COMPROMETIDA. A PETROBRAS E AS MONTADORAS ESTÃO NO CENTRO DO IMPASSE- A A +
Por Luiz Perez
Revista Quatro Rodas Frota S/A - 01/2008
De acordo com a resolução 315 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 2002, seria obrigatória até janeiro de 2009 a adoção no Brasil do padrão de emissões de gases do Euro 4 (ou Proconve 6, que se refere ao Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores), que alinharia a emissão de poluentes ao que existe atualmente na Europa. Mas uma discussão entre a Petrobras e fabricantes de caminhões e ônibus no Brasil criou um impasse: a primeira se comprometeu a entregar o combustível se houvesse caminhões adaptados à norma no mercado; a segunda condicionou a fabricação dos veículos ao fornecimento do diesel.Até o início de dezembro, esse nó parecia longe de ser desatado. Poucas montadoras falam oficialmente sobre o tema, alegando que ele é tratado somente no âmbito da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que também não quis se pronunciar oficialmente. "O que houve foi uma briga de gigantes", afirma um executivo que acompanha a questão. Os fabricantes afirmam que as especificações do óleo diesel a ser utilizado chegaram somente agora, com dois anos de atraso. Segundo eles, fica, portanto, impossível cumprir o prazo inicial. Foi apenas no final de novembro que o diretor da área de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, veio a público para confirmar que até 2009 a empresa deve fornecer o diesel com 50 ppm (partes por milhão) de enxofre, o S50, a ser utilizado nos veículos, em uma operação que significa um investimento de 9 bilhões de reais até 2012 em unidades de hidrotratamento de diesel. Hoje, a quantidade de enxofre no diesel é dez vezes maior nas regiões metropolitanas (500 ppm), chegando a 40 vezes (2 000 ppm) em postos pelo interior do país. Melhorou bastante. No início dos anos 90, esse teor era de 13 000 ppm. Mas ainda está longe do padrão europeu (os almejados 50 ppm) e do japonês (10 ppm). "Não haverá benefício nenhum se a frota não estiver adequada para receber o novo combustível", afirma Costa. Segundo ele, não cabe à Petrobras obrigar os donos de postos, por exemplo, a realizar os investimentos necessários. "Não adianta tapar o sol com a peneira. Se a sociedade quer reduzir a emissão de poluentes, precisa exigir o novo motor e a fiscalização dos estados e municípios."
As montadoras defendem seu ponto de vista. "É um assunto complicado porque a especificação do combustível demorou a ser publicada, o que afetou todo o processo. É preciso preparar a distribuição do combustível e toda a cadeia produtiva", diz Oswaldo Jardim, diretor de operações da Ford Caminhões para a América do Sul. "O desenvolvimento para atender a data de lançamento para janeiro de 2009 foi bastante comprimido." De acordo com o executivo, há uma série de modificações técnicas que precisam ser realizadas. O Euro 5, que virá a seguir, não é tão complexo em filtrose ajustes de equipamentos. Mas há uma série de barreiras a superar, pois hoje existe uma grande discrepância com o diesel fornecido país afora. "O novo motor dos caminhões terá de ser meio super-homem. Tem todo o sistema de exaustão, tem o catalisador, há mudanças a serem feitas inclusive nos chassis", diz Jardim, que avalia o investimento como algo similar ao da total reformulação de um automóvel de passeio - o que significa algo na casa dos seis dígitos, pelo menos. Outra mudança técnica consiste na instalação de um sistema de pós-tratamento dos gases do escapamento à base de uréia, cujo objetivo é limpar o filtro de partículas. Enquanto fontes do mercado esperam um aumento de algo entre 15% e 20% no preço final dos veículos, vale lembrar que até os postos de combustíveis terão de investir - por exemplo, em tanques de uréia.
Continuando ....
As implicações do não cumprimento da fase P6
Em 2002, o Conama publicou a Resolução n
o
315/2002 com novas fases do Proconve a serem
cumpridas nas homologações dos veículos novos,
nacionais e importados leves (fases L4 e L5) e
pesados (fases P5 e P6).
Nesta resolução, estão presentes, dentre
outros, os seguintes objetivos:
I. reduzir os níveis de emissão de
poluentes pelo escapamento e por
evaporação, visando o atendimento
aos padrões nacionais de qualidade
ambiental vigentes;
II. promover o desenvolvimento tecnológico nacional, tanto na engenharia de
projeto e fabricação, como em métodos
e equipamentos para o controle de
emissão de poluentes;
III.promover a adequação dos combustíveis automotivos comercializados,
para que resultem em produtos menos
agressivos ao meio ambiente e à saúde
pública, e que permitam a adoção de
tecnologias automotivas necessárias
ao atendimento do exigido por esta
Resolução.
Para que os objetivos dessa fase fossem
atendidos, os motores que equipariam veículos
pesados teriam que incorporar novas tecnologias até então não aplicadas, e também utilizar
combustível com baixo teor de enxofre, o S-50.
Ocorre que os órgãos e empresas do governo
responsáveis pela especificação e produção
do combustível de testes dos motores não
conseguiram atender a tempo a Resolução n
o 315/2002. O resultado impossibilitou a produção
de veículos que atenderiam à fase P6, em janeiro
de 2009.
Como forma de compensação pelo nãocumprimento da Resolução n
o 315/2002, o Ministério Público Federal (MPF) firmou um
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o
Estado de São Paulo, o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), a Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras,
a Associação Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores (Anfavea) e a Companhia
de Tecnologia Ambiental (Cetesb). O acordo foi
assinado no dia 29 de outubro de 2008, com ações
para mitigar as emissões produzidas pela nãoaplicação da nova fase e na tentativa de se adotar
medidas para controlar os problemas decorrentes
desse fato.
Como a fase P6 não entrou em vigor em 2009,
o TAC acelerou a entrada da fase P7 do Proconve
e estabeleceu um cronograma de medidas
visando a uma transição entre as etapas P5 e
P7. Tal cronograma foi uma das principais ações
estabelecidas, em que a Petrobras, a partir de 1º
de janeiro de 2009, teve de começar a substituir
gradativamente o atual diesel por uma versão mais
limpa. O Quadro 3 a seguir apresenta a distribuição
e prazos relativos à oferta de diesel, conforme o
TAC e a P7.
No mesmo ano em que foi assinado o TAC, a
Resolução no 403/2008 foi publicada pelo Conama.
Ela estabelece novos limites máximos de emissão
de poluentes a serem cumpridos a partir de janeiro
de 2012 para os motores do ciclo diesel de veículos
pesados novos, nacionais e importados. Cria, assim,
a fase P7 que, em termos de emissão, corresponde
à fase europeia Euro 5.