Engesa no Paris Dakar

[Gustavo Luis]

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Achei uma matéria sobre um piloto chamado Luiz Evandro, aonde ele conta que em 1985 acompanhou a pedido da Engesa o Rally Paris Dakar, pois ela tinha um projeto para participar daquele rally. Trascrevo aqui a parte do texto que fala sobre a Engesa, que quizer ler o resto segue o link:

http://www.faspnet.com.br/noticia_ex...oticia_id=3433




Sergio: Em 1985, você participou do Paris-Dakar. Como foi isso?

Águia: Foi através da empresa Engesa Engenheiros Especializados que fabricava aqueles tanques de guerra (Urutu, Jararaca ,Cascavel). Eles exportavam muito para a África e Arábia Saudita. A Engesa fabricou um jipe chamado EE4. Era muito parecido com o jipe Mercedes. Eles pretendiam participar do Rallye Paris-Dacar com esse jipe. Como eu era engenheiro e havia conquistado o título de Campeão Brasileiro de Rallye fui contratado pela Engesa, como consultor, para acompanhar o Paris-Dacar com a finalidade de analisar o que seria necessário para participar do Rallye no ano seguinte. Como seria ficar 10 dias no deserto? Preparação dos carros, logística, etc. Não falava bem o francês, o inglês sim, e me enviaram para Paris, antes do Natal; passei o Natal e o Ano-Novo sozinho em Paris; fiz minha inscrição como participante para acompanhar o Rallye junto com a imprensa. Custou US 4000,00 - (sem carro claro.) e posteriormente solicitei uma visita a uma concessionária Mercedes, a “Como Automobille”, para acompanhar a preparação de alguns jipes Mercedes que estavam sendo montados lá. Consegui fazer fotos da suspensão e outros detalhes. A imprensa também tinha que pagar a inscrição, pois eles davam transporte de avião, alimentação no deserto e tudo isso envolvia um custo. Na época, fui com US10.000 dólares em travell-check. A largava foi no dia 1º de Janeiro. Nós fomos com um avião turbo-hélice da British Airways. Eu me lembro que no fundo do avião tinha um tambor de combustível de 200 litros amarrado com uma rede, pois no deserto não tinha como o avião reabastecer. O avião pousava e decolava no deserto, aquele calor insuportável: três minutos para levantar vôo, porque turbo-hélice no calor não tem muita potência. Cabiam 30 pessoas no avião mas embarcaram 45, pois havia jornalistas do mundo inteiro. Conheci vários deles. A gente chegava no final da etapas classificatórias antes dos competidores praticamente acompanhávamos em sentido contrário o rallye para tirar fotos no meio do caminho e tal. À noite, acampávamos no deserto e a África Tour –empresa de turismo- nos fornecia alimentação: uma sopinha quentinha, e alguns legumes; tenho até hoje o pratinho guardado em casa . E você se alimentava junto com os pilotos. Ficávamos todos juntos acampados na barraca. Foi uma experiência incrível, maravilhosa. Aí voltei para o Brasil, fiz o relatório para a Engesa. Desenvolvemos um jipe aqui com carroceria de alumínio, motor de 6 cilindros da Stock-Car. Na época eu coordenava o departamento esportivo da Engesa e o Almir Klink queria participar como navegador no Rallye até o próprio Ingo Hoffmann também manifestou interesse em participar do Rallye. O jipe foi montado baseado no que tínhamos visto lá fora e infelizmente no ano seguinte a Engesa teve problemas financeiros, acabou fechando e encerrando suas atividades. Foi a primeira vez que um brasileiro acompanhou o Rallye Paris-Dacar. Esteve também acompanhando esse Rallye o jornalista e piloto português Francisco Santos

[Marcelo A. Marchiodi]

Nossa, demais isso, nunca imaginava!
Onde será que foi parar esse Engesa? Toda a carroceria dele era de alumínio?
E que pena que a coisa não foi pra frente, mais uma grande empresa que tinha um futuro brilhante... e que nossos governantes limparam a bu#&*% com eles.
É... Engesa, Gurgel, Democrata, Puma etc... poderíamos viver num páís diferente hoje...

[Kim]

Caramba!

Que relíquia isso!!!

