dtabone
11/08/2004, 17:25
Galera achei interessante essa matéria, segue na íntegra...
Veja como cuidar de eixos cardans e diferenciais dos 4x4
da Folha Online
É necessário conhecimento especializado para realizar a manutenção de utilitários e off-roads, que possuem algumas peças que só fazem parte de veículos com tração nas quatro rodas. "Embora pareçam serviços simples, os reparos em cardans e diferenciais requerem conhecimento específico e ferramental apropriado", diz José Antonio Gorgone, consultor técnico da Dana.
Responsável pela transmissão de força do motor para o diferencial, o cardan equipa todo veículo de tração traseira com motor dianteiro. Uma das preocupações na sua manutenção é a lubrificação, que atenua as conseqüências das altas temperaturas e grande esforço ao qual o cardan é submetido.
Realizada sempre em dia e com a graxa correta, a manutenção correta garante o perfeito funcionamento e maior durabilidade do componente.
"A Dana recomenda o uso de lubrificantes EP2 à base de sabão de lítio", ressalva Gorgone. Caso o veículo seja usado mais na cidade, aconselha-se a lubrificação a cada 15.000 km ou 20.000 km percorridos, ou a cada três meses, o que ocorrer primeiro. Em uso rodoviário, os prazos são menores: de 8.000 km a 13.000 km ou um mês.
Já nas aplicações severas ou fora-de-estrada é necessário lubrificar o eixo a cada 3.000 km a 5000 km ou um mês. "Caso o cardan do veículo tenha trabalhado sob água, no caso de enchentes e travessia de rios, ou na lama, em caso de atolamentos, deve ser lubrificado imediatamente", alerta.
Outro cuidado que se deve ter é com certas adaptações no cardan. Quando o comprimento do eixo é aumentado ou diminuído, ele passa a funcionar em condições fora do padrão que provocam problemas como ruídos e quebra de componentes. Se for realmente indispensável fazer alterações, deve-se procurar alguma oficina especializada.
Eixo diferencial
Tão importante quanto o cardan para o sistema de transmissão, o eixo diferencial aumenta a força do motor transmitida às rodas, diminuindo a velocidade da rotação e alterando o sentido do movimento em 90 graus. O componente também permite que as rodas traseiras girem em velocidades diferentes quando necessário.
Composto por dezenas de peças com ajustes muito sensíveis, o diferencial exige uma regulagem extremamente precisa para permitir máximo desempenho e não gerar ruído. Com isso, a manutenção requer alta capacidade técnica. Se algum conserto não for feito da maneira adequada, o eixo pode apresentar desgaste prematuro.
Fazer a lubrificação correta também é fundamental para o desempenho e durabilidade da peça. O óleo deve ser mantido sempre no nível recomendado e dentro do prazo de troca.
Caso o componente seja submerso, deve-se substituir o lubrificante. Nos diferenciais comuns, sem sistema de tração positiva (blocante), deve ser usado óleo hipóide multiuso EP 85 W 140 API GL 5. Já nos diferenciais blocantes, deve ser óleo LS 85 W 140 GLI 5.
Tração positiva
Já os modelos equipados com sistema de tração positiva precisam de cuidados especiais na lubrificação, pois abastecer estes diferenciais com o mesmo óleo dos eixos comuns ou óleos mais finos para câmbio pode acabar com os discos de fricção do sistema --eles não conseguem entrar com facilidade entre os discos e não têm a viscosidade necessária para evitar o atrito entre as peças.
O ideal para estes problemas não ocorram é utilizar nesses eixos sempre lubrificante original do fabricante ou óleos hipóides com especificações LS 85 W 140 API GL 5.
