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    Muito bem lembrado, hlirajunior. A descida da cordilheira pela Interoceânica é alucinante. Definiu bem.
    LR Defender 110 2004

  • #26
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    Décimo primeiro dia – 11/04/16

    Destino do dia: San Pedro de Atacama.

    Saimos pela ruta 5, a famosa Panamericana que no trecho chileno vai de Puerto Montt até Arica. Descemos até o entroncamento com a ruta 24, sentido Calama e San Pedro. Pegamos esta rodovia e fomos subindo novamente, deixando o deserto que ladeia ao Pacífico para trás. Chegamos em Calama para o almoço, já a 2.400 m de altitude.

    Parte do grupo não estava em condições de comer nada, mas aqueles que estavam aproveitaram o bom restaurante onde paramos. Calama é uma cidade importante, a principal da região, e nesta há grande atividade de mineração. Circula muita gente e dinheiro por ali, portanto encontra-se supermercados, restaurantes e outros serviços de excelente qualidade.

    Para quem quiser conhecer o Atacama deslocando-se por avião Calama é o ponto de chegada. Ali a pessoa pode alugar um 4x4 e explorar a região. Segundo um guia que contratamos em San Pedro há uma opção interessante para locação de veículos 4x4. As mineradoras vendem as pick-ups, normalmente cabine dupla, para locadoras locais. Estas pick-ups são vermelhas e são vendidas com tudo o que foi colocado nelas pelas mineradoras, desde acessórios até a numeração de identificação de cada empresa. As locadoras as disponibilizam para turistas em Calama. Vimos várias destas camionetes rodando dirigidas por turistas. Não pesquisei nada a respeito deste assunto portanto não sei quanto custa etc., mas fica a informação.

    Após almoçarmos fomos comprar vinhos. O preço médio de um bom vinho é de R$ 25,00 (US$ 8,00), 25 a 30% do preço no Brasil. Compramos a cota e ... rumo a San Pedro de Atacama.

    Coloquei o endereço do hotel onde nos hospedaríamos em San Pedro e continuamos viagem pela ruta 24. A cidade está às margens de um pequeno rio que forma um oásis no deserto do Atacama. Sua altitude é de 2.450 m acima do nível do mar, e está cercada de montanhas que passam dos 5.000 m. Do caminho já se avista o Licancabur como que cuidando de San Pedro.

    Chegamos a San Pedro e o GPS mandou que fizéssemos um grande desvio, contornando a cidade pelo lado sul. Depois vimos que este contorno foi desnecessário. Continuamos seguindo as instruções do GPS e fomos parar uns 5 km fora da cidade, na estrada que vai à Argentina via Paso Jama. Entramos onde indicado e achamos tudo muito esquisito. Estranhei. Perguntamos onde estávamos, e descobrimos que o maldito GPS nos mandou para o lugar errado mais uma vez. Estávamos em uma área de pesquisa de alguma universidade, nada a ver com hotel.

    Retornamos para a cidade e procura, procura, procura nosso hotel e não acha. Resolvemos então ir à agência de turismo de uma brasileira, a quem havíamos contatado previamente depois de achá-la pela internet e agendado o passeio do dia seguinte ao Salar de Tara. Na agência acertamos os detalhes, pagamos pelo passeio e lá nos deram indicação de como chegar ao hotel onde os casais se hospedariam. Nos batemos mais um pouco, mas finalmente chegamos lá. Os três solteiros do grupo foram para seu hostel, mais perto do centro de SPA.

    À noite fomos passear e vimos aquilo que já havíamos lido. A vida turística de San Pedro de Atacama gira em torno da rua Caracoles, que é aberta apenas para pedestres. A cidade é mantida propositalmente como era nos tempos de vila, pois boa parte de seu charme está neste ar de lugar ermo. Milhares de jovens de todas as partes do mundo e de todas as idades circulam por suas estreitas ruas empoeiradas. As construções são em adobe, a maior parte delas nem pintura tem. A cidade é bem aquilo que se fala.

