Legal Hugo, essa região é muito bonita.
Vão voltar no mesmo dia de Águas Calientes ou vão passar uma noite por lá?
Abraços
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Legal Hugo, essa região é muito bonita.
Vão voltar no mesmo dia de Águas Calientes ou vão passar uma noite por lá?
Abraços
Meu padrinho querido estou por aqui de olho tb!
Quando vc falou no tuc-tuc ai tive que responder agora..
Aqui no Sri Lanka na ásia ha milhoes deles na rua.. a cada 1 minuto deve passar uns 30 na sua frente...
Nunca vi transporte tao agil como esse e Brasil nao adota ele.. ai como em toda a asia tem dele e muito barato e preço e isso mesmo e vc anda muito ainda...
abraçao tio querido hugo e tio Lu
Jeison.
Dormimos duas noites em Ollantaytambo, de lá fomos de trem para Águas Calientes e dali ao Parque de Machu Picchu de micro-ônibus, ou seja, fizemos o clássico. Mas tivemos um bom tempo livre depois da visita ao parque para tomarmos umas boas cusquenhas em Águas Calientes, antes de voltarmos a Ollantaytambo.
Não haveria muito a relatar sobre o passeio a Machu Picchu, já que é destino amplamente divulgado, e o que posso acrescentar é que também achei fantástico. Mas um fato que se passou comigo é interessante para alertar aos viajantes que vão a qualquer país estrangeiro.
Olhem que estória: quando cheguei de volta em Ollantaytambo estava calor. Assim que cheguei ao hostal fui trocar a calça jeans por uma bermuda. Daí, ao procurar a carteira no bolso da calça já dobrada na mala para colocá-la no bolso da bermuda, surpresa - a carteira não estava. Vasculhamos todo o quarto, poderia ter caído no chão na hora que dobrei a calça, e nada! Aí dá aquele frio na barriga. Estavam lá: CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO, carteira de identidade (passaporte não, estava na mochila), 4 cartões de crédito, 3 deles habilitados pára uso internacional, talão de cheques, documento de propriedade da minha moto, e uma boa quantia em Soles que havia acabado de cambiar em Águas Calientes, com medo de não encontrar casa de cambio aberta em Cusco, já que estaríamos aqui em um fim de semana.
Bueno, primeira e maior preocupação: como iria me virar sem carteira de habilitação pra voltar até São Paulo. Segunda preocupação: os cartões de crédito em mãos habilidosas poderiam me trazer grande prejuízo.
Como a carteira não estava no quarto, deduzi que a perdi no trem, bolso da calça meio raso, sentado no banco do trem por uma hora e meia, é comum de a carteira escorregar pra fora nessa situação. Voltei imediatamente à estação e reportei o caso. O responsável chamou as duas pessoas que haviam feito a limpeza dos vagões para que o trem partisse de volta pra Águas Calientes. Nada foi encontrado.
O próximo passo foi ir à Comissaria de Polícia fazer uma denúncia de perda de "bilhetera", é como chamam a carteira aqui. Com isso, me garantiu o policial, eu poderia dirigir no Peru, utilizando uma cópia da tal denúncia, como uma cópia de B.O. para nós. Só que eu teria que pagar uma taxa no Banco de la Nacion para retirar a cópia no dia seguinte, e só tem agencia desse banco em Urubamba.
Estória longa. Próximo passo, bloquear os cartões... Esse o motivo do relato. Aos amigos que estão lendo, FIQUEM ATENTOS. No verso dos cartões de crédito que utilizamos existem números de telefone para chamarmos em caso de perda do cartão, no Brasil e no exterior. Pois bem, os números que estão ali NÃO FUNCIONAM. Pelo menos no caso dos cartões do Banco do Brasil. Levei pelo menos 3 horas para descobrir, com a ajuda da minha filha que ficou no Brasil, comunicando-me com ela pelo Skype, qual era o número correto para ligar. Portanto, quando forem viajar pro exterior, procurem se informar com seus bancos qual o número correto a ligar. Nem mesmo a central de atendimento do banco soube informar num primeiro contato. Só numa segunda tentativa minha filha teve a sorte de ser atendida por alguém que sabia a resposta certa. Isso é inacreditável. Depois de tudo isso, finalmente consegui fazer o bloqueio.
No sábado de manhã, sim, os bancos aqui abrem aos sábados, antes de sairmos para Urubamba, passamos novamente na estação para ver se não haviam encontrado a carteira depois de outras limpezas no trem, e nada. Fomos pra Urubamba esperar o banco abrir às 9 horas. Banco aberto, enquanto eu aguardava na fila, uma funcionária veio falar com o Luciano que ligaram do hostel dizendo que a carteira havia sido encontrada! Como já estava na minha vez, paguei a taxa, vai que tivessem encontrado a carteira totalmente vazia...
