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Ver Versão Completa : NOA e mais na Argentina - Dez/21-Jan/22



Miranda_MG
17/01/2022, 07:56
Resumo:



10.280 km no hodômetro.
+ ou - 130 h no volante.
4 estados brasileiros e 14 províncias argentinas.
28 dias de viagem.


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O planejamento inicial nos levava ao Uruguai e havia a intenção de fazermos algo no sul do Brasil também. Mas:
- O Uruguai foi descartado pelo aumento exponencial dos casos de COVID lá. Esse foi o motivo principal. E algo que mesmo que não houvesse essa explosão da pandemia, consideraríamos não ir ou encurtar nossa estadia, também seriam os preços relativamente elevados que estão sendo praticados no país.
- As notícias que tivemos sobre a chuva e os problemas associados em MG sugeriam que encontraríamos outros problemas relacionados ao clima no Brasil. E, claro, estávamos cansados.

Como fiz para o Jalapão, vou dividir as postagens por assunto para facilitar a vida de quem procura algo em específico. E, podendo ajudar em alguma outra dúvida, estou à disposição.

Abraço,

Miranda

Miranda_MG
17/01/2022, 08:40
Capítulo 1 - Sobre os Deslocamentos

BH – Foz do Iguaçu

Fizemos em dois dias. BH até o interior de SP (Marília) no primeiro e de lá até Foz no segundo. Quanto às estradas brasileiras, não há muito o que comentar. Afinal, as conhecemos bem. Rodamos foi com muita chuva no Paraná. Temporais que potencializam as características dos motoristas: os loucos ficam piores ainda e os medrosos também para o outro extremo. Ambos perigosos. Em viagens maiores ou mesmo as curtas, mas frequentes, a instalação de um uma etiqueta para cobrança automática em pedágios é uma ótima sugestão. Foram 1500 km.

Foz do Iguaçu – Resistência

Ainda respeitando a topografia da região, uma parte desse trecho tem estradas muito parecidas com as brasileiras: pequenas retas, aclives, declives, curvas mais fechadas. Os quilômetros iniciais acontecem dentro do parque e há diversos avisos (placas e cartazes) para que se tome cuidado com os animais que atravessam a pista. Vimos mesmo alguns e, por isso, é um trecho que exige atenção (principalmente à noite, imagino). Comprei algumas coisas em Puerto Iguazu para lanche e seguimos. Ah! Quem for usar a estratégia de não abastecer no Brasil e fazê-lo em Puerto Iguazu para economizar, prepare-se para longas filas nos postos e restrições quanto ao volume de combustível que pode ser comprado. Se tivéssemos feito isso, o atraso seria de mais de uma hora tranquilamente.
À medida que nos distanciamos da fronteira, as estradas começam a se tornar mais “argentinas”. Ainda não como no NOA, mas menos exigentes. Até Posadas, ainda na província de Missiones, muitos radares móveis. Ficam em veículos do tipo do antigo Fiorino ou Doblô encostados em alguns pontos da rodovia com a porta traseira aberta. Não sei se fui multado.
Nossa intenção era seguir viagem por mais algum tempo, mas algumas obras na pista e muito trânsito ao passar por Corrientes (congestionamentos consideráveis) nos fizeram pernoitar em Resistência, que fica logo depois. Foram apenas 631 km nesse primeiro dia. Adequados para o tempo que tínhamos: uma parte perdido ao atravessar a fronteira e outra nesse trânsito/obras que não foi previsto. Hotel muito bom e com comodidades que ajudam nesse tipo de viagem.

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Resistência – Salta

E então fizemos a RN16 inteira. Centenas de quilômetros de uma grande reta. E percebe-se, sem muito esforço, que tudo vai mudando ao longo do deslocamento: vegetação, estrutura das cidades e de apoio, redução drástica de postos de combustíveis e diminuição considerável do fluxo de veículos. Se depender de restaurantes/lanchonetes/qualquer estabelecimento local, a alimentação pode ficar comprometida. Não é uma viagem cansativa do ponto de vista de exigência de atenção, mas isso traz algum risco: o cuidado com o sono ao volante. Dormir bem na noite anterior e/ou revezar a direção pode ajudar bastante.

