Ele é meu desde zero km, e ainda sem placa levei-o para Sampa (moro em Niteroi) pro Jorge Serrano da Four Wheel equipar.
Segue a minha receita para trilhas: na época, em dezembro de 1999, fui o primeiro aqui no Rio a ter parachoque de ferro com guincho embutido, snorkel, proteção por baixo (skid plates), suspensão levantada (nada demais, apenas endureci a barra de torção dando mais uma volta no parafuso que a regula na base), tirei os para-barros e estribo.
O carro ficou magro, alto, com cara de jovem e valente.
Fiz ao longo desses mais de 11 anos, muitas viagens pro Nordeste e pro Sul, muitos passeios off-road, em especial pela Serra da Bocaina e Serra da Mantiqueira, assim como trilhas leves, algumas nem tão leves assim, como a vez que tive que passar por cima de um tronco de arvore caído que trancava a estrada, para abrir caminho pros outros veículos do comboio, tronco esse com quase 1 metro de diâmetro.
Graças ao grande ângulo de ataque do meu Pajero, passei sem dificuldade e o resto do pessoal babou de inveja.
Decidi ficar com ele até que a morte nos separe. Não vou vender por 20 nem 30 mil moedas, ele não tem nenhuma ferrugem, o coro interno está zerado, tudo está bem e funcionando perfeitamente apesar de seus 240 mil kms rodados.
Ocorrências: já queimei o guincho uma vez e já fiz o motor 1 vez. Embreagem até hoje é a original, provando que câmbio automático dura muito mais que o mecânico, mas tenho um problema crônico de suspensão dianteira, até já relatei aqui no tópico "Dramática...", que ninguém dá jeito e sigo comendo o pneu dianteiro direito e fazendo grandes escândalos em curvas para a direita. (detalhe: o alinhamento sempre dá ok!).
Abraços e boas trilhas,
Hilario Alencar.
obs.: Quanto queres na Rural? A Rural é a origem de tudo na minha vida, do meu querido avô materno Levy que foi quem me ensinou a amar as viagens, a amar a natureza, a estrada, a acordar cedo, a respirar o ar puro da montanha e a beber água pura na fonte, quem me ensinou a dirigir com 11 anos, em 1969. Muita Saudade.