Eficiência do conversor de torque
Aprenda como identificar se o conversor está funcionando bem ou prejudicando o motor
Nas duas edições passadas, iniciamos o estudo mais aprofundado do conversor de torque, que é o dispositivo responsável por passar a força do motor para a transmissão.
Neste artigo veremos como o técnico pode medir o desempenho do conversor de torque e assim certificar se ele está realmente transferindo toda a força disponível do motor ou está prejudicando o rendimento do sistema.
Desempenho do conversor de torque
1. Relação de torque
A multiplicação de torque no conversor aumenta conforme aumenta o fluxo em vórtice, isto é, estará em seu valor máximo quando o rotor da turbina estiver parado.
O funcionamento do conversor de torque divide-se em duas faixas operacionais: a faixa de conversão, na qual existe multiplicação do torque e a faixa de acoplamento, em que ocorre a simples transmissão de força sem multiplicação de torque. O ponto de embreagem é a linha divisória entre estas duas faixas. (Vemos o descrito no gráfico 1)
(O ANEXO NA PÁGINA ESTÁ FORA DO AR)
Ponto De Stall (Apagamento):
Quando a relação de velocidade (e) for zero, ou seja, quando o rotor da turbina não estiver girando (quando o motor estiver funcionando, a alavanca estiver em "D" e o motorista com o pé no freio), a diferença entre a velocidade de giro do rotor da bomba e a velocidade de giro do rotor da turbina será maximizada.
O ponto de stall se refere à situação na qual o rotor da turbina permanece imóvel, uma vez que o veículo está parado. A relação de torque máximo do conversor de torque será aquela do ponto de stall. Está geralmente na faixa entre 1,7 e 2,5.
Ponto de embreagem
Conforme o rotor da turbina começa a girar e a relação de velocidade aumenta, a diferença entre as velocidades do rotor da turbina e da bomba impulsora começa a diminuir.
Quando a relação de velocidades atinge um determinado valor, o fluxo em vórtice diminui de modo que a relação de torque chega quase a 1:1. Sendo que o fluido que sai do rotor da turbina atinge a superfície traseira das pás do estator numa relação de velocidade maior, a embreagem unidirecional (roda livre) do estator faz com que o mesmo gire na mesma direção da bomba impulsora.
Em outras palavras, no ponto de embreagem o conversor de torque começa a funcionar como um acoplamento fluido, para impedir que a relação de torque caia abaixo de 1.
2. Eficiência de transmissão
A eficiência de transmissão do conversor de torque indica com que eficiência a energia fornecida à bomba impulsora é transmitida ao rotor da turbina.
Aqui, a energia refere-se à própria força do motor, e é proporcional às rotações e ao torque do motor.
A fórmula da eficiência de transmissão visa calcular o torque efetivo transferido do motor para a transmissão e as rodas. A bomba do conversor está ligada diretamente ao motor e é a fonte de torque.
Digamos que a bomba girasse a 1000 rpm e a turbina tivesse a perda interna do acoplamento fluido ela giraria somente a 950 rpm. Com aplicação da fórmula veremos que o torque efetivo transferido para a caixa, da qual a turbina faz parte, fica em torno de 95% (1000 dividido por 950 = 95%) somente.
No ponto de torque máximo a bomba impulsora está girando, mas o rotor da turbina está parado. Portanto o torque máximo é transmitido ao rotor da turbina, mas a eficiência da transmissão é nula porque o rotor não está girando.
Quando o rotor da turbina começa a girar, a saída do rotor, que é proporcional às rotações e ao torque da bomba impulsora, provoca um rápido aumento da eficiência da transmissão, que é maximizada numa RPM um pouco anterior ao ponto de embreagem. Após o ponto de máxima eficiência, a eficiência da transmissão começa a diminuir, porque uma parte do fluido vindo do rotor flui para a superfície traseira das pás do estator.
No ponto de embreagem, no qual a maior parte do fluido vindo do rotor da turbina atinge a superfície traseira das pás do estator, o estator começa a girar, evitando uma diminuição adicional da eficiência da transmissão, e o conversor de torque começa a funcionar como um acoplamento fluido.
Sendo que em um acoplamento fluido a transmissão de torque é quase de 1:1 e a eficiência da transmissão na faixa de acoplamento aumenta linearmente com a relação de velocidades.
