Escolher o radiador de arrefecimento
Nota: este artigo é uma cópia de um que postei no outro fórum.
Pessoal, me permitem algumas considerações sobre o radiador.
Aqui na América do Sul, se vocês tem o mesmo que eu (#52080 104AC), temos o radiador de alumínio “com Max Cooling” (= Heavy Duty) de duas vias (se não me engano), melhor que o “sem Max Cooling” (= Standard Duty) dos EUA (em geral). Existe também uma versão “Middle East” de cobre e latão que poderia parecer melhor, mas se eu me refiro aos preços Mopar ele é mais barato do que os nossos, então deve ser igual ao “Standard Duty” mas de cobre/latão.
Quando estamos a procura de um novo radiador, se for olhar nos sites US, o que temos (aumentando cada vez de preço)? Radiadores comuns de alumínio com tanques de plástico (1 via?), radiadores de 2 vias todo metal e até de 3 vias. Cada vez melhor. Parece uma corrida.
Primeiro fato: estamos limitados na espessura do radiador por causa da ventoinha mecânica. Os radiadores de 3 vias são mais eficientes que os outros? Seriam se não fosse a limitação anterior, reduzindo o tamanho daquelas vias e o espaço entre elas. E vários desses de 3 vias, quando for mais grosso, dão problemas com aquela ventoinha, especialmente se os coxins do motor estiveram cansados.
Além disto tem lá nos fóruns uma briga incrível entre os torcedores dos radiadores de alumínio (um material só, mesmo nas soldas, mais eficiente (para eles), mais leve, etc.) e os de cobre/latão (mais eficiente (novamente para esses), mais duráveis, mais fáceis para consertar no mato, etc.).
Segundo fato: a qualidade de fabricação. É só olhar as avaliações de usuários, e nem vou parar nos radiadores de primeiro preço, só em algumas marcas mais famosas nos EUA. Champion (alumínio)? Não posso mais numerar quantos falaram que vazarem nas semanas seguinte a instalação, se não for no momento mesmo, sem falar dos problemas de instalação por não encaixar direito. CSF (cobre/latão)? Parecem aguentar um pouco mais, quer dizer alguns meses. Griffin (alumínio)? Parece melhor mesmo, mas a quase três vezes o preço do original, já pode, né!?!
Terceiro fato: a eficiência. Nossos carros tem 15 anos ou mais de idade e do que saiba, nenhum de nós aqui é o primeiro dono. Vejo (de modo geral, em qualquer fórum) muitos reclamando de sobreaquecimento e da pouca eficiência dos radiadores originais (que tem 15 anos de uso!), pessoas procurando sempre mais resfriamento e querendo reinventar ou que a montadora fez. Infelizmente não temos relatos de donos nos primeiros anos mas não ouvi falar de problemas crônicos daquele tempo e se o radiador ficou o mesmo ao longo dos anos é que o desempenho dele estava pelo menos satisfatório na maioria dos casos, mesmo se não for super-mega-genial. Quando abrimos esses radiadores, como alguns fizeram, podemos ver que estão entupidos, entre outros por falta de manutenção adequada. Vocês acham que um radiador Griffin (por exemplo) não seria no mesmo estado após todos esses anos? Ainda seria eficiente? No meu caso, dono recente (agora um ano), não tenho problema de sobreaquecimento. Parece, por minha sorte, que os dois antigos donos cuidaram corretamente do carro. Agradeço eles.
Quarto fato, em relação direta com os dois anteriores: agora, param só um instante para pensar. Para nós que andam ou andaram ainda com o radiador original após 15 anos, não acham isso muito bom? Certo, este radiador apresenta agora problemas de tanques de plástico rachados ou vazamentos na junção metal/plástico, mas pensam: 15 anos! Gostaria ter só uma pessoa me apresentando um radiador de terceiro (de marca ou fabricação local) com a metade desta idade sem vazamento. Lembrando que vazamentos podem também ser causados por aterramento deficiente
Conclusão: realidade brasileira. Qualquer radiador importado (original ou de terceiro) fica caro. Comprado aqui nem se fala. Sobram os feitos pelas lojas especializadas sobre quais não posso falar por falta de experiência. Parece que alguns acharam artesãos bons mas falta o retorno de experiência após um, dois ou três anos de uso. Tem também aqueles que preferem fazer idas e voltas para as oficinas e fazer consertos aos poucos. Se isso vale para quem anda na cidade ou nas trilhas ao redor, sempre perto de apoio, não acho isso viável nem seguro para quem pretende viajar longe.
Para concluir, perguntas que podem ser feitas no momento da escolha são: vocês querem
o mais confiável possível?
o mais eficiente possível?
o mais barato possível (pelo menos em curto prazo)?
um equilíbrio entre as escolhas acima?