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  • #1

    Manutenção Preventiva - Distribuidor, Platinado e afins




    Pessoal, como devo proceder na manutenção preventiva do sistema elétrico do Motor?

    Como eu identifico que está na hora de trocar / regular o platinado, a tampa do distribuidor, rotor, bobina, cabo de vela, avanço, velas, e etc...

    Além da falta de potência, tem algum outro sintoma?

    Existe uma periodicidade recomendada?

    (No caso do B, o motor é o Hurricane 6cl 3000)
    Gustavo - Vivendo a vida 12x12!
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  • #2
    Boa pergunta, colega
    Uma coisa que falta neste forum é um tópico de manutenção preventiva.
    Tópicos ensinando fazer manutenções.
    Fica a idéia.

  • #3
    Usuário Avatar de Eduardo Velo
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    Eros tem muita coisa sobre manutenção preventiva no Forum , o problema é que está espalhado .
    Mas podemos começar a juntar nesse tópico .
    Platinado - dependendo pode durar 1 ano ou até mais , se o condensador estiver fazendo a função dele . qdo estiver com cavidade é hr de trocar , tem que trocar o condensador tb . Regulagem , sempre que for necessario .
    Cabos de vela - isso está sendo discutido , tem camarada que compra cabo novo e não vale nada , então depende do material do cabo , siliconado dura mais .
    Tampa do distribuidor - é sempre bom ter uma reserva , o material da tampa é super resistente , mas pode acontecer de trincar , no escuro com o motor funcionando pode ser detectado alguma falha tanto nos cabos como na tampa . ou pode criar desgaste nos pinos de contato e no carvão , o carvão pode ser substituido numa emergencia por carvão de pilha pequena , abre a pilha e retira o carvão o diam. e material é o mesmo
    Rotor - tb ter reserva , a pta pode desgastar e perder contato com os pinos da tampa , uma gambi é bater na pta pra esticar até a troca .
    Bobina - tem um tempo de duração longo , mas pode haver rupturas internas e o motor começar a perder potência .
    Cabo de vela - assim que apresentar ressecamento trocar , fica inflexível .
    Avanço - só se der algum problema no diafragma
    Velas - depende das velas , se usar as de 2 ou 4 eletrodos vão durar uns 2 anos ou mais
    Fiação - estando toda protegida dura muito tempo , se paresentar ressecamento , ( quebra fácil) , tem que substituir o chicote
    Relés - tem longa durabilidade , mas é bom ter algum de reserva

    Muito boa essa idéia da prev. da parte elétrica , é difícil fazer , pq só vai se importar com isso qdo der problema , heheh ..

    Tio dá um Help ae ...

    []s...
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  • #4
    Usuário Avatar de Luca
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    GPA,

    Como disse o Edú, tem muita informação espalhada pelo Fórum. Mas acho que informações sobre esse seu motor são fáceis de se obter.

    Sempre tive como regra o seguinte:
    1) Velas: o que manda o manual, ou 20.000 km
    2) Platinado e condensador: o que manda o manual, ou toda vez que trocar as velas.
    3) Cabos: como o manual nada diz, troque a cada 50.000 km. Compre um novo na concessionária (VW, Motorcraft, AC Delco, Fiat), ou compre no paralelo, da Bosch ou NGK. Não, repito, não arrisque outras marcas. Bateu 50.000 km joga tudo fora e compra tudo novo. Nunca vais ter problema.
    4) Tampa do distribuidor e rotor: O mesmo dos cabos de vela.
    5) Regulagem do platinado: Exatamente o que disse o Edú, quando for necessário. Siga a especificação do fabricante do veículo. Compre um joguinho de palhetas micrométricas e regule você mesmo. Não custa dar uma olhadinha de vez em quando, né? Se tiver fora, ajuste. Não espere dar problema. A tendência é a abertura do platinado ir se reduzindo com o passar do tempo. O motor vai ficando adiantado. Aproveite e regule a folga do eletrodo das velas, também.
    Pronto! Viu como é fácil. E se eu fosse vc, colocaria logo uma ignição eletrônica no seu brinquedo.
    []´s
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  • #5
    Citação Postado originalmente por Eduardo Velo
    Rotor - tb ter reserva , a pta pode desgastar e perder contato com os pinos da tampa , uma gambi é bater na pta pra esticar até a troca .
    Não existe - e nem deve existir - contato físico entre a ponta do rotor e pinos da tampa justamente para evitar desgastes. A distância entre os contatos chega a ser de até 1 mm e mesmo que seja maior não oferece grandes preocupações.

    Já a gambi de amassar a ponta não é nem um pouco recomendável pois o aumento no raio do rotor pode quebrar a tampa no primeiro giro.

    Manutenção em rotor só existe uma: remoção - com lixa fina - do óxido que se forma na ponta e se for resistivo verificar com um Ohmimetro se o valor está dentro do previsto (geralmente em torno de 5kOhm) e se estiver muito fora deste valor deve ser substituido.

