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Ver Versão Completa : Rumo Norte S.Paulo - Monte Roraima



Oscar Kratz
29/11/2010, 21:16
Olá caros amigos Foristas.
Quase dois meses que realizamos a viagem, e só agora posso dedicar a postar o resumido relato, dos 49 dias rodando por este maravilhoso Brasil e um pedacinho da Venezuela. Farei isto em partes.
Antes de tudo, agradeço ao nosso DEUS que nos protegeu todo tempo e permitiu nossa Pajero véia ir e voltar nos mais de 11 mil kms. Não esquecerei jamais dos muitos amigos que encontramos pelo caminho, e que prontamente e gentilmente deram toda atenção e dedicação, nos ajudando com valiosas informações, orientações, ajuda e recepção fraterna. Os nomes aqui surgirão no desenrrolar do relato.

Saimos de S.Bernardo do Campo dia 14/AGO. Retornamos 01/OUT.
Rodado: 11.647 Km
Consumo: 1.100 l diesel Média: 9,44Km/l Custo: R$ 2.590,0
Pedágio: R$ 119,45 rodovias R$ 70,00 reservas indígenas
Balsas: R$ 246,50

Nos primeiros dias só asfalto. S.Paulo-Barretos-Jataí. Barra do Garças-Chapada dos Guimarães-Guia. Diamantino-Campo Novo do Parecis-Vilhena. Ji-Paraná-Ariquemes-Porto Velho.
Em quatro dias, chegamos em Porto Velho 17/AGO, já anoitecendo.
MUITA FUMAÇA neste trajeto, inclusive da capital. Como é que continuam botando fogo na mata??!! Quase não estava dando para respirar. Mas, deu para ver como o progresso está avançando firme em toda essa região. Ví muita lavoura, cidades bonitas e organizadas e um povo receptivo.
Perto de Pimenta Bueno percebí forte odor de óleo do motor. Parei para verificar e parte do alojamento do motor estava todo respingado de óleo. Era sob o Intercoler. Tava muito quente. Resolví esperar esfriar um pouco e ia desmontar para ver certo o que era, quando uma pessoa do posto orientou para seguir até Cacoal, que é muito perto, e ir direto na revenda MIT de lá. Foi o que fiz. Na hora os caras desmontaram tudo e foi só reapertar as braçadeiras. Pronto tudo OK.
LF Imports Ltda de Cacoal-RO, mecânico Ilair, e Lorival Cf.de Oficina.

continua...

Oscar Kratz
29/11/2010, 22:21
Em Porto Velho (17/AGO) conhecemos o querido João Lucena Junior. Estavamos lanchando, já depois das 21h, ligamos para ele e na hora veio até a nos. Enquanto tomavamos aquelas cervejas, ele deu todas as coordenadas para enfrentar a BR319 de Humaitá a Manaus. Na manhã seguinte (18/AGO), logo cedo foi no hotel e providenciou local e loja para comprar e trocar o óleo da Pajero. Também resolvemos encher os dois tanques reservas com 18l cada, bem como a própria viatura, pois poderia ser que em Humaitá haveria problemas. Saímos com 92 L no tanque, mais 36 L de reserva. Com a viatura no elevador, aproveitamos dar uma "olhada" geral e tudo em ordem. Assim tocamos para Humaitá, deixando Porto Velho, mas levando um amigo no coração.
Atravessamos de balsa o Rio Madeira, todo encoberto pela fumaça, alegres mas já com um pouquinho de "frio na barriga", pois a BR319 estava chegando... Bom asfalto até Humaitá. Deu para notar o enorme movimento das empreiteiras com muitos trabalhadores e carregamentos para atravessar o rio Madeira. Tudo em razão da construção da barragem para a usina hidrelétrica. A ponte que substituirá a balsa já deve estar sendo erguida. O romantismo da balsa vai acabar.

Oscar Kratz
29/11/2010, 23:31
Chegamos em Humaitá, procuramos dar uma última revisada em tudo e procurar dormir cedo, pois no outro dia (19/AGO) sairiamos cedo rumo a Manaus pela BR 319. Na manhã do dia 19/AGO, ainda no hotel, encontramos um oficial do exército brasileiro, engenheiro que estava supervisionando a BR319 e que tinha chegado de Manaus no dia anterior. Gentilmente nos relatou todos os problemas da estrada e adiantou que estava muito precária, mas que daria para seguir tendo muito cuidado. Tomando os conselhos dele mais os do João Lucena, advertido que nenhum abuso deveria ser cometido, iniciamos a jornada confiando acima de tudo no nosso DEUS.
No início ainda tem asfalto que permite andar um pouco mais rápido, mas com muito cuidado, até que vem a realidade... passado a Vila Esperança... tudo arrebentado e enormes buracos, facões, desníveis terriveis. Não choveu, e tinha muito pó. Rodados quase 200 kms, chegou a "vila dos Catarinas", reconhecido pelos dois enormes tanques de combustíveis, que estão na entrada do lugar. Aí íamos pernoitar, pois estava em torno das 16hs e a regra é não seguir em frente, porque vai anoitecer e tudo se torna muito mais perigoso. Porém, os habitantes estavam com visita. Não permitiram que ficassemos dentro da área deles para segurança e pernoite. Mesmo explicando que não incomodaríamos e tudo mais, mas foram irredutíveis. Pediram para seguirmos em frente que não seria possível ficar. E agora? Perguntou a Lori (minha mulher). Vamos em frente... A estrada piorou muito. Não se via nada nem ninguém. Antes de anoitecer, despejamos um dos tanques reserva na viatura para garantir abastecimento e diminuir um pouco o peso no porta-malas. No meio dessa operação, ouvimos barulho de moto vindo ao longe. Apressamos mas não deu tempo. Os caras estavam em duas motos tipo Cross 350cc e pararam ao nosso lado. É agora...pensei no pior. Mas eram boa gente. Pediram água, estavam vindo de Manaus pela primeira vez. Contaram que a estrada ia ficar muito pior no sentido que estavamos indo... Despedidas e rapidamente também nos recolhemos tudo entramos na Pajero e vamo que vamo... Anoiteceu, a média que estava em torno dos 15/20km/h desceu para em 10km/h. As 5 piores pontes passamos durante a noite. Uma delas, solta, depois da roda dianteira passar, levantou a Pajero pela longarina/estribo. Paramos imediatamente para ver o que ocorreu, como foi, onde afetou a viatura, e se dava para seguir. Para isso, tive que tomar coragem para sair, ligar o farol de mão e deitar sob a viatura. Tudo em ordem. Nenhuma peça vital afetada. Ainda manobrei para o sentido contrário,(Humaitá) para focar a ponte e como foi que pode acontecer o acidente. Só assim, mais tranquilo e seguro que não poderia acontecer nada de pior com a Pajero, continuamos. E olha, que os motoqueiros avisaram para não sair do carro a noite por causa das cobras ou até onças... A grande maioria das pontes estão boas. Mas pelo menos umas 6 estão no limite de segurança. Sempre pare antes de "subir" em qualquer uma das mais de 150 pontes da BR 319.Tentamos entrar em duas Torres da Embratel, mas como era muito tarde da noite, os guardas não atendem, e ficar do lado de fora da cerca não nos pareceu muito garantidoe fomos seguindo no sacolejo entre primeira e segunda marchas. Lá pelas 3:30 h da madrugada e depois de rodado 423 kms desde Humaitá, chegamos em Igapó-Açú, onde não tinha ninguém acordado e dormimos na viatura... Às 6:30 hs dia 20/AGO, tomamos café e atravessamos o rio de balsa, seguindo para Manaus.

