Pesquisando achei este texto, bastante simplório, mas esclarecedor de algumas dúvidas comuns a quem está começando a partir do zero como eu.
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O sistema GPS (Global Positioning System) tornou possível a qualquer um ter a sua posição geográfica na Terra determinada com uma precisão entre 100m até menos de 1m. Isso é feito com a utilização de receptores (os aparelhos de GPS propriamente ditos) que recebem sinais de uma rede de 24 satélites. Este sistema foi concebido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, no início da decada de 60, sob o nome "NAVSTAR Project", como uma alternativa aos sistemas de rádio-navegação baseados em terra (NDB, VOR, TACAN, etc) e aos sistemas inerciais. Declarado operacional em 1995, os aparelhos perfazem triangulações com os sinais recebidos via satélite e calculam sua posição na superfície terrestre. Dependendo da riqueza da triangulação (quanto mais afastados entre si e quanto mais satélites forem "traqueados" (captados) mais rica será a triangulação), a posicao geográfica será determinada com maior ou menor precisão. Os aparelhos civis sofriam a interferência de um erro artificial no sistema chamado de "disponibilidade seletiva", mas em 2000 esse dispositivo foi retirado e a precisão dos aparelhos, que era em torno de 100 metros, ficou em média dez vezes menor. Pela triangulação tambem pode ser determinada a altitude, embora este cálculo tenha o dobro da margem de erro com que o aparelho determina sua posicao geográfica (aparelhos mais sofisticados incluem um altímetro barométrico para contrabalançar isso). É necessária uma vista desimpedida do céu, pois o sinal de transmissão dos satélites eh de apenas 50 watts de potência. Nuvens e folhagem não impedem o contato normalmente, embora eu já tenha perdido contato com satelites em locais de densa cobertura de folhagem, unida com rochas altas próximas.
Os aparelhos receptores eram grandes, volumosos e pouco práticos, mas hoje alcançam o tamanho de telefones celulares ou até menores, o que o coloca ao alcance de esportes como automobilismo e motociclismo off-road, mountain bike, trekking, canoagem, etc.
Bom, você achou tudo muito bonito neste site e em tudo que andou lendo/ouvindo sobre GPS. Até já tem na cabeça como o aparelho funciona. Mas e na prática? Em que ele pode lhe ajudar e como você o usa?
Para começar, vamos ter de guardar os três tipos de informação que o GPS registra e apresenta para você , assim entenderemos como o bicho "pensa" : waypoint(ponto), route(rota) e track ou tracklog(trilha).
- Waypoint (ponto): é um ponto apenas, registrado com os dados de coordenadas geográficas e altitude. Vamos tomar como exemplo uma ida ao Cristo Redentor. Após subir as Paineiras, você chega ao pé do Cristo e, com seu GPS, registra o waypoint, da maneira particular do seu GPS. Assim, você terá guardado aquele EXATO ponto, com a latitude e longitude e altitude. Esse ponto, além desses dados alfanuméricos, poderá ser apresentado para você no GPS na sua tela, num mapa real ou esquemático, dependendo do modelo de GPS. Para o GPS, não importa a maneira pela qual você chegou ali, apenas importa o waypoint. Se você quiser voltar ali um dia e se orientar pelo GPS, ele te dará apenas uma linha RETA até o waypoint. As distâncias que ele lhe der serão apenas em linha reta, sem levar em consideração o caminho real (afinal o caminho mais curto entre aonde você está - um ponto - e o waypoint - outro ponto - é uma reta. Isso pode parecer pouco, mas você sempre saberá para onde o waypoint está e quanto falta para chegar a ele, mesmo que em linha reta. Num terreno que você não conhece e sem referências claras isso pode ser a diferença entre chegar ao destino e ficar andando em círculos. Em minha cicloviagem pelo Sul de Minas, o trecho entre Poço Fundo e Caldas está representado no Guia 4 Rodas com o uma boa estrada de terra, definida e regular. No local, a estrada se mostrou uma rede de pequenas estradas de terra, com bifurcações e encruzilhadas. Para melhorar, a área era realmente rural, somente fazendas e sítios afastados, ou seja, longos trechos sem um ser humano a quem pedir informações (quase 60 km sem uma única venda onde comprar uma coca-cola). Assim, muitas decisões do tipo "pra lá ou pra cá?" tiveram que ser tomadas exclusivamente com o azimute (direção) do waypoint da cidade de Caldas, que eu tinha armazenado em meu GPS. Posso não ter feito o melhor caminho, mas cheguei lá...