Postado originalmente por
ANTONIO LUIS ALEXANDRINO
Esta não foi a minha primeira trilha, mas a primeira da Carolina.
Estava novinha na sexta, quando a tirei da concessionária... nem um risquinho. No sábado fui a um sítio daqui, na base da serra para um churrasco. Dona Lina falou: "agora vê lá se vai botar ela no barro" e eu respondi: "claro que não só comprei 4x4 para andar no asfalto"
Depois do almoço a turma pegou os jipes só para uma voltinha digestiva. Na casa tinha uma Senhora de idade que quase não podia andar. A Lina ia ficar por lá, com a Senhora e a Neta. Convidei a Senhora a dar só "uma voltinha". Acomodei-a no banco dianteiro, a Lina e a Neta atrás. A Neta (arquiteta) só dizia: "Vê lá onde vai levar a Vó!..." Lá fomos devagarinho com ar condicionado e música suave, chegamos no primeiro lameiro e a Lina falou: "volta! Aí não vai passar" (sei que logo se arrependeu de abrir a boca, porque eu até podia ter desistido se ela não falasse... rsrs). E fomos indo... indo... até alcançar o combóio. A Senhora, depois de perder o medo e ganhar confiança parecia feliz e ficou contando as viagens que fazia com o falecido em Ford 29, quando não havia estradas (Gente, eles fizeram a trilha do telégrafo!... Ela contou os detalhes que eu conheci nos meus tempos de Topografia e fiz o levantamento da BR 101 de Peruibe a Garuva). Ainda hoje, quando vamos a casa da Neta (secretária de Urbanismo) a Vó (agora na cama) fala com gratidão nessa primeira trilha da Carolina.