Após ter o carro levemente avariado na traseira por um incidente de trânsito, foi acertado junto ao responsável que abalroou meu veículo que o mesmo seria reparado na concessionária por se tratar de um veículo praticamente zero quilômetros e ser um modelo novo no mercado. Insisti que fosse na concessionária para manter a originalidade e não perder a garantia.

O serviço consistia em lanternagem e pintura da tampa traseira, troca da moldura da caixa de rodas direita traseira, troca do pára-choque traseiro, troca da lanterna direita traseira e luzes de indicação de freio e neblina traseiras.

Após levar o veículo à concessionária fui informado que as peças após serem parcialmente pagas, poderiam ser encomendadas e demorariam em média 25 dias para chegar em Manaus. Visto o longo prazo de espera optei por deixar o veículo na concessionária para adiantar os serviços de funilaria e pintura pois não o usaria por pelo menos 30 dias; viajaria a trabalho neste período, e quando retornasse, já teria sido concluído o reparo. Passados 25 dias liguei para a concessionária para perguntar sobre o andamento do serviço, para minha surpresa, fui informado que uma das peças encomendadas havia sido erroneamente enviada, e com isso teria de esperar por mais uns tantos 25 dias.

Ao retornar para Manaus, enquanto aguardava a conclusão do reparo, sofri um acidente de trabalho que ocasionou a fratura do meu braço esquerdo e fui hospitalizado por cerca e um mês no Rio de Janeiro, onde realizei cirurgia .
Durante minha recuperação, recebi o telefonema de um funcionário da concessionária me informando de que o serviço estaria pronto.

Assim que retornei à minha sede (Manaus), pedi a ajuda de dois amigo para me levarem à concessionária e me ajudassem a conduzir o meu carro de volta para a casa pois não podia dirigir. Quando recebi o carro, após cerca de 30 minutos de espera, (este estava um pouco sujo, apesar de ter avisado que buscaria naquele dia) iniciei uma breve verificação externa para ter certeza de que estava tudo certo.

Bem no início plotei dois pequenos erros. Uma das partes do pára-choque estava ligeiramente desalinhada e uma das presilhas que prendem o pára-choque não estava aparafusada, ao invés disso, o parafuso passou em falso e empenou a presilha para dentro. Pedi, com educação e cordialidade, que fossem reparados estes pequenos detalhes. Novamente me trouxeram o veículo e novamente verifiquei. A presilha continuava empenada, apesar de o parafuso estar a meio curso do caminho e o pára-choque se manteve na posição. Pedi, novamente com educação e cordialidade, que o serviço fosse refeito com um pouco mais de atenção. Desta vez fui junto do veículo para ver o reparo (extremamente simples, não duraria mais de 5 minutos). Quando cheguei aos fundos, na oficina, e o funcionário anunciou que o serviço deveria ser refeito, os mecânicos se olharam com ar de desdém e deboche. Mantive a calma, cumprimentei a todos e fiz os comentários para quebrar o clima tenso que havia se instaurado (depois fui informado de que não deveria estar ali, procedimento da empresa). Prontamente eles ajeitaram os pequenos erros e pude voltar para a casa com meu amigo conduzindo o veículo.

No dia seguinte, à noite, quando estava arrumando o porta malas, plotei duas novas falhas: A lanterna que havia sido trocada estava apenas encaixada, faltando seus parafusos de fixação (falha somente detectada com a porta da mala aberta), e uma tira de borracha que é instalada entre a carroceria e a moldura da caixa de rodas (que foi trocada) estava com a ponta solta; ambos os problemas eram de solução extremamente simples e não requeriam nenhum ferramental específico, apenas parafusos, arruelas e chaves torx e de boca.

