Conectar

Ver Versão Completa : Artigo: Links de Suspensão



Paulo Eduardo
26/09/2006, 17:53
Olá pessoal,

eu estava dando um olhada no www.pirate4x4.com, e encontrei um artigo, que me pareceu muito interessante a respeito da fabricação de links de suspensão. Pois bem, tomei a liberdade de traduzir o artigo na integra, e adaptá-lo ao português da melhor maneira possível dentro das minhas limitações, linguísticas e técnicas. Mas creio que não ficou tão ruim assim, então estarei postando aqui a tradução. Claro que as melhorias serão muito bem vindas, e algum possivel erro, será prontamente corrigido, então, aos experts em inglês, uma ajuda será muito bem recebida ;)

Texto extraído do site www.pirate4x4.com
link: http://www.pirate4x4.com/articles/tech/billavista/Links

Autor: Bill “BillaVista” Ansell
Fotografias: Bill Ansell

Chopsaw Notch Angle Calculations: Marc "Tigweld" Googer
Copyright 2006 - BillaVista Offroad Tech

Vou postar o texto na geral, por achar que é de interesse comum, porém se os moderadores preferirem, transferem o artigo para o local apropriado.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 17:55
Links de Suspensão


Introdução

Nos últimos cinco anos, suspensões por links têem se tornado muito populares, e isso se deve a uma boa razão, elas oferecem não somente a melhor performance, mas também a maior flexibilidade. Projetando uma suspensão multi-link, você tem maior controle sobre como ela trabalha e também maior facilidade no posicionamento de componentes próximos, como freios, escapes e barras de direção. Contudo, devido a sua localização e ao contato com rochas ao qual esta sujeita, ela pode ser um tanto quanto vulnerável. Combinando isso ao trabalho crítico que tem os links, de fixar e posicionar os eixos, sobretudo em sistemas de alto torque. Poucas coisas podem ser mais desagradáveis do que um link entortado ou empenado, e terminais ou buchas destruídos durante uma trilha.

Muitos experimentaram essa frustração, e muitos perguntam: Como e com que material devo fabricar minha suspensão? Este artigo pretende fornecer algum esclarecimento a respeito.

Existem essencialmente cinco etapas para construir links de suspensão, eles vão preencher suas necessidades para que o resultado fique como você espera. Eles são:

- Conhecer e pré-visualizar fatores de projeto.
- Selecionar o material para o link.
- Selecionar o tipo de junta para o fim dos links.
- Decidir entre características específicas de projeto, como offset e curvas de afastamento.
- Entalhamento e junção do tubo às juntas de articulação.

Neste momento você deve estar se perguntando se eu não estou complicando um bocado. Eu não poderia dizer: “Pegue um tubo trefilado de aço 1020, de 2” x ½” de parede e solde nele os seus terminais favoritos” e deixar por isso mesmo? Bem, sim, e não. Sim, isto pode funcionar para alguns, mas eu sei que esta não é melhor solução para muitos – dependendo das necessidades. Mais importante, muitas das coisas que eu discutirei aqui podem ser aplicadas igualmente ao projeto, seleção ou a fabricação de qualquer parte - seja uma ligação simples da suspensão ou um chassi inteiro – custo benefício, peso, aparência, etc. isso sempre conta.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 17:56
Fatores de Projeto

Antes de falar especificamente sobre a construção de links, é importante conhecer alguns fatores que devem ser considerados quando projetamos qualquer peça. Nós precisamos conhecer estes fatores, pois todo projeto é um conjunto – um equilíbrio cuidadoso. É impossível se obter o melhor em tudo – o mais forte, os mais leves, mais fáceis e mais baratos simplesmente não andam juntos. Eu me lembro do slogan de uma loja local de máquinas: “Nós oferecemos três tipos de serviços – Bom, Rápido e Barato – Mas você só pode me pedir dois deles.” A máxima é verdadeira em todo o trabalho que fazemos. Ao finalizarmos um projeto ou fabricarmos qualquer peça, devemos ter consciência da importância relativa que agregamos a cada um dos seguintes fatores. Não existe nenhuma resposta certa (embora provavelmente existam muitas erradas) e as necessidades são diferentes para todos, mas para evitar desapontamentos e frustrações devemos considerar:

