ArthurC
07/09/2006, 20:00
É pessoal, pra nós que é bom nada, só nos resta admirar, segue a matéria abaixo.
Link: http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/OffRoadTestes_Conteudo.vxlpub?hnid=36654
http://www.webmotors.com.br/webmotors/ssRevista/_fotos/1_Toyota_FJ_Cruiser_principal_2006818174435.jpg
No Brasil, a Toyota produziu durante anos a fio o Bandeirantes, um jipe conhecido aqui e no exterior, onde era chamado de Land Cruiser, por sua robustez, valentia para enfrentar as condições mais difíceis de terreno e simplicidade. Também era famoso por se manter sem grandes modificações por décadas, enquanto, no exterior, ele evoluía. Ao contrário do que se poderia supor, sua retirada do mercado foi lamentada por muitos, mas a Toyota não tinha como mantê-lo em linha. Exigências mais rígidas de emissões de poluentes estavam por chegar e o motor do jipe não as atenderia mais. Pois eis que, nos EUA, a empresa resolveu atender aos órfãos do Land Cruiser com uma releitura do jipe, muito mais sofisticada e interessante que o original: o FJ Cruiser. Por aqui, o carro está sendo importado pela Forest Trade e o WebMotors teve a chance de avaliá-lo com exclusividade.
De cara, o que impressiona no utilitário esporte é seu porte imponente. Ele aparenta ser muito alto, mas tem apenas 1,82 m de altura. Isso é enaltecido pela construção sobre chassi, a exemplo do carro que o inspirou, e pelas rodas de liga-leve de 17 polegadas. Aparentemente, nada muito fora do comum, considerando que muitos carros têm rodas nessa medida, mas nenhum deles, certamente, com pneus 275/70! A altura livre do solo é de 24 cm. Parece, de novo, bem mais. Esse efeito talvez se deva ao fato de o Toyota ser alto, mas com teto baixo. A cabine, com isso, é mais fina que em veículos deste segmento, lembrando bastante o Hummer H1, mas, novamente, o conforto prevalece, especialmente devido ao entreeixos de 2,69 m, semelhante ao do Renault Mégane. Um dos efeitos desse desenho é a necessidade não de dois, mas de três limpadores de pára-brisa, pequenos e enfileirados para dar conta de tirar a água da superfície estreita de vidro.
A grade com grandes faróis redondos remete ao Land Cruiser imediatamente, mas sem qualquer anacronismo. Interessante é como o carro consegue ter um aspecto anguloso, mas como todos esses ângulos são atenuados por arredondamentos em toda a carroceria. Ele tem, em suma, um jeitão futurista, e não é para menos. Trata-se de um veículo moderno, pensado para ser prático, inteligente e sem frescuras.
O interior, por exemplo, traz bancos laváveis e piso emborrachado, o que também facilita a limpeza do carro por dentro. É o ideal para quem suja os pés de barro na fazenda ou em trilhas e para quem os enche de areia nas praias. Basta um pano úmido ou até água pura para deixar o utilitário como novo. E nada disso remete a um material barato ou pouco convidativo. O carro é confortável, até aconchegante.
A entrada no FJ Cruiser é simples. Apesar de ser um utilitário esporte, pessoas baixas conseguem acesso à cabine sem grandes dificuldades. Já as altas têm de abaixar um pouco a cabeça para entrar. Isso por conta da constituição de sua carroceria, com portas traseiras que abrem ao contrário, também chamadas de “suicidas”. Sem uma coluna “B”, entre as portas, que ajuda a carroceria a ter mais rigidez, a moldura do teto do utilitário é mais grossa que em outros veículos. Os cintos de segurança dos ocupantes da frente, por exemplo, estão fixadas nas pequenas portas traseiras.
As portas, aliás, são um capítulo à parte. Alguém desavisado poderia pensar que o FJ tem apenas duas portas, já que as traseiras não têm maçanetas à mostra. Para abri-las, é preciso abrir as portas dianteiras e acessar a maçaneta interna do carro. É quase como as picapes estendidas que havia no Brasil, por exemplo a Ford Ranger, mas há bancos na parte traseira, o que não permite encaixar o utilitário nesse conceito. A cabine do FJ Cruiser não tem nada de estendida.
Já instalado dentro do FJ Cruiser, o motorista se surpreenderá com um painel bastante quadrado, repleto de porta-objetos inusitados, como o que se localiza sobre o quadro de instrumentos. O porta-luvas, no entanto, é pequeno e fica localizado abaixo da grande bolsa de airbag destinada ao passageiro, nas generosas medidas norte-americanas. Airbags, aliás, são itens que o utilitário tem em profusão: dianteiros, laterais e de cortina. A regulagem do volante só se dá em altura, faltando a de distância, uma tradição nos carros da Toyota. Não chega a fazer falta, de todo modo.
