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  • #49
    Usuário Avatar de AlemãoRS
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    Pumba, aproveitando sua experiência, como estão aguentando os trollers novos que possuem eixo traseiro semi-flutuante por ai?
    Aqui os que tem nas trilhas estão tudo com pneus 35" pra cima e dizem que esse eixo é mais robusto que os D44 antigos.
    Abraço
    Leonardo
    Ex-Suzuki Vitara 97 - Kamikaze

  • #50
    Senhores, voltando ao tema do tópico.

    Todo carro é comparável.
    Tudo depende do uso que vai dar ao mesmo.

    Por exemplo: para ir a padaria, um Skate e um Humvee resolvem o problema.
    Ou seja, para essa finalidade os dois são comparáveis, sim!

    Como o Pumba vem dizendo, através de conhecimento técnico e prático, o troller é sim muito robusto, e permite muitos upgrades. Porém, (ao menos antes do novo troller) o projeto dele era péssimo, uma cópia de um Wrangler, e um chassis/suspensão feito no fundo de quintal que foi evoluindo com o tempo, através de erros e acertos.
    Foi sendo colocado tudo que havia de bom e de melhor nas prateleiras, até que se chegou naquilo que todos idolatram.

    Mas o fato é, ele não teve projeto, e sim evolução de um protótipo/cópia, que ao meu ver era ruim.
    Muito espaço externo, pouco espaço interno. Suspensão com pouquíssimo curso...
    Com o tempo foram trocando tudo que era ruim/quebrava ou importado, por aquilo que tinha de melhor nas prateleiras e virou um Frank com tudo que "não quebra"...

    O Novo Troller já não sei... mas veja que aquilo que o Pumba tanto aplaudia foi eliminado - o eixo flutuante...

    Vamos ao Jimny, carrinho pequeno, compacto e internamente quase igual ao troller, mas muito mais bem resolvido; ponto pra ele.
    Ele custa bem menos e a manutenção é muito barata.
    Tudo nele é superdimensionado, se comparado a potência do motor que usa.
    E arrisco dizer que seu semi eixo, transmissão e caixas, são proporcionalmente muito mais robusto que de um troller, se levarmos em conta a peso, potência/torque de cada um e seus respectivos pneus.
    O Jimny vem sendo evoluído a mais de 40 anos e tudo nele foi desenvolvido para ele, e está pelo mundo todo, assim como as defender, ou seja, tem muita gente testando, fazendo upgrade mais variados, etc. etc... Eu ainda não tive conhecimento de um jimny que perdeu a roda por conta de um semi-eixo...

    A relação peso potencia de um jimny é quase a mesma que o troller, mas perde pelo dobro do torque... ponto pro motor diesel.

    Aliás, motores a diesel são ótimos e lindos, até o dia que apresentam problema. Aí, meu amigo, pode resgatar sua poupança que ele vai te cobrar em dobro toda alegria que te proporcionou.

    Considerando preparação leve, sem alterar a originalidade das vtrs:

    Troller com pneu Bf Mud 33x10,5-15 + guincho vs Jimny 4sport, com Bf Mud 215/75-15 + Guincho.

    Numa trilha compatível com essa preparação, os dois se sairão muito bem, sem vantagem para nenhum deles, cada um com seu pró e contra.

    A diferença fica em quanto vc gastou com cada um!

    Aí, meu amigo, na relação custo benefício, o Jimny ganha...
    Veja que não estou falando de trilha pesadas para ficar arrastando a lateral por 50m no barranco, capotar e sair andando...
    Estou falando de uso com parcimônia da peça mais sensível de todos os veículos, o bolso do dono.

    Se seu uso inclui uso urbano, o Jimny ganha...
    Numa rodovia o motor do troller faz diferença e leva vantagem, mas eu viajo constantemente com minha esposa no meu Jimny e não passo nervoso, ando a 120 onde é permitido e pronto. Perde nas subidas, mas não deixa passar raiva, só saber usar o giro do motor.

    Enfim, todos são bons, e o que define qual é melhor é:

    1. O uso que dará pra ele
    2. Sua capacidade bancária
    3. O gosto pessoal...

    ...simples assim

    Hoje eu continuo escolhendo o Jimny, amanhã já não sei...

    Veja que no post #2 o RHL disse: "eu fico com o T4, sem pensar 2x"
    Hoje ele anda de Jimny!

    Abraço e comparando sem fanatismos!

    T+

  • #51
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    Galera, fico lisonjeado de poder estar ajudando alguns. Gostaria de deixar claro 2 coisas: Não tenho troller e não tenho jimny. Sou mecânico e faço manutenções em diversos 4x4. Não tenho nenhum objetivo de angariar clientes pelo fórum.

    Vou tentar responder sobre o novo troller:

    O Novo Troller adotou eixo semi-flutuante, mas realmente o diferencial traseiro parece ser mais resistente que os dana 44 dos antigos. Pra mim, é uma boa receita, mas como expliquei anteriormente, mesmo que seja mais resistente, o semi-eixo está suportando também o peso do veículo e além disso uma quebra significa a soltura do conjunto inteiro. Como tem disco de freio ao invés de tambor, numa trilha o disco deve segurar, mas no asfalto em velocidade maior, não vai. O foco da Ford/Troller mudou com o novo troller. Está se aproximando de um veículo de produção em massa como qualquer outro (jimny, pajero, picapes). Eu olharia pro novo troller como um jimny com mecânica pesada, com mais possibilidades. E apesar do diferencial dianteiro do novo troller ser o mesmo dos antigos, vi alguns casos de empenamento do eixo dianteiro em uso extremo. Não pude analisar cuidadosamente esses novos trollers, mas com absoluta certeza deve haver uma bela alavanca multiplicando a força que é exercida no eixo dianteiro. É a única explicação pra empenar um eixo consagrado por quase 2 décadas em rallys de ponta, nos mais diversos veículos de produção voltados para competições off-road e uso militar.

    Aliás, criticar a mecânica do Troller, é criticar a mecânica de versões militares, civis e de rallys:

    Frontier, Ranger, S10, L200 ER e L200 RS, Agrale marruá AM50, AM100, AM150, AM200 e suas versões militares usadas desde 2005 pelo exército brasileiro, entre tantos outros protótipos do sertões e dakar. (A Mitsubish só usa essas mecânicas caras, Eaton e Borgwarner, nos veículos de competição. Veículos de produção civil eles usam Aisin que proporcionam engates mais precisos e confortáveis para uso urbano.