O final disso tudo parece inacreditável: a carteira foi encontrada...... pela minha esposa Fátima, DENTRO DA BOTA DELA!!!!
É isso, provavelmente, quando pendurei a calça pela barra para dobrar, a carteira caiu de maneira certeira dentro da bota!
O saldo disso tudo foi muito stress, nenhum documento ou dinheiro perdido, e 4 cartões de crédito destruídos, já que o processo junto ao banco foi traumático e de caráter irreversível.
É isso, parece estória de pescador mas aconteceu. Fiquem atentos!
Abraço a todos.
Hugo.
Meu caríssimo sobrinho asiático Juninho!
Estes tipos de transportes improvisados, como os tuc tucs, ou a infinidade de mini carros tipo Daewoo Tico usados como taxis aqui no Peru, só servem para tumultuar o trânsito. Países desenvolvidos investem em transporte coletivo, o que alivia o trânsito, mesmo nas grandes cidades. É aí que o Brasil precisa investir.
Aproveito sua resposta para comentar o fim de semana aqui em Cuzco (Qosqo para os nativos). Chegamos aqui ontem pela hora do almoço. A cidade é grande, mais de 500 mil habitantes. Aqui não tem tuc tuc, mas milhares de mini-taxis, o que deixa o trânsito caótico, assim como vimos em Arequipa, Puno e Juliaca, estas últimas duas infestadas de tuc tucs.
Cuzco dá uma má impressão pela periferia extremamente pobre e suja, com muito lixo pelas ruas. Esta impressão se desfaz quando se chega mais próximo do centro. Foi difícil encontrar hotel. Acabamos encontrando uma pousada, a Pousada de Pardo in, bem simples mas limpa e também bem barata, próxima do centro.
A cidade está em festa. Emendou Corpus Christi com as festas de Cuzco, que acontecem todos os domingos de junho, com o clímax no domingo 23 de julho. Mas de maneira geral, o Peru está sempre em festa. Em quase todas as cidades que passamos havia algum tipo de festividade. Povo alegre e hospitaleiro, exceto no trânsito, buzinam sem parar, é um inferno.
Ontem à noite descobrimos um ótimo restaurante, o Papillon na Plaza de Armas, equivalente à Praça São Salvador em Campos, ou à todas as Praças General San Martin, as praças principais de todas as cidades argentinas. Tio Lu disse que comeu o melhor ceviche de toda sua vida, prato típico peruano, feito com peixe fresco cozido no limão.
Hoje pela manhã fizemos um tour com aqueles ônibus de dois andares sem capota. A visão da cidade melhorou muito. Há muitos prédios e igrejas históricas. São muitos prédios com balcões de madeira muito antigos e bonitos, só havia visto iguais em Tenerife, nas ilhas Canárias espanholas. Depois fomos almoçar no mesmo restaurante, comemos cuy (preá) de novo, desta vez ao forno. Muito bom. Amanhã iniciamos o retorno ao Brasil. Dormiremos uma última noite no Peru, em Puerto Maldonado, e no dia seguinte já estaremos no Acre, provavelmente em Brasiléia.
Grande abraço.
Tio Hugo.
Kcta, que história, fico feliz que tudo tenha se resolvido.
Sorte aí Hugo
Abraços
Obrigado Marcelo e Jeison.
Aproveitando para relatar o dia de hoje. Sem dúvida um dos trechos mais bonitos da viagem até agora. Deixamos a altitude dos Andes e chegamos à amazônia peruana.
Saímos cedo de Cuzco, trânsito infernal, aquele buzinaço peruano com o qual não consigo me acostumar. Mas depois de meia hora já estávamos fora do perímetro urbano. Posso dividir o percurso de 480 km de hoje, alcançado em longas 9 horas e meia, em 4 partes distintas: a primeira, meio chata, de uns 40 km, na ruta que liga Cuzco a Juliaca através do vale. A segunda, já bastante interessante, é quando se toma a Rodovia Interoceânica Sur, sobe-se muito, muitas curvas, e se atinge o que poderíamos chamar de cordilheira intermediária, ali pelos 3.700 metros de altitude. São vários quilômetros em cima dessa "pré-cordilheira", vilarejos e plantações, muitas alpacas e lhamas.
A terceira etapa, que considero a mais bonita, começa quando se chega ao pé da colossal e gigantesca parede de pedras cobertas de gelo. Começamos a subir e a temperatura a cair. Lá em cima, tempo um tanto fechado, o gelo espesso sobre a muralha, a sensação é de que somos ainda menores do que parecemos. É tudo superlativo, inclusive o frio. No topo, chegamos a cerca de 4.800 metros de altitude, e começamos a descer, estrada linda. Às vezes me fazia lembrar os "Caracoles" entre Mendoza e Santiago. Um pouco mais abaixo já lembrava a Serra do Rio do Rastro em SC, já com presença marcante da floresta.
