Postado originalmente por Maciel
A experiência profissional que tenho (sobre algo pertinente a este tópico) é do tempo em que trabalhei como gerente de produtos na Sid Informática. Eu gerenciava a área de automação bancária e só um de nossos clientes (Bradesco) contava com mais de trezentas instalações, todas com sistemas alternativos de energia elétrica baseadas em baterias de USO AUTOMOTIVO sempre instaladas EM PARALELO. A grande maioria das instalações contava com No Breaks para o gerenciamento e carga das baterias mas existiam muitas instalações onde nem existia energia elétrica e o único recurso de carga eram pequenos geradores elétricos, sem falar nas instalações perdidas neste mundão onde o único recurso de recarga não passava de uma "chupeta" junto ao alternador de uma picape e até motor de barco.
Acho que só isso já deu para dimensionar que não foram poucos os problemas e que para resolve-los (e foram todos resolvidos) tive que conhecer um pouco sobre baterias automotivas, geradores e sistemas de carga, além de ter aprendido que toda solução genérica funciona muito bem em casos específicos!
Postado originalmente por Maciel
Diodo isolador no sistema de descarga? Prá isolar equipamentos? Que finalidade prática existe nisso? Estamos falando sobre instalação automotiva, ou não estamos?
Postado originalmente por Maciel
Postado originalmente por Maciel
Ainda existem muitos Jeep's que usam este tipo de regulador e pode ter certeza de que Fusca nunca usou. Os primeiros alternadores de Fusca já faziam uso de regulador totalmente eletrônico.
Postado originalmente por Maciel
Primeiro o Xantrex:
Para facilitar a vida de quem não leu, reproduzo o texto que interessa e que está logo no inicio do catálogo: "This regulator has been designed to maximize the charging efficiency of your DC system, and can be used with many P-type, externally regulated alternators." Embora escrito em inglês, até para quem não conhece o idioma fica fácil perceber que este produto é ESPECIFICO para alternadores do TIPO P. Sabe que tipo de alternador é esse? É justamente o tipo de alternador que faz uso originalmente dos reguladores eletro-mecânicos e que tem como característica principal uma corrente máxima de 30A.
Alternador do tipo P foi fabricado no Brasil do inicio dos anos sessenta até meados dos anos setenta e daí em diante foi substituído pelo modelo K1, que tem regulador eletrônico EMBUTIDO e amperagem máxima que varia (dependendo da aplicação) de 35 até 45A. Quem estiver lendo este texto com um pouco de atenção já percebeu que a frota de utilitários com menos de vinte e cinco anos faz uso de alternador tipo K1 (ou N1, ou HD, ou KBC, etc, todos com regulador eletrônico) e que o produto da Xantrex NÃO SERVE nestes alternadores, aliás, não serve em NENHUM alternador que faça uso de regulador eletrônico embutido. Lembra quando eu te perguntei, lá no inicio do tópico, como é que se faria a dita adaptação em um alternador com regulador eletrônico embutido? Você não respondeu mas eu respondo: não é impossível mas a chance de sucesso tende a ZERO.
Tudo bem, ainda existem alguns poucos utilitários que tem, originalmente, alternadores tipo P e que podem fazer uso do equipamento da Xantrex. Mas, só um detalhe, este alternador tem limite de 30A e acredito que ninguém esteja preocupado com processos e gerenciamento de carga e sim com a limitação de carga do alternador. Alguém gastaria alguns-sei-lá-quantos dólares para obter um gerenciamento de carga e manter a corrente máxima em míseros 30A ou optaria em trocar o alternador por outro de maior capacidade e tão eficiente quanto, gastando pouco dinheiro e tendo certeza de retorno? Com a palavra os integrantes do fórum!
Em tempo: nos EUA foram produzidos (ou ainda são, sei lá) alternadores do tipo P com capacidade de carga acima de 30A, mas no Brasil não encontrei referência em nenhum catálogo de aplicação que tenho.
Agora o Balmar:
Logo de cara, de novo o limite de 30A...
Não é por nada não mas o assunto não era alternador/bateria/guincho/alto consumo/alta necessidade de recarga? 30A de corrente máxima eu não quero nem no meu antiquado Gurgel X15 equipado com guincho tipo sarrilho de poço!
Olhando para o esquema de ligação nem perdi muito tempo com o texto. Não existem referências mas aparentemente este produto pode funcionar junto a qualquer tipo de alternador e serve para gerenciar a carga de APENAS UMA bateria (Start Battery), uma vez que a outra está conectada diretamente na saída do alternador (House Battery). Tudo bem, a segunda bateria pode ser carregada com amperagem acima de 30 (via circuito opcional e dependendo das características do alternador) só que ai, baubau gerenciamento de corrente! Qual a utilidade prática deste equipamento em um jipe? Alguém quer gastar sei-lá-quantos dólares para gerenciar uma carga limitada em 30A e que para ser maior o equipamento simplesmente sai da jogada?
Observando melhor a caixa do equipamento é possível ver que existem aletas para dissipação térmica e nem precisaria olhar para elas para saber que entre o positivo das duas baterias existe (internamente ao produto) um transistor de alta potência. Não é difícil imaginar que o coletor do transistor está conectado no borne positivo da House Battery (vamos chamar de bateria A) e o emissor no borne positivo da Start Battery (bateria B). Esta junção coletor/emissor pode ser representada como um diodo -!>!-, então teremos a seguinte configuração: B -!>!- A
Esta configuração não é EXATAMENTE uma configuração de diodo em circuito de carga?
Como lá no alto você escreveu que "por experiência própria, não uso diodos isoladores no sistema de carga", pergunto: você não usa mas recomenda mandando endereço do link?
Outra coisa, a bateria A está isolada da bateria B, mas a bateria B não está isolada da bateria A. Se a bateria A abaixar a tensão para menos de 0,7 volts da bateria B ocorrerá dreno de corrente e baubau para as duas baterias!
Postado originalmente por Maciel
Postado originalmente por Maciel
Postado originalmente por Maciel
Bueno, a minha hora de recreio acabou, e de minha parte o assunto também. 8)
Grande abraço,