Liguei para o serviço de pós vendas e perguntei se era possível que um funcionário da concessionária munido dos parafusos e das chaves pudesse ir à minha residência e sanar a pane. Propus essa solução pois não podia dirigir e não durante a semana não conseguiria que um amigo me levasse até a concessionária em horário comercial, apesar de insistir, a concessionária negou o apoio e disse que não possuía veículos para transportar um funcionário ou mesmo autorização para tal (concessionária sem um veículo foi ao meu ver uma desculpa muito infeliz por parte do funcionário).

A sensação após breve conversa ao telefone com o funcionário foi de total abandono como cliente. Comprei o carro zero na concessionária fazia menos de 4 meses, optei por realizar o conserto na concessionária (apesar do preço acima da mádia), a mesma falhou enormemente e mesmo após isso, não tive qualquer tipo de apoio desta. Em síntese um péssimo serviço de pós vendas.

Indignado registrei reclamação no "reclameaqui", no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Suzuki Veículos Brasil e no email da concessionária Mizu Veículos Manaus.

Fui novamente até a concessionária (no sábado) com um amigo para novamente realizar uma correção do serviço que na teoria deveria ter sido feito sem problemas desde o início. Solucionado o caso pensei que seria o fim deste episódio.

Na mesma semana, recebi a ligação do SAC Suzuki. A funcionária foi muito atenciosa, pediu desculpas em nome da Suzuki e ofereceu a próxima revisão do carro por conta da própria empresa e deixou bem claro que a satisfação do cliente era extremamente importante.

Após cerca de duas semanas, já estava dirigindo (com muita cautela pois ainda sentia dores no braço) e saí com meu carro para um compromisso. Na mala havia pertences de valor. Depois de estacionar, por estar preocupado com os referidos pertences, fui à mala para verificar o trancamento. A tampa, mesmo com o pino na posição trancada, abriu. Testei o dispositivo de tranca das mais diversas formas, manual, pela porta, de dentro do veículo e pela chave novamente, e a mesma abria ao acionar a maçaneta. Cancelei meu compromisso e voltei para casa, pois não conseguia trancar o carro, e este ficaria na rua até a noite.

Me considero com sorte apesar do infortúnio de ter tido um serviço de reparo tão mal feito, porque passei dias com o carro totalmente desprotegido ao estacionar fora de casa, podendo este ser [editado pelo Reclame Aqui] diversas vezes e não foi.

Ao chegar em casa realizei alguns testes simples de trancamento do veículo. Percebi que ao acionar uma vez, o pino de travamento desce (como deveria) mas deixa uma folga de alguns milímetros, impedindo o travamento completo da porta, mas se acionado duas vezes (pela chave), o mecanismo força o pino e este desce os poucos milímetros que faltam e o trancamento torna-se efetivo.
Creio que seja um problema mecânico simples, pois o funcionamento elétrico da tranca está normal tanto para descer quanto para subir o pino.

Como o serviço realizado no carro consistiu em funilaria da tampa traseira e troca de peças do pára-choque e caixa de rodas traseira, e o veículo nunca havia apresentado este problema antes do reparo prestado, concluo que tenha sido uma péssima instalação (assim como foi do resto das peças trocadas) da tampa traseira.

Lamento muito o que está ocorrendo pois estava muito satisfeito com o veículo adquirido "zero quilômetros". Escolhi a versão mais bem equipada (apesar do preço alto) e fui correspondido pelas minhas expectativas, porém o serviço de pós venda está sofrível, e sinceramente tenho muito receio em realizar uma simples inspeção programada na concessionária.

Se eu for consultado sobre a compra de um veículo da Suzuki, direi que é um excelente veículo acompanhado de um dos piores serviços de pós vendas do Brasil. Este é meu quarto carro e o primeiro que tenho tantos problemas (não devido à viatura, mas ao serviço prestado).

Desta vez estou registrando o ocorrido neste site, no SAC Suzuki, no email da concessionária, no fórum online 4X4 Brasil (o qual participo), no fórum aventura & offroad (o qual participo) e onde mais surgir oportunidades, infelizmente.

A Suzuki possui mais um cliente extremamente insatisfeito e desapontado.