    Abraços,

  • #6
    Usuário Avatar de Eduardo Velo
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    Sukys , lógico que não existe contato físico , mas com o tempo desgasta e a distancia chega a não pular faísca ...
    Ae um recurso , pra quebrar um galho , é amassar a pta pra tentar o contato novamente , sem contato físico ...
    Vc não faz idéia das coisas que acontecem numa trilha , Jipe jóinha de lata , tudo bonito , abre cofre do motor , cabos de velas ressecados , cada vela de um tamanho e depois de vários testes a solução foi bater na pta do cachimbo , estava longe pacas dos pinos da tampa que estavam comidos , ae pegou , foi por isso que passei a dica ...
    Mas concordo que deveria ter dito que não é pra ter contato , senão vão fazer caca . Ainda bem que sempre tem alguém atento nos rabiscos ...

    []s...
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  • #7
    Muitas vezes, Eduardo, a gente se depara com um defeito, mexe num monte de coisas e no final acha que foi "aquela martelada" que resolveu o problema.

    Uma bobina de ignição das mais "genéricas" gera, no minimo, uns 20.000 volts, tensão suficiente para gerar uma faísca com quase 2 cm de comprimento, e não será 1, 2, 3 ou mais mm de distância entre o rotor e o pino da tampa que impedirá a existência da faísca nos eletrodos da vela.
    Evidente que quanto maior for a distância maior será a perda mas não será por causa de poucos mm que o motor apresentará problemas no funcionamento.

    Hoje em dia já é comum encontrar tampas de distribuidor em acrilico semi-transparente. Num distribuidor equipado com este tipo de tampa fica fácil observar a faísca que existe entre o rotor e a tampa, assim como a distância entre eles, o que é absolutamente normal e não ocasiona nenhum problema ao circuito.

    Pior que a distância é a oxidação já que o óxido apresenta uma resistência que pode ser suficientemente elevada para consumir - na forma de calor - boa parte da energia da faísca, aí sim gerando mal funcionamento do motor principalmente em altas rotações ou no momento da partida.

    Geralmente o que ocorre é uma somatória de problemas, na tampa, no rotor, no platinado, nos cabos de vela, nas velas, e aí qualquer coisa que melhore uma merreca pode ser a diferença entre funcionar ou não.
    E cá entre nós, quem embarca numa trilha - ou tem carro com alguns anos de uso - tem por obrigação fazer uma manutenção preventiva minimamente aceitável para evitar justamente situações do tipo.

    Faço idéia sim das coisas que acontecem numa trilha. Durante alguns anos dei uma mão em raid's lá do JCB e inclusive algumas vezes atuei como "limpa-trilha", socorrendo o pessoal que ficava pelo caminho, e posso te dizer que não foram poucas as vezes que deu vontade de tocar fogo no jipe de muito caboclo desleixado, com o dono dentro do carro, é claro!
    O pior de tudo é que para fazer uma manutenção não é necessário entender do assunto, basta ter bom senso e no minimo amor à vida, pois também vi pelo menos meia duzia de irresponsáveis - em trilhas - gerando acidentes com vítimas por absoluta falta de manutenção - em décadas de uso - nos sistemas de freio e direção, quem dirá na ignição!

    Abraços,

  • #8
    À todos, obrigado pelas dicas!

    Pelo visto vou precisar de 3 coisas..
    1) substituir todo o sistema de ignição (exceto a Bobina e velas que estão dentro da "validade")
    2) rever meu estoque de peças reserva
    3) fazer o odômetro funcionar... afinal quando é que eu vou saber que rodei 20000 km sem ele... rs

    Citação Postado originalmente por Luca
    GPA,

    E se eu fosse vc, colocaria logo uma ignição eletrônica no seu brinquedo.
    []´s
    Luca, a idéia é ótima, mas o meu Hurricane só precisa durar mais uns 2 anos... tenho um projeto em mente.... V8 ou 4.1.... mas isso é assunto para ooooutro tópico...

    Vou providenciar as peças e vou eu mesmo fazer as substituições (assim aprendo). Quando eu fizer isso, posto as fotos passo à passo.
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  • #9
    Usuário Avatar de Eduardo Velo
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    Citação Postado originalmente por Sukys
    Muitas vezes, Eduardo, a gente se depara com um defeito, mexe num monte de coisas e no final acha que foi "aquela martelada" que resolveu o problema.
    Pô Sukys , tá me sacaneando ??? já faz uns 7 anos que aconteceu isso , sempre pensei que o que fez aquela tranqueira funcionar foi a martelada da pta do cachimbo , essa vai me tirar o sono , hehehe ...

    Qual a distância limite para pular faísca do rotor para os pinos da tampa ?