Vou guardar em material impresso, para não ter problema de formatar!!!

[Eduardo Velo]

Nossa, demais isso, nunca imaginava!
Onde será que foi parar esse Engesa? Toda a carroceria dele era de alumínio?
E que pena que a coisa não foi pra frente, mais uma grande empresa que tinha um futuro brilhante... e que nossos governantes limparam a bu#&*% com eles.
É... Engesa, Gurgel, Democrata, Puma etc... poderíamos viver num páís diferente hoje...

Fala Marcelo , cara vc é muito novo pra falar no Democrata , como vc sabia desse carro ??
A Fabrica era na V. Anchieta , era tipo aqueles sedans americanos ...
Gurgel não teve o menor incentivo do governo , e ainda sofreu pressão por parte das outras montadoras , o cara até que foi longe ...
Engesa tomou um baita calote da Jordania que foi a pá de cal ... talvez se ainda continuasse fabricando , um Engesa Diesel ficaria na faixa de R$ 100.000,00 , mas seria a melhor opção do mercado com certeza ...
abs ... Edu

[JUNINHO_BITTENCOURT]

Puta merda, quase corre lágrina nos olhos te tão emocionante.

So em pensar no que a Engesa poderia fazer hoje, se não tivesse quebrado.

Mesmo lendo muito sobre a Engesa, diversas vezes aparece algo que nos surpreende.

[Cabelo F1]

RELATO
Caros colegas, no ano passado fiz um curso de motores eletrico em uma empresa do ramo, sem querer não sei porque esta comentando com o colega ao lado sobre meu jeep, (era hora do coffe break), derrepente o professor se interessou pelo assunto, e cara conhecia muito. peguntei se ele tbm tinha jeep, ele me respondeu que não mas ajudou a projetar o meu, (resumo, o professor era o engenheiro da ENGESA), dai foi só alegria.

Resumindo; o que ele informou sobre o fechamento da Engesa, foi uma falência influênciada politiccamente.

sds
Cabelo F1

[Marcelo A. Marchiodi]

Fala Marcelo , cara vc é muito novo pra falar no Democrata , como vc sabia desse carro ??
A Fabrica era na V. Anchieta , era tipo aqueles sedans americanos ...
Gurgel não teve o menor incentivo do governo , e ainda sofreu pressão por parte das outras montadoras , o cara até que foi longe ...
Engesa tomou um baita calote da Jordania que foi a pá de cal ... talvez se ainda continuasse fabricando , um Engesa Diesel ficaria na faixa de R$ 100.000,00 , mas seria a melhor opção do mercado com certeza ...
abs ... Edu

Fala Eduardo!
Conheço a história do Democrata por ler por aí, na internet tem um pessoal obcecado por ele!
Me lembro de ler uma vez sobre o Puma, levaram um pra Europa e fizeram uma enorme viagem, passando pela Alemanha, na Mercedes acho, pra visitar a fábrica, um dos engenheiros chamou seus funcionários e chegou na porta do Puminha, abriu e fechou ... olhou para os funcionários e disse: "estão vendo, é assim que se faz carro de fibra-de-vidro!"
Quanto a Gurgel, nem se fala, acho que deve ser a maior vergonha da história desse país, o que fizeram com eles...

Li uma coisa também sobre a Engesa, que teria contribuído para o fim, segundo a reportagem, eles teriam sofrido uma certa pressão de fabricantes de material bélico de outros países, principalmente EUA, pois o Osório teria se mostrado tão bom quanto o Abrams!

[Eriksom Teixeira Lima]

Li uma coisa também sobre a Engesa, que teria contribuído para o fim, segundo a reportagem, eles teriam sofrido uma certa pressão de fabricantes de material bélico de outros países, principalmente EUA, pois o Osório teria se mostrado tão bom quanto o Abrams!

Marcelo

na realidade, o produto brasileiro era melhor. Não lembro as estatísticas corretamente, mas era algo como, o produto gringo acertava 6 tiros em 10, e o engesa 7 em 10, tudo em movimento. Como na época, surgia a eletrônica, os brasileiros estavam à frente, com em miras, medição de tiro em movimento etc. É como a história dos MIG russo, eram superiores aos caças gringos, e tinham válvulas (conta o mito).