    A L200 ER que ganhou o sertões umas 10 vezes usa:

    Câmbio Eaton 2405-B
    Caixa transf. Borgwarner
    Diferenciais dana 44 flutuantes
    Carroceria em fibra de vidro

    É exatamente o mesmo câmbio usado nos Trollers 2005 e 2006. E somente diferente na relação de marchas, em relação aos Trollers de 2007 a 2014. Em relação aos usados em outros veículos, os usados nos trollers são mais reduzidos e aguentam mais troque. A relação do 2405-B é mais reduzida em quinta e mais longa em primeira e segunda marchas. Os antigos usavam o Eaton 2305, que aguentava menos torque. Observe que tem aplicações usando esse câmbio que correm rally dos sertões com 220, 270, 300 cvs. Dá pra ter ideia do superdimensionamento dessa mecânica para motores com 132/163/165 cvs originais. E da habilidade técnica exigida pra se usar um câmbio no limite (muitos proprietários chipam para potências dignas de competições de alto nível técnico). O chassi do Troller usado desde 2002 é mais resistente, não tem pontos de acúmulos, é inteiriço, hermeticamente fechado e em U. A carroceria também é em fibra de vidro. A preparação para equipamentos de competição offroad já vem de fábrica também no troller. Santo antônio interno também de fábrica. A relação do diferencial do troller é absurdamente mais reduzida também (objetivo: mais força - como se precisasse, com os motorzões diesel - mas considera justamente que haverão abusos).

    O uso de eixos flutuantes só é comum em aplicações pesadas (caminhões e ônibus) e aplicações voltadas a uso severo em off-road. Qualquer projeto com objetivo de atender uso militar, uso em competições off-road ou uso rural, adota eixo flutuante. Aqui podemos incluir: Land Rover Defender, Toyota Bandeirantes, Agrale Marruás (pós 2005 - por exigência do exército brasileiro), Troller (desde 2002, pelo menos), entre outros projetos.

    A visão da indústria automobilística que produz veículos em massa, para vender em milhares e milhares de unidades, disputando mercados, sabe que apenas 1 em 10.000 clientes (na proporção de vendas) vai de fato analisar um veículo olhando-o por baixo. A maioria vai chegar na loja, olhar o design, ar-condicionado, vidros elétricos, bancos, e todo tipo de mimo e conforto, além da sensação de dirigir um sedan, teto solar, e principalmente ser influenciado pelo valor da marca. Aqui no Brasil é muito comum valorizar o que é de fora, japonês, inglês, americano... se é brasileiro, muitas pessoas já assumem que não prestam - ainda bem que o exército brasileiro não pensa assim e adotou os jipes da agrale (mecânica idêntica do troller em vários aspectos), muito melhores que os antigos defender, na minha opinião e na deles também.

    Qualquer um desses 99.999 clientes que entrassem num Troller de versão inferior a 2008, jamais comprariam o veículo. Os botões do vidro elétrico ficam no meio do painel, o sistema é arcaico, o ar faz barulho, o interior é rústico e lembra mais um carro popular da década de 90, é apertado, é alto pra cacete pra entrar, tem que levantar 1 metro a perna do chão pra entrar direto e ainda dar um pulo e torcer pra roupa não rasgar no pino da porta, o jipe é alto e não entra em vários lugares, entre tantos outros desconfortos. Já alguns doidos jipeiros, adoram o fato de poderem espirrar água sem se preocupar com botão de vidro elétrico na porta, de entrar dentro do jipe com a mangueira e o balde de sabão, dão valor a tanta altura do chão e tanta altura de carroceria pro snorkel ficar o mais alto possível sem se preocupar que não entrarão em shoppings, garagens, etc.

    E o Troller nasceu assim, não se disseminou com propaganda em TV dando saltos impossíveis ou desviando de bombardeios ridículos. Foi no boca a boca. Por muito tempo era um veículo que só quem era do meio off-road conhecia. O objetivo da Ford, desde 2009 quando reestilizou o Troller, foi aumentar as vendas, torná-lo de fato um veículo sustentável para a montadora, que gerasse algum lucro. O que a Ford fez em 2009, ao meu ver, foi maravilhoso. Os Trollers 2009 a 2012 (e os TGVs também, 2013 e 2014) tem um interior muito agradável e conservaram muito da robustez dos antigos. Você quase não lembra que está dentro de um jipe. Mas, você rapidamente lembrava ao dirigir, e diversos probleminhas existiam ainda na montagem, a fibra continuava artesanal, a montagem também, ainda tinha entradas de água na carroceria e faróis, ar-condicionado arcaico, etc.

    O novo troller foi uma aposta da Ford. E me parece uma aposta que deu certo. É mais uma tentativa de unir o antigo troller com um SUV convencional como uma Pajero. A fibra não é mais artesanal. Me parece que os probleminhas que chateavam tanto consumidores urbanos diminuíram muito devido as mudanças na linha de montagem, ficou bem mais profissional - se assemelha a produção de um veículo 4x4 de produção em massa como o próprio jimny e pajero.

    Podiam sim ter deixado o eixo flutuante, mas nem se deram o trabalho de cortar os suportes que eram usados da Ranger, muito menos iriam ter o custo de fazer um projeto de eixo só para o troller para manter o flutuante. Eles não objetivam mais uso militar e os consumidores antigos. Objetivam consumidores de SUVs com ar condicionado digital, mas que queiram alguma rusticidade. A próxima versão de Troller, tenho quase certeza que abandona também o eixo rígido dianteiro. É uma mudança de foco, e o veículo perdeu muito da proposta anterior, mas por enquanto ainda continua um bom jipe, sem dúvida. Porém, eu não abusaria do eixo traseiro com pneus enormes sem antes convertê-lo para flutuante.

    O objetivo da Troller, de décadas atrás era produzir um jipe que fosse simples, fácil de manter e consertar, que não dependesse de peças de uma única montadora e que tivesse uma mecânica robusta. Talvez alguns aqui não se lembrem e não tenham passado o perrengue que muitos passaram com o abandono da suzuki anos atrás, deixando milhares de proprietários na mão, sem ter o que fazer. Isso foi um dos maiores absurdos que já vi uma montadora fazer. E hoje, na verdade, desde 2009, o Troller passou a depender completamente da Ford, tendo peças única e exclusivamente da linha de montagem da Ford. Piorou com o lançamento do novo troller, que até o motor é produzido pela Ford.

    O que a finada troller observava, muitos anos atrás (e ainda acontece muito) é que os jipeiros tinham uma verdadeira miscelânea nos jipes, com peças de diversos carros, adaptações e algumas eram de sucesso e outras não. Eles juntaram o que tinha de melhor no mercado, e até hoje continua sendo mecânica de ponta usada em pleno 2016, quase 20 anos depois, em veículos de produção para rally: L200 Triton ER

    Pegaram a mecânica mais top que havia nas competições, Eaton, Borgwarner, MWM, Dana, Spicer, etc. e a carroceria de fibra que sempre foi regra nas competições devido a facilidade de reparo, resistência oferecendo boa segurança e robustez, fizeram um chassi que contemplasse o uso em praias, trilhas e rallys sem se importar que ficasse muito pesado, projetaram o veículo de forma a ter capacidade de usar uma mecânica pesada e não se preocuparam com conforto, e sim com desempenho, ou seja o eixo traseiro fica embaixo dos ocupantes traseiros (em competições, ali vão ferramentas e pneus, os bancos rebatem, são facilmente removidos também), não tem mala, maximizaram os ângulos de entrada, saída e transposição, sem comprometer inclinações laterais(45 graus nas antigas e 40 graus nas pós 2013) e rampa máxima(45 graus - 100%) e adotaram um design globalmente aprovado (Jeep willys/wrangler).

