Bocaina em 15 de novembro

[Dimasi]

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Maravilha de relato Luiz !
Tem o contato do Tião? O caminho da estalagem para a Palmira é pelo sertão da onça? Tou querendo muito voltar a essa região, se não der esse ano, em Janeiro vou com certeza.
Abs

[FALOTICVS]

Ô turma chata essa do IBAMA!

Chata jamais. Exigente, talvez. Não se esqueça que ali é uma Unidade de Conservação Federal, inclusive local de trabalho de muitos pesquisadores, que estão ali justamente contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.

[tazinho]

Bem Tazinho, respondo aqui ao seu e-mail para deixar também para o resto da turma as minhas humildes dicas.
A Serra da Bocaina é um lugar lindo, de natureza exuberante e ideal para fugir do nosso dia a dia estressante de cidade grande.
Eu conheço duas vias principais de acesso à serra. Uma por Bananal e a outra por São José do Barreiro. Essa segunda leva direto à portaria do Parque Nacional é um desafio constante. A partir de SJB são 27 km até a portaria. Com tempo seco essa estrada não representa nenhum problema, embora em grande parte se assemelhe mais a um leito de rio seco que a uma estrada. Depois de dois dias de chuva entretanto há trechos que viram um teste imenso. Com a água surge uma lama extremamente escorrregadia onde, independente dos pneus torna-se muitíssimo difícil controlar o carro. Fica uma situação muito parecida com aquele futebol no sabão que tem em festas infantis sabe?
Pois bem, supondo que o tempo estava seco ou que você conseguiu vencer o lamaçal, existem várias opções de pousadas no alto da serra. Fora dos limites do parque você tem a Pousada Lajeado (uma antiga fazenda), a Campos da Bocaina Pousada Campos da Bocaina - Serra da Bocaina SP que eu não conheço mas parece ser bem charmo$$a e a Conde D´Eu, que foi de fato casa de veraneio do marido da nossa Princesa Izabel Pousada Conde D'Eu .
Dentro do parque existe a Pousada Vale dos Veados que está no roteiro de charme e é bem cara. A outra opção, onde fiquei agora é a Fazenda Barreirinha do Tião. Uma casa muito simples e rústica onde o Tião recebe com grande hospitalidade caminhantes da Trilha do Ouro e jipeiros. A comida preparada no fogão de lenha pela sua esposa, a D.Wanda, deveria estar entre as 7 maravilhas do mundo! Para se hospedar no Tião ou na Vale dos Veados é preciso fazer reserva passando os dados das pessoas e dos veículos para que eles providenciem junto ao IBAMA a licença para entrar no parque. Não adianta chegar na portaria achando que vai dar um jeitinho pois os caras são chatos de verdade e se não tiver mandado os dados com antecedência não vai entrar mesmo. A partir da portaria do parque são 19 km até o Tião, num off-road da melhor qualidade, com terreno muito pedregoso, travessia de rios, subidas e descidas... Tudo isso em meio a uma mata fechada. Principalmente na época de chuvas que começa agora em novembro é bom ir com uma margem para eventualmente atrasar a volta. É que lá chove de verdade e aí os rios enchem, árvores caem, a lama fica intransponivel... O terreno muda muito e muito rápido em função das condições climáticas. E aí você pode simplesmente não conseguir voltar. Nesse feriado por exemplo eu subi com a estrada seca e com o nível do rio absolutamente normal. Na volta tive que arrastar com a cinta uma árvore que havia caido na trilha obstruindo o caminho, tive que mergulhar o carro no rio com água até o meio do capô pois o mesmo havia subido muito com a chuva e cheguei a ficar atravesado na pista na descida da serra por causa da lama. Para dormir num dos quartos do Tião com direito a banho quente ele cobra R$ 80,00 a diária com pensão completa. Se for acampar o banhdo é frio e o preço é menor.
A outra subida, por Bananal, é bem tranquila mas também muito bonita. Até o alto da serra o caminho é asfaltado, numa estrada estreita e muito ingreme. Lá no alto voce tem a Estalagem Bocaina, de propriedade do Márcio (12) 3116-1519. Hospedagem simples e honesta. A mãe do Márcio faz uma truta divina! Antes de chegar ao Márcio há uma placa para a Cachoeira 7 Quedas que vale muitíssimo a pena visitar. Existe uma sede do Ibama eu acho, que abriga um centro de pesquisa. É bom agendar a visita à cachoeira pois mais uma vez os caras são bem chatos. Ô turma chata essa do IBAMA! A partir da Estalagem Bocaina anda-se mais 25 km até chegar à pousada da D.Palmira. Eu nunca fui lá mas sei que fica dentro dos limites do parque é o ponto mais próximo para chegar à magnífica Cachoeira dos Veados, que a partir do Tião fica a 3 a 4 horas de caminhada e a partir da D.Palmira fica a apenas uma hora a pé.
Há uma estrada ligando o Tião à D.Palmira mas se você entrar por SJB, pela portaria do parque, eles só te dão autorização para circular de carro até a pousada. Pensei em sair do Tião por essa estrada, indo conhecer a D.Palmira e descendo por Bananal mas o Tião disse que não era permitido. Embora não haja outra portaria para fiscalizar, respeitei para não criar problemas para o Tião junto ao Ibam. Entretanto ao sair pela portaria do parque, por onde havia entrado, achei que teria que assinar outro papel registrando minha saída mas para meu espanto abriram direto a cancela e só me deram um tchauzinho. Isso porque ao entrar você assina um papel dizendo que stá ciente de estar por sua conta e risco e que caso aconteça alguma coisa não haverá resgate. Viva o IBAMA e o Brasil!
Bem, recomendo a todos o passeio mas atenção ao levar asw esposas. É necessária uma boa dose de espírito aventureiro.
Espero ter ajudado.
Bom passeio a todos e quando forem avisem por aqui. Qeum sabe não fazemos um grupo grande!
Abs!