    O hotel onde ficamos era muito bom, chamado Atacama Wellness Adventure, apesar de estar longe do centro. A administração era familiar, tudo muito bem cuidado. Caro como tudo em SPA e não tinha nada de adventure, mas valeu. Tem bom café da manhã, restaurante razoável e área de lazer com piscina.

    Já o hostel onde os três amigos desacompanhados ficaram tinha outros atributos. Hostel tem aquele esquema, já conhecido e apreciado por muitos: cozinha e banheiros comunitários, quartos com rotação de hóspedes etc. O pessoal que lá hospedou-se gostou. Chama-se Hostal El Anexo. Uma grande vantagem deste local: na frente do hostel, no mesmo terreno, um francês faz pães simplesmente maravilhosos. O pão com azeitonas é excelente. Só funciona de manhã e fecha acho que às quartas-feira. Mesmo que se hospedem em outros locais procurem o El Anexo só para comprar o pão do francês, se ele ainda estiver por lá.
    LR Defender 110 2004

  • #27
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    Este dia foi só de deslocamento, mas como os demais, por lugares muito bonitos.

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img_3413.jpg

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  • #28
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    Décimo segundo dia – 12/04/16

    Primeiro dia no deserto do Atacama. Para quem já esteve lá serei repetitivo, relatando a experiência de ver e conhecer locais maravilhosos; para quem ainda não foi, não conhece o Atacama, espero conseguir passar um pouco do que é este lugar.

    Havíamos contratado, antes de sair do Brasil, um passeio ao Salar de Tara, estando incluídos café da manhã e almoço. Fizemos esta contratação pela internet na agência de uma brasileira que achamos quando buscávamos informações para montarmos nosso roteiro.

    Um motorista e um guia nos pegaram em nossos hotéis pela manhã e saímos na direção leste, sentido Paso Jama. Assim que deixamos San Pedro começamos uma longa subida passando ao lado do Licancabur, famoso vulcão que aparece em quase todas as fotos da região do Atacama. Por ser um cone quase perfeito este vulcão, com seus mais de 5.900 metros e cume nevado, é realmente lindo. Faz a divisa entre Chile e Bolívia, e segundo nosso guia Manuel suas encostas são coalhadas de minas terrestres (?) ali deixadas durante as guerras entre estes dois países. Isto torna as escaladas do vulcão muito arriscadas, só devendo ser realizadas acompanhadas por guias experientes.

    A vegetação, à medida em que fomos saindo de San Pedro e subindo, transformou-se em uma relva fina e dourada, que curvada pelos fortes ventos formava um tapete que brilhava à luz do sol. É muito bonita. Quanto mais subíamos menos vegetação havia, até que tudo vira deserto.

    A cerca de 50 km de San Pedro vimos a estrada que vai para a Bolívia pelo Paso Hito Cajón, já acima dos 4.000 m de altitude, e mais 50 km à frente chegamos ao Salar de Pujsa, onde paramos para o café da manhã. Descemos da van e caminhamos por este belíssimo local enquanto nossos guias preparavam a refeição. Fizemos muitas fotos sob um sol lindo e ventos gelados, comemos um pão delicioso (do francês) acompanhado de bebidas quentes e seguimos viagem.


    Batemos a marca dos 4.800 m de altitude e após uma rápida e curta descida saímos do asfalto para conhecer os Monjes de la Pacana, monólitos que despontam da areia e que graças à erosão causada por vento, areia e gelo adquiriram forma de sentinelas ou monges, como que guardando o deserto. Paramos para mais fotos.

    Embarcamos novamente na van e fomos viajando pelas areias a mais de 100 km/h. O plano era chegar ao Salar de Tara pela região das Catedrais de Pedra, mais um conjunto de rochas esculpidas pelo tempo e pelas intempéries.

    Ao longo do caminho houve outras paradas, até que chegamos em um ponto elevado de onde se avistava o maravilhoso Salar, banhado pelo sol e emoldurado pelos picos da cordilheira dos Andes. Ali nossos guias nos deixaram, orientando-nos a descer a pé até o Salar, uma caminhada de uns 1.000 m. Andamos, fotografamos e apreciamos aquele lugar único e fantástico. As cores das areias, das águas, das montanhas e do céu mudam todos os momentos. O silêncio se impõe. É uma coisa única.