Contudo, a circulação de fluido faz com que uma parte da energia cinética (energia que produz movimento) se perca conforme o fluido aumenta de temperatura devido ao atrito e colisões internas. Portanto, a eficiência de transmissão de energia do conversor de torque não chega a 100%, ficando geralmente na faixa de 95% a 98%.
No próximo artigo, trataremos do funcionamento da embreagem de bloqueio, geralmente conhecida como "Lock Up" ou TCC para que o conversor atinja os 100% de eficiência.
Colegas.
"Deu prego" como se diz lá no nordeste. Se as relações de transmissões informadas na pg 26 deste tópico estiverem certas o meu receio se concretizou. CA de Opala no Engesa FIII com MWM 2.8 e pneus 33";só se encurtar a relação do diferencial.Vejam a tabela abaixo:
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª Ré
Engesa - D-20 6,89:1 3,92:1 2,34:1 1,49:1 1,00:1 NA 6,99:1
Opala - 4 Marc NA NA 2,48 1,48 1 0,73 2,09
Opala - 3 Marc NA NA 2,31 1,46 1 NA 1,85
NA NA NA NA 1ª 2 3ª 4ª Ré
Em resumo a única opção seriamontar o CA 4 marchas e reduzir o diferencial em 37% e chegar a uma relação comparativa de 1ª = 3,39 e 4ª 1,0001. Como nem sonho em mecher em diferencial estes dois modelos estão eliminados.
Alias uma pergunta: como é que a turma que já colocou CA nos Engesas faz para dar ré subindo? A relação cai de 6,99:1 para 1,85:1. Vocês engatam a reduzida para dar ré? E a 2ª (para arrancar) que cai de 3,92 para 2,31?
Por favor quem conhecer câmbios CA com maior redução favor postar.
Abraços.
vc tá esquecendo um pequeno detalhe da construção do CA... o CONVERSOR de torque!!
Como o próprio nome diz, ele não é apenas um acoplamento entre motor e câmbio, como no caso da embreagem no câmbio manual, mas ele também MULTIPLICA torque enquanto as rotações de entrada e saída forem diferentes.
Sim, ele chega a multiplicar o torque de entrada por até 2,5. Isso significa que a 1a do ZFHP22, por exemplo, passa de 2,48 para algo perto de 6,20, no momento da arrancada. E a ré vai para algo em torno de 5:1.
Vc pode verificar que na maioria dos carros ou SUVs que têm versões com transmissão automática e manual, e mesmo as relações dos CA para cada marcha sendo mais longas que a do correspondente manual, nos automáticos a relação de diferencial ainda é mais longa! Isso pq sempre se considera o conversor de torque nos cálculos.
Ok. Que o conversor multiplica já houví dizer mas que era até 2,5 vezes não sabia.
A turma que colocou CA do Opala podia postar as configurações de pneu, Motor, câmbio e diferêncial e a comparação da condição de arrancada e ré das viaturas antes com o CM e agora com CA pra gente formar uma idéia baseada em fatos.
Um abraço.
Estou com GM 6cil, CA opala 4m , diferencial 4.89 e BFs 33.
Está tão forte quanto o CM, não sinto nenhuma falta da 1a e da ré violenta do 240v.
O segredo está todo no conversor, como o Seba disse. E só pra dar um gostinho... a VTR ta otima para andar, muito conforto e força.
Sem o pedal esquerdo...em compensação o direito...hehehe!!!!
O pessoal poderia falar alguma coisa de consumo?
Com o willys 3000 que não fazia 5km/l como o bura webber 446,entretanto no gnv ia pra 8,5km/m3...e na estrada chegava a 12~13km/m3,e isso sem over drive....
Já o willys é gastão acho que o consumo não deve mudar muito...
Para continuar, teria que fazer algumas melhorias, que já estão prontas, tais como:
Ter um freio 100% confiável, pois o CA não segura o veículo com o motor, somente no freio. Tem um esquama do kick-down (ou algo assim), mais até aprender os recursos, vamos de vagar;
Alongar a relação trazeira;
Alongar a relação dianteira. Então, para fazer isso, precisei trocar a bola D30 por uma D44.
Sobre o freio, troquei o tipo de disco e o tipo de pinça...
Bem, acompanha em fotim, ali tem todas as gambis que fiz!