    []s...
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  • #10
    Calcular esta distância é simples Eduardo, basta somar o comprimento de todos os cabos de vela, dividir pelo diâmetro da bobina de ignição e multiplicar o resultado pelo ultimo numero da placa. Esta fórmula vale até para motores diesel.

    Grosso modo, para cada 10.000 volts pode-se incrementar 1cm na distância entre os terminais, ou seja, se a bobina fornece 35.000 volts pode-se ter uma faísca de até 3,5cm, e seria esta a distância limite para esta bobina em particular.
    Só que a coisa não é tão simples assim. A distância em que ocorre uma faísca depende diretamente da tensão (quanto mais elevada melhor), do formato dos eletrodos (quanto mais puntiformes melhor), da temperatura (quanto mais elevada melhor), da pressão ambiente (quanto menor melhor), da composição do ar ambiente (em função da umidade e composição pode ser melhor ou pior), da existência de componentes resistivos nas pontas dos eletrodos (óxidos, óleo, etc, e quanto mais resistivo pior), da existência de outros eletrodos em série (não podemos esquecer que no circuito temos os eletrodos da vela), da qualidade do material isolante que permeia os condutores (quanto mais isolante melhor) e além disso tudo ainda existe outra variável importante: intensidade da corrente elétrica fornecida pela bobina.

    Digamos que um motor seja equipado com a bobina acima, que fornece 35.000 volts, e que a distância entre os terminais do rotor e tampa seja de 1cm. Como a distância entre os eletrodos da vela geralmente não passa de um mísero milímetro teríamos 25.000 volts "sobrando" em nossa conta, que é mais do que o suficiente para percorrer distância tão pequena. Da-se a partida no motor e ele não funciona nem com reza brava. Erramos na nossa conta? Na conta não, temos realmente 25.000 volts sobrando só que esta tensão não é suficiente frente as adversidades que se encontra dentro da câmara de combustão. A presença de material resistivo na superfície dos eletrodos da vela, o formato dos eletrodos, a pressão, a composição do ar (+ combustível + óleo + umidade + gases da queima anterior) e a existência de fugas de corrente fazem com que a tensão necessária para vencer a distância entre os eletrodos da vela seja muito superior que a encontrada lá na tampa do distribuidor.
    Analisando as distância entre os eletrodos como meras resistências (e realmente são) poderíamos dizer que a resistência encontrada nos eletrodos da tampa é de algumas centenas de MOhm (mega-Ohm) por mm e que a resistência encontrada nos eletrodos da vela é de alguns milhares (ou até milhões) de MOhm por mm. Uma vez que os eletrodos da tampa e da vela estão em série, a soma destas resistências pode ser maior que o valor mínimo necessário para que ocorra "pulos" entre os electrons.
    Resultado: embora tenhamos 25.000 volts "sobrando", esta tensão não é suficiente para vencer a distância entre os eletrodos da vela e não existe faísca, nem na vela e nem na tampa.

    Sem maiores divagações técnicas, é mais ou menos isso o que acontece, e as variáveis são tantas que é praticamente impossível determinar qual a distância máxima entre rotor e tampa, mas é possível afirmar que num sistema de ignição em bom estado de funcionamento 1 ou 2 mm não farão grande diferença, mesmo porque isto é previsto na concepção do sistema.
    O que não é previsto são as besteiras que alguns fazem quando adaptam rotores ou mesmo compram rotores que não originais. Qualquer diferença para menos na seção de contato da ponta (largura) o avanço centrífugo faz com que exista mais faísca dentro do distribuidor do que nas velas de ignição. O motor falha, fica beberrão, e o dono (e nem o mecânico) se são conta da origem do problema.
    Até o peso do rotor pode influenciar no funcionamento do avanço centrífugo e até a abertura do platinado pode acarretar em mais ou menos faíscamento na tampa, sem falar que tem muita adaptação de distribuidor eletrônico que fica pior que o original, com platinados.

    Como diria Zé do Caixão: mistérios...

    Abraços,

  • #11
    Usuário Avatar de Luca
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    Citação Postado originalmente por Eduardo Velo
    ...sempre pensei que o que fez aquela tranqueira funcionar foi a martelada da pta do cachimbo , essa vai me tirar o sono , hehehe ...
    Não perca seu sono, não, Edú. Já passei por problema parecido com o seu, e resolvi exatamente assim. Uma pancadinha. Pode ter certeza, que quando um sistema elétrico tá cansado, meio milímetro a mais num eletrodo te tira do enrosco, sim.
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  • #12
    Até o peso do rotor pode influenciar no funcionamento do avanço centrífugo e até a abertura do platinado pode acarretar em mais ou menos faíscamento na tampa, sem falar que tem muita adaptação de distribuidor eletrônico que fica pior que o original, com platinados.
    é, como eu ja disse em um tópico, o pessoal nem sabe que o distribuidor dos jeeps vira ao contrario, que a turma adapta errado, e quando voce acelera, ao inves de o distribuidor avançar o ponto de ignição, ele atrasa...


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