• Custo: O fator mais óbvio, mas também o que pode mais facilmente tomar caminhos inesperados. Obviamente, você quer o mais forte e confiável que for possível, mas você tem que ser pratico também. Titânio é maravilhosamente forte e leve, porém horrendamente caro, e dificílimo de soldar. Você também precisa estar ciente de possíveis custos futuros. Claro, com todas as “horas extras” esse mês eu poderia ter recursos para fazer tudo em aço 4340 – cromo molibdênio, e poderia ter um colega que possui a máquina e o conhecimento para soldá-lo corretamente – mas será que eu terei recursos no futuro para fazer um reparo? E será que ainda terei acesso a uma solda TIG?
• Tamanho: Resistência quase sempre aumenta com um diâmetro maior dos tubos. Claro, você poderia usar uns tubos de 6” de diâmetro externo e eles nunca iriam se curvar, mas como você iria fazer caber esses tubos? Você deve examinar os seus limites práticos para saber qual tubo usar.
• Peso: Pode ou não ser terrivelmente importante pra você. Para competidores, peso é um fator maior, para outros, talvez nem tanto. Contanto esteja ciente de que este peso, e onde ele esta localizado, vai alterar as características de desempenho de todos os equipamentos. Ele também pode aumentar muito mais rápido do que você imagina, lembre-se, peso é sempre uma troca – força contra força.
• Facilidade de fabricação: com isto quero dizer, corte, solda, dobras, junções etc. Este fator está amplamente ligado ao tamanho, não seria bom comprar um tubo cromo-moly, de ½” de parede se o seu projeto pede que se faça uma dobra em uma dobradeira manual. Do mesmo modo, mesmo que você consiga obter tubos de titânio, não adianta se você não puder cortar ou soldar apropriadamente. Considere cuidadosamente se você possui as ferramentas, o tempo e a habilidade técnica para lidar com o material escolhido e tornar seus sonhos realidade.
• Facilidade de reparos ou substituição: O material que você escolheu é fácil de ser achado novamente? Ou é algum tipo de tubo desconhecido, ou encontrado nas sobras de alguma obra? Se você utiliza juntas de produção comercial, (como deveria ser) elas vão estar disponíveis no futuro? Elas podem ser reparadas e há peças a venda individualmente? Não se esqueça, não importa o quanto é forte; tudo pode ser quebrado – você estará apto a fazer um reparo numa trilha se necessário?
• Estética: como a aparência é importante. A quantidade de tempo, dinheiro e sacrifício que vai em um equipamento desses são enormes – eu sei. Você precisa ser capaz de voltar-se pra ele a qualquer momento e pensar “Cara, eu amo minha suspensão”. Não importa o tamanho do que você fez, ou quão forte isso é se você eventualmente vai odiar-se ao olhar para seu trabalho e pensar: “Eu conheço meu Frankenstein, suportes reforçados, links muito fortes – mas... como parece uma gambiarra”.
• Forma e projeto: eu discutirei que, grama por grama, os tubos mecânicos de perfil redondo são os mais indicados para todos nós. É facilmente encontrado em uma grande variedade de diâmetros e espessuras para servir a todas as necessidades, fácil de cortar, entalhar e soldar com ferramentas que muitos de nós já possuímos ou podemos facilmente justificar a compra (pois tubos são tão largamente usados e possuem tantas aplicações que sempre teremos utilidade para as ferramentas), tem boa aparência, ocupam pouco espaço, é liso para deslizar por sobre as pedras ou pra fora delas, e existem inúmeras juntas ajustáveis e não ajustáveis desenvolvidas para tubos redondos. Isso não quer dizer que você não possa fazer ótimos links com esquadrias ou tubos retangulares – você pode. Contudo eu estou me dirigindo às tubulações redondas neste artigo. Eu também tenho preferência por links retos. Primeiro, eles são mais fáceis de fabricar e projetar. Segundo, um link que possui uma dobra, seja para afastamento ou outras finalidades de projeto, vai sempre requerer a aplicação de algum tipo de braço para manter sua resistência original – e é muito provável que isso tome boa parte do espaço obtido com a dobra. O resultado é muito pouco espaço ganho, mas com acréscimo de peso e de complexidade. Dobras bem estudadas sempre têm o seu lugar, mas para a maioria de nós, são desnecessárias e complicadas para fazer ou reproduzir. Consertar uma dobra cuidadosamente feita numa trilha pode ser uma tarefa impossível, enquanto um link reto pode ser martelado, ou forçado muito mais facilmente no sentido contrário, fazendo-o parecer novamente com uma linha reta.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 17:57
Naturalmente, o fator de projeto mais importante a considerar é o objetivo – o que nós estamos tentando construir e o que nós queremos que isso faça? Links de suspensão serão forçados de inúmeras maneiras - na compressão e na tensão como neutralizam o torque da linha motriz, na torção enquanto posicionam o eixo durante a articulação, e na dobra como contatam rochas e obstáculos. É neste ultimo caso onde a resistência dos links é mais crítica. Raramente um link quebra por tensão ou torção, mas frequentemente vamos ver links entortados por abuso nas condições de direção por terrenos difíceis. Então o que nos queremos é um link que resista ao dobramento o tanto quanto possível. A seguinte lista esboça as seis coisas que nós temos que decidir ao construir nossos links, e é seguida por alguma prova técnica dos fatores.

As seis coisas a se considerar são:

1. Comprimento: o comprimento do link será pré-determinado pela localização do eixo e pelo projeto. Entretanto devemos ter em mente que quanto maior os comprimentos dos links, mais suscetíveis a entortar eles serão. Quanto maior é o link maior será a alavanca que fará com que ele se dobre, ao encostar em algum objeto ao longo do seu comprimento. Estando ciente disso, podemos compensar o comprimento de um link muito longo pelo comprometimento de outros fatores (como custo e peso) usando um tubo com maior diâmetro ou parede do que seria preciso para um link mais curto.
2. Diâmetro: o diâmetro externo (D.E) de um tubo é o fator mais importante para determinar a sua força. Nenhum outro fator vai ter uma importância tão grande na capacidade do nosso link em resistir ao dobramento. Se você quer os links mais fortes possíveis, a linha de base para o D.E. é nada menos que “tão grande quanto couber”.
3. Espessura de parede: (E.P) a espessura da parede de um tubo, é o segundo fator mais importante na sua resistência ao dobramento. Contudo, desde o maior fator OD, que vai provavelmente ser determinado pelo espaço disponível, a espessura é o fator que nós devemos determinar com maior cuidado.
4. Material: o material com o qual os links serão fabricados, segue colado à espessura em termos de determinância da resistência ao dobramento. O aço é a escolha óbvia para isso, ele é a combinação da força, da rigidez, da elasticidade, do peso, da facilidade de fabricação, e do custo. Existem quatro tipos comuns de aço para escolhermos: ASTM A-53 (ou similar), costurados por resistência elétrica ERW, trefilados ou sem costura (SAE 1020 – 1045) e ligas cromo-molibdênio (SAE 4350). A escolha do material tem um efeito significante nas propriedades do link - especialmente quando você considera que as forças de rendimento variam de 30.000 libras por polegada quadrada para a tubulação de ASTM A-53 a 90.000 libras por polegada quadrada para o tubo cr-mo. Entretanto, esta diferença não é tão pronunciada como você pode pensar, e mudar materiais, frequentemente não tem o mesmo efeito que mudar o DE ou a espessura do tubo. Por exemplo, aumentar um link de tubo 1020 DOM de 2” DE para 2.5” DE terá um efeito muito maior do que permanecer em 2” DE e apenas mudar para 4340 chrom-moly.
5. Terminais – tipos de junta: a resistência total do link, assim como sua resistência durante as articulações depende muito das juntas utilizadas. Felizmente existem muitas boas opções disponíveis no mercado hoje em dia – já se foi o tempo em que eu fiz minhas primeiras juntas ajustáveis com pouca escolha utilizando as juntas velhas do trator. Junto com a potencialidade da força e da deflexão há muitos outros fatores a considerar na seleção comum, incluindo o preço, durabilidade, disponibilidade, ajustabilidade, e se podem ser lubrificadas e/ou reconstruídas.
6. Nossa tolerância à falhas dos componentes: o mais pessoal e difícil de quantificar de todos os fatores. É o detalhe mais importante a ser observado na fase de projeto. Algumas pessoas gostam do ciclo constrói-quebra-re-constrói, enquanto outras desgostam/desprezam peças quebradas, incluindo a perda de tempo, frustração, perda de competitividade e situações precárias de rodagem. Entretanto se você está satisfeito refazendo todos os cortes, afinando o seu projeto ou refazendo um link torto pela terceira vez, e quer levar as coisas ao ultimo estágio, com certeza isso vai afetar suas decisões.

