Postado originalmente por
Edumar
Gostaria de incluir aqui alguns recortes rápidos.
A água no diesel não costuma ser efeito de adulteração intencional, mas de características naturais do diesel.
O diesel é sujeito à contaminação porque, por suas características químicas, tem capacidade de absorver umidade do ar. E água é o principal meio para a proliferação de bactérias. E, além disso, ele reage com o enxofre presente no combustível, formando ácido sulfúrico, que é corrosivo.
O biodiesel é ainda mais higroscópico (absorve mais água) que o diesel de origem fóssil, além de ter gordura animal em sua formulação, um composto capaz de aumentar a velocidade de oxidação do diesel, gerar ainda mais bactérias e adensar o combustível.
O resultado é que esta água estimula a presença de microrganismos no ambiente, provoca o surgimento de uma borra no fundo do tanque e prejudica o sistema de alimentação de combustível.
Houve a redução da presença do enxofre no combustível. Embora essa medida tenha sido benéfica para o meio ambiente, tornou o diesel mais suscetível à contaminação, uma vez que o enxofre é um bactericida natural.
O problema varia por região também, quanto mais úmida a região, mais absorção de umidade vai ocorrer, e mais problemas vão surgir.
A minha região aqui é bem úmida, e os problemas com o S10 são constantes nos modelos que já citei.
Regiões mais secas vão ter menos incidências de problemas.
Mas, não é só no tanque do carro que a umidade pode ser absorvida. Desde a sua estocagem na produção há uma preocupação grande com a umidade, e até nos tanques dos postos ocorre absorção de umidade, que muitas vezes acaba acumulando no fundo do tanque do posto e depois indo para os carros.
As vítimas, na maioria das vezes, são os proprietários de picapes que circulam pouco ou abastecem em postos com movimento reduzido, que demoram a renovar o combustível em seus tanques.