Instalação de faróis de rodagem diurna (DRL)
Os XJs não estão equipados com faróis de rodagem diurna e quando trafegamos em volta da cidade para trajetos curtos podemos esquecer acender os faróis. Agora que os leds automotivos ficam com um preço mais acessível e uma luminosidade alta adaptada para substituir os faróis clássicos de dia, aproveitei da instalação do novo circuito para os faróis no artigo anterior para instalar também “Daytime Running Lamps” (DRL).
A pauta:
- que os DRL ascendam automaticamente quando colocar a chave de ignição em “ON”;
- que eles se apaguem quando ligar as luzes (lâmpadas de posição, faróis baixos ou altos);
- não queria interruptor para comandá-los.
Decidi instalar os DRL na vertical atrás da grade, de cada lado do radiador. Medi o espaço disponível e comprei um par de DRL pelo ML de 18 W e seis leds cada que iam caber.
Anexo 568316Anexo 568317
Achei a construção de boa qualidade, mas a fiação e vedação são péssimas. Aliás, já sabia que teria que mexer na vedação porque é a primeira causa de falha dos leds seguinte relatos de donos de faróis auxiliares, lightbars, etc.
Vi logo que um anel de vedação de conetor estava saindo. Tirando todos os terminais, vi que nenhum anel estava crimpado ao terminal e não cumpriria seu papel. Além disto a fiação é miudinha, parece ser 28AWG (0,081 mm2).
Anexo 568318Anexo 568319Anexo 568320
Tirei os quatro parafusos que ficam atrás para trocar a fiação para fios 1 mm2 nesta parte. Não achei terminais equivalentes então troquei também os conetores por outros a prova d’água. Tem uma junta de vedação entre a frente transparente e o corpo de alumínio, mas é fina demais para vedar. Coloquei um pouco de RTV para melhorar isto antes de remontar a peça.
Anexo 568321
Instalação dos DRL
Medi para que o meio dos DRL ficassem aproximadamente ao nível de uma abertura da grade, neste caso a terceira e usei perfil plano de alumínio que dobrei em vários lugares para servir de suporte para a montagem. Furei a chapa de cima para afixar o perfil e aproveitei de um furo já existente no chassi na parte inferior. Do lado passageiro, como já usava aquele furo para o radiador do fluído do câmbio, usei um dos parafusos de montagem desse mesmo radiador. Usei parafusos e arruelas inox e porcas com trava de náilon. É importante tomar cuidado deixar espaço suficiente entre os DRL e o radiador de expansão do ar para não arriscar eles baterem nele e furar.
Anexo 568322Anexo 568323Anexo 568324Anexo 568325Anexo 568326
A fiação
Primeiro queremos que os DRL ascendem quando colocar a chave de ignição em “ON”, por isto precisamos deste sinal. Se lembem que precisava da mesma coisa quando instalei o regulador de tensão externo da bateria? Bem, em fato, peguei o sinal no mesmo lugar, no fio branco do terminal 86 do relê da ventoinha no PDC, a caixa original dos fusíveis e relês. Não tem problema de sobrecarga do circuito porque é só um sinal que usa bem pouca corrente.
Anexo 568327
Este sinal vai acionar um primeiro relê.
Na minha nova caixa de relês tem um espaço para um relê de tipo específico, do modelo RTT 7121 de quatro pinos, previsto para encarrar 40 A e é este relê que será acionado por aquele sinal. Ele não é muito comum por aqui, mas parece que a Toyota usa este tipo de relê.
Usei este relê por conveniência, mas é claro que podem usar um lugar e relê tipo Bosch clássico.
O segundo requisito é que os DRL se apagam quando ascendemos as luzes. Um fato bem conveniente é que as luzes de posição ficam acesas quando ascendemos essas (claro), os faróis baixos ou altos, então é só pegar um sinal destas pequenas lâmpadas para cumprir a segunda condição através de um segundo relê.
Anexo 568328
No diagrama acima podem ver que alimentei o relê dos DRL pelo pino 87a e não 30, isso para que o pino 87 nunca esteja alimentado, mas isso é uma preferência minha. O 87a, em repouso, é sempre conectado ao pino 30, ou seja, se a chave está em “ON”, o primeiro relê transmite a energia através seu pino 87 e daí o segundo relê transmite através seu pino 30 a energia aos DRL. Se as luzes estão ligadas, a ponte 87a => 30 está quebrada, ou seja, os DRL se apagam. E é por isso que este relê tem que ser do tipo de cinco pinos.
Enfim, aqui os detalhes das conexões deste último relê e dos DRL. Para pegar o sinal da lâmpada de posição, desconectei o fio azul-escuro, tirei a luva termocontrátil em volta do terminal e crimpei um “splice”, aquela peça metálica em formato de “U”, junto com o fio para levar o sinal até o pino 86 do relê. Enfim coloquei uma nova luva para proteger o terminal.
Anexo 568329Anexo 568330
Como podem ver pelas fotos acima, aproveitei das mangueiras corrugadas do novo circuito dos faróis para também passar os fios dos DRL (usei de 1,5 mm2 entre os conetores dos DRL e o relê).
Como para o circuito dos faróis, peguei a energia para alimentar o primeiro relê, no meu caso o do tipo RTT 7121, diretamente (mas protegido por um fusível de 20 A) da bateria por um fio de 2,5 mm2 através de um “lug nut”. Na segunda imagem, os relês e fusíveis do circuito dentro da caixa. Queria usar para o relê dos DRL um fusível de 5 A, mas não tinha na loja, então usei de 10 A.
Anexo 568331Anexo 568332
Esqueci de mencionar no artigo anterior, mas testei e aqui também, antes de conetar o polo negativo à bateria, se não tinha fuga de corrente caso tivesse feito uma besteira nas conexões: colocar o multímetro na posição “10 A”, conetar o fio vermelho no conetor “10 A” e proceder a uma medição entre o cabo desconectado e o polo da bateria. Deveria estar entre 0,02 e 0,04 Ah.
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Deu tudo certo e os DRL são bem luminosos.
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