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Ver Versão Completa : Marcador de temperatura oscilando acima de 2500 rpm, pane elétrica???



Eduardo Lopes
03/11/2011, 21:31
Olá, neste sábado vinha com a família de um passeio e a pista estava liberada á noite então andei um pouco acima do que de costume, para minha surpresa e quase enfarto, reparei o marcador da temperatura se movendo a passos largos rumo ao vermelho, coisa de 5 segundo saindo do normal para o vermelho, fui tirando o pé e baixei para 80 para me preparar para parar e refrescar o bixo, para minha surpresa, da maneira que subiu, desceu quando passei para 80, não por acaso eu baixei a luz alta pois passou um carro por mim, fiquei na dúvida pois a temperatura da água quando sobe não abaixa assim tão depressa, andei mais uns 5 km e tudo normal, fiz a mesma coisa novamente, passei para 110km e liguei a luz alta, novamente o mesmo poblema, dessa vez não reduzi e apenas abaixei o farol e o marcador desceu novamente, na parte elétrica dó foi trocada a bateria e instalado um GPS Rastreador pela seguradora, alguém já passou por isso?

Eduardo - Defender 05/05

CGAUER
03/11/2011, 22:11
Edu,

Verifique:

1) aterramento do painel, chassi, todos os terras do carro e os cabos juntos a bateria.
2) verifique com a mão se não está vazando óleo do centro do hélice, o acoplamento viscoso (peça em alumínio).

Este fatores, ou a sua soma, costumam render este efeito. Passei pelo mesmo sintoma no meio da Argentina. No meu caso ainda teve o fato de ter perdido considerável carga da bateria em razão do excesso de calor da região, que reduziu em muito o rendimento do alternador do meu ex 90. Fazia nada menos que 48˚C com AC no máximo, faróis acesos e velocidade na casa dos 110km/h. Por sorte percebi que era falha elétrica, mas chegando em SP, descobri que o viscoso estava perdendo seu óleo.

Abraços

Clemente

Eduardo Lopes
03/11/2011, 22:23
Ok, obrigado Clemente, vou verificar o acoplamento e os cabos, até pq a bateria foi trocada recentemente e (erro meu) não conferi o serviço, deu pra perceber após o susto inicial que não foi a temperatura de fato da água pois subiu e desceu em segundos e se fosse a água não baixaria daquela maneira, obrigado pela dica, um abraço.

Eduardo.

Marcelo Baptista
04/11/2011, 07:38
bom dia, Eduardo verifica a cebolinha da temperatura já tivemos poblemas aqui na oficina com este cimtomas fica la no cabeçot e pequena ela ok

henrique wamser
04/11/2011, 10:01
recentemente, em um passeio, passei pelo radio que estava a 140 com a 90tinha, um fdp falou pra eu olhar no velocímetro e não no termometro kkkkkkkkkkkkk

CGAUER
04/11/2011, 12:28
Hahaha Genial!!

Agora sério; o motor do LR não esquenta por nada. Se esquentou é porque tem coisa errada. Já reboquei toda uma serra, subindo Agulhas Negras, uma Bandeirante cabine dupla longa. Dentro da Band 5 pessoas + carga. No 90tinha, 6 pessoas + bagageiro carregado. Mesmo com o pé no fundo e giro bem alto, tudo foi bem. Agora o barulho do ventilador, 100% acoplado, soprando ar era de assustar.

Com bomba d'água, viscoso, fluído, válvula termostática e radiador + mangueiras em ordem, jamais existirão problemas. E confesso, não é difícil manter tudo isso em dia.

Abs

Clemente


recentemen
te, em um passeio, passei pelo radio que estava a 140 com a 90tinha, um fdp falou pra eu olhar no velocímetro e não no termometro kkkkkkkkkkkkk

Eduardo Lopes
04/11/2011, 13:31
Verifiquei todas as mangueiras e conexões, tampa do bujão, tudo 100%, vou verificar a "batatinha" e o acoplamento viscoso, o engraçado é que a água do motor e o próprio se mantém na temperatura normal, a hélice do acoplamento mesmo em lenta parece que vai decolar com o carro, o problema é o marcador que sobe e desce conforme aumenta o giro, vou dar uma geral no que pode vir acarretar um aquecimento e depois voltar a br para testar se ele vai se manter ou enlouquecer rsrsrrs.

henrique wamser
04/11/2011, 14:04
Gauer, tem algum ponto na carcaça do motor, ou cabeçote onde se poderia medir a temperatura exata momentânea, por exemplo, com termometros infra vermelho, ou até fixar um termostato desses que se colocam em dissipadores de circuitos eletronicos?
eu tenho aqui, de diversas temperaturas, com na e nf, e podem ser fixados por pressão, medem no máximo 20mm para 10amp:idea:

CGAUER
04/11/2011, 16:00
Wamser,


por partes... rsrs

1) Medição de temperatura. Um grande problema!

