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28/04/2008, 07:31
Divorciada, Jeep reinventa Cherokee Sport quadrada
FABIANO SEVERO
da Folha de S.Paulo
Desde que Jeep é Jeep, os clientes não abrem mão de suas aptidões "off-road", da confiabilidade mecânica e das sete fendas na grade. Só que pesquisas indicam que eles querem, de novo, o formato clássico.
E foram atendidos. "Quem comprou os primeiros Cherokee no Brasil, em 1995, sonhava com um modelo novamente quadradinho", diz Philip Derderian, diretor-geral da Chrysler do Brasil. Mas há uma certa incoerência nisso tudo.
Enquanto a parte externa ganhou linhas retas, colunas estreitas e pára-lamas bem definidos, o interior abriga uma tecla que seleciona a tração 4x4 reduzida por acoplamento viscoso. Jipeiros de carteirinha juram que ele é menos robusto que o acionamento mecânico por alavanca, como o do Willys.
A tração Selec-Trac II é eficiente, mas seu controle de descidas, também selecionado no painel, poderia ser como o HDC, da Land Rover. Ele segura o jipe sozinho em declives a partir da iminência da rampa. Já o sistema da Jeep tenta manter o Cherokee a 5 km/h. Na maioria das trilhas, não faz diferença, mas o cenário é outro numa trilha enlameada.
O motor 3.7 é o mesmo. São seis cilindros em "V" e 211 cavalos. A geração anterior, de faróis redondos, foi importada de 2001 a 2007. O preço passou de R$ 114,9 mil para R$ 125 mil.
Fim do casamento
O novo Cherokee chega ao Brasil num momento peculiar da Chrysler, que controla a Jeep e a Dodge. Desde maio do ano passado, ela não pertence mais ao grupo alemão Daimler.
Derderian explica que, apesar das 22 novas Chrysler criadas no mundo -e a do Brasil é uma delas-, a marca continua compartilhando o showroom e o pós-venda com a Mercedes.
O gerente-geral afirma que o desafio é, a médio prazo, preparar a cisão para trabalhar com outro consumidor: "O cliente Chrysler pechincha mais do que o da Mercedes". Por isso diz já ter reduzido o valor das peças em 27%, tentando recuperar quem há tempos não faz manutenção numa autorizada.
Também faz parte da estratégia se unir a outras montadoras. A Nissan produzirá para a Chrysler -pode sair com a marca Dodge-- o Versa, um sedã mexicano derivado do Tiida. Ele chegará aqui em 2009 com preço estimado entre R$ 55 mil e R$ 70 mil.
FABIANO SEVERO
da Folha de S.Paulo
Desde que Jeep é Jeep, os clientes não abrem mão de suas aptidões "off-road", da confiabilidade mecânica e das sete fendas na grade. Só que pesquisas indicam que eles querem, de novo, o formato clássico.
E foram atendidos. "Quem comprou os primeiros Cherokee no Brasil, em 1995, sonhava com um modelo novamente quadradinho", diz Philip Derderian, diretor-geral da Chrysler do Brasil. Mas há uma certa incoerência nisso tudo.
Enquanto a parte externa ganhou linhas retas, colunas estreitas e pára-lamas bem definidos, o interior abriga uma tecla que seleciona a tração 4x4 reduzida por acoplamento viscoso. Jipeiros de carteirinha juram que ele é menos robusto que o acionamento mecânico por alavanca, como o do Willys.
A tração Selec-Trac II é eficiente, mas seu controle de descidas, também selecionado no painel, poderia ser como o HDC, da Land Rover. Ele segura o jipe sozinho em declives a partir da iminência da rampa. Já o sistema da Jeep tenta manter o Cherokee a 5 km/h. Na maioria das trilhas, não faz diferença, mas o cenário é outro numa trilha enlameada.
O motor 3.7 é o mesmo. São seis cilindros em "V" e 211 cavalos. A geração anterior, de faróis redondos, foi importada de 2001 a 2007. O preço passou de R$ 114,9 mil para R$ 125 mil.
Fim do casamento
O novo Cherokee chega ao Brasil num momento peculiar da Chrysler, que controla a Jeep e a Dodge. Desde maio do ano passado, ela não pertence mais ao grupo alemão Daimler.
Derderian explica que, apesar das 22 novas Chrysler criadas no mundo -e a do Brasil é uma delas-, a marca continua compartilhando o showroom e o pós-venda com a Mercedes.
O gerente-geral afirma que o desafio é, a médio prazo, preparar a cisão para trabalhar com outro consumidor: "O cliente Chrysler pechincha mais do que o da Mercedes". Por isso diz já ter reduzido o valor das peças em 27%, tentando recuperar quem há tempos não faz manutenção numa autorizada.
Também faz parte da estratégia se unir a outras montadoras. A Nissan produzirá para a Chrysler -pode sair com a marca Dodge-- o Versa, um sedã mexicano derivado do Tiida. Ele chegará aqui em 2009 com preço estimado entre R$ 55 mil e R$ 70 mil.