Sobre o console central, todos os apetrechos necessários à navegação estão presentes, como bússola e altímetro. A bem da verdade, um GPS também seria bem-vindo, mas a Toyota o oferece, como item opcional. Considerando que o carro pode ser trazido sob encomenda, o GPS é item que pode ser facilmente adicionado ao pacote.
Outra característica interessante do FJ Cruiser é sua modularidade, quase como a de uma minivan. Os bancos traseiros podem ser rebatidos, permitindo carregar uma boa quantidade de carga ou objetos mais compridos, como pranchas de surf, apesar de que esses apetrechos esportivos talvez se sintam mais à vontade se instalados no bagageiro externo, que vem de série.
Motor e off-road
Para quem é ligado a carros fora-de-estrada, no entanto, tudo isso vira perfumaria diante da pergunta crucial: tem reduzida? O FJ Cruiser tem, com engate mecânico, para alegria dos tradicionalistas, e câmbio automático de cinco velocidades, já que conforto nunca é demais, especialmente nas grandes cidades onde, quase certamente, o exemplar que testamos circulará a maior parte do tempo.
Por trás disso tudo está um brilhante motor V6 de 4 litros e 242 cv a 5.200 rpm, com comando de válvulas variável VVT-i e 38,4 kgm a 3.700 rpm. Por se tratar de uma unidade nova e de comercialização, pudemos avaliar o carro apenas por breves instantes. Já na saída, o ruído do motor é estimulante, com um ronco grave que, perdoem-nos os puristas, lembra o melhor dos V8. Em movimento, o carro se mostra leve, apesar de a visibilidade traseira não ser das melhores, prejudicada também pelo enorme estepe, colocado na tampa traseira. Esterçando-o parado, fica evidente que a direção hidráulica faz um esforço hercúleo para deslocar os pneus 275/70R17.
Nos EUA, o modelo avaliado por WebMotors custa, de tabela, US$ 23,5 mil, coisa de R$ 50,2 mil. Mas os EUA preferem arrecadar com base em volumes, e não em uma carga tributária alta por veículo, como no Brasil. Assim, um automóvel do porte e da capacidade do FJ Cruiser, como o Hyundai Santa Fe, tem aqui um preço na casa dos R$ 170 mil, com importação oficial, sempre mais fácil. Estime, para o FJ Cruiser, um valor aproximado de R$ 200 mil. Neste caso, é o preço da exclusividade.
Link: http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/OffRoadTestes_Conteudo.vxlpub?hnid=36654
http://www.webmotors.com.br/webmotors/ssRevista/_fotos/1_Toyota_FJ_Cruiser_principal_2006818174435.jpg
No Brasil, a Toyota produziu durante anos a fio o Bandeirantes, um jipe conhecido aqui e no exterior, onde era chamado de Land Cruiser, por sua robustez, valentia para enfrentar as condições mais difíceis de terreno e simplicidade. Também era famoso por se manter sem grandes modificações por décadas, enquanto, no exterior, ele evoluía. Ao contrário do que se poderia supor, sua retirada do mercado foi lamentada por muitos, mas a Toyota não tinha como mantê-lo em linha. Exigências mais rígidas de emissões de poluentes estavam por chegar e o motor do jipe não as atenderia mais. Pois eis que, nos EUA, a empresa resolveu atender aos órfãos do Land Cruiser com uma releitura do jipe, muito mais sofisticada e interessante que o original: o FJ Cruiser. Por aqui, o carro está sendo importado pela Forest Trade e o WebMotors teve a chance de avaliá-lo com exclusividade.
De cara, o que impressiona no utilitário esporte é seu porte imponente. Ele aparenta ser muito alto, mas tem apenas 1,82 m de altura. Isso é enaltecido pela construção sobre chassi, a exemplo do carro que o inspirou, e pelas rodas de liga-leve de 17 polegadas. Aparentemente, nada muito fora do comum, considerando que muitos carros têm rodas nessa medida, mas nenhum deles, certamente, com pneus 275/70! A altura livre do solo é de 24 cm. Parece, de novo, bem mais. Esse efeito talvez se deva ao fato de o Toyota ser alto, mas com teto baixo. A cabine, com isso, é mais fina que em veículos deste segmento, lembrando bastante o Hummer H1, mas, novamente, o conforto prevalece, especialmente devido ao entreeixos de 2,69 m, semelhante ao do Renault Mégane. Um dos efeitos desse desenho é a necessidade não de dois, mas de três limpadores de pára-brisa, pequenos e enfileirados para dar conta de tirar a água da superfície estreita de vidro.