continua...

NO - CT Santos/SP
29/11/2010, 23:42
Putz que viagem ...
Espero o final dessa "novela" kkkkkkkkkkk
Graças a Deus que tudo terminou bem.
abs

jeisonk
30/11/2010, 08:57
X2, que aventura, show.

Oscar, aguardamos anciosos o restante.

Só me tira uma dúvida sobre isso:


Rodado: 11.647 Km
Consumo: 1.100 l diesel Média: 9,44Km/l Custo: R$ 2.590,0


Essa quilometragem com esse consumo, daria uma média de 10,59Km/l, qual está certo? 10,59 ou 9,44?

Abraços

Fernando da Terra
30/11/2010, 10:33
Muito legal Oscar!!

Que viagem...... estou louco para ver as fotos do grande destino: Monte Roraima!!!

Vai colocando as fotos e os relatos ai......

Grande abraço

Fernando

Oscar Kratz
30/11/2010, 12:50
X2, que aventura, show.

Oscar, aguardamos anciosos o restante.

Só me tira uma dúvida sobre isso:



Essa quilometragem com esse consumo, daria uma média de 10,59Km/l, qual está certo? 10,59 ou 9,44?

Abraços

Oi caro Jeison, muito boa sua obs. Demonstra como é importante postar no Forum 4x4 Brasil com responsabilidade, pois é reconhecido que centenas de usuários diversos, consideram valiosas e precisas as informações aqui editadas. O alto padrão deve ser mantido.
No caso da quilometragem/consumo/média, lamentávelmente cometí um grave erro na somatória dos volumes e valores. Pior, publiquei sem a devida atenção. A média está correta, pois para cada tanque cheio, era anotado de imediato a média do último percurso, ou seja confirmado 9,44km/L.
Porém os dados de volume e valores (R$), devem ser considerados conforme segue:

Pajero GLS-B 2.8 TD ano 1998 transmissão manual Super Select.
Quilometragem de saída 114.310
chegada 125.957
Rodados 11.647 com 1.233 litros de diesel Média 9.44 km/L
Custo de R$ 2.728,86 média de R$ 2,21 o litro de diesel.

Desculpa aí Pessoal, favor considerar os dados acima em substituição ao anunciado na primeira parte desse relato.

Abraço,

Continua...

Oscar Kratz
30/11/2010, 15:49
Seguindo viagem, 42 km depois, chegamos na base do Exército. Lá estão os equipamentos e maquinários para recuperação da BR319 e também a construção das duas pontes de concreto que estão em execução. Entramos em asfalto bom, mas durou pouco. Segunda balsa, rui Tupamã 503 km de Humaitá. Terceira balsa, 563 km de Humaitá chegamos em Carreiro. Quarta balsa, 665 km de Humaitá chegamos em Carreiro da Várzea as margens do rio Amazonas, travessia para Manaus.
Assim vencemos a BR 319. Direto para o Hotel às 16:30 h e direto para a cama. Só acordamos no outro dia...

Continua...

Oscar Kratz
30/11/2010, 16:13
Dias 21 e 22/AGO passeamos por Manaus e redondezas. Muito linda, arquitetura peculiar do "ciclo da borracha", museus, o Teatro, palácios com cores e tonalidades próprias. Comidas típicas, peixes e sucos deliciosos...
Não dá para descrever, tem que visitar. Guias turísticos contam muito bem toda a história da região. Muitas edificações antigas foram restauradas e outras também serão. Dá para imaginar, como Manaus ficará bonita se preparando para a Copa-2014.

Continua...

Oscar Kratz
30/11/2010, 16:27
Ainda Manaus e suas edificações.

Continua...

Oscar Kratz
30/11/2010, 16:55
O porto de Manaus é grande. Centenas de embarcações chegam e partem a todo instante. Sempre lotadas de pessoas e carga de todo tipo.
Existem vários postos de abastecimento de combustíves, porém todos flutuantes, longe da margem.

