Por que misturar as coisas: raça com problemas da educação?
Ora, todos nós sabemos que a escola pública é péssima, e ao que consta seus alunos não são somente negros.
Então por que misturar esse problema da educação com a cor da pele? Só para fazer uma "média" com os movimentos negros?
Isso não seria discriminar o branco pobre?
O branco pobre, aliás, com essa política de cotas, seria duplamente prejudicado: pela deficiência de ensino, e por não ter sido lembrado pelos defensores da política de cotas. Com parte das vagas reservadas aos negros (cotas) as vagas restantes seriam mais disputadas pelos "filhinhos de papai". Ou seja, se já era difícil para o branco pobre ingressar na universidade pública, agora então ficou impossível.
Será que o governo Lula pensou nisso?
Aliás, se pensarem bem, essa política de cotas é um paliativo, como o próprio Carlos reconheçe. Não dá para resolver o problema da educação, criam-se cotas. Não dá para dar emprego para todos, criam-se bolsas, e por aí vai.
Ninguém nesse pais, ninguém mesmo, está preocupado em resolver os problemas pela raiz. Todos estão preocupados em políticas que gerem resultados em até 4 anos, data da próxima eleição. Em resumo: só se preocupam com o voto, não com a solução do problema.
De paliativo em paliativo vamos fingindo que tudo está bem, e que o governo é o melhor do mundo, pois "resolve" a questão do negro, do pobre, etc.
A maioria do pobres são negros (vide IBGE), logo, a política de cotas acaba colocando pobres nas Federais, cumprindo sua função social e não somente racial.
Ou será que alguém aqui concorda que os "branquinhos" que lá estudam são pobres?
A maioria do pobres são negros (vide IBGE), logo, a política de cotas acaba colocando pobres nas Federais, cumprindo sua função social e não somente racial.
Ou será que alguém aqui concorda que os "branquinhos" que lá estudam são pobres?
Universidade pública não foi feita nem para ricos nem para pobres. Também não foi feita nem para "branquinhos" nem para "negrinhos". Foi feita para transmitir o conhecimento aos mais capazes.
A maioria do pobres são negros (vide IBGE), logo, a política de cotas acaba colocando pobres nas Federais, cumprindo sua função social e não somente racial.
Me desculpe discordar do seu raciocínio, caro colega.
A maioria dos pobres são negros: concordo.
Mas nem todos os negros são pobres. Aqui está o problema das cotas.
Como as cotas não estão reservadas para os negros "pobres", e sim para os "negros", serão os negros não tão pobres (os da classe média), que tiverem a oportunidade de um estudo um pouco melhor que o das escolas públicas, que entrarão nas universidades públicas.
Ou seja, pensar que são os negros "pobres" que ingressarão na universidade pública é um equívoco.
Em suma, os pobres continuarão sempre de fora, sejam eles brancos, negros, amarelos, azuis, etc...
Universidade pública não foi feita nem para ricos nem para pobres. Também não foi feita nem para "branquinhos" nem para "negrinhos". Foi feita para transmitir o conhecimento aos mais capazes.
E quem são os mais "capazes"??????
Aqueles que frequentam as melhores escolas (as mais caras), os melhores cursinhos, fazem inglês, frances, espanhol, música, teatro, natação, têm computadores em casa, banda larga, canais por assinatura, jornais revistas, livros...
Esses são os mais "capazes"!
Universidades Publicas são povoadas por branquinhos riquinhos, só não vê isso quem não quer, e a ciência prova.
Há vários estudos estatísticos sobre isso. Se quiserem passo as referencias.
Desculpem-me, mas lendo os comentários aqui parece até que vivemos num país onde não há racismo e que não há correlação direta entre cor da pele e condição sócio-econômica.
Aqueles que frequentam as melhores escolas (as mais caras), os melhores cursinhos, fazem inglês, frances, espanhol, música, teatro, natação, têm computadores em casa, banda larga, canais por assinatura, jornais revistas, livros...
Esses são os mais "capazes"!
Universidades Publicas são povoadas por branquinhos riquinhos, só não vê isso quem não quer, e a ciência prova.
Há vários estudos estatísticos sobre isso. Se quiserem passo as referencias.
Mais "capazes" (as aspas são por sua conta) são os que obtêm maiores notas nos vestibulares, aqueles que demonstraram ter "mérito" (aspas por minha conta) para ingressar na faculdade. Ingressar na faculdade de cabeça erguida, porque não conseguiu a vaga de favor.
Existe muita gente que frequenta as melhores escolas, fala inglês, etc etc e é uma "besta quadrada" (eu conheço vários).
O mérito (leia-se: conhecimento) deve ser o critério para ingresso nas universidades públicas, independente da origem racial da pessoa.
Veja, eu não discordo de você que as Universidades públicas são povoadas por branquinhos riquinhos, mas o sistema de cotas não pode ser um instrumedo de "vingança social": negros pobres versus branquinhos ricos.
Não tenho nada contra negros, da mesma forma que acredito que você não tenha nada contra os branquinhos riquinhos, mas os graves problemas sociais do país não se resolverão com a forma com que as pessoas ingressam na universidade.
Mérito é mérito, e o sistema de cotas destrói esse sistema, o que é lamentável.
Deve-se dar dignidade ao negro, ou melhor, ao pobre, para que ele possa ingressar na faculdade pelo seu próprio mérito. Se não for assim, ele passará o resto dos anos da faculdade sendo discriminado porque "entrou pela porta dos fundos". Não é isso o que acho justo para negro nem para ninguém.
Veja que isso também já foi percebido por algumas entidades de defesa dos direitos dos negros que são contra o sistema de cotas: veja_aqui. Vou transcrever uma frase do texto: Coordenador do Fórum Afro da Amazônia, Francisco Johny Rodrigues Silva, participou do encontro. “Sou contra o sistema de cotas, é discriminatório. O governo deveria investir no ensino básico”, criticou.
Desculpem-me, mas lendo os comentários aqui parece até que vivemos num país onde não há racismo e que não há correlação direta entre cor da pele e condição sócio-econômica.
Enfim, o país das maravilhas....
Desculpe-me, mas não falei que no Brasil não há racismo e nem que não há correlação direta entre cor da pele e condição socio-econômica.
Isso não está em questão.
Estou falando de cotas na Universidade, e disse justamente que não devemos confundir racismo com o problema educacional, já que uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Volte um pouco atrás e leia o que disse sobre o branco pobre (post 651).
Agora me responda: como o sistema de cotas para negros vai resolver o problema do branco pobre que não consegue entrar na faculdade pública?