A grade com grandes faróis redondos remete ao Land Cruiser imediatamente, mas sem qualquer anacronismo. Interessante é como o carro consegue ter um aspecto anguloso, mas como todos esses ângulos são atenuados por arredondamentos em toda a carroceria. Ele tem, em suma, um jeitão futurista, e não é para menos. Trata-se de um veículo moderno, pensado para ser prático, inteligente e sem frescuras.
O interior, por exemplo, traz bancos laváveis e piso emborrachado, o que também facilita a limpeza do carro por dentro. É o ideal para quem suja os pés de barro na fazenda ou em trilhas e para quem os enche de areia nas praias. Basta um pano úmido ou até água pura para deixar o utilitário como novo. E nada disso remete a um material barato ou pouco convidativo. O carro é confortável, até aconchegante.
A entrada no FJ Cruiser é simples. Apesar de ser um utilitário esporte, pessoas baixas conseguem acesso à cabine sem grandes dificuldades. Já as altas têm de abaixar um pouco a cabeça para entrar. Isso por conta da constituição de sua carroceria, com portas traseiras que abrem ao contrário, também chamadas de “suicidas”. Sem uma coluna “B”, entre as portas, que ajuda a carroceria a ter mais rigidez, a moldura do teto do utilitário é mais grossa que em outros veículos. Os cintos de segurança dos ocupantes da frente, por exemplo, estão fixadas nas pequenas portas traseiras.
As portas, aliás, são um capítulo à parte. Alguém desavisado poderia pensar que o FJ tem apenas duas portas, já que as traseiras não têm maçanetas à mostra. Para abri-las, é preciso abrir as portas dianteiras e acessar a maçaneta interna do carro. É quase como as picapes estendidas que havia no Brasil, por exemplo a Ford Ranger, mas há bancos na parte traseira, o que não permite encaixar o utilitário nesse conceito. A cabine do FJ Cruiser não tem nada de estendida.
Já instalado dentro do FJ Cruiser, o motorista se surpreenderá com um painel bastante quadrado, repleto de porta-objetos inusitados, como o que se localiza sobre o quadro de instrumentos. O porta-luvas, no entanto, é pequeno e fica localizado abaixo da grande bolsa de airbag destinada ao passageiro, nas generosas medidas norte-americanas. Airbags, aliás, são itens que o utilitário tem em profusão: dianteiros, laterais e de cortina. A regulagem do volante só se dá em altura, faltando a de distância, uma tradição nos carros da Toyota. Não chega a fazer falta, de todo modo.
Sobre o console central, todos os apetrechos necessários à navegação estão presentes, como bússola e altímetro. A bem da verdade, um GPS também seria bem-vindo, mas a Toyota o oferece, como item opcional. Considerando que o carro pode ser trazido sob encomenda, o GPS é item que pode ser facilmente adicionado ao pacote.
Outra característica interessante do FJ Cruiser é sua modularidade, quase como a de uma minivan. Os bancos traseiros podem ser rebatidos, permitindo carregar uma boa quantidade de carga ou objetos mais compridos, como pranchas de surf, apesar de que esses apetrechos esportivos talvez se sintam mais à vontade se instalados no bagageiro externo, que vem de série.
Motor e off-road
Para quem é ligado a carros fora-de-estrada, no entanto, tudo isso vira perfumaria diante da pergunta crucial: tem reduzida? O FJ Cruiser tem, com engate mecânico, para alegria dos tradicionalistas, e câmbio automático de cinco velocidades, já que conforto nunca é demais, especialmente nas grandes cidades onde, quase certamente, o exemplar que testamos circulará a maior parte do tempo.
Por trás disso tudo está um brilhante motor V6 de 4 litros e 242 cv a 5.200 rpm, com comando de válvulas variável VVT-i e 38,4 kgm a 3.700 rpm. Por se tratar de uma unidade nova e de comercialização, pudemos avaliar o carro apenas por breves instantes. Já na saída, o ruído do motor é estimulante, com um ronco grave que, perdoem-nos os puristas, lembra o melhor dos V8. Em movimento, o carro se mostra leve, apesar de a visibilidade traseira não ser das melhores, prejudicada também pelo enorme estepe, colocado na tampa traseira. Esterçando-o parado, fica evidente que a direção hidráulica faz um esforço hercúleo para deslocar os pneus 275/70R17.
Nos EUA, o modelo avaliado por WebMotors custa, de tabela, US$ 23,5 mil, coisa de R$ 50,2 mil. Mas os EUA preferem arrecadar com base em volumes, e não em uma carga tributária alta por veículo, como no Brasil. Assim, um automóvel do porte e da capacidade do FJ Cruiser, como o Hyundai Santa Fe, tem aqui um preço na casa dos R$ 170 mil, com importação oficial, sempre mais fácil. Estime, para o FJ Cruiser, um valor aproximado de R$ 200 mil. Neste caso, é o preço da exclusividade.