Continua...

Oscar Kratz
30/11/2010, 17:24
Passeio "Encontro das Águas" , rios Negro e Solimões, Vitória-Régia e igarapés.

Continua...

jeisonk
30/11/2010, 17:30
Putz, show o posto/conveniência flutuante, tal como na beira da estrada.

Belíssimas fotos de Manaus, geralmente o que se vê são mais fotos do Teatro em si, mas tem um bocado de belezas históricas, bacana.

Estamos acompanhando.

Abraços

Oscar Kratz
30/11/2010, 17:44
Dia 23/AGO seguimos para Novo Airão. Tomamos a balsa do Castilho rio Negro para Iranduba - Manacapuru - Novo Airão. Notem a gigantesca ponte em construção, sobre o Rio Negro, que substiturá a balsa.
Foi muito legal a interação com o Boto Cor de Rosa. Estávamos dentro do rio, e interessante o Boto só "agredia" os homens e "roçava" nas mulheres. Essa lenda do Boto Cor de Rosa...

Continua...

Oscar Kratz
30/11/2010, 19:04
Dia 24/AGO, saimos de Novo Airão, balsa novamente para Manaus e tocamos direto para Presidente Figueiredo. Esse lugar não dá para descrever por esse canal. Quem ama a natureza e gosta de preserva-la, tem que visitar as cachoeiras e a mata de Presidente Figueiredo. Tenho que mencionar os contatos devido a amizade que fizemos e a atenção que deram para nós, visitantes de longe. Incrível como tudo dá certo! Nos indicaram a Pousada das Pedras-Sr.Pimenta, e este o guia Johnny e seu amigo geólogo Renato, que nos mostraram lugares lindos e também remotos selva a dentro, com longa caminhada onde muitas vezes, não tinha a luz do sol. Johnny tinha uma carreira promissora no eixo Rio-S.Paulo, bem como no exterior. Abandonou tudo para ir morar no Amazonas e se dedicar a natureza tornando se um excelente guia. Renato mora com a esposa em um coberto de lona longe de tudo. Um perigo! Por duas vezes, uma onça que ronda o local atacou os dois. Não tem como levar material para reforçar a cabana, então sempre um tem que ficar de plantão, e sem arma de fogo. Claro que não deu para ver tudo.
Visitamos também a represa de Balbina e a cidade "fantasma" construída para os trabalhadores da obra. A Usina não foi permitido visitar. Fato curioso, que Balbina é um dos maiores lagos artificiais do mundo. Suas águas cobriram florestas ricas em flora e fauna, no entanto, com todo esse dano ambiental, foi nos dito que a plena força fornece apenas 17% de toda a energia que Manaus hoje necessita. Dizem, que em Altamira no rio Xingú, seguirá o mesmo lamentável exemplo de Balbina.
Em Balbina, tem um centro de recuperação e tratamento de animais que sofreram algum dano fisico. Principalmente o Peixe Boi que fica prêso nas redes dos pescadores e dos filhotes cuja mãe foi caçada e morta.

Continua...

Oscar Kratz
30/11/2010, 19:21
Para chegar em alguns lugares em Presidente Figueiredo, só veiculos off road 4x4...
Ainda bem que NUNCA vão mexer naquelas trilhas! É o que esperamos.

Continua...

Oscar Kratz
30/11/2010, 19:43
Na barraca onde mora o Geólogo Renato, no igarapé ao lado da morada, e caminhada pela floresta.

Continua...

Oscar Kratz
30/11/2010, 19:53
Cachoeiras no meio da mata. Não são aquelas onde normalmente vão os turistas. Encerramos com o Johnny e Renato.

Continua...

Oscar Kratz
30/11/2010, 23:33
Partimos de Presidente Figueiredo dia 27/AGO pela manhã rumo Boa Vista. São 646 km da BR 174 que devem ser percoridos durante o dia, pois passa pela reserva indígena Waimiri Atroarí cujo horário permitido vai das 06 h até às 18h, bem como não ter nada muito valioso a vista ou que desperte curiosidade/interesse por parte dos índios. É proibido parar/estacionar ou mesmo fotografar dentro da reserva. Não dá para entender!!! Bom, logo no fim da reserva, tem a Polícia Federal onde quase todos os veículos são parados. E logo após a Polícia Federal, tem um posto de combustível com sanitários e uma lanchonete. O proprietário se chama "Bigode". Gente finíssima, tem muita informação para dar além de ter uma das melhores qualhadas que já experimentei. Aí entramos no EMISFÉRIO NORTE, cruzamos a linha do EQUADOR! Na reserva, o asfalto se foi a muito tempo e até Caracaraí é uma buraqueira só. Na BR319 não aconteceu nada e nesse trecho quebrou a bieleta direita do estabilizador traseiro. Voce desvia de um buraco.. cai em outros dois...Fomos com a carroçaria "solta" daquele lado, até Boa Vista em regime de atenção, nenhuma guinada violenta na direção. Chegamos em Boa Vista por volta das 19 h e com um calor violento. É nítida a diferença de clima, a formação das nuvens, savanas e rios grandes e calmos. Achamos um hotelzinho muito legal e que tinha uma área fechada e coberta para a viatura. Cada dia mais feliz, não importa as dificuldades, tudo faz parte do passeio e encaramos com otimismo e alegria. Como é gostoso viajar...

Continua...

Fernando da Terra
01/12/2010, 07:45
Que maravilha de viagem, Oscar!!

Incrível, como vive esse Renato e a mulher dele........ não é para qualquer um não......
tem que ter muita coragem e fibra, viver naquelas condições e ainda mais com onça rondando o pedaço......

O lance do boto então, que coisa maluca..... eta boto comedô esse, sô!!

Tá sensacional esse teu tópico cara!! Que viagem!!