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Vale observar no canto superior esquerdo a distância até que algo seja feito.

Salta é linda. A chegada, à noite, já é um show, pois é possível ver a cidade do alto. Foram 800 e poucos quilômetros dessa vez e ficamos alguns dias por lá.

Salta – Cafayate.

Na chegada em Salta do comentário anterior, a mudança de relevo e todo o contexto que isso envolve já é perceptível. Mas a viagem até Cafayate é outro show. Passamos pelo Parque Nacional los Cardones, chegamos a Cachi e depois descemos até Cafayate. Não é o caminho sugerido em aplicativos de roteamento. É maior e mais demorado, mas é simplesmente SENSACIONAL. Como essa seção trata só dos deslocamentos, deixo para falar do que vimos depois. Aqui tivemos nosso segundo contato com a lendária RN40 (de próximo a Cachi até Cafayate) e o trecho, quase em totalidade, não é asfaltado. Rípio, terra, areia e pedras em partes distintas. Como a estrada acompanha a encosta das montanhas em muitos trechos, é diversão garantida para quem gosta de dirigir. Atenção para diversos momentos em que a passagem é apenas para um veículo, para as curvas fechadas e sem visibilidade de mão contrária e para as encostas/barrancos/despenhadeiros. Para quem é dos vinhos, já há algumas vinícolas nesse caminho. Destaque para a Colomé, que é um pouco mais afastada, mas tem vinhos excelentes. Vale planejar a ida. Menos de 400 km percorridos, mas que nos tomaram o dia. A velocidade média foi bem baixa. Também ficamos uns dias em Cafayate para conhecer a região e aproveitar os vinhos (talvez não nessa ordem de importância... hahaha).


https://youtu.be/S7UeMJcJi08

Cafayate – Santa Maria – Tafí del Valle

Esse foi o dia em que erramos. Havia sobrado um dia que não contabilizamos no planejamento e, ao invés de seguir com o destino pensado, “inventamos moda”. Gastamos um tempo bom nas ruínas de Quilmes (vou falar delas depois com calma, mas sugiro fortemente conhecer quem passar por lá), fomos à Santa Maria, retornamos para Amaicha del Valle e seguimos para Tafí. Chegamos no destino final desse dia já no fim da tarde, debaixo de uma chuva torrencial. A estrada que liga Amaicha a Tafí del Valle tem paisagens belíssimas, que só vimos no dia seguinte ao seguir viagem. No dia da chuva, foi tenso, porque não se via muito à frente e as curvas acompanham também a encosta de montanhas. Menos de 200 km percorridos.

Tafí del Valle – San Juan

De Cafayate, seguiríamos para Mendoza. A previsão de 13:30 h direto exigia que parássemos do meio do caminho. O erro mencionado no trecho anterior estava aqui. De Cafayate, poderíamos ter parado em alguma cidade do meio do caminho (Tafí não atendia esse requisito) e de lá ido direto para Mendoza. No entanto, San Juan foi escolhido porque já estava próximo de Mendoza e poderíamos chegar lá antes do almoço, como realmente aconteceu. Enfim, esse trecho de Tafí del Valle para San Juan foi cansativo. Não faria de novo. Minha intenção era descer pela RN40 de novo, mas os aplicativos sugeriram outra rota. A 40 está em obras em alguns trechos e esse pode ter sido o motivo do desvio. Ficou como no mapa abaixo.

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A RN150 é uma estrada nova e nos permitiu belas paisagens. Principalmente próximo e dentro do Parque Provincial Ischigualasto. Muito pouco movimentada, passamos mais de uma hora sem ver outro veículo sequer. Mais de 900 km e quase 13 horas no total. Chegamos cansados em San Juan.