    Logo chegamos a um local onde turistas e agências de turismo estacionam seus carros para preparar e servir o almoço para seus clientes. Sem saber havíamos contratado um serviço muito bom, com mesas, cadeiras, vinhos etc. Fomos muito bem atendidos pelos guias. Um dos pontos altos da viagem.

    Deixamos a região do Salar de Tara e retornamos à rodovia, também a 100 km/h nas rotas pela areia. Na viagem de retorno a San Pedro paramos ao lado de uma bela lagoa e mais próximo à cidade em um mirante de onde tiramos belas fotos do grupo tendo ao fundo o Licancabur e sua exuberância.

    Antes de chegarmos a nosso hotel combinamos diretamente com o Manuel o passeio do dia seguinte, que seria nos Gêiseres del Tatio, mais um dos destaques do Atacama.

    Após um breve descanso no hotel fomos conhecer mais de San Pedro e a famosa Caracoles, centro de tudo e a rua mais movimentada da cidade. Na Caracoles estão as lojas de artigos locais, os restaurantes, as casas de câmbio, os hippies vendendo artesanato, mercadinhos vendendo artigos de primeira necessidade aos turistas que querem gastar menos, agências de turismo vendendo seus pacotes, casas de câmbio etc. É bem movimentada, com muita gente circulando e conversando em vários idiomas, uma verdadeira torre de Babel. É lá que o povo se encontra.

    Décimo terceiro dia – 13/04/16

    Após sermos apresentados ao deserto do Atacama conhecendo o Salar de Tara, neste dia fomos aos famosos Gêiseres del Tatio. Para fazer este passeio é necessário sair bem cedo de San Pedro, pois para se ter uma visão do que são os gêiseres você precisa estar lá antes do nascer do sol. A distância da cidade aos gêiseres é de uns 70 km, feitos em uma hora e meia por uma estrada não pavimentada mas muito boa, a Ruta B245, sentido Norte.

    Nosso guia local Manuel liderou o comboio dirigindo a Frontier, com as duas Defender o seguindo. Como saímos antes do sol nascer não vimos nada ao longo do percurso, mas eu havia lido que este caminho é muito bonito e sabia que teríamos boas surpresas quando voltássemos.

    Chegamos na região dos gêiseres ao raiar do sol, com temperatura de -8 graus! Um gelo! Estávamos a 4.300 metros de altitude, e a uns 10 km da divisa com a Bolívia, a Leste. No lado boliviano da encosta dos montes que fazem a fronteira estão os Gêiseres Sol de la Mañana, também muito famosos, que creio ser parte do mesmo fenômeno geológico dos Gêiseres del Tatio.

    Estacionamos as viaturas e saímos a passear pelos gêiseres. Os olhos por onde sai a água quente são demarcados com círculos formados por pequenas pedras, a fim de evitar-se que as pessoas caiam nos lençóis de água fervente. Já aconteceram acidentes fatais. Um dos últimos foi em 2015, quando uma turista belga se aproximou de um olho e o piso ruiu sob seus pés. Ela foi rapidamente retirada da água e levada primeiramente a Calama e depois a Santiago, mas mesmo assim não resistiu e morreu.

    Andamos, fotografamos e congelamos. Quem não estava com calçado apropriado sofreu.

    À medida em que o sol subia vimos porque é necessário chegar nos gêiseres antes do sol aparecer. Este surge por trás de um dos altos picos que fazem a divisa entre Chile e Bolívia, e seus raios vão cortando e iluminando as nuvens de vapor que são formadas pela água fervente. Este contraste é belíssimo. Depois que o sol está alto mal se vê o vapor, toda aquela beleza da aurora some.