O príncipe saudita ficou impressionado, mas o Governos dos EUA, corretamente, defendeu suas empresas: "comprem o nosso para nós ajudarmos vocês". A Engesa perdeu.

Para quem não sabe, uma das oficinas da Engesa pertence hoje à Embraer.

Hoje, se repete a história do passado.

Os caças suecos estão em pleno desenvolvimento, a FAB poderia crescer junto desenvolvendo tencologia (afinal, do ITA saíram os engenheiros da EMBRAER), mas "o cara" prefere fazer gracinha com o francês.

A Terex desenvolveu um excelente caminhão militar nos anos 90, era brasileiro, mecânica scania, toda feita no Brasil (aliás, a Scania desenvolve muita coisa no Brasil, os caras são foda aqui, melhores que os da matriz). Mas "o cara" prefere dar um contrato milionário para os italianos construírem caminhões com tudo importado da Itália.

(procurem na internet pelo caminhão UAI, feito em Minas. Eu estou namorando um em BSB para quem sabe fazer merda.)

Vocês sabiam que até tecnologia de GPS a Marinha brasileira desenvolve? Só quem tem satélites são os EUA, a China, a Rússia, e agora a Europa tenta. A Marinha brasileira tem um produto bom, precisa de uns R$ 15 milhões para concluir o desenvolvimento das estações terrenas e dos aparelhos, e cerca de R$ 4 milhões por cada satélite (idealmente dois). O produto deles está sendo desenvolvido para captar sinais de aviões, de balões etc, além dos satelites, tudo baixo custo e precisão de centimetros. Para que? simples, é com sistema de GPS que se faz mira em combate (balística). Aliás, se os gringos cortaremo sinal do satélites deles, nossa comunicação celular pára, vocês sabiam? Com a Marinha nós superaríamos essa vulnerabilidade.

Então, o passado deve ser usado para se lamentar e brigar para não repetirmos o erro no presente.

Abraços e falei demais .... como sempre 8)

Eriksom

[Toninho]

O assunto começou alguns anos atrás falando-se do grande Engesa no Paris-Dakar, e olha onde viemos parar num monte de informação que algumas eu sabía outras não.Vale a pena ou não vale visitar todos os dias o Forum??.
Claro que sim é adquirir CULTURA informação e ficarmos convictos que os nossos governantes não são nada confiáveis, pelo contrário vivem enchendo,cuecas,bolsos e meias de dinheiro roubados dos nossos impostos. Deixa pra lá senão o assunto vai longe, e não quero me desviar da bela matéria jornalista que nôs foi mostrada. Obrigado meninos por mais um dia de aula.

[],ss

[Flávio Cadore]

Para contribuir, a Engesa fabricou 3 gaiolas com intuito de oferecer para os exércitos, como existem hoje por aí.
E quando o Iraque invadiu o Kwait uma ficou por lá pois tinha sido enviada para avaliação.
Não me lembro onde li esta informação.

[klaju1955]

[QUOTE=Eriksom Teixeira Lima;1124956]Marcelo

É como a história dos MIG russo, eram superiores aos caças gringos, e tinham válvulas (conta o mito).

Valvulas, porque eles não falham numa ataque nuclear, e uma p... de valvula, e a 6C33C ou 6S33S, ela e linda e tem até hoje uma boa reputação nos fans de som de alto qualidade.
(Desculpam o out top, mais não resesti, rsssssss)

Abraço

Klaus

[guilhermeabreu]

[quote=klaju1955;1126390]

Marcelo

É como a história dos MIG russo, eram superiores aos caças gringos, e tinham válvulas (conta o mito).

Valvulas, porque eles não falham numa ataque nuclear, e uma p... de valvula, e a 6C33C ou 6S33S, ela e linda e tem até hoje uma boa reputação nos fans de som de alto qualidade.
(Desculpam o out top, mais não resesti, rsssssss)

Abraço

Klaus

É !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!

Este tópico esta o MÁXIMO , a cada dia aparece mais um louco COM SUAS ELOCUBRAÇÕES aqui neste FORUM .

ESTA AGORA FOI DEMAIS , VALEWS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!