Posta mais foto logo, e coloca mais relatos.......rsrssrs.....

Grande abraço!

Fernando

Oscar Kratz
01/12/2010, 18:07
Puxa, estamos em Boa Vista, estado de Roraima, acima do Eguador! Exclamamos incrédulos minha mulher Lori e eu com o mapa do Brasil aberto sobre a mesa. Gente, como é longe... Era um sábado (28/AGO) de sol aberto e muito calor logo nas primeiras horas da manhã. Queriamos ir logo para o Mte.Roraima, então procuramos nossos amigos que tão atenciosamente nos orientaram nos preparativos da nossa viagem, ainda quando em S.B.do Campo. Fomos na Makunaíma Expedições e conversamos com o Hélio e o Francisco Diniz. Recomendo esse pessoal, se forem passear por aqueles lados, são fora de série. Um grupo tinha acabado se sair para esse trekking e fomos inscritos para o próximo com saída de Boa Vista em 04/SET. Assim tivemos uma semana de grande expectativa e "folga" para comprar os equipamentos que ainda não tínhamos, bem como aproveitar e rodar pela região. Fiz uma "gambiarra" no estabilizador da Pajero, mas não ficou muito confiável, então mais uma vez recorremos aos bons amigos que fizemos através do Forum e o grande prazer de agora um encontro pessoal. Ricardo Loureiro "DR.Loras" que correu com a gente proporcionando um belo giro pela cidade com sua Toyota LandCruiser, além de dicas sobre onde poderíamos passear. Elmer "Jeep" que prontamente consertou a Pajero em sua bela e equipada oficina e ainda nos brindou com lembranças do Roraima 4x4. Fomos convidados para participar do encontro com os "Jeeperos" de Roraima. Um pessoal muito legal, foi muito bom estar junto. Como disse no início, muitos amigos vão aparecer no relato e para com todos eles, nossa admiração e agradecimento. Estamos aquí em S.B.C. de braços abertos para ajudar no que for preciso.
Boa Vista está situada as margens do Rio Branco. Tem uma orla bonita e um centro comercial movimentado. Muitas árvores e um saboroso tambaquí, só encontrado em Boa Vista na Peixaria do GIL.

Continua

Oscar Kratz
01/12/2010, 18:42
Passeio até Vila Tepequém, Cachoeiras do Barata, Pedra Pintada e Lethen na Guiana. Gostaria dizer para vcs, que inicialmente meu planejamento era voltar pelas Guianas, entrando por Lethen e rodando até Oiapoque no Amapá. Para esse trajeto o Dr.Loras me passou informações importantes, contudo para passar pela Guiana Francesa, é necessário visto que só é obtido mediante muitos formulários e uma enorme demora, pois o tramite segue por Paris. Mais um fator, como de Lethen até G.Town é a chamada pior estrada do mundo, é recomendado ir com pelo menos 3 viaturas.

Continua...

Oscar Kratz
01/12/2010, 18:54
Lethen é muito pequena e sem recursos... Muitos vão de Boa Vista fazer compras.

NO - CT Santos/SP
01/12/2010, 20:11
Oscar
Maravilhosas as fotos e excelente os relatos.
aparece no paca amanhã ... os amigos vão adorar os seus relatos kkk
abs

Oscar Kratz
01/12/2010, 22:28
Oi caro Nô,
Obrigado pelas suas palavras. Estive muitas vezes nas reuniões do paca... mas justamente amanhã tem o encontro de Fim de Ano dos Aposentados da Eng. VWB. Não posso perder esse jantar ehe, he, he. Na próxima vez que vc for, me avisa que tenho uma sacola cheia de fotos .
Abraço,

Oscar Kratz
01/12/2010, 23:06
Finalmente chegou o momento de subir o Mte.Roraima. Sexta-feira (03/SET) tivemos o briefing promovido pelo Magno da Roraima Adventures. Mais uma pessoa super legal, bem como toda a equipe. Tudo acertado, e na madrugada de sábado (04/SET) nos pegaram no hotel. Junto com os demais participantes, formamos um grupo de 7 pessoas. Todos super legais. A Pajero ficou no coberto do hotel e com reserva quando do nosso retorno. Apontarei somente alguns detalhes, pois daria um livro esse fantástico trekking, por que, só quem participa pode sentir como é. Se eu pudesse influenciar, diria que é imperdível!
Tem a marca como sendo a viagem ao "Mundo Perdido". De van até Sta.Elena de Uairen e com Jeep Toyota motor 6 cilindros em linha e movido a gasolina nos deslocamos até Parateipuy. Daí pra frente meus amigos, só caminhando... caminhando... subindo... descendo... e caminhando.

Continua...

Oscar Kratz
01/12/2010, 23:25
Chegando ao primeiro acampamento com 14,5 km de caminhada. Acampamento Rio TEK.
Montagem das barracas, jantar e... um temporal violento. Logo de cara, tudo ficou molhado. Mesmo assim dormimos profundamente.

Continua...

Oscar Kratz
01/12/2010, 23:46
Dia 05/SET ao clarear o dia todos de pé, banho no rio TEK, café reforçado e vamos em frente, pois seriam 8,5 km agora já com aclives um pouco mais acentuados. Atravessamos o rio TEK, que tem forte corenteza e o fundo muito irregular, cheio de pedras, fica muito fácil perder o equilibrio. Em seguida atravessamo o rio Tukumã. Depois das atravessias, botas e tenis ficaram até o rtetorno. O visual é deslumbrante, voce admira toda aquela imensidão e vê como somos pequenos diante da Obra do nosso DEUS.