Felizmente para nós, nós não temos que fazer cálculos detalhados de engenharia a fim de projetar um material e produzi-lo para nós mesmos. Já existe uma riqueza de escolhas boas prontamente disponíveis, junto com a informação em primeira mão de pessoas que usaram produtos diferentes. Com um catálogo dos fornecedores, este artigo, e um pouco de fritar a cabeça você achará a combinação ideal para seu projeto. A tabela 2 mostra as dimensões e as espessuras de tubulação mecânica redonda geralmente disponível em uma escala dos tamanhos prováveis para a construção de links de suspensão. Note particularmente o peso por comprimento (1 pé/ft = 330 mm). Embora os preços não estejam mostrados, tendem a aumentar exponencialmente com o tamanho e o peso do tubo.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:00
Escolhendo Diâmetros, espessuras de parede e materiais:

A fim de tomar uma decisão bem informada sobre que tubo nós queiramos usar para construir nossos links, é útil explorar um pouco mais detalhadamente o efeito do DE e da EP na força relativa de tipos diferentes de tubo. Para isso nós devemos considerar dois conceitos separados, mas relacionados - quanto stress um tubo resistirá para uma carga dada, e como será a reação do tubo a esse stress. O stress é relacionado à secção (forma) e ao tamanho do link. A reação é relacionada ao material do qual fabricamos o link.
Para fazer uma comparação útil, porém simples é necessário aplicar algumas fórmulas a um modelo muito simplificado. Os seguintes cálculos não pretendem representar cálculos reais da engenharia em nenhuma maneira, mas são suficientes para ilustrar os conceitos gerais para finalidades comparativas. O modelo contém as seguintes simplificações e suposições:

• Assuma que o link é feito de um tubo.
• Assuma que o tubo é redondo, cavado, com DE uniforme, e EP uniforme.
• Assuma que quando instalado, o link forma uma barra suportada igualmente por ambas as terminações.
• Assuma uma carga constante, apoiada no ponto médio do comprimento do link.
• Assuma um link de 48”, (121,92cm), e uma carga aplicada de 5000lbs (337,8Kgf).

O modelo não leva em conta cargas múltiplas, cargas dinâmicas, choque/impacto, desvios de secção (como no exemplo dos links ajustáveis), ou as cargas aplicadas em posições fora do centro.


A fórmula para calcular o stress máximo em uma barra suportada em ambas as extremidades, com a carga aplicada no centro é:

S = (W.L) / 4(Z)

Onde:

S = Stress (psi)
W = Carga aplicada na barra (psi)
L = Dist. de onde o tudo é suportado até onde é aplicada a força (pol)
Z = Seção modular da secção da barra.

A seção modular de um tubo redondo é calculada por:

Z = I / Y

Onde:

Z = módulo da secção
I = momento de inércia
Y = distância entre o neutral axis (centro do longitudinal do tubo) e o limite externo da secção. Em outras palavras, o raio do tubo.

O momento de inércia, é dado pela seguinte fórmula:

I = 0,049(D^4 – d^4)

Onde:

I = momento de inércia
D = DE (diâmetro externo do tubo)
d = DI (diâmetro interno do tubo)

Como a fórmula para I leva em conta DE e DI do tubo, é a mesma coisa que usar o DE e a espessura de parede - isto é o diâmetro interno é igual ao DE menos duas vezes a EP.
O momento de inércia realmente descreve o quão fácil uma barra se dobra, determinando a quantidade de material que se tem, e o quanto este material está afastado do neutral axis (a linha sobre a qual a dobra ocorre). A experiência comum nos mostra a veracidade da equação: Você pode facilmente dobrar uma barra de aço maciça de 90 cm com ¼” de diâmetro com a mão, mas seria impossível dobrar a mão uma mesma quantidade de material se este fosse afastado do neutral axis como em um tubo com parede de 1/8” e 4” de DE.
Então, com o DE e a EP nós podemos calcular o momento de inércia e a secção modular de qualquer tubo. Valores calculados para tubos comuns estão inclusos na Tabela 2.Se nós então pegarmos nosso modelo, assumindo um link de 48” e uma carga teórica de 5000lbs nós poderemos calcular o stress máximo no centro do tubo sobre tal carga. A tabela 2 também possui esse cálculo. Mas comparando os resultados deste cálculo de stress nós podemos ter uma boa idéia de resistência relativa (em termos de resistência ao dobramento) de diferentes tamanhos de tubos. Para deixar a comparação mais clara, eu escolhi (arbitrariamente) atribuir o valor de 1 ao stress (calculado para o nosso modelo) em um tubo de 1 ¾ x ¼”. Eu calculei então a diferença percentual entre o stress de todos os outros tubos comparado a esse valor base. Os resultados aparecem na ultima coluna da tabela 2, com um “-“ indicando que o tubo é –x% mais fraco que o nosso modelo e um “+” indicando o quanto ele é mais forte. Para comparar dois tubos diretamente, pegue o valor de stress mais alto, subtraia o do mais baixo, divida o resultado pelo mais alto e multiplique por 100.
Por exemplo, se eu estou tentando decidir entre usar um tubo de 2 x ½ ” ou, tentar economizar em peso e custo utilizando um tubo de 2 x 3/8”, eu posso calcular a diferença de resistência entre os dois como segue:

Da tabela 2:

2 x 3/8” - stress – 3763
2 x 1/2” - stress – 3401

(3763-3401) / 3763 = 0.096 x 100 = 9,6% (o tubo de ½“ é ~ 10% mais forte)

Contudo, com 8lbs/pé, o tubo de ½” é 19% mais pesado que o de 3/8” (6,5lbs/pé) e somente 10% mais forte.

Material

Agora, você pôde razoavelmente perguntar, como você compara tubos diferentes feitos de materiais diferentes? Lembre-se de que o segundo fator que devemos considerar na força de nossos links é a sua reação ao stress. Isto é, ao escolher um tubo baseado na espessura do DE e da parede, você pode ver que quanto mais forte o tubo, menos stress experimenta para uma dada carga - mas o que isto traduz no mundo real? Como o stress se relaciona à dobra? Há uma equação que pode ser usada para calcular quanto um tubo se dobrará ou se flexionará sob carga.

