LUBRIFICAÇÃO - O enxofre é retirado do diesel por meio de um processo chamado hidrotratamento, que pode ter, como conseqüência adicional, a diminuição da capacidade lubrificante do combustível. Para que a nova composição não cause um impacto negativo nos motores quanto à lubrificação de seus componentes, a Petrobrás e a Bosch do Brasil firmaram uma parceria para desenvolver meios de garantir a lubricidade do diesel após a alteração de seu teor do enxofre. Simultaneamente, a estatal está investindo aproximadamente U$ 4 bilhões para modernizar o seu parque de refino, possibilitando a produção do “novo” diesel. “Com a redução do teor do enxofre, teremos um combustível mais moderno e mais limpo. Em outras palavras, menos poluente.
Porém, essa alteração pode reduzir a lubricidade do diesel, sobretudo no caso do produto a ser lançado em 2009”, diz Christian Wahnfried, engenheiro especialista da área de ensaios de durabilidade da Bosch.
Segundo ele, na Europa, em 1996, quando esse mesmo programa de redução do enxofre foi realizado, foram constatadas falhas nos sistemas de injeção. “Hoje em dia, o problema está resolvido graças à aditivação do combustível já nas refinarias, o que recupera sua capacidade lubrificante”, conclui o engenheiro.
No Brasil, a proposta da Petrobrás também é adicionar ao diesel aditivos específicos para garantir antecipadamente as propriedades lubrificantes do combustível. “Assim, não teremos problemas de falhas no campo após a introdução no mercado do novo diesel com baixo enxofre”, define Christian Wahnfried.
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