Postado originalmente por Lothar
Responder com CitaçãoO carro estava parado aguardando a conclusão do inventário por cerca de dois anos, sendo eventualmente ligado na garagem. Como sou totalmente leigo com motores diesel (um pouco menos agora), dei uma olhada e me pareceu tudo ok. Quando fui buscar o carro, notei uma fumaça esbranquiçada e senti um forte arrepio pensando que o motor estava ferrado, mas depois de me acalmar pensei que o diesel poderia estar velho e com água(acho que foi isso, porque isto parou após consumir o combustível). Então comecei uma pesquisa e vi que o carro tem correia dentada e como meu tio é mecânico aposentado(de carro a gasolina) pedi que me ajudasse a trocar a correia e fazer uma manutenção preventiva. Sem nunca ter visto uma defender, comecei a troca da correia. Primeiro desafio, como retirar o viscoso? Não sei até hoje o sentido da porca e para piorar TODOS os parafusos da cobertura e a porca do viscoso estavam com cola(acho que locktite). Depois de muito apanhar, desisti de tentar e, não sei como, tirei a polia do virabrequim sem sacar a hélice do radiador(que trabalhão!). Correia e esticadores novos, com torque de 1,5(coloquei um pouco há mais para compensar a dilatação - li isto também), filtros de ar, combustível e óleo, óleo do motor trocados, água destilada, aditivo(o radiador estava limpo e com aditivo) colocados. Conferi os níveis óleos dos diferenciais(estavam ok), mas não chequei as caixas de marcha e transferência(os bujões estavam apertados e fiquei com medo de dar alguma zebra.
Ao sair notava o carro preso, até subir rampas de garagens estando parado tinha que por reduzida! Parecia estar "enforcado", com falta de combustível. Após umas viagens melhorou, mas ainda acho meio “lerdo”, às vezes ainda tenho que por reduzida se parar em subias mais íngremes. Tenho várias dúvidas sobre as quais pediria a gentileza de algum colega caridoso que pudesse me orientar. Acho que vou até numerar para facilitar.
1-li, acho que em um tópico aqui mesmo, que eventualmente deve-se lubrificar as Homocinéticas(munhões?). Pergunto como fazer, é um parafuso acima daquela semi-esfera cromada na roda dianteira? A graxa em bisnaguinha para homocinética serve?
2-Li em outro tópico, mas não encontrei mais, um esquema super bacana para instalar um sensor do nível da água do radiador. Comprei a tampa do radiador do Vectra antigo e tem que colocar um relê DNI 0865 e outro DNI 8155(sonoro),mas perdi o esquema para o eletricista fazer. Alguém poderia me indicar e confirmar se é isso mesmo. Adianta trocar o marcador por outro de resposta mais rápida, além do sensor de falta de água?
3- Como usarei para viagens, passeios e trilhas leves, convém trocar o óleo da caixa de marchas e da reduzida(li uma vez que o fabricante diz não ser necessário, mas em clima quente como o nosso vale a pena trocar eventualmente)
4- Noto que o pedal do freio é baixo, mas eficiente e umas bombadas sobe e às vezes fica alto sozinho. Isso poderia ser o cilindro mestre ou abertura excessiva das pinças? Fiz o teste de bombar e pisar e não percebo que vai descendo, mas após um tempo sem frear, se pisar forte acho que vai na tábua!
5- Sei que há muitas pessoas que defendem a menor intervenção possível, mas li em algum lugar que há uma determinada quilometragem(acho que 250k Km) para se trocar as bronzinas, alguém já ouviu algo sobre isso?
6- também li que para aumentar a vida útil do motor, deve se evitar ultrapassar rotação de 2500RPM(isso é a cerca de 100km/h) Notei que esta é a rotação logo após o motor estar cheio(acho que a turbina entra em 2000RPM, certo? É o que noto no conta giros) ? Pneu mud BF 265 75 R16,roda de liga. Qual seria a calibragem para asfalto e trilha? Tenho posto 26 e está bem mais macio sem socar, será pouco ar?
7- em um trecho reto de descida em uma estrada, fui a uns 110km/h e notei a roda esquerda trepidando(como se estivesse “quicando”, como amortecedor ruim, mas depois lembrei que os pneus estavam com cerca de 31 libras, será que estava com muito ar
Por fim queria relatar um fato bem intrigante, no fim do ano passado fiz o caminho velho da Estrada Real e na véspera de sair notei o pedal da embreagem parecendo “agarrar” um pouco e o curso super curto(soltava um pouquinho o pedal e o carro já saía). No posto encontrei outro Defender e o dono me disse que poderia ser o cilindro da embreagem vazando e como não vi isto na preventiva (por ignorância) reparei o reservatório vazio! Completei e após checar que não havia vazamento segui viagem. Após cerca de 80 km de estrada,na serra de Petrópolis, o pedal começou a ficar tão pesado que tinha que puxar de volta com as costas do pé e estava ficando difícil passar as marchas. No fim da serra ao para não conseguia mais passar marchas e o pedal super duro. Mais uma vez troquei mensagens com conhecidos que disseram que se não houvesse vazamentos não haveria de ser nada de anormal no sistema. Conferi o nível do reservatório e estava ok, então dei umas bombadas no pedal e melhorou sensivelmente a dureza do pedal e o encaixe das marchas. Resolvi seguir viagem e quando o pedal dava sinais de “agarrar”,colocava no ponto morto dava mais umas bombadas e assim foi. Após uns 1300km fui notando melhora até normalizar, hoje parece estar tudo certo. Como máquinas não ficam curadas sozinhas(kkk) pergunto se poderia ter sido ar no circuito e as bombadas teres expulsado o aos poucos? Estou monitorando o nível do óleo e está ok. Devo investigar ou seguir de olho,pois time que está ganhando não se mexe? Será que a Defender se curou, kkkkk?!!!!
Mais uma vez peço desculpas pelo texto longo, mas quanto mais me informo,vejo que menos sei do carro. Abraços André