Muito Obrigado pelo relato Castilho muito detalhado e será de grande ajuda numa futura visita de qualquer forense à região.

[Luiz Castilho]

Chata jamais. Exigente, talvez. Não se esqueça que ali é uma Unidade de Conservação Federal, inclusive local de trabalho de muitos pesquisadores, que estão ali justamente contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.

Sou um grande defensor da natureza e adoro lugares com pouca ou nenhuma ocupação ou intervenção humana. E entendo e apoio todo o tipo de pesquisa ambiental. Mas me parece absurdo e desmedido o modo de administração de algumas áreas de preservação. O Parque da Bocaina por exemplo tem essa única portaria por São José do Barreiro, onde o visitante que pré-agendou sua chegada é obrigado a assinar um documento dizendo que está por sua conta e risco e que se lhe acontecer algo dentro do parque não haverá resgate ou qualquer responsabilidade das autoridades. Se queremos conservar vamos começar por normatizar o turismo e não simplesmente dificultá-lo certo? Até porque os turistas trazem parte dos recur$$os que viabilizam as pesquisas e todo o resto que vai melhorar a qualidade de vida da população.

[FALOTICVS]

Sou um grande defensor da natureza e adoro lugares com pouca ou nenhuma ocupação ou intervenção humana. E entendo e apoio todo o tipo de pesquisa ambiental. Mas me parece absurdo e desmedido o modo de administração de algumas áreas de preservação. O Parque da Bocaina por exemplo tem essa única portaria por São José do Barreiro, onde o visitante que pré-agendou sua chegada é obrigado a assinar um documento dizendo que está por sua conta e risco e que se lhe acontecer algo dentro do parque não haverá resgate ou qualquer responsabilidade das autoridades. Se queremos conservar vamos começar por normatizar o turismo e não simplesmente dificultá-lo certo? Até porque os turistas trazem parte dos recur$$os que viabilizam as pesquisas e todo o resto que vai melhorar a qualidade de vida da população.

O recurso mais adequado em uma Unidade de Conservação (Parque Nacional é uma Unidade de Conservação) é a preservação.

Do site do Instituto Chico Mendes (anteriormente essa atividade era do Ibama)

PARQUE NACIONAL

Os parques nacionais são a mais popular e antiga categoria de Unidades de Conservação. Seu objetivo, segundo a legislação brasileira, é preservar ecossistemas de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas, realização de atividades educacionais e de interpretação ambiental, recreação e turismo ecológico, por meio do contato com a natureza. O manejo dos parques, feito pelo Instituto Chico Mendes, leva em consideração a preservação dos ecossistemas naturais, a pesquisa científica, a educação, a recreação e o turismo. O regime de visitação pública é definido no Plano de Manejo da respectiva unidade.

Categorias

Muito provavelmente, o Plano de Manejo do Parque Nacional da Bocaina, dadas as características físicas, de acesso, comunicações, logística e inclusive estrutura necessária para resgate, definiu a visitação pública nessa Unidade de Conservação como parcialmente restrita, sendo que o "documento dizendo que está por sua conta e risco e que se lhe acontecer algo dentro do parque não haverá resgate ou qualquer responsabilidade das autoridades", citado por você, a exemplo do que ocorre em Unidades de Conservação em centenas de outros países do mundo - eu mesmo já assinei documentos semelhantes - existe justamente para deixar bem claro que o objetivo principal daquela Unidade de Conservação não é o turismo, muito menos turismo embarcado em viaturas de grande porte, potencialmente poluidoras do ar, água e solo. Isso sem falar no impacto causado pelas pessoas que ingressam na área, dentro dessas mesmas viaturas.