    O único projeto que fez uma façanha semelhante foi o da Agrale com o AM50. Eles usaram basicamente a mesma mecânica do troller, mas sacrificaram rampa máxima e inclinação lateral por ângulos de entrada e saída maiores, pois o foco da agrale não contemplava o uso em areia, competições off-road, com subidas de dunas e manobras radicais como laterais, nem mesmo caixa de redução eles colocavam, o que pra mim é sinônimo de embreagem fritada, seja em areia ou em trilha pesada.

    Pra mim, o único modo de comparar Jimny e Troller é com Troller RF (AP 2.0 gasolina).
    O Troller RF pesava 1400 kgs, apenas 400 kgs a mais (o equivalente a 4/5 adultos) que o jimny e adotava eixos semi-flutuantes, mas com um diferencial bem maior que o do jimny e motor AP.

    Um abraço a todos e desculpem o post longo.
    4X4 Brasil

  • #52
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    Citação Postado originalmente por Pumba Ver Post
    Galera, fico lisonjeado de poder estar ajudando alguns. Gostaria de deixar claro 2 coisas: Não tenho troller e não tenho jimny. Sou mecânico e faço manutenções em diversos 4x4. Não tenho nenhum objetivo de angariar clientes pelo fórum.

    Vou tentar responder sobre o novo troller:

    O Novo Troller adotou eixo semi-flutuante, mas realmente o diferencial traseiro parece ser mais resistente que os dana 44 dos antigos. Pra mim, é uma boa receita, mas como expliquei anteriormente, mesmo que seja mais resistente, o semi-eixo está suportando também o peso do veículo e além disso uma quebra significa a soltura do conjunto inteiro. Como tem disco de freio ao invés de tambor, numa trilha o disco deve segurar, mas no asfalto em velocidade maior, não vai. O foco da Ford/Troller mudou com o novo troller. Está se aproximando de um veículo de produção em massa como qualquer outro (jimny, pajero, picapes). Eu olharia pro novo troller como um jimny com mecânica pesada, com mais possibilidades. E apesar do diferencial dianteiro do novo troller ser o mesmo dos antigos, vi alguns casos de empenamento do eixo dianteiro em uso extremo. Não pude analisar cuidadosamente esses novos trollers, mas com absoluta certeza deve haver uma bela alavanca multiplicando a força que é exercida no eixo dianteiro. É a única explicação pra empenar um eixo consagrado por quase 2 décadas em rallys de ponta, nos mais diversos veículos de produção voltados para competições off-road e uso militar.

    Aliás, criticar a mecânica do Troller, é criticar a mecânica de versões militares, civis e de rallys:

    Frontier, Ranger, S10, L200 ER e L200 RS, Agrale marruá AM50, AM100, AM150, AM200 e suas versões militares usadas desde 2005 pelo exército brasileiro, entre tantos outros protótipos do sertões e dakar. (A Mitsubish só usa essas mecânicas caras, Eaton e Borgwarner, nos veículos de competição. Veículos de produção civil eles usam Aisin que proporcionam engates mais precisos e confortáveis para uso urbano.

    A L200 ER que ganhou o sertões umas 10 vezes usa:

    Câmbio Eaton 2405-B
    Caixa transf. Borgwarner
    Diferenciais dana 44 flutuantes
    Carroceria em fibra de vidro

    É exatamente o mesmo câmbio usado nos Trollers 2005 e 2006. E somente diferente na relação de marchas, em relação aos Trollers de 2007 a 2014. Em relação aos usados em outros veículos, os usados nos trollers são mais reduzidos e aguentam mais troque. A relação do 2405-B é mais reduzida em quinta e mais longa em primeira e segunda marchas. Os antigos usavam o Eaton 2305, que aguentava menos torque. Observe que tem aplicações usando esse câmbio que correm rally dos sertões com 220, 270, 300 cvs. Dá pra ter ideia do superdimensionamento dessa mecânica para motores com 132/163/165 cvs originais. E da habilidade técnica exigida pra se usar um câmbio no limite (muitos proprietários chipam para potências dignas de competições de alto nível técnico). O chassi do Troller usado desde 2002 é mais resistente, não tem pontos de acúmulos, é inteiriço, hermeticamente fechado e em U. A carroceria também é em fibra de vidro. A preparação para equipamentos de competição offroad já vem de fábrica também no troller. Santo antônio interno também de fábrica. A relação do diferencial do troller é absurdamente mais reduzida também (objetivo: mais força - como se precisasse, com os motorzões diesel - mas considera justamente que haverão abusos).

    O uso de eixos flutuantes só é comum em aplicações pesadas (caminhões e ônibus) e aplicações voltadas a uso severo em off-road. Qualquer projeto com objetivo de atender uso militar, uso em competições off-road ou uso rural, adota eixo flutuante. Aqui podemos incluir: Land Rover Defender, Toyota Bandeirantes, Agrale Marruás (pós 2005 - por exigência do exército brasileiro), Troller (desde 2002, pelo menos), entre outros projetos.

    A visão da indústria automobilística que produz veículos em massa, para vender em milhares e milhares de unidades, disputando mercados, sabe que apenas 1 em 10.000 clientes (na proporção de vendas) vai de fato analisar um veículo olhando-o por baixo. A maioria vai chegar na loja, olhar o design, ar-condicionado, vidros elétricos, bancos, e todo tipo de mimo e conforto, além da sensação de dirigir um sedan, teto solar, e principalmente ser influenciado pelo valor da marca. Aqui no Brasil é muito comum valorizar o que é de fora, japonês, inglês, americano... se é brasileiro, muitas pessoas já assumem que não prestam - ainda bem que o exército brasileiro não pensa assim e adotou os jipes da agrale (mecânica idêntica do troller em vários aspectos), muito melhores que os antigos defender, na minha opinião e na deles também.

    Qualquer um desses 99.999 clientes que entrassem num Troller de versão inferior a 2008, jamais comprariam o veículo. Os botões do vidro elétrico ficam no meio do painel, o sistema é arcaico, o ar faz barulho, o interior é rústico e lembra mais um carro popular da década de 90, é apertado, é alto pra cacete pra entrar, tem que levantar 1 metro a perna do chão pra entrar direto e ainda dar um pulo e torcer pra roupa não rasgar no pino da porta, o jipe é alto e não entra em vários lugares, entre tantos outros desconfortos. Já alguns doidos jipeiros, adoram o fato de poderem espirrar água sem se preocupar com botão de vidro elétrico na porta, de entrar dentro do jipe com a mangueira e o balde de sabão, dão valor a tanta altura do chão e tanta altura de carroceria pro snorkel ficar o mais alto possível sem se preocupar que não entrarão em shoppings, garagens, etc.