F = [(W) (L^3)] / [48(E) (I)]

Onde:

F = flexão máxima sob carga
W = carga aplicada (psi)
L = distancia da junção ao local de aplicação da carga (pol)
I = momento de inércia
E = modulo de elasticidade do material


O modulo de elasticidade é uma medida de rigidez, e é um valor constante para todos os aços (aproximadamente 30.000.000 libras por polegada quadrada). Esta equação ilustra que quanto o tubo dobrará sob a carga é relacionado ainda somente ao OD e espessura de parede, não ao material, desde que a equação inclui (I) e (E) mas nenhuma variável que esclarece diferenças no material. O que isso quer dizer é que todos os aços são comparáveis em rigidez, eles todos resistirão a dobrar em uma quantidade mais ou menos idêntica - da tubulação barata à tubulação cara cr-mo. A diferença entre eles é o que acontece quando se dobra. Os aços melhores, mais caros, devido a seus pontos de rendimento muito mais elevados e escalas elásticas maiores (tabela 2), de - flexionam mais facilmente fora da carga, retornando a forma original. Os materiais inferiores, podem eventualmente ceder (dobrar permanentemente) ou até chegar ao rompimento.
A chave para a diferenciação entre aços é o relacionamento entre o stress e a força de rendimento do material. Quando o stress é maior do que a resistência à flexão, o link vai ceder ou dobrar permanentemente (limite de escoamento), quando o stress é menor que a resistência à flexão, o link retorna a sua forma original após a remoção da carga. A tabela 2 mostra uma lista dos materiais comuns usados nos links e em outras construções relacionadas ao 4x4. Note os diferentes limites de escoamento no rendimento dos tipos de aço.
Não seja tentado a comparar diretamente os números de stress na tabela 2 aos limites de escoamento da tabela 1, porque os números na tabela 2 são puramente arbitrários, para finalidades de comparação somente, e não representam o cenário real. Por exemplo, não queira olhar a tabela 2 e notar que o exemplo do stress para uma carga de 5000 libras é somente 15.000psi. Então olhar a tabela 1 e calcular que estas 15.000psi são somente a metades do limite da tubulação para concluir que um tubo de 1-1/2”x 1/8” será forte bastante, porque este seria um erro. Os cálculos reais de cargas dinâmicas são mais complicados do que eu mostrei aqui, e é provável que em serviço seus links verão dez, talvez cem vezes mais stress do que mostra a tabela 2. As equações e os valores mostrados aqui são simplesmente a fim de compreensão ilustrando os conceitos discutidos, não devem ser usados para cálculos, e não incluem elementos críticos tais como o fator de projeto, as cargas de impacto, as margens de segurança, e os fatores da fadiga do material!

Quando observamos as tabelas 1 e 2 juntas, a linha de fundo se torna aparente:

- Quanto maior o DE e a EP do tubo que você escolher, menos stress o link vai sofrer sob qualquer carga aplicada.
- Quanto melhor a qualidade do aço que você optar por usar, menos provável vai ser de qualquer stress superar o limite de escoamento do tubo, causando deformações permanentes e/ou a ruptura do material.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:01
Tabela 1 – Limites médios de escoamento para diferentes materiais.


Material Limites de escoamento, PSI*

ASTM A-53 cano 30, 000
1020 ERW tubo 40, 000
1020 DOM trefilado 70, 000
4130 Cr-Mo 90,000
4340 Cr-Mo 120,000

* Valores representativos médios somente - os valores variam extremamente e dependem da condição do produto. Por exemplo, chrom-moly o aço 4340 pode ter um limite a escoamento variando de 68.000psi (recozidas em 1490ºF) a 243.000psi (temperado em 400º F). Consultar a especificação exata do fornecedor do produto para dados precisos.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:02
Em minha opinião, as melhores opções para construção de links são os tubos trefilados em aço 1020 a 1026. Canos comuns são muito fracos e moles para uma aplicação critica como essa. Tubos com costura HREW, variam muito em uniformidade e possuem um acabamento ruim de trabalhar e que requer limpeza antes de soldar. Os tubos rolados a frio REW, são mais fortes e mais uniformes, porém não são baratos para compensar o uso ao invés dos trefilados DOM. Por outro lado, a tubulação em 4340 é extremamente forte, mas eu acredito que essa resistência pode ser alcançada com o dimensionamento correto do DE e da EP em um tubo DOM em aço doce 1020. O 4340 também tem uma soldagem muito restrita, tratamento térmico pós-solda e requer alívio de tensão. Em minha opinião deve ser soldado somente com TIG ou Oxi-Acetileno, e tão somente se um correto alivio de tensões for feito após a soldagem. Certo, pessoas usam solda MIG a toda hora, e você pode com segurança fazer assim - MAS - o que você terá na realidade é um tubo superior com uma junção inferior da solda que reduz a força total do que quer que você fabricou, ao ponto mais fraco (a solda neste caso) e assim você tem uma estrutura muito cara e que não é melhor do que uma feita de 1020 trefilado. Quando eu recentemente refiz minha suspensão, 3 link dianteira e 4 link traseira eu usei uma combinação de 2 x 3/8”, 2-1/4” x ¼” e 2 x 3/16” em 1026 trefilado. Na tabela 2 os valores desses três tubos estão destacados para uma fácil comparação com o nosso modelo arbitrário de 1 – ¾” por ¼”.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:04
Uma última consideração que se relaciona primeiramente ao tipo do material e a EP é a propriedade da resistência ao impacto. Com isto me refiro a habilidade do link em resistir a amassamentos, arranhões e entalhes localizados. Isso é muito difícil de quantificar para uma comparação numérica direta, ao menos nós podemos indicar que quanto mais grossa a parede e mais elevada a qualidade do aço “mais resistente” o tubo será e melhor resistirá aos danos.

A tabela 2 dá as dimensões e o peso aproximado para uma variedade larga dos tubos que estão disponíveis em ERW, em DOM, e em Cr-Mo, algum deles deve preencher suas necessidades. Verifique com seu fornecedor se há a disponibilidade de um tamanho e de um tipo em particular.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:09
A imagem não ficou legal, pois o fórum não suporta xls.
mas a tabela original esta no link:

http://www.pirate4x4.com/articles/tech/billavista/Links

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:24
Na seleção de uma junta, a uma serie de fatores a observar:

• Custo: o custo de juntas caras pode aumentar muito rápido, principalmente se o projeto for de uma 4link dianteira e traseira, que utiliza 16 juntas.
• Ajustabilidade: se você precisar de links com comprimento ajustável, vai ter que achar uma junta que possibilite isso.
• Resistência: você deve casar a resistência do tubo com a da junta. É inútil utilizar um tubo 4350 2 x ½” e uma heim joint barata.
• Tamanho: assim como a resistência aumenta, o tamanho também, certifique-se que os seus links terão espaço adequado para a correta colocação das juntas.
• Manutenção: danos e desgaste estão sempre presentes, uma boa junta deve poder ser reparada sem que seja necessário refazer o link inteiro.
• Lubrificação: Este é um debate eterno entre opções pessoais. Dependendo do seu uso ou preferência escolha a sua, mas esteja certo de que a junta “selada” pode ser desmontada em caso de manutenção.
• Tamanho do furo do parafuso: algo que você necessita considerar, especialmente antes de fabricar os suportes, as junções as mais fortes usam um furo de parafuso muito grande.
• Capacidade de suportar desalinhamentos – certifique-se que a junção que você optou, trabalhará com seu projeto de suspensão sem causar o travamento excessivo que limitará o desempenho da suspensão e causará desgaste e danos excessivos aos componentes. Considere se a junção oferece espaçadores para aumentar a capacidade dos movimentos.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:28
Em anexo: mesmo que a outra, a imagem boa esta no link.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:29
Características de projeto

Como mencionado previamente, eu sou um defensor dos links retos simples. Entretanto, você pode preferir um desenho mais altamente elaborado para seus links.
Duas variações comuns são 1) deslocar a montagem para a junção e 2) links que são pré-curvados para a liberação de espaço. Se você decidir projetar os links com tais características, há uma serie de “contratempos” a prestar atenção. . Se você se decidir ganhar um afastamento extra, soldando o link mais para o alto da junção do que ao centro, esteja ciente que você terá que ajustar conformemente o entalhe em seu tubo e que você pode ter que reduzir o tamanho máximo possível no DE do tubo. Naturalmente, se você usar uma junção ajustável isto não será uma opção. Eu não sou um amante dos links curvos porque para não se perder resistência com a dobra, deve-se fazer um braço de reforço, e normalmente esse braço vai tomar quase todo o espaço liberado com a dobra. Um link curvado desloca o neutral axis do gravity axis (linha reta entre os finais do link) para o centro de curvatura (o lado côncavo da curva). Este deslocamento na posição do neutral axis causa um aumento do stress no lado côncavo do link - tanto quanto 3 a 5 vezes o stress em uma ligação reta. O que isso significa na pratica? Significa que dependendo de como é a curvatura do link, um link dobrado pode requerer um tubo de 2 x ¾” e ½” de parede, pesando 12lbs por pé, para se ter uma resistência equivalente a um tubo de 1 x ¾” por ¼ de parede que pesa somente 4 lbs por pé se for em linha reta. Em outras palavras, quase três vezes mais pesados e quase o dobro do DE.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:30
Construindo os Links

O tipo o mais simples de link a construir é um que usa, em ambas as extremidades, suportes de junções embutidos e soldados. Neste caso, você necessita somente cortar o tubo no comprimento, para introduzir e para soldar os adaptadores, rosquear as junções pronto. Ao medir o tubo, você, naturalmente, terá que subtrair o comprimento do adaptador da junta e da junta, tomando como referencia o furo do parafuso. Tome cuidado para só contar o comprimento do suporte que fica pra fora do tubo. Eu normalmente meço a parte embutida do suporte, e então subtraio as linhas de rosca não disponíveis para ajuste. Isto é igual ao comprimento do número mínimo das linhas acopladas (calculadas como o comprimento das linhas internas dos adaptadores, mais 3-4 linhas) e ao comprimento das linhas para uso pela porca de trava. O resultado é o numero de linhas disponíveis para o ajuste, que eu divido então por dois, usando a figura resultante para o cálculo do comprimento do link - este permite que eu instale o link no meio de sua escala ajustável de modo que eu possa mais tarde o fazê-lo mais curto ou mais comprido como for necessário. No extremo oposto da escala há uma ligação fixa com ambas as junções soldadas diretamente ao tubo. Esta configuração tem a vantagem da força e da simplicidade, mas requer uma medição extremamente cuidadosa e exata e uma tripla checagem porque não há nenhuma maneira de ajustar os comprimentos após a construção. Os comprimentos mal combinados ou incorretos do link afetarão a geometria da direção, o desempenho da suspensão, e os ângulos do pinhão – assim, um grande cuidado é requerido.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:30
A outra parte complicada de fazer um link fixo com as junções soldadas em ambas as extremidades é que você tem que colocar ambas as junções exatamente á 90º do tubo, e ambas no mesmo plano. Se não, você comerá uma boa parte da capacidade das juntas em absorver desalinhamentos já na instalação do link, ou pior, não vai conseguir colocá-los por inteiro. . A figura 1 ilustra o método que eu usei para marcar a linha central do tubo, para meus links dianteiros inferiores fixos. Primeiro fixando o link em uma morsa e utilizando um nível para assegurar que ele esta totalmente na vertical. Então utilizo um prumo para localizar e marcar a linha de centro. Usar esta linha como referencia deve permitir que você entalhe o tubo corretamente, deixando ambas as junções alinhadas e paralelas. Entalhar o tubo é o desafio final antes de soldar. Há três métodos básicos para entalhar um tubo: com uma fresa, com uma poli corte, e com um molde. A fresadora seria a maneira mais obvia de se fazer os entalhes, mas provavelmente vai ser complicado encontrar uma que faça entalhes em um tudo de 2” por ½” de parede, se você for usar um equipamento com broca ou fresa, cuidado para não se machucar com uma eventual travada durante o corte. Com um pouco de paciência e pratica, você pode fazer excelentes entalhes utilizando uma poli corte comum, O primeiro passo é marcar a linha de centro dos dois lados do tubo, a exatos 180º, então você deve determinar os ângulos em que serão feitos os entalhes, e regular a morsa da sua máquina. Coloque o tubo no suporte, de modo que o disco de corte, somente toque a margem externa na linha de centro fig.2. Faça o corte fig3. O tubo deve parecer com o da figura 4. então gire o tubo na serra em 180º e novamente prepare o corte, deixando o disco somente tocar a linha de centro pelo lado externo, e corte. Você agora tem duas pequenas lascas de tubo, e um tubo com um encaixe para colocar a sua junta fig. 6 & 8. para se fazer cortes precisos e com qualidade, você deverá utilizar uma poli corte decente, com um bom disco abrasivo e provida de uma morsa com capacidade de corte em esquadrias. No Brasil temos boas máquinas para corte de esquadrias, como Bosh, DeWalt e Makita que atendem, bem a essa solicitação. O segredo para ser bem sucedido nesse método é o quão bem você marcou e realizou os cortes. A figura 9 ilustra o ângulo escolhido e a tabela 3 traz algumas medidas de ângulos para diferentes encaixes e medidas de tubos. Geralmente, quanto maior o ângulo, mais fundo e mais pontudo é o encaixe. A figura 6 mostra um encaixe à 30º e a 7 um à 45º. Como a maioria das máquinas pode ter uma pequena variação no corte, para fazer encaixes perfeitos você pode ter a mão uma esmerilhadeira angular de 4 ½” e um disco flap para fazer os acabamentos. Fig. 8. Nota, os valores da tabela 3 são apenas para encaixes de tubos a 90º. Se você pretende fazer encaixes com outras angulações, como para deslocar uma junta, ou fazer um braço de reforço para uma dobra, você deve ajustar seus cortes como segue: pegue o ângulo ao qual você deseja unir os tubos, então com o valor de entalhe original, você adiciona o novo valor a um dos cortes e o subtrai do oposto. Por exemplo, se eu quero unir dois canos de 2”DE, o corte original para 90º seria de 30º, mas eu quero unir os tubos em 15º. Eu devo adicionar esses 15º a um dos meus cortes iniciais de 30º, e subtrair do corte oposto, então devo executar um corte de 45º e um de 15º. A única limitação para cortar ângulos numa poli corte, é a da própria máquina, que normalmente só faz cortes de ate 45º. Nunca tente fazer cortes segurando o tubo com as mãos. Não importa o quão forte você acha que é existe uma chance muito boa de a lamina travar durante o corte, arrancar o tubo de suas mãos e fazê-lo sair voando pela oficina – nem me pergunte como eu sei disso. E por fim, em caso de dúvidas quanto ao ângulo de corte, faça-o um pouco menor, e termine o assentamento utilizando uma esmerilhadeira manual.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:33
mesmo esquema, em anexo, e no link....

