Gostaríamos de compartilhar aqui no fórum as experiências que 3 amigos proprietários de Defender (110/2001; 110/2004; 90/2003) tiveram com suas viaturas nos últimos anos. Como não somos especialistas em mecânica, sempre confiamos nossos carros a profissionais recomendados, pagando um preço relativamente alto por isso para ter a segurança de que o carro seria colocado na estrada em condições perfeitas. Agora vejamos o histórico de viagens:
2011 - Lençóis Maranhenses: a 110/2001 + Troller (depois substituído pela 110/2004). Problema no alternador da 110. Por sorte havia mecânico disponível para resolver o problema na cidade. Nada aconteceu com o Troller.
2012 - Bolívia e Argentina (carro revisado antes da viagem): problema na turbina da 110/2001 na região do Pantanal. Por sorte o proprietário encontrou um mecânico que tinha uma turbina usada disponível. O reparo foi feito, mas o motor já havia sido afetado. O proprietário seguiu viagem completando de tempos e tempos o óleo do motor. Quando retornou, teve que retificá-lo e arrumar a turbina novamente ($$$$$$$$$$)
2012 - Jalapão: o ex-proprietário do Troller trocou seu carro por uma 110/2004 de procedência, gente conhecida. Carro de cidade e de estrada. Faz uma revisão geral ($$$$) antes da 1ª viagem com a 110. No Jalapão, problema no rolamento, tendo que isolá-lo com garrafa pet e silver tape para não comprometer o diferencial. Perda de tração em uma das rodas, dor de cabeça e gastos adicionais na volta ($)
2012 - Serra do Cipó. No passeio de estreia da 90/2003, furo no conduíte de freio da roda esquerda traseira. Como não havia soldador no local, tivemos que cortar e isolar a roda.
No final do ano, a correia dentada arrebentou na estrada aos 185 mil km, comprometendo toda a parte de cima do motor (a previsão de troca era 200.000). Presente de Natal: $$$$$ para um carro que nem foi efetivamente testado ainda.
2013 - Argentina e Uruguai: saímos com as duas viaturas (110/2001 e 110/2004) totalmente revisadas e equipadas ($$$$ cada). Depois de 600 km de viagem, o retentor da bomba de combustível da 110/2004 arrebentou, jogando óleo na correia dentada, que não aguentou (foi trocada antes da viagem). Como o reparo demoraria, mandamos o carro de volta para nossa cidade e seguimos todos na 110/2001. Por sorte o cabeçote não foi afetado, ficando a despesa com varetas, balancim, etc ($).
A 110/2001 seguiu heroicamente com lotação máxima até Mendoza, quando alguns passageiros se dispersaram. Na viagem para o Uruguai, apenas um susto: o carro apagou de repente, mas vimos que o motor dava sinal de vida. Desconfiamos que podia ser ar ou diesel adulterado. Depois de esvaziar o tanque, encher de novo e fazer sangria, o carro finalmente pegou e aguentou até o fim.
Uma semana depois do retorno, entretanto, a caixa de transferência foi pro espaço e agora o carro está na oficina esperando chegar a peça encomendada ($$$$$$$$$$$$). Só o gasto a posteriori com a viatura corresponde, sem exageros, a 150% o gasto do dono com 25 dias de viagem!
O proprietário da 110/2004 ficou verdadeiramente puto com o carro, que o deixou na mão na 1ª expedição que faria, e voltou para o seu Troller, que, segundo ele, nunca deixou na mão e cuja revisão é infinitamente mais barata que a do Land Rover.
Já os proprietários da defender 90/2003 e da 110/2001 vão (ter que) dar mais uma chance às viaturas, até porque ambas tiveram a parte de cima do motor retificada e uma delas terá caixas novas.
Mas fica a sensação de que, na próxima viagem, surgirá algum tipo de problema inédito, como diferencial, o carro nos deixará na mão e nos dará mais uma despesa absurda.
Afinal, ou somos MUITO azarados com carro ou somos MUITO azarados com mecânicos ou a DEFENDER é uma enganação - só é indestrutível se não for usada!