Oscar Kratz
02/12/2010, 00:06
Chegamos ao acampamento Base às 15hs, todos super cansados mas felizes e bem humorados. Não podia ser diferente. Um pouco sobre os guias Léo e Marcelo, e sua eficiente equipe que faz comida, arma barracas, faz limpeza e carrega tudo nas costas, inclusive a mochila dos viajantes (é pago). Com certeza não teriamos forças para tanto. Não se pode deixar NADA pelo caminho. Tudo que vai, tem que voltar, incluindo o resultado da sobra do intestino. Pode acreditar, mais adiante falaremos a respeito. Também naquela tarde e noite, desabou uma baita chuva.

Continua

EduTracker
03/12/2010, 01:16
Oscar,
Grande viagem, grande relato, grandes fotos.
Estive por lá em 1998 e fui de Boa Vista até a Isla Margarita, passando pela Gran Sabana, com um Peugeot 405, pau para toda obra. Infelizmente, tinha 5 dias para ir e voltar e não deu para conhecer o Monte Roraima.
Abraço.

Oscar Kratz
05/12/2010, 00:09
Alô Edu, pena que vc não subiu o Monte. Desejo que consigas retornar, com mais tempo, e conhecer o Mundo Perdido. Como foi que em cinco dias deu para ir até lá e voltar?
Muito bacana as fotos das savanas. Só la é que se pode ver esse tipo de vegetação. Pretendo voltar, porém via Amapá, Guianas, Roraima, Venezuela e dar a volta pela Colombia, Peru, Bolívia... Vou estudar esse trajeto, e ver se a $$$ vai dar.
Foto é do topo do Monte, já no momento de descer.
Abraço,

Oscar Kratz
05/12/2010, 00:39
Terceiro dia (06/SET), acordamos cedo e nosso guia Léo, iniciou a preleção para os cuidados da subida. Na verdade foi quase uma escalada, e muitas vezes "só de quatro" era possível transpor os obstáculos. Cada momento que vc olhava para tras, via tudo diminuindo e a imensidão do parque ia tomando conta da visão. Cada vez que olhava para o alto, via o quanto ainda faltava. Fantástico! Neste terceiro dia de trekking, foram 4,5 kms de pura subida.

Continua...

EduTracker
05/12/2010, 00:42
A vista deve ser mesmo sensacional.
Quanto aos 5 dias, foi uma insanidade, dessas que a gente faz quando é mais novo.
De Boa Vista a Puerto La Cruz sem parar (mais de 1000km), pegando o 1º ferry rápido ate a Isla, no dia seguinte (1h e 30 de viagem- tem outro que leva 4h). Passei 2 dias na Ilha e e na volta dormi no caminho. As estradas na Venezuela são muito boas.

Abraço.

Oscar Kratz
05/12/2010, 01:02
Ainda subindo, passamos também sob as "lágrimas" do Mte.Roraima. Não tem como não se molhar, e sua bagagem também. Fotos nesse trecho fica difícil para não danificar a máquina. Observem que a bagagem está "envelopada" com sacos plásticos, para proteção contra chuva. Pode chover a qualquer instante no Monte. De repente, pode ficar tudo limpo e sol. Inexplicavelmente, fecha tudo com forte serração. Paramos algumas vezes para descanso e recuperar forças. Chegando no topo, fizemos uma caminhada aproximada de 1,5 kms até o local do acampamento. Chovia todo o trajeto e durante toda a noite. Ficamos no local chamado "Hotel Guacharo". A temperatura estava em torno dos 8ºC.

Oscar Kratz
05/12/2010, 01:21
Após a primeira noite em cima do Monte, amanheceu com céu azul e a poucos metros do acampamento, pudemos contemplar do topo, todo o infinito até onde suas vistas podem alcançar. Ninguém queria mais sair dali. Mas iriamos fazer um roteiro de 22 kms de caminhada para conhecer mais maravilhas do alto do Monte.

Continua...

Oscar Kratz
05/12/2010, 01:32
Trekking no Monte Roraima.

Continua...

Oscar Kratz
05/12/2010, 12:26
Vale dos Cristais, Triplice Fronteira (Brasil/Venezuela/Guiana).
Justamente dia da Pátria 07 de setembro !

Continua...

Oscar Kratz
05/12/2010, 12:38
A vegetação mudou repentinamente, lindas plantas e flores exclusivas do Monte em clima frio e úmido. Caminhada até o "Fosso", onde almoçamos.

Continua...

Oscar Kratz
06/12/2010, 15:52
Segue o trekking sobre o Monte.

Oscar Kratz
06/12/2010, 16:10
De volta no "Hotel Guacharo", aproveitamos o fim de dia, a poucos metros do hotel, com tomadas mais arriscadas...

Oscar Kratz
06/12/2010, 16:28
Depois de dois dias e tres noites, hora de descer. Bem cedo, pois duas etapas deverão ser cumpridas em um só dia, ou seja, teriamos que alcançar o acampamento Base e seguir para o acampamento do rio TEK.

Oscar Kratz
06/12/2010, 16:58
No acampamento Base estava sol e calor. Total contraste do topo do Monte. Interessante a quantidade de pessoas, de várias partes do mundo, que fazem esse passeio. E tem de todas a idades, cada um no seu passo. Bem, lá vamos nós em frente, sem saber da surpresa que teriamos. O tempo mudou, relâmpagos e chuva, chuva das fortes desde a metade do trajeto. Atravessamos os dois rios com água pela cintura e forte correnteza. Foi um momento inesquecível para todos, onde nosso grupo, bem como os guias Léo e Marcelo, se mostraram unidos e solidários.Não foi possível mais nenhuma foto. Aí a importância dos sacos plásticos. Tudo tem que estar protegido por eles. Não dá para ir ao Monte Roraima, se levar um monte deles. Mesmo assim, toda a bagagem molhou, só nas atravessias dos rios. As barracas foram montadas sob chuva. Aplausos para os índios que não pararam de trabalhar nem um momento, mesmo sob condições adversas. Todo o grupo estava feliz, em nenhum momento pedeu o bom humor e a camaradagem. Ainda jantamos e pudemos comemorar o dia que passamos todos juntos.

jeisonk
06/12/2010, 17:13
Caramba, que chuva.

