Comprei um quadri usado, na verdade um Lifan 150 cc... estou dando um trato nele, troquei o rele de do motor de partida (usa o mesmo da ybr 125 R$ 35,00), tirei alguns pequenos pontos de ferrugem e retoquei toda a pintura.
Bom, agora falta eu esticar a corrente dele, como é que eu faço?
Comprei um quadri usado, na verdade um Lifan 150 cc... estou dando um trato nele, troquei o rele de do motor de partida (usa o mesmo da ybr 125 R$ 35,00), tirei alguns pequenos pontos de ferrugem e retoquei toda a pintura.
Bom, agora falta eu esticar a corrente dele, como é que eu faço?
.....THIAGO.....
Escolher a relação ideal depende do tipo de percurso. O quadriciclo com relação mais "curta" (pinhão menor e/ou coroa maior) possui uma subida de giro mais rápida e mais força nas arrancadas e subidas dando uma sensação de motor mais esperto. Porém se for muito reduzida, passa a requerer trocas de marcha a todo instante fazendo o piloto perder tempo além de perder em velocidade final.
Com a relação mais "longa" (pinão maior e/ou corôa menor)ganha velocidade final e a impressão de motor mais "elástico" já que as marchas "rendem" mais. Devem-se testar várias combinações de relação para saber qual se adapta mais ao estilo do piloto e ao trajeto. Mas em 99% dos casos a relação ideal não está muito distante do que as fábricas recomendam para o modelo.
O pinhão por ser a engrenagem menor é a que apresenta o maior desgaste. Deve ser escolhida uma relação onde o pinhão seja o maior possível.
Para a gama de opções acima, foi calculada a relação de transmissão dividindo o número de dentes da coroa pelo número de dentes do pinhão. Quanto maior o número, mais reduzido à moto fica.
As três opções foram aproximadamente equivalente e a melhor escolha do ponto de vista da durabilidade é a 13 48 já que com o pinhão maior a tendência é ele durar mais além de forçar menos o eixo e o rolamento da caixa.
Existem basicamente dois tamanhos de corrente. A corrente 428 e a corrente 520. Existe também a corrente 530. A diferença da corrente 520 para a corrente 530 é que a 530 é mais larga.
Há correntes com emenda e correntes sem emenda. As correntes sem emenda exigem que a balança seja retirada para poderem ser montadas, mas tem a vantagem de não possuírem o elo de emenda que é um ponto mais fraco na corrente.
Para desmontar correntes sem emenda ou para retirar elos existe a chave de corrente. É uma ferramenta que estraga fácil por isso muitos mecânicos preferem usar o esmeril e um punção, mas a chave de desmontar corrente torna o serviço mais prático. Correntes com retentor perdem perto de 0,8CV por que a corrente é mais pesada e mais dura de se movimentar. Para o cross isso pode fazer diferença mas a durabilidade e confiança que a corrente com retentor proporciona compensa enormemente a perda de um pouquinho de potência.
Na hora da troca da relação, muita gente opta pela corrente sem retentor por que ela é mais barata. Bem, se a grana está curta, a corrente sem retentor dá conta do recado e não afeta a segurança, mas usar uma corrente com retentor compensam apesar do preço mais alto por que a durabilidade é bem maior e a necessidade de ficar regulando a corrente é menor.
A relação deve ser trocada por inteiro. A troca de somente um ou dois componentes do jogo é antieconômica por que as peças novas são rapidamente desgastadas pela peça velha. Por isso troque sempre a corrente, coroa e pinhão ao mesmo tempo.
O pinhão deve encaixar no eixo com uma folga mínima, pois qualquer folga pode acabar destruindo as estrias do eixo.
Em muitos casos o pinhão possui um ressalto em um dos lados e é muito comum a pessoa montar o pinhão com o ressalto para o lado errado. Esse ressalto é importante para manter o pinhão alinhado com a coroa, alinhamento esse que é muito importante para evitar um desgaste prematuro da relação.
Durante a montagem deve-se ficar atento ao alinhamento do pinhão com a coroa. Olhando a moto por trás a uma certa distância para conferir se está tudo certo. Rolamentosda balança e da roda com defeito também causam desalinhamento entre o pinhão e a coroa. Meça com uma trena a distância entre o eixo da balança e o eixo da roda traseira e certifique-se que não há nenhuma diferença.
O estado de conservação das chapas de travamento, das porcas autotravante e anéis trava são importantes, pois são itens que sofrem muita vibração e existe grande chance de se soltarem caso não estejam em bom estado e provocar o travamento da roda.
Deve-se conferir também o estado dos guias da corrente.
As porcas da coroa devem ser apertadas em seqüência cruzada com o torque adequado. por que caso os parafusos do cubo fiquem bambos, o cubo pode vir a quebrar.
Atenção para montar a trava com o lado fechado no sentido de movimentação da corrente .
Existem vários métodos de avaliar a vida da relação.
1- Puxe um dos elos da corrente sobre a coroa. Se der para ver mais de meio dente da coroa então a relação já era.
2- Force com a mão a corrente lateralmente sentindo a folga. A corrente não deve apresentar um jogo demasiado o que indica folga entre os elos. Na imagem aqui, tem uma comparação entre a corrente nova e uma bem usada.
Medição do alongamento da corrente. À medida que a corrente desgasta, as folgas fazem com que a corrente aumente de tamanho, motivo pelo qual devemos ajustar a corrente movendo a roda um pouco para trás de vez em quando. Esse alongamento da corrente tem um limite que é 2,5% para correntes sem retentor e 1,5% para correntes com retentor. Para verificar o alongamento da corrente é só usar uma trena para medir a distância entre 30 pinos da corrente (com a corrente bem esticada)......