O quarto e último trecho, já em plena floresta amazônica peruana, a mata toma conta da paisagem. Altitude de 800 metros, a cordilheira, as lhamas e as alpacas ficam para trás. Agora já está calor, ar-condicionado ligado, saguis, aves do paraíso, furões, são os novos donos do pedaço. O riozinho que vimos começar lá na cordilheira vai ganhando volume, afluente após afluente, e daí há pouco já é um riozão. Impossível não se sentir em casa com esse ambiente tropical, essa mata, esse calor. Só nos lembramos que ainda estamos no Peru quando vemos os nomes indígenas dos rios e dos vilarejos. Um deles me lembrou uma pequena Juliaca, dada a confusão no trânsito com os inúmeros tuc tucs, ou mesmo a multidão quase que tomando conta da pista com suas barraquinhas de traquitanas e suas motos com a família toda à bordo. Almoçamos numa cidadezinha chamada Quincemil, nome de número grande, mas no almoço pra quatro, com sopa de entrada e tudo mais, pagamos 38 soles, equivalentes a 26 reais. Preços do Peru.
Aqui em Puerto Maldonado estamos no Cabaña Quinta Hotel, mais uma excelente dica do Mestre Ramalho. Hotel confortável com preço justo, muito abaixo de um equivalente no Brasil.
Amanhã eu e o Luciano vamos fazer um passeio na selva, com direito a um trecho de barco, caminhada e banho de lago. As mulheres optaram por algo mais urbano: descanso e compritas.
Abraço a todos.
Hugo.
GRANDE HUGO
Sei da tensão que vc passou mas agora estou morrendo de rir , pois achei que era eu que estava relatando esta história magnífica da perda da carteira , e o Luciano que levou o documento errado do carro , parece muito comigo estas histórias de vcs , é a maldição de vcs me gozando o tempo todo com meus esquecimentos , kakakakakakakakakaka .
Fico feliz por estarem todos bem e aproveitando tudo por aí .
ABRAÇÃO EM TODOS
Saudações... passando para avisar que o Sr. Hugo me prendeu numa leitura tão gostosa que não dá vontade de parar de ler..
Boa Sorte.
Abraço.
Opa a viagem tá show mesmo, estou anotando as dicas !!!
Depois me mande um link com as fotos e, se você me autorizar, eu coloco o seu relato e fotos no meu blog de viagens.
Esse episódio da carteira foi tragi-cômigo !! :) hahahaha. Hugo, um coisa que já percebi, em toda viagem longa sempre vai dar uma Merd... é certo... Na minha última o carro que alugamos quebrou e perdemos 1 dia de viagem (um dia em uma viagem de 10 dias é 10% da viagem... coisa pra caramba...). O que aprendi é programar a viagem com 1 ou 2 dias de folga para acomodar esses probleminhas de percalço. No final das contas sempre temos uma boa estória para contar :)
Doutorzão.
Você ia gostar disso tudo aqui. Hoje fizemos um passeio bem legal, só eu e o Luciano. Primeiro navegamos uns 40 min pelo Rio Madre de Dios. Daí descemos na margem e entramos na Reserva Nacional Tambopata. Caminhada de 45 min, mais ou menos 3 km por dentro da selva fechada. Daí tomamos uma canoa, mordomia, o guia foi remando por um igarapé até sairmos na Laguna Sandoval, lagoa grande toda cercada pela mata fechada, cheia de buritis, aves, macacos, tracajás.
O guia foi remando bem de mansinho pelo entorno da lago, enquanto observávamos a bicharada. Num determinado ponto da orla do lago ele parou e descemos numa trilha bem mais fechada da mata. Caminhadinha de mais uns 15 min e paramos debaixo de duas árvores gigantescas, eles chamam de picus, nem dá pra calcular o diâmetro porque as raízes são espalhadas formando como que paredes. Ali ele disse que era o nosso restaurante. Sacou da mochila 3 embrulhinhos de folha não sei do que, como se fosse de bananeira, mas menor. Dentro um arroz chaufo, tipo um arroz de carreteiro, delicioso. Comemos a iguaria ali mesmo, ao som da bicharada, às vezes do silêncio. Daí fizemos o processo inverso, até o porto da cidade. Detalhe: a mulher que nos vendeu o passeio meteu um monte de medo na gente sobre ter que ir de calça comprida, levou botas de borracha pra nós e tudo mais. Você conhece o Luciano. Depois do primeiro trecho de caminhada ele arrancou a bota e fez todo o resto descalço. Eu, pra não ficar pra trás fiz o mesmo. Sofri um pouco porque meus pés não tem a sola grossa do dele, mas acho que descarreguei a energia dos últimos 30 anos na caminhada.
Amanhã devemos entrar de volta no Brasil pelo Acre, cidade de Assis Brasil, e depois dormir em Brasiléia.
Abração.
Hugo.