hehe boa sorte!! nas pesquisas que fiz diziam que o Makoto é demorado (mas bom - e meio careiro). Tenho levado no Mazinho e estou satisfeito.
abs!
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Galera, alguém sabe em que órgão devemos solicitar autorização para trafegar na TransBananal (BR-242) entre Formoso do Araguaia e São Félix do Araguaia?
Essa estrada abre apenas nos meses de junho, julho e agosto, devido aos alagamentos nos outros meses - mas fui informado de que é preciso ter autorização (não me recordo se é do IBAMA, FUNAI ou outro). Para quem vem do Oeste, a autorização é dada em São Félix do Araguaia. Para quem vem do Leste (meu caso, vindo de Brasília), a autorização é dada em Gurupi-TO.
Alguém sabe em que órgão? Telefone/email? Vasculhei na net mas nada.....
Parto em 12 dias - dia 18 de julho bem cedo.
Valeu!!! :safari-rig:
Vou ver com uns amigos que trabalham no instituto chico mendes talvez saibam o procedimento, se eu tiver alguma resposta te aviso.
abraço
Mano os caras ainda não me retornaram.... se descobrir te aviso.!
Sobrevivemos!! Nunca mais entrei aqui. Acostumei ficar sem checar emails depois da viagem ;-)
Fizemos 4.800Km sem problema algum. Fomos guinchados pelos últimos 700Km...... da ida, íamos subir cruzando a Ilha do Bananal de Formoso do Araguaia, pra São Félix do Araguaia. Mas logo fomos informados por indígenas locais que a água estava surpreendentemente alta naquele ano. Então invertemos a rota inteira e subimos pelo Tocantins, depois Mato Grosso, Pará, TransAmazônica (uma frustração pra jipeiros - pq estava muito boa e muito asfaltada), TransUruará (incrível, incrível, incrível - imperdível), Alter do Chão (magnífica), BR-163 (Santarém-Cuiabá), em estado muuuito pior do que a TransAmazônica, aí pegamos a MT-322 para cruzar a R.I. do Xingu (pior ainda que a Cuiabá-Santarém), para então entrar na Ilha do Bananal - que é linda.
Demos carona para o cacique Djarrina, que nos serviu de guia por consequência. Passamos atoleilo pequeno, depois riacho, depois o Rio Jaburu (uns 80cm de profundidade) e aí atolamos dentro do Riozinho, que estava com 1,20m de profundidade. Ficamos 3 dias sem comunicação qualquer, com piranhas e jacarés enormes no rio. Foi um sufoco. Eu não estava com guincho, nem tinha snorkel (depois da viagem, instalei um OGZ). Entrou água pelo respiro e aí já era... a Full é um trator, mas com água, ficou.
O mecânico disse que se fosse qualquer outro carro, eu teria perdido o motor. Demos sorte.
Ficamos literalmente ilhados. Sorte que tinham uns caras pescando no Riozinho e nos deram barraca e peixe pescado. A região tem muita onça, piranha e jacarés no rio. Atolamos ao anoitecer. Iluminamos o carro com lanterna e, pra nosso pavor, vimos vários olhos laranja brilhando. Ficamos com muito medo, pq não sabíamos se jacarés têm o hábito de subir pra margem ou se eles ficariam apenas dentro do rio. O cacique era medroso e começou a contar altas histórias. Os caras que estavam pescando estavam acostumados com isso tudo, mas ficaram com medo. Meteram chumbo num jacaré gigante. Foram 2 tiros de espingarda 22 e um de 38. O jacaré estrebuchou mas continuou nadando como se nada tivesse acontecido. Fiquei apavorado, pq aí pensei: agora é que a onça virá come-lo e nos comerá de sobremesa. Foi tenso.
No dia seguinte às 5h da matina, quase sem conseguir dormir, peguei carona por 3h numa motinho de um índio para uma aldeia no Javaés. Ele me cobrou uma nota! Aí fiquei aguardando eles terminarem de cortar um boi inteiro com machadadas (com direito a carne e sangue voando pra todos os lados). Cheguei em Formoso ao entardecer.
Dia seguinte às 5h da matina saímos com guincho local (mecânico apelidado Índio - muito gente boa) e o guincho da seguradora. Aliás, o cara veio de Palmas, uns 350Km de distância, pq nem o de Formoso, tampouco o de Gurupi, aceitaram ir ao saber que o carro estava no meio da Ilha do Bananal. Guinchos-plataforma não chegam lá. O da seguradora foi até uma fazenda antes do Javaés e ficou lá aguardando.
Ficamos literalmente o dia inteiro pra conseguir puxar o carro, que estava uns 50m pra dentro do rio. Juntamos 6 cintas de 6m cada, mais corrente em catraca. Se não fosse a catraca manual, que puxávamos 1,5m pra o carro subir 2cm, não teríamos tirado a Full de lá. A margem do rio era fofa e sem aderência. Os jacarés, pra nossa sorte, só apareciam à noite. Entrávamos na água sob nosso risco.
Ao final do dia, puxamos o carro com um cambal ligado numa F-1000 modificada, do mecânico. O carro não dava partida. Ao entardecer chegamos na aldeia no rio Javaé. Estávamos já relaxados, filmando tudo, gritando eufóricos. O Javaé é largo, porém estava bem raso. Uns 50cm só. Porém tinha um banco de areia, onde a F-1000 atolou...... Passamos mais uma noite atolados. Fui atrás de trator pra nos tirar, mas como era 20h, ninguém quis se arriscar. Tinham umas fazendas na região. Já era bem mais habitada. No Riozinho, é pura mata. Nenhum ser humano.
No dia seguinte conseguimos um trator sem tração. Engatamos um cabo de aço de 10m na Full e quando o trator passasse por nós, teríamos de pinçar o pino dentro do buraco na traseira do trator em movimento, pq se ele parasse, ficaria atolado também, por não ser traçado.
Deu certo!!
Continuamos os restantes 700Km de guincho-plataforma.
Ainda não consegui editar os vídeos - mas já planejo a próxima, desta vez pra Argentina, Bolívia e Peru.
[]s
Caraca :shock::shock:
Curioso para ver as fotos e vídeos.
Que bom que no final deu tudo certo
Abraços
Opa,
Estou ansioso para ver as imagens
Abs
Evanio Machado
Piotrek,
Já pesquei no Javaés e no Riozinho, conheço bem os indios de lá, deu sorte de voltar com o carro e com vida, sorte de voces que deram carona pro cacique, terra de ninguem e indios bem pilantras pra variar.
Os Jacarés e as piranhas são o de menos.
Abs.