    E o Troller nasceu assim, não se disseminou com propaganda em TV dando saltos impossíveis ou desviando de bombardeios ridículos. Foi no boca a boca. Por muito tempo era um veículo que só quem era do meio off-road conhecia. O objetivo da Ford, desde 2009 quando reestilizou o Troller, foi aumentar as vendas, torná-lo de fato um veículo sustentável para a montadora, que gerasse algum lucro. O que a Ford fez em 2009, ao meu ver, foi maravilhoso. Os Trollers 2009 a 2012 (e os TGVs também, 2013 e 2014) tem um interior muito agradável e conservaram muito da robustez dos antigos. Você quase não lembra que está dentro de um jipe. Mas, você rapidamente lembrava ao dirigir, e diversos probleminhas existiam ainda na montagem, a fibra continuava artesanal, a montagem também, ainda tinha entradas de água na carroceria e faróis, ar-condicionado arcaico, etc.

    O novo troller foi uma aposta da Ford. E me parece uma aposta que deu certo. É mais uma tentativa de unir o antigo troller com um SUV convencional como uma Pajero. A fibra não é mais artesanal. Me parece que os probleminhas que chateavam tanto consumidores urbanos diminuíram muito devido as mudanças na linha de montagem, ficou bem mais profissional - se assemelha a produção de um veículo 4x4 de produção em massa como o próprio jimny e pajero.

    Podiam sim ter deixado o eixo flutuante, mas nem se deram o trabalho de cortar os suportes que eram usados da Ranger, muito menos iriam ter o custo de fazer um projeto de eixo só para o troller para manter o flutuante. Eles não objetivam mais uso militar e os consumidores antigos. Objetivam consumidores de SUVs com ar condicionado digital, mas que queiram alguma rusticidade. A próxima versão de Troller, tenho quase certeza que abandona também o eixo rígido dianteiro. É uma mudança de foco, e o veículo perdeu muito da proposta anterior, mas por enquanto ainda continua um bom jipe, sem dúvida. Porém, eu não abusaria do eixo traseiro com pneus enormes sem antes convertê-lo para flutuante.

    O objetivo da Troller, de décadas atrás era produzir um jipe que fosse simples, fácil de manter e consertar, que não dependesse de peças de uma única montadora e que tivesse uma mecânica robusta. Talvez alguns aqui não se lembrem e não tenham passado o perrengue que muitos passaram com o abandono da suzuki anos atrás, deixando milhares de proprietários na mão, sem ter o que fazer. Isso foi um dos maiores absurdos que já vi uma montadora fazer. E hoje, na verdade, desde 2009, o Troller passou a depender completamente da Ford, tendo peças única e exclusivamente da linha de montagem da Ford. Piorou com o lançamento do novo troller, que até o motor é produzido pela Ford.

    O que a finada troller observava, muitos anos atrás (e ainda acontece muito) é que os jipeiros tinham uma verdadeira miscelânea nos jipes, com peças de diversos carros, adaptações e algumas eram de sucesso e outras não. Eles juntaram o que tinha de melhor no mercado, e até hoje continua sendo mecânica de ponta usada em pleno 2016, quase 20 anos depois, em veículos de produção para rally: L200 Triton ER

    Pegaram a mecânica mais top que havia nas competições, Eaton, Borgwarner, MWM, Dana, Spicer, etc. e a carroceria de fibra que sempre foi regra nas competições devido a facilidade de reparo, resistência oferecendo boa segurança e robustez, fizeram um chassi que contemplasse o uso em praias, trilhas e rallys sem se importar que ficasse muito pesado, projetaram o veículo de forma a ter capacidade de usar uma mecânica pesada e não se preocuparam com conforto, e sim com desempenho, ou seja o eixo traseiro fica embaixo dos ocupantes traseiros (em competições, ali vão ferramentas e pneus, os bancos rebatem, são facilmente removidos também), não tem mala, maximizaram os ângulos de entrada, saída e transposição, sem comprometer inclinações laterais(45 graus nas antigas e 40 graus nas pós 2013) e rampa máxima(45 graus - 100%) e adotaram um design globalmente aprovado (Jeep willys/wrangler).

    O único projeto que fez uma façanha semelhante foi o da Agrale com o AM50. Eles usaram basicamente a mesma mecânica do troller, mas sacrificaram rampa máxima e inclinação lateral por ângulos de entrada e saída maiores, pois o foco da agrale não contemplava o uso em areia, competições off-road, com subidas de dunas e manobras radicais como laterais, nem mesmo caixa de redução eles colocavam, o que pra mim é sinônimo de embreagem fritada, seja em areia ou em trilha pesada.

    Pra mim, o único modo de comparar Jimny e Troller é com Troller RF (AP 2.0 gasolina).
    O Troller RF pesava 1400 kgs, apenas 400 kgs a mais (o equivalente a 4/5 adultos) que o jimny e adotava eixos semi-flutuantes, mas com um diferencial bem maior que o do jimny e motor AP.

    Um abraço a todos e desculpem o post longo.
    Depois dessa brilhante explanação do Pumba,fica claro a superioridade do Troller diesel até 2012, ressaltando as melhorias e conforto pós 2009. Parabenizo o Pumba pelas excelentes informações e esclarecimentos.Abs Válter
    4X4 Brasil

  • #53
    Prezados, sigo ainda na minha linha de raciocínio...

    Pumba,

    Veja que você tb concorda comigo, o troller é sim o "Pica das Galáxias", mas vc não entendeu quando eu disse que tudo é comparável dependendo do uso que dará.


    Um Jimny e um Troller e um Skate te levam a padaria
    Um Jimny e um Troller te levam a Canastra
    Um Jimny e um Troller te levam numa volta ao mundo
    Um Jimny e um Troller fazem trilhas pesadas desde que preparados para tal.


    Até aqui todos iguais, exceto que o Jimny te custou metade do preço.


    Agora, se eu quisesse um carro para competição, tipo Transcatarina como vc diz, o Jimy realmente não é o mais adequado, mas se quiser insistir nele tb dá... Veja que foram nos sertões e não fizeram feio.


    Insisto, o Jimny foi dimensionado para aquilo que ele foi projetado, e tendo em vista o porte e potência, ele é superdimensionado, isso é fato! E não desmerece o Troller nem o torna superior ou inferior.