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:35
O terceiro método para entalhar um tubo é usar um programa de computador que permita que você incorpore as dimensões do tubo e então calcule e imprima um molde para seu entalhe. Você pode então cortar este molde, colá-lo no tubo, e usar diversos métodos para cortar ao longo das linhas do entalhe (uma poli corte, uma esmerilhadeira angular, a plasma, etc.) Dependendo da aspereza que ficar ao final do corte, você faz o acabamento para um ajuste perfeito. Um desses programas que está disponível na Internet é o Winmiter. É um programa de shareware escrito originalmente para entusiastas da bicicleta. Aceita entradas de: diâmetros grandes de tubo, diâmetros pequenos de tubo, ângulo da junção, e linha central deslocada, em unidades métricas ou imperiais. Então processará e indicará e/ou imprimirá um molde simples. Eu usei este método entalhando os tubos de 2”x 3/8” para meus links inferiores dianteiros e eles trabalharam razoavelmente bem. A fig.10 mostra o molde cortado e gravado ao tubo, pronto para ser seguido. Depois que cortado o entalhe com um cortador de plasma eu usei então uma esmerilhadeira para limpá-lo, pausando periòdicamente para verificar o ajuste fig.11.

A etapa final em fixar seus links às junções é soldar. As inserções ou buchas vêm com um chanfro generoso (12) que permite uma solda boa e forte (13). Soldando um tubo diretamente ao corpo de uma junção, certifique-se que esta esteja limpa e possuam um bom encaixe. A fig.11 mostra um tubo de 2”encaixado a uma junção rolamentada e revelam que ainda é necessário um pouco de trabalho para um melhor ajuste. A paciência é a chave porque um conjunto apropriadamente apertado assegurará uma solda forte e uns links finalmente fortes.

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:36
Figuras 14, 15, e 16 oferecem um olhar final em alguns dos meus links terminados, construídos usando os produtos e os procedimentos descritos neste artigo. Você pode experimentar o sucesso em seus próprios projetos. Boa sorte!

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:37
Referencias:
Gren, Robert E., Oberg, E., Jones, F.D., Horton, H.L., Ryffel, H. H. (Editors). Machinery’s Handbook, 24th Edition, 1992, (Industrial Press, Inc)

Fontes:
Evolution Joints:
Evolution Machining & Fabrication Inc.
#1 - 4115 64th Ave. S.E..
Calgary, Alberta T2C 2C8
Phone: (403) 236-3545 http://www.evolutionmachine.com
RE Bearings & Poly Performance Uniballs:
Poly Performance Offroad Products
234 Tank Farm rd, Unit L & M
San Luis Obispo, CA 93401
Phone: (805) 783-2060
sales@polyperformance.com
http://www.polyperformance.com/

Paulo Eduardo
26/09/2006, 18:56
Pessoal, ainda falta traduzir os adendos, que tem muita informação interessante, logo estarei postando aqui.

espero que seja de alguma utilidade este artigo, pois nem todos compreendem ingles para tirar as informações diretamente da net.

qualquer coisa, ou correção, por favor, é só dar um grito!

abraços

mak (SP/ZN)
26/09/2006, 19:47
parabens... excelente idéia a tradução do artigo em questão... em anexo o original dele em PDF para quem gosta de arquivar tudo e ler depois! ;-)

mak (SP/ZN)
26/09/2006, 19:50
faltou o arquivo... agora vai...

Paulo Eduardo
26/09/2006, 20:34
Opaaa

valeu!! e boa essa do pdf, se alguém souber como converter de doc para pdf eu faço uma cópia pdf traduzida.

[]´s

mak (SP/ZN)
26/09/2006, 20:49
Que isso... o minimo que posso fazer é te ajudar nessa etapa... tá em anexo em PDF e com as fotos, tabelas e o escambau! ;-)

procura um programa chamado PDFCREATOR no emule ou na NET... funciona como uma impressora mas a saida é um PDF direto! ;-)

Paulo Eduardo
26/09/2006, 23:19
:):)

hehehe valeu!!

abraços

enio chagas
02/10/2006, 00:38
Instala o BrOffice. É bom, exporta PDF, e é na faixa :palmas:!!!

http://www.broffice.org

Use software livre!

offroad
02/10/2006, 03:18
boa essa materia

Marcelo A. Marchiodi
21/10/2006, 10:42
Pra contribuir mais ainda com o tópico, estão anexos os programinhas para fazer molde pra cortar o tubo. O Tubemiter não é citado no texto mas é bom também!
Pode instalar que não é vírus! rsrs

haundrich
10/08/2007, 01:24
Meus parabens pelo seu belo trbalho, Paulo Eduardo!!