San Juan – Mendoza
2:30 h e 170 km nesse pequeno trecho. Paisagem bonita e viagem tranquila. Chegamos às 11:30 h no destino. E ficamos por mais de uma semana lá.

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Mendoza – Laboulaye

Nosso destino, partindo de Mendoza, era Buenos Aires. Mas, mais uma vez, a distância estava um pouco além do que a prudência recomendava. Paramos nessa pequena cidade e pernoitamos lá. Pouco menos de 600 km de deslocamento.

Laboulaye – Buenos Aires

Um trajeto que se inicia com grandes retas novamente e pouco movimento. Com o passar do tempo e proximidade de Buenos Aires no entanto, o trânsito ficou mais intenso, como esperado. Talvez devêssemos ter feito essa última parte em um domingo e não em uma segunda-feira como aconteceu. Talvez tenha sido o dia de mais ultrapassagens de caminhões e afins da viagem em solo argentino nos pouco mais de 500 km de deslocamento. Chegamos ao hotel já mais tarde e, embora ele oferecesse estacionamento (cobrado), não havia vagas de tamanho suficiente para a Ranger, que descansou por alguns dias em um estacionamento 24 h ali próximo.

Buenos Aires – Dionísio Cerqueira

Depois de aproveitarmos bastante BA por alguns dias, hora de voltarmos para casa. Mudamos alguns planos. Ao acompanhar o que acontecia na cidade em nossas andanças, vimos que as filas para testagem de COVID e nos hospitais (por motivos diversos, imagino) aumentavam dia após dia. Nas conversas com as pessoas de lá, os relatos de contaminação recente de conhecidos eram constantes e assistindo os noticiários, víamos que nossas percepções eram verdadeiras. Íamos para o Uruguai, mas a situação se repetia por lá. Outro fator considerado foi o custo de uma viagem para o roteiro básico Colônia – Montevidéu – Punta del Este. Estava tudo muito caro. Hospedagem e alimentação dispararam. Enfim, decidimos que íamos voltar.
A intenção era atravessar o Paso de Los Libres, chegar em São Borja e andar um pouco mais. Mas a viagem pelas estradas argentinas rendeu bem e ao percorrermos os menos de 900 km até essa fronteira, decidimos continuar e atravessar para o Brasil apenas em Dionísio Cerqueira. Eram mais 450 km. Encaramos, embora a pista que, era dupla até o Paso de Los Libres, tenha se tornado simples de lá até a fronteira em Dionísio Cerqueira. Foi nosso maior trecho em um dia.

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Dionísio Cerqueira – Itapetininga

Pernoite em Dionísio e fomos até mais ou menos metade do caminho até BH. Deveríamos ter andado mais, mas não sabíamos o que nos esperava no último dia. Enfim, esses 800 km foram bem demorados. Muito trânsito, estradas sem bons pontos de ultrapassagem e comboios de caminhões nos atrasaram bastante. Chegamos tarde na cidade.

Itapetininga – Casa

740 km finais. Mas foram os mais cansativos e tensos. Minas estava debaixo de chuva forte já há alguns muitos dias. Choveu o tempo todo entre o hotel e a chegada em casa. Quanto mais nos aproximávamos de Belo Horizonte, mais as condições das estradas pioravam também. Interdições parciais e totais, trânsito lento, buracos, árvores na pista, barreiras que cederam, inundações e transbordamentos de rios. Cenários de filmes apocalípticos. Muito triste. Nos últimos 200 km, vimos dezenas de carros parados nos acostamentos trocando pneus, acidentes e desvios por estradas menores. Ficamos parados em filas por horas e fizemos desvios consideráveis para poder chegar em casa. Foram 5 horas a mais em relação à previsão inicial de viagem. Chegamos cansados demais, mas bem. E é isso que importa.


https://youtu.be/GIQ-3waBKgQ

Já havia tempo, bastante tempo, que estávamos parados ali. E, se não tivéssemos tratado de voltar, teríamos ficado até o dia seguinte no mesmo lugar. Segue o link que trata da liberação da pista:

BR-381 e liberada parcialmente na ponte sobre o rio Paraopeba | O TEMPO (https://www.otempo.com.br/o-tempo-betim/br-381-e-liberada-parcialmente-na-ponte-sobre-o-rio-paraopeba-1.2594291)

Exceto por esse último trecho, o restante de toda a viagem foi muito tranquilo.