    Quando Rogério Farias inicio seu protótipo do Troller, tudo que ele queria era um 4x4 indestrutível e passível de usar em praia. Ele tomou como base o design do Wrangler e mandou ver, foi feliz e ousado e sempre esteve atento aos usuários, para melhorias e isso o fez crescer no boca-boca, sem comercial... Caminho contrário ao JPX, que tinha um ótimo projeto, mas peças erradas e nunca se importou em melhorar os componentes que os usuários tanto criticavam. O resultado de cada um agente conhece. Mas como projeto, o JPX era melhor.
    Como projeto, o Engesa também é muito bom, veja o desenho dele, década de 80, e ainda hoje na mão da Agrale, é atual. Sua carroceria toda em chapa poderia ser reproduzida com uma dobradeira caseira de 1m! Você conseguir simplificar a esse ponto e ainda conseguir um puta design, isso se chama projeto! A suspensão dele tb, método consagrado com grande torção, mas que o Troller mesmo tendo o mesmo princípio não conseguiu tanta flexibilidade.


    É isso que digo referente ao projeto, acho sim o projeto do Troller ruim, porém com componentes de primeira, o que o torna o "Frank pica das galáxias". Mas ele poderia ser muito mais autentico, ter mais espaço interno, etc. etc... Ele se baseou num Wrangler e perdeu a chance de ter muito mais aproveitamento interno, em vista do tamanho que ocupa e fora a suspensão de kart. A nova versão parece que melhorou nesse quesito, porém, tentando atender os 99.000 outros usuários coloca até ar digital num carro desses, aff...


    O JPX e o Engesa, tinham projetos ao meu ver bem superiores, e o Engesa com projeto e principalmente design 100% nacional!


    Por falar em nacional, não entendi onde aqui alguém desdenhou um produto nacional.
    Sou o primeiro a valorizar e sempre fui, fiquei triste quando da aquisição pela Ford.

    Na família optamos comprar zero, um JPX ao invés de um Defender, pelo simples fato dele se fabricado aqui enquanto o defender era importado, lembrando que na época o valor era semelhante.
    Temos em casa um Gurgel Tocantins 1991, desde zero, conheço o potencial da fibra. E sei na prática o que é um carro Frank, com todos os componentes consagrados juntos, num projeto mais ou menos...


    Ah! Se o cidadão 1 em 100.000 vier aqui em busca de informação sobre o Troller vs Jimny, ele certamente sabe onde ele quer ir com a vtr dele, e ele já terá todas essas informações que você citou. Estou aqui dando esclarecimentos para que, caso um dos outros 99.000 venha aqui trás de informação, ele possa ter informações e opiniões para que ele tire suas conclusões...


    Tem gente que faz parte dos 99.000 que me pergunta pq paguei tão caro num "jipinho", com um acabamento tão simples, carro pequeno, o ar nem é digital... Eu respondo, não comprei pelo que tem aqui dentro e sim pelo que tem aqui embaixo.


    E para concluir, uma vez que me alonguei muito mais do que deveria:


    Troller é um puta Jipe sim, mas o Jimny resolve minhas necessidades assim como de tantos outros e com louvor, e por isso insisto, tudo depende do uso que dará.


    Já ouviu a expressão: "matar mosquito com canhão"
    Então pra que vou carregar, investir, transportar e manter um canhão, se uma espingarda de chumbo resolve?!
    Ah! sem mira , nenhum dos dois resolve....


    Abraço e sem polemizar...

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  • #54
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    Boas discussões e explicações...

    é para isso que serve um bom fórum.....

    acho tão bom quando as discussões não caem no "meu é mais maior e melhor de bão, só porque é o meu"....

    hoje tenho um Jimny, já tive outros 4x4 e ainda vou ter um Troller (em breve, espero)....
    abs!
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  • #55
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    O acerto da suspensão original do troller, na minha opinião é voltado ao uso do nordestino (lembra um bugre) e rallys (veículo firme, ficou um pouco mais macio de 2009 em diante). Mas, a suspensão não tem mistério. É igual qualquer outro jipe: basta trocar mola ou amortecedor. Tem gente chegando a quase 1000 pontos de RTI só trocando mola, amortecedor e desconectando bieleta.

    Cada veículo tem um limite de preparação. Chega um ponto que você extrapola e sua preparação já se tornou simplesmente um novo veículo. Não pelo valor investido de peças, mas pelos itens mecânicos que você trocou, burocracia das mudanças, etc.

    Num Troller, você usa até pneu 37"/38" sem mudar praticamente nada. É um aumento de 7/8" de pneu com a mecânica original reforçada. Tenho cliente que quer usar pneu 40" e vai apenas colocar dana 60" na traseira. Em suma, vai trocar 1 diferencial. Se precisar, irá trocar o dianteiro também. O aumento de peso será significativo ao aumentar o diferencial, mas absolutamente nada preocupante para um motor diesel. A adaptação não será difícil, apenas um diferencial dana maior, podendo ser 60 ou 70. O dana 60 já era usado na finada Troller Pantanal e nos AM50 militares. O dana 70 já é usado nas AM100/150/200 militares. Nenhum bicho de 7 cabeças colocar num troller, e totalmente compatível com uma mecânica diesel bruta como eaton/borgwarner/MWM, vide o uso militar. Único ponto negativo é que não tem 200 opções de relação de diferencial nos dana 60 e dana 70. O dana 44 é de longe o diferencial com mais opções de relação. Tem relação pra todo tipo de tamanho de pneu, de 30", 33", 35", 37" até 40" ou todo tipo de uso ou gosto.

    Já acompanhei uma tentativa de fazer upgrade em jimny e samurai. Aquele meu cliente que usava pneu 31" queria usar pneu 33" ou 35" pra ganhar mais altura. Pra colocar o 31", já não foi fácil e acabou totalmente com o desempenho do veículo, sem falar no risco de quebra e o perigo do eixo semi-flutuante. As caixas de roda são pequenas. Não tem opções de relação pro diferencial. O diferencial não aguenta o aumento nos pneus (e é semi-flutuante). O motor não empurra os pneus maiores, faltando muito torque pra ficar satisfatório. Trocando o motor, a caixa e o câmbio não aguentam. A carroceria não tem espaço pra colocar motor maior e os suportes não aguentam. O chassi também não aguenta o aumento de peso de motor, câmbio, caixa e diferenciais. Ao fazer lift, a carroceria e diferenciais finos comprometem gravemente a inclinação lateral (se soprar, tomba). Usar alargadores não é uma opção no eixo original também devido ao risco de quebra de ponta de eixo. Eu nem precisei chegar até o final de todo planejamento. No final das contas ele desistiu, voltou para pneu equivalente de 28" depois de entender o que é um eixo semi-flutuante e não querer entrar na empreitada de comprar 2 eixos de troller e uma mecânica diesel ou 6cc gasolina pra adaptar. Eu não embarcaria num projeto que eu sei que não iria deixar o cliente satisfeito ou que teria defeitos graves, e antes mesmo de concluir todo o planejamento, o rapaz desistiu e concluiu que se contentaria com um uso mais light.