OPC+JR
11/08/2007, 00:57
Paulo Eduardo Valeu aí pela tradução, já tinha dado uma olhada neste texto, mas traduzido fica muito mais fácil

mak (SP/ZN), valeu também por colocar tudo em PDF facilitando a leitura.

Abraços. :concordo:

fabiano carraro
23/03/2009, 11:43
:palmas:bao mesmo seu moço.....:pipoca:

masigio
04/07/2009, 21:24
Valeu Paulo Eduardo, belo tópico, parabéns pela paciência.

Bichero
03/10/2009, 03:11
Cara, estou pesquisando muito antes de fazer minha 4 link, e essa tradução é sem dúvida de grande ajuda!!!

Parabéns pela iniciativa, e novamente muito obrigado :palmas::palmas::palmas::palmas::palmas::palmas::p almas:

tjmthiago
12/10/2009, 01:04
Muito boa amigo eu estva me matando no site do pyrate pra ler esse cara e vc facilitou tudo vlw hehehehe

krusche78
08/12/2009, 20:11
Embora já se tenha passado alguns anos a postagem desse tópico, não poderia deixar de elogiar sua iniciativa, estou projetando uma SUSPENSÃO DE 4 LINKS, e as duvidas que tinha pude retirar lendo seu tópico.
Estive fazendo alguns estudos sobre a geometria desse tipo de suspensão e verifiquei que é necessário o uso de terminais rotulares ou buchas rotulares em ambas as extremidades, porém durante as longas buscas na internet vi diversas fotos em que o construtor optou por usar terminais rotulares em um lado apenas do link, usando um sistema de junta convencional no outro.
Questionamento, (se alguém tiver a resposta, por favor...)´:
O movimento que o eixo faz quando uma roda estiver no curso superior e a outra no curso inferior é um movimento de rotação. Se o link usar um terminal rotular num lado e um sistema de bucha comum do outro, não irá provocar esforços de torção sobre a bucha e suporte da junta?
Pessoal, sou novato aqui, e se cometi algum erro na minha análise, por favor, me corrijam.
Abraço a todos, e se alguém tiver alguma informação , por favor, podem add no msn krusche78@hotmail.com (krusche78@hotmail.com)

fredyober
04/02/2010, 20:07
grande topico Paulo parabens:
algumas perguntas :
aonde encontro tubo dom no brasil?
e cromomolly?
eu tenho um amigo que fabrica pecas,de tubo cromo molibdenio, para avioes antigos e ultraleves (inteiros) e ele usa uma tig pequena e vareta de inox, nao sei qual delas mas posso descubrir, e nao faz revenimento das soldas.
outra coisa e decobrir a geometria da suspensao, angulo de pinhao squat etc...
tenho pouco conhecimento no assunto mas recomendo dois livros pra quem quer se aventurar na fabricacao:
engineer to win ,carrol smith, e chassi engineering , herb adams.
muito bons,
existe um programa gratuito, muito legal 4barlinkv3.1 para brincar com medidas.
eu estou quebrando a cabeca em um projeto para a dianteira da minha rural, ja tenho as rotulas de 1 pol, bumpstops etc.. e medidas so preciso de um par de coilovers, pra parar a cristaleira na oficina do cumpadre leo transparaguay e comecar outro projeto interminavel.
abraco a todos.

Elmer_Jeep
05/02/2010, 10:17
existe um programa gratuito, muito legal 4barlinkv3.1 para brincar com medidas.
eu estou quebrando a cabeca em um projeto para a dianteira da minha rural, ja tenho as rotulas de 1 pol, bumpstops etc..
abraco a todos.

Fala Fredy, não sei se vc já viu mas aqui temos o 4 link calculator (http://www.4x4brasil.com.br/forum/showthread.php?t=10266) :concordo:

[]'s

fabiano carraro
05/02/2010, 14:44
Embora já se tenha passado alguns anos a postagem desse tópico, não poderia deixar de elogiar sua iniciativa, estou projetando uma SUSPENSÃO DE 4 LINKS, e as duvidas que tinha pude retirar lendo seu tópico.
Estive fazendo alguns estudos sobre a geometria desse tipo de suspensão e verifiquei que é necessário o uso de terminais rotulares ou buchas rotulares em ambas as extremidades, porém durante as longas buscas na internet vi diversas fotos em que o construtor optou por usar terminais rotulares em um lado apenas do link, usando um sistema de junta convencional no outro.
Questionamento, (se alguém tiver a resposta, por favor...)´:
O movimento que o eixo faz quando uma roda estiver no curso superior e a outra no curso inferior é um movimento de rotação. Se o link usar um terminal rotular num lado e um sistema de bucha comum do outro, não irá provocar esforços de torção sobre a bucha e suporte da junta?
Pessoal, sou novato aqui, e se cometi algum erro na minha análise, por favor, me corrijam.
Abraço a todos, e se alguém tiver alguma informação , por favor, podem add no msn krusche78@hotmail.com (krusche78@hotmail.com)



Sim vai ocorrer um travamento mas é ai que se deve determinar de quanto sera este travamento,deixando tudo funcionar "quase no limite " mas sem deixar passar dele,podemos evitar este limite, usando cintas especificas ou batentes bem posicionados

no meu ver buchas de borracha,pu,nylon ,etc.... podem ser usadas pois sera apenas uma questao de prioridades ,se vç quer o maximo em trabalho (articulaçao) recursos como joint bolls,unibolls,etc.....sao realmente as unicas peças que imagino poderem efetuar tal trabalho, mas infelismente ainda nao temos eles nas medidas que precisamos por aq ,até ja achei varios, mas tudo meio fora de padrao pra uso offroad,entao imagino que só importando mesmo.

Agora buchas podem vir a servirem muito bem,pena que no brasil temos poucos recursos pra tal empreitada tambem,entao ou usamos buchas grandes de fabricaçao em serie, que na maioria das vezes nao possuem um grau de dureza ou resistencia a torçoes muito grandes,e nos obrigao a manutençoes frequentes,e demoradas,ou mandamos confeccionar elas em materiais sinteticos gerando um custo que ja passa a valer a pena importar rotulares.

