É?
O Brasil contribuiu muito e continua a contribuir para que idéias muitas vezes simples modificassem o nosso mundo. Muitas vezes estes inventores são injustiçados e relegados ao esquecimento. O complexo de vira-lata contribui para que o brasileiro não acredite em sua capacidade inovadora.
SANTOS DUMONT, p. ex., inventou:
O Brasil contribuiu muito e continua a contribuir para que idéias muitas vezes simples modificassem o nosso mundo. Muitas vezes estes inventores são injustiçados e relegados ao esquecimento. O complexo de vira-lata contribui para que o brasileiro não acredite em sua capacidade inovadora.
SANTOS DUMONT, p. ex., inventou:
- Balão a gás de pequeno porte que revolucionou a construção de aeróstatos. Foi batizado de Brasil, em homenagem à terra Natal de Dumont.
- Dirigível: ao colocar um motor movido a petróleo num balão a gás, Dumont inventou o primeiro dirigível. O modelo nº 9 foi o primeiro a dar a volta da torre Eiffel.
- O avião: o 14 Bis foi a primeira aeronave mais pesada que o ar a levantar vôo por seus próprios meios
- O precursor do ultraleve: o Demoiselle 20, um avião menor, mais rápido e com maior possibilidade controle que o 14 Bis, foi o último invento aeronáutico de Dumont. E o primeiro ultraleve da história. Tinha 115 kg, envergadura de 5,50m e comprimento de de 5,55m.
- O relógio de pulso: Dumont pediu ao amigo Cartier que transformasse o relógio de bolso em relógio de pulso, colocando alças no lugar da corrente, de modo que ele pudesse controlar facilmente o tempo que passava no ar.
- Hangar com portas de correr: em 1900, para fechar o galpão onde montava suas invenções, Dumont colocou portas que corriam sobre rolamentos. O primeiro hangar do mundo tinha 11 metros de altura, 7 metros de largura e 30 metros de extensão.
E não patenteou nenhuma de suas invenções.
A máquina de escrever foi idealizada originalmente pelo Padre FRANCISCO JOÃO DE AZEVEDO, em 1861. Parecia com um piano de 24 teclas que imprimiam letras num papel - para mudar de linha, era preciso pisar em um pedal na parte de baixo do aparelho. Alegando estar velho e doente, o padre entregou seu invento ao negociante George Napoleon Yost, com a promessa de que havia pessoas interessadas em fabricá-lo nos Estados Unidos. Em 1874, o americano Christofer Sholes apresentou um modelo quase igual ao do padre Azevedo. A empresa Remington se interessou e passou a fabricar as máquinas, sem nem lembrar do brasileiro.
Foi um brasileiro, NÉLIO JOSÉ NICOLAI, que inventou o sistema de identificação de chamadas, famoso Bina, que todos usamos hoje, principalmente nos celulares, sem nem perguntar de onde veio. O pior de tudo: Nicolai não recebe nem um centavo por isso. Também é invenção de Nicolai a tecnologia do Salto (Sinal de Advertência para Linha Telefônica Ocupada), ouvido durante a conversa telefônica e que anuncia que alguém está ligando. Todas as grandes telefônicas do planeta dispõem desse serviço. Nenhuma paga royalties ao brasileiro.
Ele inventou ainda os Micro-PABX, divisores de linhas e sistemas de acionamento de serviços de emergência (190, 191 etc). Foi Nicolai quem inventou a tecnologia que permite contabilizar diretamente as chamadas sem a interferência da prestadora do serviço, princípio que permitiu a difusão mundial dos números 0900.
Ele inventou ainda os Micro-PABX, divisores de linhas e sistemas de acionamento de serviços de emergência (190, 191 etc). Foi Nicolai quem inventou a tecnologia que permite contabilizar diretamente as chamadas sem a interferência da prestadora do serviço, princípio que permitiu a difusão mundial dos números 0900.
Poderia me estender indefinidamente nesta relação de inventos brasileiros, a maioria desconhecida do grande público. Mas, este não é o lugar adequado.
A ciência produzida no Brasil tem alta qualidade, mas não resulta em produtos comerciais com freqüência por não atrair investidores privados globais. E o que afasta esses investimentos é a fragilidade do sistema brasileiro de propriedade intelectual.
Criatividade não falta aos inventores nacionais, o que falta é mais investimento do poder público nas inovações tecnológicas brasileiras.
Enquanto os países desenvolvidos registram milhares de patentes por ano, no Brasil, a cada 20 mil pedidos entregues ao INPI apenas mil são registrados.
Enquanto os países desenvolvidos registram milhares de patentes por ano, no Brasil, a cada 20 mil pedidos entregues ao INPI apenas mil são registrados.
Mas, isso talvez o meu camarada não soubesse, ofuscado que está pela “inteligência e criatividade” estrangeiras.
Temos e devemos valorizar a “prata da casa”.