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Martin Melcop
17/06/2004, 17:35
É impressionante nos dias de hoje quando visitamos o
Palácio de Versailles em Paris e observamos que o suntuoso palácio não tem banheiros.
Quem passou por esta experiência ficou sabendo de coisas inacreditáveis.
Na Idade Média, não existiam os dentifrícios, isto é, pastas de dentes, muito menos
escovas de dentes ou perfumes, desodorantes muito menos e papel higiênico, nem pensar...
As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas do palácio...
Quando paramos para pensar que todos já viram que nos filmes aparecem pessoas sendo abanadas,
passam desapercebidos os motivos.
Em um país de clima temperado, a justificativa não era o calor, mas sim o péssimo odor que as pessoas exalavam, pois não tomavam
banho, não escovavam os dentes e não usavam papel higiênico e muito menos faziam higiene íntima.
Os nobres eram os únicos que podiam ter súditos que os abanavam, para espalhar o mau cheiro que o corpo e suas bocas exalavam com
o mau hálito, além de ser uma forma de espantar os insetos.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês de junho (para eles, o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do
ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas ainda estava tolerável.
Entretanto, como alguns odores já começavam a ser exalados, as noivas carregavam buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar.
Daí termos maio como o "mês das noivas" e a origem do buquê de noiva explicada.
Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na
água limpa.
Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os
bebês eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão
suja que era possível "perder" um bebê lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath
water", ou seja, literalmente "não jogue o bebê fora junto com a água do banho", que hoje
usamos para os mais apressadinhos... Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os
sustentavam eram o melhor lugar para os animais - cães, gatos e outros, de pequeno porte,
como ratos e besouros se aquecerem. Quando chovia, começavam as goteiras e os animais pulavam para o chão. Assim, a nossa
expressão "está chovendo canivetes" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs"
está chovendo gatos e cachorros. Para não sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se
transformou no dossel.
Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o material, o que fazia com que muita
gente morresse envenenada (lembremo-nos que os hábitos higiênicos da época não eram lá
grande coisa...). Os tomates, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, como venenosos. Os copos de estanho eram
usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o
indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido
de estanho). Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estava morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo
era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em
vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí, surgiu a vigília do caixão.
A Inglaterra é um país pequeno e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados
e encaminhados ao ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Às vezes, ao abrir
os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido
enterrado vivo. Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do
defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino.
Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço
faria o sino tocar.
E ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", expressão essa por nós usada até os dias atuais.

NeRo
17/06/2004, 17:49
A expressão "o que não mata engorda" também vem dessa época, uma vez que um camponês não podia se dar ao luxo de jogar no lixo alguma comida que deixasse cair no chão.

Mais recentemente: "Estar na pindaíba", usada para expressar falta de grana. Pindaíba é o nome tupi de uma vara de pescar, logo, a expressão significa "ter que pescar pra poder comer".

mais? mais?

Ed
17/06/2004, 17:58
e a expressão "a casa caiu"??
vai falar que foi algum corintiano que falou depois do seu barraco ir embora com a enchente?!?!?

Polvora
17/06/2004, 18:10
Ô loco meu :shock:

Martin e Nero também são cultura!!!

Legal esse tópico Martin. Rapaziada, quem tiver mais alguma por favor poste aqui.

[]

Duda Lopes
17/06/2004, 18:18
Fala Rapeize,

Tem tb aquela "Santo do Pau Oco", o pessoal fazia contrabando dentro do Santo até que descobriram a maracutaia.

Abracos,

NeRo
18/06/2004, 11:02
e a expressão "a casa caiu"??
vai falar que foi algum corintiano que falou depois do seu barraco ir embora com a enchente?!?!?

Essa eu não sei... mas é o mais provável! :D