A umas buchas bem legais no mercado pra suspensoes de carros mais luxuosos e bem pesados, mas seu custo é exorbitante e ai compensa importar os articulados mesmo.

ou seja SUSPENSAO nao é e nunca sera barato,mas ja que estamos brincando de mexer nelas nao podemos pensar em verba e sim em satisfaçao pessoal.

nao importa qual seja nosso projeto ou como foi idealizado ele tem apenas que ser o melhor ,pra quem o fez.:concordo:

fabiano carraro
01/09/2010, 22:03
Este site complementa muito doque ja foi colocado aq e é muito interessante,lembrando que a parte mais importante pra quem QUER acelerar forte no barro sera determinar o AS.:concordo:



http://www.therangerstation.com/Magazine/winter2007/4_link_tech.htm

haundrich
01/09/2010, 22:51
Se eu usar terminal rotular nos dois lados do link, fica muito duro o carro? tipo aço com aço?

fabiano carraro
04/09/2010, 13:25
Se eu usar terminal rotular nos dois lados do link, fica muito duro o carro? tipo aço com aço?


sim ficaria :concordo:

as vibraçoes serao transmitidas por inteiro pro resto do jeep e qualquer ranhura no "asfalto" passara como uma valeta pro carro...................PERAI CARRO DE TRILHA PREPARADAO ATÉ O TALO pensando em conforto............tem coisa errada ai.:mrgreen:



haundrich,estes tipo de terminal seria escolhido pela sua excelente torçao ou seja somente optariamos por eles se a questao fosse performance maxima do conjunto

lembrando que alem de moerem muito mais rapido do que buchas ,sua torçao nao é assim muito maior do que um sistema bem feito com elas.

e no nosso caso (BRASIL) MUITA LAMA,AREIA,E CALCARIO,eles realmente comem tudo em poucas trilhas,entao o custo de se usar eles é bem alto se comparado com buchas.

estive usando por um tempo nas direçoes que faço por aq e ja estou voltando pra terminais comuns pois a chiadeira dos clientes esta grande.:rolleyes:

haundrich
06/09/2010, 09:15
Fabiano

Não é beemm pensando em conforto. É pensando mais em custo x tempo.

Não tenho experiência em suspensões, e quero aprender mais.

A impressão que tenho é que um sistema aço com aço deteriora mais rapidamente essas junções com a vibração e as micro-folgas existentes do que se houvesse um elemento elástico no meio. As "micro-pancadinhas" devem marcar na pista de apoio dos terminais rotulares. E com isso deteriora mais rápido do que a presença de lama e sujeira. Depois que aumentou a folguinha, ai sim, entra a sujeira para deteriorar o resto.

Um exemplo do que aconteceu, como analogia, foi o transporte de motores elétricos em caminhões. Em determinado destino no Chile, a fábrica perdeu o lote desses motores elétricos ao constatar que quando chegaram, os induzidos estavam marcados e com folga. Resolveram o problema colocando um tapete de borracha debaixo de cada embalagem de motor elétrico e assim não perderam mais motores elétricos. As micro-"pancadas" foram amortecidas.

Acredito que usando bucha num lado do link, e terminal rotular no outro, deva aumentar a durabilidade do terminal, sem perder capacidade de torção. Mas como disse, não tenho como comprovar isso.

Legal pegar trilha pesada, mas não deixar R$ pela estrada.

Londrinense
06/09/2010, 23:37
Este topico caiu como uma luva!!!!!

Já tenho Troller, agora vou montar minha 75 da forma que quero, sem choro e sem dó!

fabiano carraro
09/09/2010, 22:29
Este topico caiu como uma luva!!!!!

Já tenho Troller, agora vou montar minha 75 da forma que quero, sem choro e sem dó!taca o pau véio.......:concordo:




haundrich,tambem costumo pensar no "início"real dos problemas e embora seja dificil mesmo, de se comprovar tal "teoria"in loko,sem testes especificos em laboratorios "CSI"...:mrgreen:


ela tem fundamento,agua penetra e transforma tudo.:concordo:


Mas no geral pelo que vejo por aq os terminais nao suportam mais do que 10/12 trilhas sem abrir folgas,o dos gringos tambem devem dar pau só que no caso deles.....eles 1°nao contam e 2°nao se importam.......é troco pra eles entao trocao por nada.....MAS a gente já sente um pouco na hora de fazer isto,eu pelo menos cinto.:pipoca:

Sergio Rocha
10/09/2010, 17:26
taca o pau véio.......:concordo:




haundrich,tambem costumo pensar no "início"real dos problemas e embora seja dificil mesmo, de se comprovar tal "teoria"in loko,sem testes especificos em laboratorios "CSI"...:mrgreen:


ela tem fundamento,agua penetra e transforma tudo.:concordo:


Mas no geral pelo que vejo por aq os terminais nao suportam mais do que 10/12 trilhas sem abrir folgas,o dos gringos tambem devem dar pau só que no caso deles.....eles 1°nao contam e 2°nao se importam.......é troco pra eles entao trocao por nada.....MAS a gente já sente um pouco na hora de fazer isto,eu pelo menos cinto.:pipoca:

Lá o camarada troca junto com o óleo do motor.

[]´:mrgreen:

Marcelo A. Marchiodi
10/09/2010, 19:38
Talvez aqueles terminais desmontáveis seriam uma boa solução, aí trocaria só as pistas internas, ficaria mais em conta.:pensativo:
Cheguei a desenhar um e até peguei o plástico pra usinar as pistas, mas a coisa parou, vou ver se termino!

FernandoRisso
12/09/2010, 12:18
Marcelo,

Coopero para produção nacional, caso queira vc pode tirar as medidas dos terminais da ballistic que tenho.

[]'s estimulando um repositor nacional.

Marcelo A. Marchiodi
13/09/2010, 09:47
Marcelo,

Coopero para produção nacional, caso queira vc pode tirar as medidas dos terminais da ballistic que tenho.

[]'s estimulando um repositor nacional.

Opa, excelente, te mandei uma mp!:concordo:

Londrinense
15/09/2010, 19:36
Estou com uma F75 totalmente original e como é um carro que "sobra" pois tenho o troller para as trilhas, quero modificar. Quero entrar em lugares que não tenho coragem com o Troller...

Vou abrir um tópico pra isso, quando iniciar, pois vou precisar da ajuda de vcs!

Até o momento busco teoria, não quero ficar picando ela inteira sem idéia ou base do que estou construindo.

Segue o 4 link calculator mas em português, todos os campos ou quase, possuem descrições explicativas em Port/BR e com alguns conceitos, somente foi feito na primeira planilha! Todos eles foram retirados aqui do fórum, pode estar precisando ser melhorados, mas é um começo, aceito ajuda!!!

http://www.megaupload.com/?d=4IPMQBTV

jackalbr
21/08/2018, 17:50
Quem diria, outro tópico com 10 anos me ajudando... Valeu Paulo, e valeu aos demais que contribuiram!

Att