neilsonhenriques
09/09/2009, 19:34
Parece que a Land Rover está tentando resgatar o espírito que criou a lenda do off-road e já era hora disso acontecer já que os americanos quase destruiram o prestígio que a marca tinha.
Quando os indianos assumiram a LR, eu achei que eles fossem pelo mal caminho, ou seja, sucatear os carros e aproveitar as tecnologias para construir uma outra marca livre do passado recente de ser só uma lenda.
Palmas para a Tata ... é isso aí mesmo ... :palmas:
Já comprei um porquinho novo pra juntar moedinhas pro Discovery 4. :odedo:
E antes de mais nada, Rovelhinho é o cara%&!@#^* ... :evil:
Land Rover aproveita evento para mostrar seus Rovelhinho
Marca britânica dá show de respeito e autoestima convidando jornalistas a dirigir uma parte de sua história Texto: Gustavo Henrique Ruffo
Fotos: Gustavo Henrique Ruffo e divulgação
(09-09-09, Eastnor, Reino Unido) - Quem vive de passado, como diz o ditado, é museu, mas não só. Há empresas que não só conseguem sobreviver com base em um passado glorioso como também criam seus novos produtos de modo a não desonrar os veículos que já produziu. Uma dessas empresas é a Land Rover. Não satisfeita em saber disso, ela resolveu mostrar como isso acontece aos jornalistas especializados que convidou para o lançamento mundial do Discovery 4 (http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/OffRoad_Conteudo.vxlpub?hnid=42890). Deu ao grupo a chance de dirigir veículos importantíssimos de sua história.
O primeiro deles era o Série 1, de 1948, modelo que deu origem ao que hoje conhecemos como Defender. Não é preciso nenhum esforço para perceber como as linhas do primeiro veículo da marca continuam no modelo atual, mas há outras semelhanças dignas de nota.
Talvez a mais significativa entre todas seja a posição de dirigir. Ruim, quase pior que a do modelo atual. Com 1,85 m, dirigi com as pernas encolhidas e mal apoiado no banco que, de encosto, tem apenas uma chapa, como os bancos de metal que existem nos bares. De todo modo, dirigir do lado direito é bem melhor do que ter o volante à esquerda em um Defender atual. O Série 1 podia ser ligado tanto com partida elétrica quanto com manivela, uma exigência do Exército britânico. O motor, pequenino, era um quatro cilindros de 1,6-litro e 50 cv.
Apesar de parecer pequeno, o motorzinho levava o carro muito bem. Ele era leve, com carroceria de alumínio, ainda que boa parte de sua estrutura fosse feita em aço (o chassi e a coluna A, por exemplo). Só assim para os freios a tambor darem conta de parar o utilitário.
Ele também trazia, desde o início, tudo que fez dele um mito no fora-de-estrada: tração integral permanente e marcha reduzida. O câmbio, de quatro marchas, não era sincronizado, o que aumenta o risco de “raspar” as marchas na hora da troca. Por sorte, não maltratamos o Série 1 1949 que tivemos a sorte de dirigir.
O Série 3, muito parecido com o atual Defender, não chegou a despertar nossa curiosidade, mas aqueles que o dirigiram disseram que o volante pesado devia ser um martírio nas estradas.
Interessante, mesmo, era o 101, um veículo produzido sob encomenda do Exército britânico pela Land Rover. Lembrando bastante um Unimog ou um Gurgel G15 com rodas grandes, o 101 foi fabricado nos anos 1970. O que avaliamos também podia ser ligado por partida elétrica ou manivela e tinha um câmbio bastante exótico, com alavanca semelhante à de um freio de mão, jogada para a frente.
A história do veículo também chama a atenção. Apesar de encomendá-los, o Exército britânico não utilizou todos. O que hoje pertence à Land Rover rodou apenas 500 milhas (cerca de 800 km) antes de ser vendido a um colecionador norte-americano. Desanimado com os custos do transporte, ele colocou o veículo à venda novamente e a Land Rover, mais do que depressa, o adicionou a seu acervo.
O veículo que mais nos surpreendeu foi, curiosamente, o mais moderno do acervo. Trata-se de um Land Rover Range Rover 1993 com motor V8 de 3,9 litros (o mesmo que equipa o 101). Foi com ele que descobrimos que os instrutores que nos acompanharam no passeio eram, na verdade, os criadores do carro, aposentados, já, mas ainda ligados de modo quase umbilical à marca.
Foi uma satisfação poder dar àqueles homens os parabéns por um veículo tão bem acertado. Utilitário, sim, mas gostoso de dirigir, inclusive em curvas, por ter um centro de gravidade e uma posição de condução baixos. Com um motor pronto a responder em qualquer situação e um nível de luxo que, para a época, era acima da média. O Range Rover foi o primeiro com motor V8 (todo de alumínio, herdado dos Buick) e freios a disco nas quatro rodas.
Um deles merece menção especial. Rob (não chegamos a perguntar seu sobrenome), um dos engenheiros, conseguiu salvar um dos modelos pré-série da marca (de chassi número 11) e o transformou em seu carro de uso diário. É o Land Rover vermelho das imagens ao lado. Os amigos pediam para que tirássemos um sarro com o velho engenheiro porque, no lugar do motor V8 a gasolina, ele colocou um modesto 2-litros a diesel. Em suma, não anda nada, mas também não gasta combustível.
Torcemos para que os novos engenheiros da marca tentem repetir, na próxima geração do Range Rover, o mesmo brilho que o pioneiro apresentava, assim como o mesmo nível de inovações. Referências para voltarem a se destacar eles têm de sobra.