Para essa região, bom seria usar aquelas mochilas-estanque, que os espeleólogos usam, não passa nada de água. O único porém é que não são confortáveis como as tradicionais cargueiras.

Estamos acompanhando, show o relato.

Abraços

Oscar Kratz
06/12/2010, 17:19
Amanheceu sem chuva. Iniciamos a última etapa do trekking de 14,5 km de volta a vila Paratepuy.
Antes, mais uma olhada para tras e deslumbrar o impressionante Monte Roraima.
Em Paratepuy, toda a bagagem é revistada pela Guarda do Parque. Por isso, foi recomendado para não pegar nada. Foi o que fizemos, claro.
Uma última foto com todo o grupo, antes de cada um seguir seu caminho.

Continua...

Oscar Kratz
06/12/2010, 17:31
Caramba, que chuva.

Para essa região, bom seria usar aquelas mochilas-estanque, que os espeleólogos usam, não passa nada de água. O único porém é que não são confortáveis como as tradicionais cargueiras.

Estamos acompanhando, show o relato.

Abraços

Oi Jeison,

Acho que nem os caras do lugar tão preparados. Acontece que o terreno é super iregular, e vc tem que estar "solto" para se movimentar. Não tem jeito, o négocio e relaxar e aproveitar ha, ha, ha...
Veja só, na ida, para aliviar o pêso, deixamos toda a roupa molhada no acampamento Base. Mas na volta meu amigo... tivemos que carregar tudinho de volta e nas costas.

Abraço,

Oscar Kratz
06/12/2010, 18:27
Dia 15/SET, embarcamos para Santarém descendo o Rio Amazonas. Não sei como ficou a navegação depois, pois o rio estava baixando em média 20 cm/dia. Chegamos em Santarém 17/SET e já foi difícil o desembarque da viatura. Utilizamos o catamarã N/M Rondonia cujo gerente é o Sr.Tadeu Meireles que nos atendeu muito bem desde a reserva, feita muito antes aqui em S.Paulo por telefone.
Como entre Boa Vista e Manaus, naquela buraqueira toda, apareceram alguns ruídos estranhos, fui procurar ajuda em alguma oficina e claro, tinha que ser de jipeiro. E mais uma vez encontrei amigos, ainda que super ocupados, oficina cheia, nos prestaram toda a atenção e revisamos juntos toda a parte inferior da Pajero. Folga generalizada nas articulações esféricas, pivôs, braço auxiliar... Mas em condições de continuar. E ainda que iniciou a viagem tudo lubrificado.Obrigado aí caro Rodson, Bruno e Junior da Oficina e Auto Peças TROPICAL de Santarém e membros do Jeep Clube Tapajós.
Se tá tudo bem, vamô tocando em frente e para Alter do Chão, banhada pelo rio Tapajós chamada de "Caribe Brasileiro".

Oscar Kratz
06/12/2010, 18:39
Alter do Chão.
Dá uma olhada no tamanho do rio Tapajós! Não é praia de mar não!

Oscar Kratz
06/12/2010, 19:15
De Santarém, partimos para Rurópolis que fica na transamazonica BR 230. Pelo caminho, fomos conhecer duas cidades fundadas pelo então presidente da Ford, Henry Ford. Isto no início do século passado, BELTERRA e FORDLANDIA. Curioso, ele nunca foi lá. Belterra é hoje um município do estado do Pará e ocupa todas as instalações construídas na época da fundação. Notem os hidrantes, cx.d'água e as casas características. Muito legal. Da mesma forma, Fordlandia 100 km rio acima, com as mesmas características, porém pertencente agora ao município de Aveiro, habitada, porém com as construções da época totalmente abandonadas. Porto, Instalações para processamento do latex, ruas etc.

Continua...

Oscar Kratz
06/12/2010, 19:29
Fordlandia. Dá dó ver o abandono. Se tá em pé até agora, por que foi bem construído. Olha a caixa d' água!

Oscar Kratz
06/12/2010, 20:00
Dia 22/SET, saímos de Trairão, agora novamente BR 163 fomos até Novo Progresso.
Dia 23/SET, fomos até Guarantã do Norte.
Um comentário, desde Santarém até muito perto de Guarantã do Norte, tá tudo em obras. Movimentação de terra, pontes e tubulação de alvenaria para drenagem, base para receber asfalto e até alguns trechos asfaltados! Acho que muito em breve o "drama" da Cuiabá-Santarém terá terminado. Vamos ter que procurar outras rotas para viajar...
Pergunto, o que será dos bichos quando o asfalto estiver totalmente pronto?
Resposta de um morador da localidade, triste carnificina.

Continua...

Oscar Kratz
06/12/2010, 22:45
Partindo de Guarantã do Norte, mais alguns pucos quilometros pela BR 163 em Matupá, dobramos para leste sentido S.José do Xingú pela MT322. Me pareceu um pouco abandonada, pontes perigosas e transporte de toras, não sei se legais ou não, mas uma coisa que me revolta é ver isso. A poeira era demais, e retornamos outra vez na área das queimadas.

Duda Lopes
06/12/2010, 23:04
Oscar,

Tô aqui assinando o tópico e parabenizando vocês pelas belas fotos e relatos.

Esse passeio ao Monte Roraima é o meu sonho de consumo que espero poder realizar um dia.

Grande [].