    Já o dono do samurai, foi até o final. Está com 2 eixos de troller dana 44, usando pneu 35", tentou pegar uma mecânica completa (câmbio/transferência e motor de troller) mas, acabou conseguindo uma de hilux por preço muito mais baixo e fechou. Conseguimos adaptar. Trocou tudo, não resta mais nada de samurai. Até a carroceria foi completamente cortada, chassi completamente reforçado, pra fazer suportes e pra aguentar o peso extra de motor, câmbio, caixa, diferenciais, etc. Somando o que ele gastou de aquisição do carro (30 mil) + toda a transformação e legalização (só de peça uns 60 mil de sucatas muito bem pechinchadas + peças, soldas, m.o., etc), sem falar nas idas e vindas a oficina, testes, problemas, muita paciência e burocracia até acertar o veículo todo, deve ter dado uns 2 anos e no mínimo o valor de um troller 0 km (120 mil reais). Conclusão que o próprio dono chegou no final do projeto: Se tivesse comprado um troller na época (90 mil), colocado pneu 35" e bloqueio, estaria com uma máquina muito melhor e sem 1/10 das apurrinhações que ele teve que passar. E depois de 1 ano de trilhas, vendeu o samurai por 70 mil e comprou um troller. Conheço outros clientes com willys que são apaixonados e curtem todas essas adaptações em oficina. É um estado de espírito bem diferente, se for o caso, vale a pena.

    Mas, troller e jimny, sem dúvida, depende do uso e objetivo.

    Se o objetivo é ir a padaria, não precisa de jimny nem de troller, o skate atende.
    Se o objetivo é ir a canastra, não precisa de jimny nem de troller, um fusca vai.
    Se o objetivo é dar a volta ao mundo, não precisa de jimny nem de troller, uma kombi é perfeita para isso.

    O que essas afirmações ponderam é custo & benefício. E nesse caso:

    Se o objetivo é trilhas pesadas (na minha concepção de trilhas pesadas), melhor ir de troller, bandeirante, wrangler, defender ou marrua.

    E por uma questão de perspectiva, na minha posição de mecânico:
    Citação Postado originalmente por Paulo André BR Ver Post
    Já ouviu a expressão: "matar mosquito com canhão"
    Então pra que vou carregar, investir, transportar e manter um canhão, se uma espingarda de chumbo resolve?!
    Se eu tivesse 70 mil reais, não gastaria num jimny 0 km. Com 55 mil eu compraria um troller usado revisado por mim, colocaria 5 mil de pneus 35" e deixava 10 mil de reserva e ia fazer a transpantaneira andando com água em cima do painel do troller e tomando cerveja com o gardenal.

    Ou seja, dependendo da sua perspectiva, o canhão pode ser gastar 70 mil reais num bem que não vai te atender ou você pode simplesmente comprar um veículo diesel, bruto como um troller, defender, marrua, bandeirante, etc, cuidar dele direitinho, fazer suas brincadeiras, ir a padaria e dar a volta ao mundo e pode ter certeza que a mecânica que está ali tem capacidade pra proporcionar as mesmas alegrias até pro seus netos. Você recupera o dinheiro em consumo, manutenção e durabilidade seguindo as manutenções preventivas e ainda tem um monstro diesel com mecânica de caminhão com infinitas possibilidades de preparação.

    Se o caso for algo que simplesmente lhe leve: Skate, bicileta, carroça, moto, fusca ou kombi. Nessa ordem respectivamente, do mais barato ao mais caro rsrs

    Brincadeiras a parte, por outro lado, talvez você queira um veículo 0 km, confiável, sem apurrinhações com manutenção, pra fazer seus passeios e trilhas leves com o veículo quase todo original, que você não enfiará em buracos enormes de lama nem afundará no pantanal e você não sente nenhum tesão em simplesmente ter um veículo capaz de fazer essas coisas. Nesse caso, se seu orçamento é o preço do jimny 0 km, não faz sentido você se esforçar pra comprar algo mais caro, que te atenderia da mesma forma.

    Mas, pra mim, não é uma comparação de veículos que vai ajudar a decidir qual comprar, e sim, simplesmente definir o uso que será feito do mesmo. Ou definir o nível de paixão e vontade de ter o bem mais caro e superdimensionado para o uso, colocando na balança com os respectivos pesos: tesão, racionalidade e investimento.

  • #56
    Citação Postado originalmente por Pumba Ver Post
    Mas, pra mim, não é uma comparação de veículos que vai ajudar a decidir qual comprar, e sim, simplesmente definir o uso que será feito do mesmo. Ou definir o nível de paixão e vontade de ter o bem mais caro e superdimensionado para o uso, colocando na balança com os respectivos pesos: tesão, racionalidade e investimento.
    Viu só! desde o início estamos falando a mesma coisa...

    Mas no final o bolso e o gosto é que define o que o cara vai levar pra casa...

    Sim chega num ponto que a preparação num Jimny não faz sentido, concordo plenamente e ele tem mais limitações que o troller, mas com alguma preparação e tudo plug&play, faz muita trilha pesada e custando menos.

    Qualquer preparação exagerada, deixa de ser racional e financeiramente sem sentido, apenas gosto e prazer.
    (e digo isso em causa própria, desde 2002 meu CJ anda com um vortec, cambio 2615B e CT de band, a atualmente estou mexendo na suspensão dele, baseada no JPX, pois não gosto de panhard, prefiro suspensão trabalhando simetricamente - não recomendo ninguém a fazer alteração e adaptação)

    Se o cidadão tem o valor como limitante, o Jimny entra com o custo benefício.
    Eu peguei o meu 2011, faz 2 anos e continua valendo quase a mesma coisa, na minha mão já foram mais de 47.000Km, e não gastei R$0,01 com manutenção fora do previsto (troca de óleo e filtros). Dessa quilometragem, 10.000Km foram Bolivia/Chile/Argentina, onde ao menos 1.000 ~1.500Km foram estradas de terra em péssimas condições e andando a 70~80Km/h, com tração engatada, acompanhando mitsubish e discovery... Aqui, uso no dia dia da cidade, sem que os estacionamentos me expulsem, sempre pego rodovias, estradas de terra e faço minhas trilhinhas...
    Com o mesmo orçamento eu poderia ter comprado um troller muito mais antigo, muito mais rodado e certamente teria que gastar com algumas preventivas... Vc que é mecânico, quanto custa um bico injetor?! Quanto custa uma bomba injetora?!... Isso motor mecânico se passar pros eletrônicos, pode colocar um zero a mais...
    Sou fã dos Diesel, mas não quis pagar pra correr risco, essa foi minha decisão e sei que não seria a sua nem quero te convencer a isso, graças a Deus cada um tem opinião diferente, mas sempre válido olhar para o lado e aceitar e respeitar.

    Troller com água no painel, tomando cerveja?! Vai?!
    Vai, tem vários videos que mostram isso, mas uma hora a conta vai chegar...