Em teoria o único lugar correto de leitura da temperatura é fluído no interior do cabeçote. O cabeçote em sí, core em alumínio, oferece uma enorme gama de temperaturas. Os primeiros mm de alumínio próximos a culatra do cilindro, podem chegar facilmente aos 200˚C, dissipando o calor pela sua estrutura até ser finalmente ser refrigerado pelo fluído. As partes periféricas do cabeçote e bloco do motor não refletem a realidade imediata da situação interna do cabeçote.

O bloco por exemplo trabalha em temperatura muito inferior ao cabeçote, pois recebe o fluído já refrigerado da parte inferior do radiador, geralmente na temperatura ambiente.


2) Termologia

Graças a pressão regulada pela tampa do vaso de expansão (15psi) e os aditivos na água, a ebulição do fluído só é atingida aos ± 115˚C (nas CNTP é 100˚C). Se por ventura a estourar uma mangueira, ou bujão, a temperatura de ebulição diminui. Na física, um fluído em ebulição não ultrapassa determinada temperatura, variando apenas de acordo com a pressão, como altitude e estado da tampa.

Isso quer dizer que se a tampa do vaso de expansão estragar no meio dos Andes, o motor pode ferver em temperatura normal de uso (± 90˚C).

É justamente quando o fluído ferve, que a situação fica crítica, pois pequenas bolhas de vapor se formam sobre as partes que necessitam de refrigeração, diminuindo assim e em muito, a transferência do calor, terminando por empenar o cabeçote, destruindo o filme de óleo dos cilindros, etc...


3) Onde e como medir a temperatura.

Idealmente, no fluído dentro do cabeçote. Outra opção seria logo após a sua saída próximo a válvula termostástica, aliás é como originalmente o 300TDI faz.

A temperatura do fluído diz muito mais a respeito do estado do motor, que eventualmente ler a temperatura da culatra. O fluído representa a correta amostragem sobre a reserva técnica da refrigeração. Afinal acima de 115-120˚C o motor ferve. Abaixo de 80˚C o motor pode acumular resíduos e ter seus anéis de pistão travados. Entre 80 e 105˚C está tudo sob controle.

A culatra em situação de potência máxima poderia chegar a 250˚C, já em declives em regiões frias, poderia ficar abaixo da temperatura do fluído. O que seria então um valor normal para o material do cabeçote de um veículo refrigerado a água? Termômetros não existem só para ler temperatura máxima....

Em motores refrigerados a ar, como os Lycoming na aviação, é comum e regra, a presença de termômetros nos cabeçotes e escape (no último um termopar), neste caso sem a inércia de um fluído, consegue-se chegar precisamente a um valor considerado ideal e diretamente relacionado a mistura ar/combustível. Infelizmente isso não vale para motores refrigerados a água. Estes motores por a ar, por sua vez, assim como os VW do Fusca e cia, não se importam de trabalhar em temperaturas abaixo das ideais, por isso consomem tanto combustível. Sempre pecam pelo excesso de refrigeração. Um Fusca tem que rodar na África e na Noruega e mesmo com controle do acesso do ar, a precisão é nenhuma.

4) Resumindo... (finalmente rsrsrsr)

Qualquer que seja o sensor, se não estiver em contato direto com o fluído que sai do cabeçote, não oferecerá uma leitura precisa. O leitor por infra vermelho (laser) pode chegar bem perto. Os sensores de placas são uma boa, mas funcionariam melhor se estivessem encapsulados e imersos no fluído próximos a saída da água.

O mais importante mesmo, é ter certeza que jamais deixaremos o cabeçote seco e sem fluxo de fluído. Sem água não existirá qualquer medição de temperatura, refrigeração ou qualquer sinal sobre o estado do motor. Obviamente, sem fluído, o prejuízo ao cabeçote será garantido. Sensor de nível é regra, seja no LR ou qualquer outro motor.

No forum da Toyota, tem um cara que perdeu o motor de sua novíssima SW4 por conta de um furo no radiador. Não é regalia dos LRs... E claro, a Toyota não cobriu em garantia.

Uma bomba d'água saudável, circulando o fluído por um radiador limpo por dentro e por fora, é o segredo, juntamente com o bom estado do viscoso, válvula termostática, mangueiras e qualidade do aditivo.



Abraços e perdoem-me pela extensão do post.

Abraços

Clemente



Gauer, tem algum ponto na carcaça do motor, ou cabeçote onde se poderia medir a temperatura exata momentânea, por exemplo, com termometros infra vermelho, ou até fixar um termostato desses que se colocam em dissipadores de circuitos eletronicos?
eu tenho aqui, de diversas temperaturas, com na e nf, e podem ser fixados por pressão, medem no máximo 20mm para 10amp:idea:

Preá 4x4
17/11/2011, 21:22
Desculpe a ignorância e pergunta de leigo total... Não poderia ser ar no sistema, no radiador?
Um LR aqui estava aquecendo do nada, poucos minutos após ligar, e sem estar forçando o motor. A temperatura subia e pouco depois descia. E assim ficava , subindo e descendo, mesmo andando devagar e dentro da cidade.
Foi ver e era ar no sistema que fazia alterar a leitura de temperatura. Fez a sangria e colocou água novamente e pronto.
Só um palpite de quem é leigo no assunto.
Abç,