Oscar Kratz
06/12/2010, 23:08
Atravessamos o rio Xingú. Estavamos passando pelo Parque Nacional do Xingú, o controle da balsa é feito pelos índios e tem que pagar pedágio conforme o veículo. Dois caminhões que foram juntos, pagaram R$ 70,00 cada, por que estavam sem carga. Nós com a Pajero R$ 50,00. O rio Xingú é enorme. Muito lindo ver e navegar por sobre ele.
Em seguida chega S.José do Xingú, completamente tomada pela fumaça das queimadas.

Oscar Kratz
06/12/2010, 23:40
Não sei o que aconteceu??!! Várias fotos, inclusive de S.J.do Xingú sumiram da máquina.
Na manhã de 25/SET, quando estávamos saindo para São Félix do Araguaia, fomos avisados que pela estrada normal via Bituca, não era possível passar devido a um grande incêndio. Foi explicado tomar a "estrada da mata", (um trecho que não tem no mapa) na direção de Confresa, desce para o Posto da Mata e aí S.Félix do Araguaia. Escapamos da fumaça e pegamos um pó impressionante, era tão refinado que parecia talco. Entrava por todos os lados, não tinha como evitar. A agropecuária é o forte nessa região, mas devido a estiagem, além das queimadas, pudemos ver muito gado morto. Uma tristeza. Não imaginava que estaria tão seco toda a região, mas justamente neste ano, as chuvas demoraram para chegar, e mais uma vez rodei centenas de quilometros na maior poeira. Mas como disse, é uma experiência que valeu. Voce tem que saber como são as variáveis desse imenso Brasil.

NO - CT Santos/SP
06/12/2010, 23:59
Pois é Oscar
So indo conhecer pra saber como é ... isso não se aprende nos livros de escola.
Sempre que da levo minhas filhas pra conhecer um lugar diferente desse nosso Brasil lindo. Ah falo do interiorzão, não praias ou capital kkk
Maravilhosa sua viagem
A cada dia babo mais com as fotos kkkk
abs

Oscar Kratz
07/12/2010, 01:03
De S.Félix do Araguaia, pelo rio Araguaia de balsa, alcançamos a Ilha do Bananal. Aqui deixo dados do dono da balsa e do piloto, que podem ser acionados qualquer hora dia/noite para a atravessia: Barrica 66.3522-1750 ou Valdivan 66.9976-1215.
(Já estivemos lá em 2007, quando da ida para rodar toda a transamazonica BR230, só que o caçique não permitiu que fossemos só com uma viatura, que com certeza ficariamos atolados no meio da Ilha. Na ocasião tivemos que dar a volta por Novo Santo Antonio e Luiz Alves para então subir rumo Marabá. Não sei o que foi pior, pois até Luís Alves não existe nenhuma estrada e não foi nada fácil.)
Bom, agora fomos, pagamos pedágio e finalmente estávamos rodando dentro da Ilha do Bananal rumo Formoso do Araguaia. Da cidade dava para ver que a Ilha estava coberta pela fumaça. De fato, todo o trajeto deu para ver a destruição da mata e alguns animais como "perdidos", desorientados.
Estão lembrados das instruções para trafegar dentro de reservas indígenas? Nada deve ficar a vista e coisas e tal. Pois bem, algumas fotos deu para tirar até que chegamos no meio de uma aldeia e forçosamente tivemos que parar. Fomos rodeados de forma amistosa e retribuimos expontaneamente, mas muito rapido escondemos a máquina fotográfica, e como o genro do Cacique imperiosamente resolveu que ia pegar carona com a gente, nenhuma outra foto foi tirada. Por outro lado foi bom, por que pudemos conversar bastante sobre muitos temas ligados a reserva Javaé e o sofrimento que eles tem. O nome dele é Carlos Guachiraú Javaé. Na Ilha, tem muitos locais que dependendo do estado da trilha ou das condições da viatura, vai ter muuuiiito trabalho. Em 2007 o Cacique tinha razão. Para sair ou entrar na Ilha do lado Tocantins, tem que passar na raça o rio Javaés. Como estava na seca, tava no máximo com um metro no trecho mais fundo, e o Carlos Guachiraú sabe por onde ir e qual o melhor ponto para sair e subir o barranco com areia totalmente fofa. Valeu a carona! Extensos areiões estão por toda trilha, bem como mata fechada e baixa, riscando legal a já tão castigada pintura da Pajero véia. Mas foi muito legal e recomendo essa rota emocionante.
Ainda fomos até Uruaçu, dormimos lá. Depois chegamos em Brasília dia 28/SET, visitamos parentes e 01/OUT estávamos em nossa casa em S.Bernardo do Campo, cheios de alegria e gratos a DEUS pela maravilhosa viagem planejada e realizada sem nenhuma ocorrencia grave. Mais uma vez, nosso abraço carinhoso e muito obrigado a todos os amigos que fizemos nesse feliz giro, que chamamos "Rumo Norte".
Forte abraço amigos do Forum, FELIZ NATAL e muito OFF ROAD em 2011.

FIM

Oscar Kratz
07/12/2010, 01:13
Rodando na Ilha do Bananal.

Fernando da Terra
07/12/2010, 01:47
Fantástica aventura Oscar....:palmas:

Agora, você nos deixou intrigados, com esse comentário, sobre a caminhada para o Monte Roraima:


Tudo que vai, tem que voltar, incluindo o resultado da sobra do intestino.

E ai?.........:shock:

Fernando

jeisonk
07/12/2010, 16:21
Forte abraço amigos do Forum, FELIZ NATAL e muito OFF ROAD em 2011.