    Fomos com os carros para outra área de estacionamento preparar e comer o café da manhã. Paramos ao lado de uma piscina natural onde as pessoas se banham nas águas quentes. Há vestiários para os que querem colocar seus trajes de banho, local de lazer para crianças de 8 a 80 anos.

    O Manuel nos surpreendeu com ovos fritos, pão, café, chá, suco, frios etc., tudo o que um bom desjejum exige. Ele havia levado fogareiros, panelas, louças e copos, e usou a caçamba da Frontier como cozinha. Muito bom.

    O valor pago ao Manuel, e certamente o valor que é cobrado por outros guias, foi de US$ 100,00. Estavam incluídos neste valor os serviços de guia e o café da manhã. Para um grupo de 9 pessoas é razoável, menos de US$ 12,00 por cabeça.

    Após nos fartarmos com o excelente café da manhã preparado com muito capricho pelo Manuel começamos o caminho de retorno a San Pedro. Saímos da área dos gêiseres por entre alguns montes e poucos quilômetros depois estávamos andando em uma planície extensa, desértica, a mais de 4.000 m de altitude. Víamos os picos da cordilheira dos Andes por todos os lados, dentre eles alguns vulcões e dentre os vulcões o la Putana (isto mesmo, a Puta). Este vulcão é muito bonito, com suas chaminés expelindo fumaça já há vários anos. Tem este nome porque no passado explorava-se jazidas de enxofre nas suas cercanias, e em locais ermos onde há homens trabalhando, há companhia feminina exercendo a profissão mais antiga do mundo. Pelo menos foi esta a explicação dada pelo Manuel.

    Chegamos a um vale onde há um rio (rio la Putana) e uma lagoa (laguna la Putana). Se tem água tem vida. Vicunhas pastavam aproveitando a vegetação baixa das margens do rio e flamingos e outras aves buscavam alimento na lagoa. Os animais, a água, o céu azul e o contraste entre a vegetação do vale e as montanhas desérticas garantiram algumas das melhores fotos da viagem.

    Mais à frente chegamos em um lugarejo chamado Machuca. O Manuel havia sugerido que parássemos ali para provar carne de lhama, preparada em espetinhos. Provei e gostei, só não posso garantir que era lhama realmente. É uma carne suave, magra, muito boa. Lá também vendem pastéis de queijo, bem saboroso. Comemos e seguimos caminho.

    Fizemos mais uma parada em um ponto elevado antes de descermos para o vale onde está San Pedro, tiramos mais belas fotos e retornamos à cidade.

    Antes de nos despedirmos do Manuel perguntamos a ele se poderia nos indicar um guia para o dia seguinte, já que ele tinha outro compromisso. Ele ficou de nos enviar um brasileiro que estava morando em San Pedro fazia alguns meses. Nos despedimos, agradecemos, fomos descansar e depois passear na vila e jantar.
    LR Defender 110 2004

  • #29
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    Salar de Pujsa

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img-20160412-wa0038.jpg

    Catedrais Pedra, próximo ao Salar de Tara

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img_3502.jpg

    Salar de Tara

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img_3621.jpg

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-dsc_0319.jpg

    Licancabur

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-p1013895.jpg

    As fotos são de um companheiro de viagem, fotógrafo de primeira.
    4X4 Brasil
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  • #30
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    Geisers del Tatio

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img_3952.jpg

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img_4006.jpg

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img_3814.jpg

    Caminho para os geisers

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    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img_4497.jpg
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  • #31
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    Mais do caminho aos geisers

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img_4549.jpg

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img_4271.jpg
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  • #32
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    Lindas fotos, o Atacama é demais , quase nos encontramos sai de San Pedro no dia 10 de abril.

    Abs
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    USE SEMPRE O CINTO DE SEGURANÇA
    XJ 97 AT, lift 3"+ 31"+bloqueio+guincho 9klbs, Defender 110 2002.

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    Citação Postado originalmente por Amostardeiro Ver Post
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    Lindas fotos, o Atacama é demais , quase nos encontramos sai de San Pedro no dia 10 de abril.

    Abs

    Valeu, Antonio. Realmente o Atacama é único. Quem não conhece deve conhecer, se tiver oportunidade.