Gustavo Henrique Ruffo viajou ao Reino Unido a convite da Land Rover
Quando os indianos assumiram a LR, eu achei que eles fossem pelo mal caminho, ou seja, sucatear os carros e aproveitar as tecnologias para construir uma outra marca livre do passado recente de ser só uma lenda.
Palmas para a Tata ... é isso aí mesmo ... :palmas:
Já comprei um porquinho novo pra juntar moedinhas pro Discovery 4. :odedo:
E antes de mais nada, Rovelhinho é o cara%&!@#^* ... :evil:
Land Rover aproveita evento para mostrar seus Rovelhinho
Marca britânica dá show de respeito e autoestima convidando jornalistas a dirigir uma parte de sua história Texto: Gustavo Henrique Ruffo
Fotos: Gustavo Henrique Ruffo e divulgação
(09-09-09, Eastnor, Reino Unido) - Quem vive de passado, como diz o ditado, é museu, mas não só. Há empresas que não só conseguem sobreviver com base em um passado glorioso como também criam seus novos produtos de modo a não desonrar os veículos que já produziu. Uma dessas empresas é a Land Rover. Não satisfeita em saber disso, ela resolveu mostrar como isso acontece aos jornalistas especializados que convidou para o lançamento mundial do Discovery 4 (http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/OffRoad_Conteudo.vxlpub?hnid=42890). Deu ao grupo a chance de dirigir veículos importantíssimos de sua história.
O primeiro deles era o Série 1, de 1948, modelo que deu origem ao que hoje conhecemos como Defender. Não é preciso nenhum esforço para perceber como as linhas do primeiro veículo da marca continuam no modelo atual, mas há outras semelhanças dignas de nota.
Talvez a mais significativa entre todas seja a posição de dirigir. Ruim, quase pior que a do modelo atual. Com 1,85 m, dirigi com as pernas encolhidas e mal apoiado no banco que, de encosto, tem apenas uma chapa, como os bancos de metal que existem nos bares. De todo modo, dirigir do lado direito é bem melhor do que ter o volante à esquerda em um Defender atual. O Série 1 podia ser ligado tanto com partida elétrica quanto com manivela, uma exigência do Exército britânico. O motor, pequenino, era um quatro cilindros de 1,6-litro e 50 cv.
Apesar de parecer pequeno, o motorzinho levava o carro muito bem. Ele era leve, com carroceria de alumínio, ainda que boa parte de sua estrutura fosse feita em aço (o chassi e a coluna A, por exemplo). Só assim para os freios a tambor darem conta de parar o utilitário.
Ele também trazia, desde o início, tudo que fez dele um mito no fora-de-estrada: tração integral permanente e marcha reduzida. O câmbio, de quatro marchas, não era sincronizado, o que aumenta o risco de “raspar” as marchas na hora da troca. Por sorte, não maltratamos o Série 1 1949 que tivemos a sorte de dirigir.
O Série 3, muito parecido com o atual Defender, não chegou a despertar nossa curiosidade, mas aqueles que o dirigiram disseram que o volante pesado devia ser um martírio nas estradas.
Interessante, mesmo, era o 101, um veículo produzido sob encomenda do Exército britânico pela Land Rover. Lembrando bastante um Unimog ou um Gurgel G15 com rodas grandes, o 101 foi fabricado nos anos 1970. O que avaliamos também podia ser ligado por partida elétrica ou manivela e tinha um câmbio bastante exótico, com alavanca semelhante à de um freio de mão, jogada para a frente.
A história do veículo também chama a atenção. Apesar de encomendá-los, o Exército britânico não utilizou todos. O que hoje pertence à Land Rover rodou apenas 500 milhas (cerca de 800 km) antes de ser vendido a um colecionador norte-americano. Desanimado com os custos do transporte, ele colocou o veículo à venda novamente e a Land Rover, mais do que depressa, o adicionou a seu acervo.
O veículo que mais nos surpreendeu foi, curiosamente, o mais moderno do acervo. Trata-se de um Land Rover Range Rover 1993 com motor V8 de 3,9 litros (o mesmo que equipa o 101). Foi com ele que descobrimos que os instrutores que nos acompanharam no passeio eram, na verdade, os criadores do carro, aposentados, já, mas ainda ligados de modo quase umbilical à marca.
Foi uma satisfação poder dar àqueles homens os parabéns por um veículo tão bem acertado. Utilitário, sim, mas gostoso de dirigir, inclusive em curvas, por ter um centro de gravidade e uma posição de condução baixos. Com um motor pronto a responder em qualquer situação e um nível de luxo que, para a época, era acima da média. O Range Rover foi o primeiro com motor V8 (todo de alumínio, herdado dos Buick) e freios a disco nas quatro rodas.
Um deles merece menção especial. Rob (não chegamos a perguntar seu sobrenome), um dos engenheiros, conseguiu salvar um dos modelos pré-série da marca (de chassi número 11) e o transformou em seu carro de uso diário. É o Land Rover vermelho das imagens ao lado. Os amigos pediam para que tirássemos um sarro com o velho engenheiro porque, no lugar do motor V8 a gasolina, ele colocou um modesto 2-litros a diesel. Em suma, não anda nada, mas também não gasta combustível.
Torcemos para que os novos engenheiros da marca tentem repetir, na próxima geração do Range Rover, o mesmo brilho que o pioneiro apresentava, assim como o mesmo nível de inovações. Referências para voltarem a se destacar eles têm de sobra.
Gustavo Henrique Ruffo viajou ao Reino Unido a convite da Land Rover