"Caso haja negligência na lubrificação dos componentes do sistema de transmissão de força, a peça terá sua vida útil afetada e pode quebrar", explica Gorgone. Uma boa dica para quem participa de trilhas e ralis é, depois das provas, lubrificar o cardan e os diferenciais e observar ruídos e folgas e os componentes ficaram submersos.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/classificados/veiculos/ult1670u1359.shtml
abraços
Veja como cuidar de eixos cardans e diferenciais dos 4x4
da Folha Online
É necessário conhecimento especializado para realizar a manutenção de utilitários e off-roads, que possuem algumas peças que só fazem parte de veículos com tração nas quatro rodas. "Embora pareçam serviços simples, os reparos em cardans e diferenciais requerem conhecimento específico e ferramental apropriado", diz José Antonio Gorgone, consultor técnico da Dana.
Responsável pela transmissão de força do motor para o diferencial, o cardan equipa todo veículo de tração traseira com motor dianteiro. Uma das preocupações na sua manutenção é a lubrificação, que atenua as conseqüências das altas temperaturas e grande esforço ao qual o cardan é submetido.
Realizada sempre em dia e com a graxa correta, a manutenção correta garante o perfeito funcionamento e maior durabilidade do componente.
"A Dana recomenda o uso de lubrificantes EP2 à base de sabão de lítio", ressalva Gorgone. Caso o veículo seja usado mais na cidade, aconselha-se a lubrificação a cada 15.000 km ou 20.000 km percorridos, ou a cada três meses, o que ocorrer primeiro. Em uso rodoviário, os prazos são menores: de 8.000 km a 13.000 km ou um mês.
Já nas aplicações severas ou fora-de-estrada é necessário lubrificar o eixo a cada 3.000 km a 5000 km ou um mês. "Caso o cardan do veículo tenha trabalhado sob água, no caso de enchentes e travessia de rios, ou na lama, em caso de atolamentos, deve ser lubrificado imediatamente", alerta.
Outro cuidado que se deve ter é com certas adaptações no cardan. Quando o comprimento do eixo é aumentado ou diminuído, ele passa a funcionar em condições fora do padrão que provocam problemas como ruídos e quebra de componentes. Se for realmente indispensável fazer alterações, deve-se procurar alguma oficina especializada.
Eixo diferencial
Tão importante quanto o cardan para o sistema de transmissão, o eixo diferencial aumenta a força do motor transmitida às rodas, diminuindo a velocidade da rotação e alterando o sentido do movimento em 90 graus. O componente também permite que as rodas traseiras girem em velocidades diferentes quando necessário.
Composto por dezenas de peças com ajustes muito sensíveis, o diferencial exige uma regulagem extremamente precisa para permitir máximo desempenho e não gerar ruído. Com isso, a manutenção requer alta capacidade técnica. Se algum conserto não for feito da maneira adequada, o eixo pode apresentar desgaste prematuro.
Fazer a lubrificação correta também é fundamental para o desempenho e durabilidade da peça. O óleo deve ser mantido sempre no nível recomendado e dentro do prazo de troca.
Caso o componente seja submerso, deve-se substituir o lubrificante. Nos diferenciais comuns, sem sistema de tração positiva (blocante), deve ser usado óleo hipóide multiuso EP 85 W 140 API GL 5. Já nos diferenciais blocantes, deve ser óleo LS 85 W 140 GLI 5.
Tração positiva
Já os modelos equipados com sistema de tração positiva precisam de cuidados especiais na lubrificação, pois abastecer estes diferenciais com o mesmo óleo dos eixos comuns ou óleos mais finos para câmbio pode acabar com os discos de fricção do sistema --eles não conseguem entrar com facilidade entre os discos e não têm a viscosidade necessária para evitar o atrito entre as peças.
O ideal para estes problemas não ocorram é utilizar nesses eixos sempre lubrificante original do fabricante ou óleos hipóides com especificações LS 85 W 140 API GL 5.
"Caso haja negligência na lubrificação dos componentes do sistema de transmissão de força, a peça terá sua vida útil afetada e pode quebrar", explica Gorgone. Uma boa dica para quem participa de trilhas e ralis é, depois das provas, lubrificar o cardan e os diferenciais e observar ruídos e folgas e os componentes ficaram submersos.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/classificados/veiculos/ult1670u1359.shtml
abraços