    Passar para os netos?!
    Em casa o Gurgel do meu pai, usado no sítio, sem moderação já está indo pra terceira geração, meu sobrinho começa a aprender a dirigir nele, assim como eu aprendi...
    A Veraneio do meu pai, tirada zero em 94, com seus 600.000Km e em plena forma, sem nunca mexer em nenhum componente do power train, segue a vida na família...

    Carros quando bem cuidados e rústicos, podem se eternizar, pois sua rusticidade facilita a manutenção, o troller está perdendo isso...

    Foi perguntado a um diretor da Suzuki se fazia sentido continuar, nos dias atuais, fabricando o Jimny, tão rústico...
    Ele respondeu: sempre terá um criador de ovelhas que terá que subir uma montanha, carregar ração, arrastar implementos e ir a cidade comprar insumos, ou mesmo ir com a esposa fazer mercado...

    Os objetivos do Troller e do Jimny são diferentes, mas pra chegar lá o caminho que eles usam são os mesmos...

    Se dinheiro não é problema, vá de Troller, boa sorte e seja feliz.
    Se dinheiro é contado um Jimny 2010~2012 tem ótimo custo benefício e não terá surpresas ocultas.
    Se dinheiro é contado, uma manutenção numa mecânica diesel pode te levar falência...

    Abraços e concordando...


  • #57
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    Citação Postado originalmente por Pumba Ver Post

    Cada veículo tem um limite de preparação. Chega um ponto que você extrapola e sua preparação já se tornou simplesmente um novo veículo. Não pelo valor investido de peças, mas pelos itens mecânicos que você trocou, burocracia das mudanças, etc.



    Se o objetivo é trilhas pesadas (na minha concepção de trilhas pesadas), melhor ir de troller, bandeirante, wrangler, defender ou marrua.

    E por uma questão de perspectiva, na minha posição de mecânico:

    Se eu tivesse 70 mil reais, não gastaria num jimny 0 km. Com 55 mil eu compraria um troller usado revisado por mim, colocaria 5 mil de pneus 35" e deixava 10 mil de reserva e ia fazer a transpantaneira andando com água em cima do painel do troller e tomando cerveja com o gardenal.

    Ou seja, dependendo da sua perspectiva, o canhão pode ser gastar 70 mil reais num bem que não vai te atender ou você pode simplesmente comprar um veículo diesel, bruto como um troller, defender, marrua, bandeirante, etc, cuidar dele direitinho, fazer suas brincadeiras, ir a padaria e dar a volta ao mundo e pode ter certeza que a mecânica que está ali tem capacidade pra proporcionar as mesmas alegrias até pro seus netos. Você recupera o dinheiro em consumo, manutenção e durabilidade seguindo as manutenções preventivas e ainda tem um monstro diesel com mecânica de caminhão com infinitas possibilidades de preparação.



    Mas, pra mim, não é uma comparação de veículos que vai ajudar a decidir qual comprar, e sim, simplesmente definir o uso que será feito do mesmo. Ou definir o nível de paixão e vontade de ter o bem mais caro e superdimensionado para o uso, colocando na balança com os respectivos pesos: tesão, racionalidade e investimento.
    Pumba, no quesito de preparação, realmente o Troller leva uma ampla vantagem pela questão das possibilidades de pneus maiores... o Jimny passou dos 30" já começam mudanças estruturais, que ao meu ver, não valem a pena, porém tem gente que faz... em Jimny, Samurai.. aí vai de cada um...

    você se refere a trilha pesada na sua região, muito buracão de lama e tals.... aqui em MG, mais precisamente na região de BH, é pedra e erosão.... Band e Defender são raridades em trilhas pesadas, Defender até aparece vez ou outra, mas Band é raro. Não sei bem os motivos, mas com certeza não se adaptam bem as trilhas daqui ou o custo para elas acaba não ficando bom....

    por exemplo, aqui um Troller apenas com pneus 35" sofre um pouco nas trilhas... dificilmente se vê Troller sem ao menos um bloqueio por aqui... soma-se então mais $5 mil a essa conta. Já para andar no barro, basta os pneus. Sem contar que as chances de quebras em pedras são bem maiores.... Mas aqui o Troller domina amplamente nas trilhas, para cada 10 carros em trilha pesada, costuma ter uns 6 Trollers.

    Com 55 mil aqui, você consegue um Troller 2007, por exemplo, aqui eles batem bem próximos a Fipe (quando não estão todo preparados), você leva em conta o custo apenas da MO feita por você, mas tem peças, e as outras pessoas normalmente pagam pelo serviço... ou seja, a conta não é tão simples. Eu mesmo estou procurando um Troller 2008 por aqui, mas as vezes paro e penso se realmente é boa ideia... porque além da dificuldade de se achar um em boas condições e o elevado preço, se o carro for "bomba" já era... motor a diesel é caro de mexer (e muitos rodaram chipados e cortando na alta por aí) diferencial é um trem que não é fácil detectar problemas num exame superficial.. enfim... a conta para comprar um jipe usado é mais complexa.... mas enfim.. como eu disse no post anterior. é a vontade de ter determinado carro que define a compra....

    abs!
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  • #58
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    Troller com água no painel, tomando cerveja?! Vai?!
    Vai, tem vários videos que mostram isso, mas uma hora a conta vai chegar...



    Exatamente.... filmar ele na água todo mundo filma, na segunda feira na oficina...... e isso não é para o Troller, mas qualquer exagero feito com os jipe... mas que essa questão da água uma hora cobra, não tem jeito... é lama por tudo que é parte...

    e como eu disse, são muitos desses Trollers que estão aí a venda, depois de uma bela ducha e maquiada....

    abs!
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  • #59
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    Sem dúvida, se comprar um usado em realmente más condições, vai gastar dinheiro. Isso vai muito do conhecimento e possibilidades de cada um. É muito fácil pra mim, na minha condição dizer o que disse acima. Com 55 mil resolvo, compro um jipe diesel com mecânica top e arrumo ele. Mas, pra quem realmente pode ser enganado por jipes detonados e maquiados, não é simples assim. Muitas vezes vale muito mais a pena pegar um outro veículo, a gasolina, semi-novo ou 0 km, mais novo e se contentar com isso.

    E realmente, tem muito troller maquiado. Tenho vários clientes que compraram troller velho e gastaram de 0 a 10 mil acertando o veículo. Nenhum passou disso. Em 90% dos casos, o problema é simplesmente falta de manutenção. Donos anteriores que não trocavam ou checavam óleo de diferencial, câmbio, caixa e motor ou o faziam tardiamente. Alguns outros, dava pra ver que o veículo tinha sido recuperado de um acidente grave, provavelmente uma baita capotagem. Era o caso de trincas e rachaduras em carcaças de câmbio, caixa, etc. Sobre o troller na água, não é bicho de 7 cabeças. Água no painel compromete uma série de coisas, como vidros elétricos, travas e ar-condicionado. Já fiz manutenção num troller que atolou com água na altura do painel. A manutenção depois se resumiu a desmontar parte central do painel (uns 4 parafusos), onde estão localizados todos os comandos elétricos e dar um banho de limpa contato ali e nas tomadas. Se for água bem suja, com lama grossa, também convém limpar o motor de partida e o alternador.