[Luiz Castilho]

O recurso mais adequado em uma Unidade de Conservação (Parque Nacional é uma Unidade de Conservação) é a preservação.

Do site do Instituto Chico Mendes (anteriormente essa atividade era do Ibama)


Categorias

Muito provavelmente, o Plano de Manejo do Parque Nacional da Bocaina, dadas as características físicas, de acesso, comunicações, logística e inclusive estrutura necessária para resgate, definiu a visitação pública nessa Unidade de Conservação como parcialmente restrita, sendo que o "documento dizendo que está por sua conta e risco e que se lhe acontecer algo dentro do parque não haverá resgate ou qualquer responsabilidade das autoridades", citado por você, a exemplo do que ocorre em Unidades de Conservação em centenas de outros países do mundo - eu mesmo já assinei documentos semelhantes - existe justamente para deixar bem claro que o objetivo principal daquela Unidade de Conservação não é o turismo, muito menos turismo embarcado em viaturas de grande porte, potencialmente poluidoras do ar, água e solo. Isso sem falar no impacto causado pelas pessoas que ingressam na área, dentro dessas mesmas viaturas.

Meu caro FALOTICVS.
Antes de mais nada quero dizer que acho muito interessante para todos essa nossa troca de idéias aqui. Afinal, um fórum de discussões como o nosso serve para a disseminação de informações e para discussão de idéias e pontos de vista. Tudo dentro da educação e do respeito mútuo, como deve ser e como estamos levando a cabo.
Pois bem, não acho que estejamos em lados opostos nessa discussão. Não questiono de forma alguma os objetivos preservacionistas ou científicos do IBAMA ou de qualquer outro orgão que seja responsável por áreas naturais. Ao contrário. Minha crítica é à falta de posicionamento definido do orgão em questão. Se como você disse, "o objetivo principal daquela Unidade de Conservação não é o turismo, muito menos turismo embarcado em viaturas de grande porte, potencialmente poluidoras do ar, água e solo"então que se proiba de fato a entrada de viaturas. Mas para isso é preciso que haja outras portarias controlando realmente todos os acesso ao parque. Ter uma única portaria num parque onde se pode entrar por N outros acessos e fingir que essa portaria controla e regula o acesso dos cidadãos, que em última instância mantêm com seus impostos aquela unidade e sua pífia estrutura, é no mínimo hipócrita. Ou se controla de fato o acesso de turistas, motorizados ou não, mantendo um registro de quem entrou e de quem saiu e por onde, até para acionamento de uma busca em caso de um desaparecimento, ou se põe simplesmente umas placas informativas/educativas e vamos contar com o bom senso de todos. Particularmente sou mais favorável à primeira opção que me soa como fazer as coisas do modo certo e responsável. E que ninguém venha me dizer que não há verbas públicas suficientes para esse tipo de controle no Parque da Bocaina ou em qualquer outro santuário ecológico brasileiro. Basta vontade e honestidade nos homens que nos representam em Brasília. Mas acho que aí de fato já é pedir o impossível. Basta citar a notícia veículada ontem, 23 de novembro de 2011 nos principais jornais do país, dando conta de que o governo federal juntamente com os parlamentares planeja reduzir a área do Parque Nacional da Serra da Canastra para que se possa explorar jazidas de diamantes naquela região.
A mim parece cada vez mais que os principais defensores dessas áreas somos justamento nós, ecoturistas (motorizados ou não) que vamos para esses locais com o único objetivo de louvar e apreciar a exuberância da flora e da fauna.
Bem, pelo menos vamos estar, segundo o governo, entre os dez maiores produtores de diamantes do planeta. Isso sem contar as imensas e áridas crateras que se formarão em áreas antes verdes e cheias de vida e que podemos usar como parques de diversões off-road.
Termino aqui citando a sua primeira frase: "O recurso mais adequado em uma Unidade de Conservação (Parque Nacional é uma Unidade de Conservação) é a preservação."
Abs

[tulio]

por bananal eh tranquilo se nao tiver chuvendo,,rsrsr, mas tem q entrar com contato com tiaumzinho, pq pode acontecer de tu chegar la em cima e nao ter vaga na hospedaria, sacou...

tem umas 30 porteiras pra abrir, mas nada que um zequinah safo nao de conta

é um lugar foda de bonito e frio tb,,