    A maior parte das fotos é de um amigo e companheiro de viagem, o Fábio. Ele é fotógrafo profissional, sabe o que fazer com suas câmaras. Os créditos são dele. E pena que não nos encontramos. Seria legal termos contato com amigos aqui do Fórum.
    LR Defender 110 2004

  • #34
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    Décimo quarto dia – 14/04/16

    O guia indicado pelo Manuel para nos acompanhar neste dia chegou cedo em nosso hotel. Logo percebemos que ele não tinha conhecimentos e experiência suficientes para nos levar muito longe. Mal conhecia os principais pontos próximos à San Pedro, imagine os mais distantes.

    Ele sugeriu então que fossemos conhecer as lagunas altiplanicas. Topamos, pois este era um dos destinos que estavam em nosso radar e é muito fácil de ser acessado. Saímos então de San Pedro rumo ao Paso Sico. Passamos por Toconal, uma pequena e bonita cidade distante uns 40 km de SPA, onde paramos para conhecer a praça central com sua linda igreja. Curiosidade: as portas da igreja são feitas com madeira de cacto. Nunca havia visto isto, bem interessante.

    Continuamos rumo ao sudeste. Cruzamos com um casal de ciclistas que vinha da Argentina. Loucos. Alguns quilômetros adiante saímos da estrada principal e subimos por um caminho em rípio em direção às lagoas. O caminho é tranquilo e bem sinalizado, nem precisaríamos do guia.

    As lagunas Miscanti (a maior) e Miñiquez (a menorzinha) já foram uma só. Estão a mais de 4.200 m de altitude, e são cercadas por picos nevados. Lindas, valem a viagem sem dúvida alguma.

    Paramos no estacionamento e fizemos nosso lanche, que havia sido providenciado pelo guia. Ele levou bons chocolates e salgados, e nós havíamos comprado pães maravilhosos na padaria do francês que fica ao lado do hostel de parte de nosso grupo. Fizemos várias fotos e aproveitamos aquele visual único.

    Lá conversamos com o guia sobre mais atrações naquela parte do Atacama, e ele disse que havia um lugar chamado Piedras Rojas (Pedras Vermelhas) por ali. Ele não sabia o caminho mas comentou que poderíamos arriscar, talvez achássemos este lugar.

    Voltamos para a estrada e seguimos em direção à fronteira com a Argentina, a fim de achar este local. Alguns quilômetros adiante acabou o asfalto e entramos no rípio. Uma poeira só. Andamos mais um pouco e de repente vimos as tais Piedras Rojas. Era uma bela formação rochosa de cor avermelhada ao lado de um salar, na beira da estrada. Qualquer zé mané acharia aquele lugar. Só nosso guia não sabia onde era.

    O salar chama-se Águas Calientes e para variar é belíssimo, multicolorido, cercado por formações rochosas e picos de todas as cores e com lagoas de água esverdeada transparente, como em todos os salares. Fechou o dia com chave de ouro.

    Retornamos a San Pedro e nos despedimos (para sempre) do guia.

    Nesta noite combinamos sair para fazer fotos no deserto, tentando capturar as estrelas daquele céu maravilhoso. Depois de jantarmos em um restaurante na Caracoles o grupo deslocou-se até um ponto no deserto onde deixamos a estrada principal, andamos uns poucos metros, paramos e apagamos as luzes dos carros.

    O que vimos então foi aquele famoso céu límpido de San Pedro, coalhado de estrelas. Víamos constelações, a via láctea, estrelas e mais estrelas. Fizemos fotos incríveis e voltamos à cidade.

    Nesta tarde havíamos encontrado o Manuel e combinado com ele de irmos aos vales da Lua e da Morte, e também ao vale do Arco-íris no dia seguinte.
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    Lagunas Altiplanicas

    Altiplano 2016 - Peru e Chile via Acre-img_2260.jpg

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    Piedras Rojas

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    Ciclistas no caminho a San Pedro

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  • #36
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    Fotos tiradas à noite

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