    Jorge, sobre a galopeira, é uma das trilhas mais difíceis dessa região e tem troller que faz ela de pneu 32" e tudo original. Dá uma olhada no canal do TavaresAndres, ele também posta os vídeos no tópico: Vídeos de Troller na área de troller. Tem vários vídeos dele passeando na galopeira de pneu 33" e 35", sem bloqueio. A suspensão dele inclusive abre uma barbaridade. Trocou apenas mola e amortecedor. Tem um vídeo que vi que mostra uns 10 trollers, de pneu 32" e 33", com e sem bloqueio e o que mais contou foi simplesmente perícia do piloto. E o que passou melhor em um ponto difícil da trilha, fazendo parecer muito fácil, foi o troller de pneu 32". Não gosto de encher o tópico de vídeo, pois acaba perdendo o foco, mas se eu achar esse vídeo dos 10 trollers, postarei aqui depois, pois dá pra ver a diferença que faz o piloto.

    O motor a diesel é caro sim de consertar. Tanto os mecânicos quanto os eletrônicos. Os mecânicos estão caros na bomba injetora. Os eletrônicos são caros nos bicos. Mas, não é tão mais caro, se comparado com motores a gasolina do mesmo porte. E acho que vale sim a pena, pelo que você economiza depois. Você não troca bobinas, velas, cabos de velas, correia dentada, sonda lambda, etc. Não tem como comparar o motor do jimny com o do troller, convenhamos. A mesma ladeira na rua de uma oficina onde trabalhei, que eu subia em terceira com o troller original, o jimny original pedia primeira e com motor urrando. E esse inclusive é o maior ponto de reclamação e desgosto de proprietários novos de jimny, falta de força, troca frequente de marchas em estradas com elevações, etc. E num uso rural, se for puxar reboque, carregar ração, insumos, etc num bagageiro ou coisa assim, isso não é bom, vai forçar o motor, gastar embreagem, etc. As vezes o barato acaba saindo caro a médio ou longo prazo. Como já concordamos, tudo vai depender do uso, paixão e bolso.
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  • #60
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    Sem dúvida, se comprar um usado em realmente más condições, vai gastar dinheiro. Isso vai muito do conhecimento e possibilidades de cada um. É muito fácil pra mim, na minha condição dizer o que disse acima. Com 55 mil resolvo, compro um jipe diesel com mecânica top e arrumo ele. Mas, pra quem realmente pode ser enganado por jipes detonados e maquiados, não é simples assim. Muitas vezes vale muito mais a pena pegar um outro veículo, a gasolina, semi-novo ou 0 km, mais novo e se contentar com isso.

    E realmente, tem muito troller maquiado. Tenho vários clientes que compraram troller velho e gastaram de 0 a 10 mil acertando o veículo. Nenhum passou disso. Em 90% dos casos, o problema é simplesmente falta de manutenção. Donos anteriores que não trocavam ou checavam óleo de diferencial, câmbio, caixa e motor ou o faziam tardiamente. Alguns outros, dava pra ver que o veículo tinha sido recuperado de um acidente grave, provavelmente uma baita capotagem. Era o caso de trincas e rachaduras em carcaças de câmbio, caixa, etc. Sobre o troller na água, não é bicho de 7 cabeças. Água no painel compromete uma série de coisas, como vidros elétricos, travas e ar-condicionado. Já fiz manutenção num troller que atolou com água na altura do painel. A manutenção depois se resumiu a desmontar parte central do painel (uns 4 parafusos), onde estão localizados todos os comandos elétricos e dar um banho de limpa contato ali e nas tomadas. Se for água bem suja, com lama grossa, também convém limpar o motor de partida e o alternador.

    Jorge, sobre a galopeira, é uma das trilhas mais difíceis dessa região e tem troller que faz ela de pneu 32" e tudo original. Dá uma olhada no canal do TavaresAndres, ele também posta os vídeos no tópico: Vídeos de Troller na área de troller. Tem vários vídeos dele passeando na galopeira de pneu 33" e 35", sem bloqueio. A suspensão dele inclusive abre uma barbaridade. Trocou apenas mola e amortecedor. Tem um vídeo que vi que mostra uns 10 trollers, de pneu 32" e 33", com e sem bloqueio e o que mais contou foi simplesmente perícia do piloto. E o que passou melhor em um ponto difícil da trilha, fazendo parecer muito fácil, foi o troller de pneu 32". Não gosto de encher o tópico de vídeo, pois acaba perdendo o foco, mas se eu achar esse vídeo dos 10 trollers, postarei aqui depois, pois dá pra ver a diferença que faz o piloto.

    O motor a diesel é caro sim de consertar. Tanto os mecânicos quanto os eletrônicos. Os mecânicos estão caros na bomba injetora. Os eletrônicos são caros nos bicos. Mas, não é tão mais caro, se comparado com motores a gasolina do mesmo porte. E acho que vale sim a pena, pelo que você economiza depois. Você não troca bobinas, velas, cabos de velas, correia dentada, sonda lambda, etc. Não tem como comparar o motor do jimny com o do troller, convenhamos. A mesma ladeira na rua de uma oficina onde trabalhei, que eu subia em terceira com o troller original, o jimny original pedia primeira e com motor urrando. E esse inclusive é o maior ponto de reclamação e desgosto de proprietários novos de jimny, falta de força, troca frequente de marchas em estradas com elevações, etc. E num uso rural, se for puxar reboque, carregar ração, insumos, etc num bagageiro ou coisa assim, isso não é bom, vai forçar o motor, gastar embreagem, etc. As vezes o barato acaba saindo caro a médio ou longo prazo. Como já concordamos, tudo vai depender do uso, paixão e bolso.
    Pumba...

    sobre a Galopeira, e os videos, eu conheço e assino o canal do André.... lá é a trilha mais pesadas aqui da região e o Troller sem bloqueio lá exige realmente muita perícia do piloto.... inclusive, ir lá de Jimny, caso ele não esteja muito bem preparada e modificado (se tornando quase outro carro) é passar vergonha e depender da ajuda dos outros e do guincho.

    Sobre a potência do motor do Jimny é realmente seu grande calcanhar de Aquiles.... o carro merecia um motor 1.6 como o que equipa o Swift por exemplo, claro que com as devidos ajustes..... e é exatamente esse ponto que me faz repensar em ficar com o Jimny, em estradas tem hora que tem que ter muita paciência.... e aqui em MG temos muitas estradas com pista simples, com subidas e com muito caminhão.. aí é complicado mesmo....

    como disse, sou fã de 4x4 e jipe, tanto o Jimny quanto o Troller são excelentes opções de acordo com o uso....

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