:palmas::palmas::palmas::palmas::palmas:
Como viajante, gostaria apenas de expressar minha opinião também.
Eu não concordo que a Transamazônica seja o maior desafio off road brasileiro. :discordo:
O Rally dos Sertões é tão exigente quanto. Apesar de serem eventos com características distintas, ainda assim exigem uma série de virtudes comuns dos participantes. Convivência em grupo, tolerância a desconforto, privação de sono, cansaço mental e físico, etc.
Agora, compará-los tecnicamente, tentando classificar qual é mais "difícil"... bem complicado, IMHO.
Depois ainda temos diversas trilhas "punks" que em apenas dois ou três dias concentram uma intensidade de dificuldade e perigo tão presentes quanto na Transamazônica.
Veja bem, não quero de maneira alguma diminuir as dificuldades do percurso, mas de fato o mundo hoje não é como 100 anos atrás.
Viajar para um lugar inóspito e totalmente desconhecido é bem diferente hoje em dia. Os equipamentos são diferentes, a tecnologia e o conforto também... enfim...
A comunicação evoluiu de maneira espetacular. Quem gosta de literatura de expedições percebe o quanto celular, internet, satélites e etc. facilitaram a vida dos líderes de viagem.
Complicado comparar, de novo.
Mais complicado ainda determinar que um aventureiro é fraco simplesmente por não desejar fazer parte de uma expedição cuja logística e princípios não são condizentes com suas vontades e desejos.
De fato a escolha é pessoal.
A vida é assim. Pluralidade, sem deméritos de ninguém.
Todos tem direito de curtir o off road como, onde e com quem desejarem. :concordo:
Ninguém é obrigado a nada.
Se fulano tem $ para comprar um carro de 100k, investir mais 20k de acessórios e "moer" sem dó, no meu ponto de vista, é um sujeito de sorte!!!
Se decide encarar a Transamazônica com 120k debaixo do banco...
- para alguns é louco
- para outros é rico
- para outros é corajoso
- para outros é desapegado
E assim a pluralidade manifesta-se novamente.
Desistir não é sinônimo de fraqueza de caráter ou mesmo ausência de espírito aventureiro.
Aliás, para desistir depois de gastar 120k, depois de investir um ano em planejamento entre outros detalhes, é preciso muita coragem, não?
Eu não acho ninguém fraco, despreparado, "play", só porque escolheram passar em caminhos onde Uno MIlle e Bitrens passam.
No fundo o desafio é pessoal. Cabe a cada um definir quais limites quer superar, até que ponto pretende arriscar sua vida e seu patrimônio.
Mude o parâmetro, e tudo muda.
Quantos aqui encarariam uma expedição ao Pico da Neblina?:?:
Por isso, reforço meu ponto de vista. O respeito as diferenças é fundamental!!! :!:
...
Em relação a velocidade de deslocamento.
Infelizmente, por diversas vezes, aqui em Roraima ou em SP mesmo, diversos integrantes deixaram de lado o comboio do qual eu fazia parte.
Por princípio pessoal, eu tenho em mente que:
"grupo que sai junto, volta junto"
Mas entendo que nem todos compartilham da mesma opinião.
Sendo assim, procuro viajar com parceiros que tenham valores, atitude e princípios comuns a mim.
O Jyoti tem uma opinião interessante a respeito. Defini-se ponto de partida e chegada. O deslocamento é livre, o integrante deve respeitar apenas os horários limites estabelecidos. Dessa forma, a idéia do Eustáquio é concordante, uma vez que delimita-se uma velocidade mínima então...
De repente é uma alternativa mais democrática, que tende a equilibrar o grupo nesse ponto. :idea:
Abraços,