Olá pessoal, fuçando no site da Ensimec http://www.ensimec.com/revista_mat1.htm , encontrei esta matéria sobre a reforma do eixo dianteiro Dana 44, que achei bastante interessante. Vejam:

.: Reforma de um eixo Dana 44 – dianteiro :.

Introdução
O que a primeira vista parece um desperdiço de capital, por outro lado, é o resultado da busca por um conjunto de diferencial dianteiro, sadio, mais robusto e extremamente funcional, adequado a nova realidade brasileira. Na época em que os diferencias Dana foram fornecidos para a Willys (mas tarde Ford) e instalados em Jeep's, Rurais e F-75, os eixos foram montados com sutis pneus 6.00-16, nos Pick-up's tinham pneus 7.00-16 (se não estiver errado). Na época, a robustez dos eixos era algo indiscutível, quebrar de uma ponta de eixo, algo insano e impossível de ocorrer neste padrão. O tempo passou, os pneus 6.00 formam lentamente substituídos por 7.50-16 e atualmente a maioria usa pneu 31”R15 ou maior. Os motores originais perderam espaço para outros mais modernos (ou menos obsoletos) como um 4 ou 6 cil da GM, motor AP entre os mais comuns. Resultado final: o torque transmitido cresceu, e cresceu muito.

Em 2003, a Ensimec apresentou o seu primeiro kit de ponta de eixo HD, utilizando na sua matéria prima o Cromo – Molibdênio. Com o conjunto do cubo dianteiro, este kit transforma o eixo traseiro de semiflutuante para flutuante e com isso ganhou uma robustez suficiente para atender as novas demandas do mercado atual. Na última Fenajeep em Brusque (2005), a ENSIMEC apresentou em fim uma opção para o eixo dianteiro. Embora tivesse limitação em função do reduzido espaço disponível no munhão original, a intenção foi de obrigar o cliente a modificar o mínimo possível no diferencial original, de preferência, substituindo componentes e não os modificando. A opção, que então já não era novidade, foi utilizar uma homocinética do eixo dianteiro da Toyota Bandeirante (a partir de 1985), que segundo informações (que já circulavam) tinha as medidas máximas para entrar no munhão original, sem nenhuma (ou quase nenhuma) modificação. A Ensimec juntou todos os dados, aplicou a homocinética e adequou os demais componentes para que o conjunto pudesse ser montado em qq eixo dianteiro Dana 44 da linha Jeep. Nasceu o kit dianteiro.
Composição:
O kit dianteiro, como já é costume da Ensimec, só contém os componentes que não estão disponíveis no mercado, nas lojas especializadas do ramo. Isto tem a razão principal minimizar ao máximo o custo do kit, evitando a revenda múltipla de alguns componentes por até 5 vezes, o que torna o kit caro e inviável, com o detalhe, de que efetivamente ninguém consegue lucrar com isto.
O kit é composto por:

• Duas pontas de eixo, uma esquerda e uma direita.
• Duas mangas modificadas para homocinética
• Dois espaçadores para Roda Livre
• Duas buchas de tração da RL
• Quatro juntas de Garnital
• dois anéis E33
• 12 Parafusos Allen 3/8” UNC x 2 ½”
• manual de instalação e termo de garantia
No futuro próximo, o item g será substituído por um conjunto de prisioneiros 3/8” x 2 ¾” com uma bucha cônica. Não está bem certo se para este conjunto será necessário comprar a Roda Livre também, ou o cliente enviará antecipadamente para a modificação, pois os seis furos da base da Roda Livre precisam ser reusinadas para acentos cônicos. Provavelmente será um opcional. Nos kits traseiro será de série, já que a tampa estriada acompanha o kit.
A Reforma:

Sendo a quinta reforma completa de um eixo no período de 6 meses, a ENSIMEC esta para criar uma secção separada, destinada somente a reforma, ajuste e recuperação de eixos para Off-Road. A secção, ENSIMEC AXEL CENTER ou EAC, está para atender uma demanda crescente de reformas e adequações de eixos dianteiros e traseiros, atendendo uma nova faixa de mercado. O que parece a principio complicado, enviar um diferencial inteiro para a ENSIMEC pra reforma, na verdade não tem nada de complicado. A ENSIMEC trabalha com diversas transportadoras que atendem a essa necessidade com um preço adequado. O diferencial só precisa de uma breve limpeza com um lava-jato à quente e uma embalagem (um palett de madeira é suficiente). Embora pesado mas com valor reduzido, por se tratar de uma peça usada, o frete gira em torno de R$ 30 – 80, dependendo da região.

Para exemplificar uma reforma completa, vou relatar a última, entregue no dia 29-08-05. O cliente comprou um eixo dianteiro completo em um ferro-velho. Estava sem as panelas de freio e sem as Roda Livre. Levou assim mesmo para um jato de areia para a remoção de todo material depositado sobre a carcaça. Uma breve pintura com fundo antióxido protegeu o eixo de nova oxidação. Fixado sobre um Palett descartável de piso cerâmico, o eixo foi entregue nas dependências da ENSIMEC em meados de junho de 2005.



A primeira coisa a fazer quando recebe um eixo neste estado, é verificar a grosso modo tudo que pode ser necessário, estimando de antemão um orçamento para o cliente. Faltavam já alguns componentes e o cliente já demonstrou o desejo de substituir o sistema de freio original completamente por um novo a disco ventilado.