FIM

Oscar, parabéns pelos relatos e fotos, e também pela paciência e preocupação em compartilhar com todos aqui, excelente material. :palmas::palmas:




Agora, você nos deixou intrigados, com esse comentário, sobre a caminhada para o Monte Roraima:
E ai?.........:shock:

Fernando

Leva pra casa, adubo para as plantas :mrgreen:

Fernando da Terra
07/12/2010, 17:13
Leva pra casa, adubo para as plantas :mrgreen:

Tá, mas e se tiver de fazer durante o treking no topo do Roraima, estando aquela chuva, torrencial, e,
após ter de achar um cantinho pra fazer, sob o olhar sarcástico dos outros membros da expedição,
e após aquele tremendo trabalho de fazer sem sujar a capa de chuva, ops, equilibra aqui, segura ali, .....você constata que a consistência do danado é de glacê..........kkkkkkkkkkkkkkk...... e ai?......

Agora, se for de noite e estiver na barraca, sai pra fora, faz, coloca no saquinho, depois volta, fecha a barraca, bota ele debaixo do travesseiro (o saquinho vai tá bem vedado, hein galera....), e dá para dormir com a nuca aquecida........kkkkkkkk.....

Oscar, tira esse aperreio da gente, acalma nóis, pô!....:twisted:

Conta como é que se faz.........:mrgreen:rssrrrsrs...

Fernando

Oscar Kratz
08/12/2010, 00:01
Olá Fernando e Jeison, beleza?
Comentei com minha mulher sobre o tema, e ela logo disse "voce tá louco?", por isso não tinha feito mais nenhuma referencia a respeito. Bom agora não tem mais como escapar.
Todo o Parque é rigorosamente controlado pelo governo Venezuelano, e isso é ótimo. Entre muitas regras, uma delas é que não se pode deixar NADA pelo caminho e claro, principalmente no topo do Monte Roraima, constituído de rochas e muitos lagos formados pelas constantes chuvas. Durante todo o trekking, encontramos dezenas de nascentes, cujas águas geladas são potáveis e delas enchiamos nossos cantis. Então, não se pode poluir.
Direto ao ponto: Nr.1 é permitido fazer com a indicação do guia, em locais que não afeta manancial e o solo tem que ser arenoso onde o líquido desaparece. Nr.2 muito mais complicado, só permitido fazer em um "sanitário" constituído de um banquinho de PVC, com um furo grande no centro, onde é colocado um saco plástico preto. Voce adiciona um pouco de cal, faz sua necessidade (exclusivamente Nr.2) (tem que segurar o Nr.1), coloca o papel higiênico dentro, torna a despejar mais um pouco de cal por cima de tudo, amarra bem, acondiciona o "produto" num monte ao lado e monta um novo saco no banquinho para ser utilizado pelo próximo necessitado. Pronto! Então vc sai da tenda montada, um pouco mais afastada do acampamento para essa finalidade, e todos aplaudem seu feito ha, ha, ha. Bem... é verdade que no começo todos ficamos retraídos com o processo, mas o pessoal logo se ajustou perfeitamente a situação e ninguém teve problema de não cumprir o dever fisiológico. Nosso grupo foi fantástico em todos os momentos, foi muito legal esse trekking.
A cada deslocamento, os carregadores colocavam todos os sacos cheios... em um recepiente seguro e tudo veio de volta até Paraitepuy.
Foto mais esclarecedora, envio para vosso email se desejarem, ha, ha, ha...

Grande abraço

jeisonk
08/12/2010, 09:05
Show Oscar, é por aí mesmo, e é necessário para a preservação, não tem jeito.

Inclusive já estive atrás de algo assim para levar nas viagens, o único porém é sempre ficar carregando o "produto final", precisa de um saco-estanque destinado só pra isso e alguns macetes, como essa do cal ou algum outro produto específico.

Abs

Fernando da Terra
10/12/2010, 14:30
Muito legal isso. Em lugares como esse, tem que preservar mesmo.....

Pena que falta muito, em estratégias de preservação assim, em muitos outros lugares e parques.....
Mas, o que falta muito ainda, é o senso ideal de preservação de cada indivíduo...

Lá no Parque de Itatiaia (RJ) mesmo, acampei muito, (quando era permitido acampar selvagem), e a gente cavava (falei cavava e não cagava),
fazia as coisa (viram, não falei cagava, ainda), e depois enterrava,....... que nem gato......kkkkkkk.......
procuravamos lugares mais afastados de nascente e rio.....

não sei até que ponto isso impossibilita uma contaminação, mas já atenuava bem, o "dano causado" eu acho.....

mas, infelizmente, o que se via bastante (como tinha muita gente que ia acampar lá), era total desleixo de muitos campistas, que cagavam à céu aberto (bastava estar atrás de uma moita), e deixavam lá, aqueles troços enormes e fedorentos, aguardando a próxima chuva, para causar grandes estragos........

Olhem, aproveitando, vai um protesto meu:
se tem alguém aqui que tá lendo isso agora, e já acampou, e fez isso lá em Itatiaia (e deve estar rindo sarcasticamente agora.......),
ou em qualquer outro lugar, vai......:odedo::odedo:.......,

eduquem-se em relação à isto, por favor..........

e lembrem-se sempre disso:
a próxima pisada num monte de "eca" humana (arrrghhh!!!, quem já fez isso, sabe do que estou falando),
pode ser o seu próximo passo........rsrsrsrsrs.....

Fernando

Leo Couto
29/06/2011, 15:25
Que beleza de relato, e foi modéstia dizer que seria resumido. Pois foi recheado de emoção. Aventuras não faltaram nesta expedição, dá pra escrever um livro. Fotos então... De encher os olhos. Parabéns ao casal pela coragem e determinação.
E que venham muitas outras expedições. Se quiserem um zequinha pra filmar e registrar tudo... me adcione na lista.

Abraços.

BIOCOM
07/07/2011, 01:41
Caro Oscar,
Muito obrigado pelo relato, me emocionei várias vezes com suas descrições da viagem.
Copiei tudo para mostrar para a Sol (esposa) com intuito de planejarmos fazer o mesmo.
valeu.
Evandro
Grupo Biocom
Rio das Ostras/RJ