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  • #1

    Smile Como me apaixonei por um comunista




    Lembro que deveria correr o ano de 1993, quase fim-de-ano, estávamos viajando, meu irmão e eu pela BR290 rumo a Alegrete. Ao entrarmos no
    acesso a um posto, perto de Cachoeira do Sul, cruzou por nós um veículo vermelho fazendo um característico gemido de 4x4 em alta(?) velocidade. Recordo que meu irmão comentou: - Deve ser o Niva, o jipinho russo do Collor...
    Mais tarde ao conversamos, ele comentou que já tinha visto um e era o veículo ideal para as estradas da nossa zona rural.
    A vida seguiu e nunca mais esqueci aquele som.
    Volta e meia ele manifestava a vontade de ter um.

    Em 1997, meu irmão nos deixou para sempre e não pode realizar o sonho do jipinho.
    Tive de assumir parte dos negócios da família e a primeira providência que tomei foi comprar um Niva.
    Achei o meu numa loja de automóveis de Porto Alegre. Bastante novo e completo com bolsa de ferramentas, bomba de encher pneus, manivela de partida, manual original. Era um Pantanal, vermelho. Tinha sido de uma médica que o comprara para ir de Porto Alegre, nos fins-de-semana, ao seu sítio, distante 40 km da cidade com 5 de chão batido...
    Desde então estou com ele. Oigalê, carro valente ! Durante 10 anos tomou pedrada, engoliu barro, ficou estacionado embaixo de um cinamomo por 2 meses, teve sua frente comida pelo meu Rottweiler, cruzou em atoleiros onde jaziam Toyotas, levou e trouxe minha família, peões, cães, vizinhos. Reboquei, dei carona, viajei, pesquei, acampei, medi campo e até gado toquei.
    Tornou-se um membro de minha família. Beberrão, esquisitão, cheio de mania, mas apaixonante.
    Hoje, descansa em uma garagem aqui perto de casa.
    Pintado, quase recuperado. Posso dizer que gosto mais de andar nele do que em meu outro carro, um Omega CD 3.0, minha outra paixão.
    Jamais o deixei sem manutenção preventiva e ele só me deixou na mão duas vezes, quando esqueci dela...
    Jamais o venderei.
    Apesar de ser democrata e capitalista, deste comunista eu gosto muito.

  • #2
    Citação Postado originalmente por Buke Ver Post
    Lembro que deveria correr o ano de 1993, quase fim-de-ano, estávamos viajando, meu irmão e eu pela BR290 rumo a Alegrete. Ao entrarmos no
    acesso a um posto, perto de Cachoeira do Sul, cruzou por nós um veículo vermelho fazendo um característico gemido de 4x4 em alta(?) velocidade. Recordo que meu irmão comentou: - Deve ser o Niva, o jipinho russo do Collor...
    Mais tarde ao conversamos, ele comentou que já tinha visto um e era o veículo ideal para as estradas da nossa zona rural.
    A vida seguiu e nunca mais esqueci aquele som.
    Volta e meia ele manifestava a vontade de ter um.

    Em 1997, meu irmão nos deixou para sempre e não pode realizar o sonho do jipinho.
    Tive de assumir parte dos negócios da família e a primeira providência que tomei foi comprar um Niva.
    Achei o meu numa loja de automóveis de Porto Alegre. Bastante novo e completo com bolsa de ferramentas, bomba de encher pneus, manivela de partida, manual original. Era um Pantanal, vermelho. Tinha sido de uma médica que o comprara para ir de Porto Alegre, nos fins-de-semana, ao seu sítio, distante 40 km da cidade com 5 de chão batido...
    Desde então estou com ele. Oigalê, carro valente ! Durante 10 anos tomou pedrada, engoliu barro, ficou estacionado embaixo de um cinamomo por 2 meses, teve sua frente comida pelo meu Rottweiler, cruzou em atoleiros onde jaziam Toyotas, levou e trouxe minha família, peões, cães, vizinhos. Reboquei, dei carona, viajei, pesquei, acampei, medi campo e até gado toquei.
    Tornou-se um membro de minha família. Beberrão, esquisitão, cheio de mania, mas apaixonante.
    Hoje, descansa em uma garagem aqui perto de casa.
    Pintado, quase recuperado. Posso dizer que gosto mais de andar nele do que em meu outro carro, um Omega CD 3.0, minha outra paixão.
    Jamais o deixei sem manutenção preventiva e ele só me deixou na mão duas vezes, quando esqueci dela...
    Jamais o venderei.
    Apesar de ser democrata e capitalista, deste comunista eu gosto muito.
    Agora se explica porque este Niva está tão bonito: é parte da família!

    Parabéns pela bonita história!

    Por coincidência, comprei meu terceiro Niva (estou no quinto) também em 1997. Era um 90/91, comprado de um conhecido em ótimo estado (o cara era um "flanelinha"), com apenas 40.000 Km. fiquei muito ligado a este Niva por diversas razões:

    foi o primeiro Niva no qual andei
    foi também o primeiro que dirigi
    foi o que ficou mais tempo comigo (quase 10 anos)
    foi o que mais rodou em minhas mãos (200.000 Km)
    foram inúmeras as belas viagens que fiz com ele (veja as fotos anexas, todas tiradas no RGS, exceto a última, tirada em Cunha/SP, no 3o Encontro Nacional dos Camaradas do Niva)

    Infelizmente, eu não podia me dar ao luxo de ter 2 carros, senão teria permanecido com este meu "filho"...
    Miniaturas de Anexos Miniaturas de Anexos Como me apaixonei por um comunista-sul2001_13.jpg   Como me apaixonei por um comunista-sul2001_15.jpg   Como me apaixonei por um comunista-sul1998_01reduz.jpg   Como me apaixonei por um comunista-sul1998_03reduz.jpg   Como me apaixonei por um comunista-cunha-2004-02.jpg  
    Gil Roberto
    Niva 95 - "SUVdesenvolvido"
    http://www.4x4brasil.com.br/forum/album.php?albumid=204

  • #3
    Usuário Avatar de Soldier
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    Buke, parabéns por essa história poética e pelo Niva também... na verdade, quem tem e "suporta" os caprichos do russinho - como vc mesmo colocou... no fundo é um romântico

    []s
    SOLDIER ADVENTURES
    Land Rover Defender 110 - Peregrina

  • #4
    Além de romântico, niveiros são saudosistas... tem saudades daqueles 4x4 sem frescuras do mundo moderno... como o nosso russinho...

  • #5

    Me apaixonei por um comunista

    Camarada, sua história é emocionante. Tenho poucos km de Niva, mas já algumas aventuras pra contar. Um enguiço de 4h no pointe de Vitória e várias propostas de compra do Nivão, parado por um maledito fusível queimado, que me custou 50 contos. Niveiro de primeira.... Depois um saque de muzarela na estrada Vitória x JF, e hoje um assalto a uns pés de mexirica, numa trilha Vitória x Santa Izabel. Tenho que confessar, esse jipinho tem sido meu irmão de fé aqui.
    Grande abraço.

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