Postarei o capítulo 2 à frente. Lá, voltarei a falar das estradas, mas nos deslocamentos que fizemos em busca do que a Argentina oferece de melhor.

Glaicon
18/01/2022, 06:26
Nós fizemos em 2013 o trecho de Posadas a Salta.
Foram 1.150 Km´s.
Sendo que 800 Km´s eram praticamente uma só reta.
Região pobre, com cabritos soltos na beira da estrada.
Demandava atenção constante do motorista.
Apesar de ser reta, cansou bastante.
Mas, faria tudo de novo!:mrgreen:

Sergio c
18/01/2022, 08:12
Parabéns pela viagem Miranda MG.

Gil-RJ
18/01/2022, 09:00
Sensacional Miranda !!!

Nas minhas viagens que fiz de moto e carro pra Uruguai, Argentina e Chile, sempre evitei a Ruta 14, optando pelo Uruguai e pelo trecho que vai de Uruguaiana a São Borja, pelo lado Brasileiro, ou passando por cima, pelo trecho Corrientes/Resistência, por causa da policia da ruta 14, que é bem famosa nas redes sociais. No único trecho que já rodei nela, umas 02 ou 03 vezes, entre São Borja e Foz, foi bem tranquilo, pois, dizem que o pior trecho fica em Paso de Los Libres e BA. Como foi sua experiência ? Te pararam ? Inventaram alguma coisa ? Pergunto, porque quero passar por ela na minha viagem do ano que vem, que será RJ/FOZ/Mendoza/Ruta dos sete lagos/ Bariloche/Mar del Plata/BA, voltando ao Brasil pela 14 até Uruguaiana..

Grande abraço !

Miranda_MG
18/01/2022, 15:49
Glaicon,

Os cabritos, cabras e afins estavam lá. Normalmente próximos dos pequenos povoados que surgem do nada e no nada. Impressionante.

Quanto a cansar, até vou falar disso em outra postagem, mas foi a viagem em que eu realmente dei valor ao piloto automático. Descansar a perna direita no assoalho é fundamental nesses deslocamentos em que se fica por muito tempo em velocidade constante. Acho que o principal fator de fadiga aí é a monotonia. Não sei se você concorda.

O maior trecho nosso foi o do último dia na Argentina, quando abortamos a entrada no Uruguai. Acho que foram 1270 km (ou um pouco mais). :shock: Mas te entendo quando diz que faria novamente... Hahaha

Abraço!


Nós fizemos em 2013 o trecho de Posadas a Salta.
Foram 1.150 Km´s.
Sendo que 800 Km´s eram praticamente uma só reta.
Região pobre, com cabritos soltos na beira da estrada.
Demandava atenção constante do motorista.
Apesar de ser reta, cansou bastante.
Mas, faria tudo de novo!:mrgreen:

Miranda_MG
18/01/2022, 15:57
Obrigado, Sérgio.

E contar que a próxima já está nos primeiros esboços... Aumentar a aposta para mais de 15.000 km agora. Vamos ver.

Abraço,

Miranda


Parabéns pela viagem Miranda MG.

Miranda_MG
18/01/2022, 16:33
Então, grande Gil.

Nas próximas postagens, eu estava pensando em tratar desse assunto. Vou te adiantar então e talvez faça uma abordagem mais sucinta à frente.

Também li sobre isso, assisti alguns vídeos com relatos de pessoas que sofreram com algum abuso e, enfim, também estava preocupado. Mas não era tanto, porque esse trecho que dizem ser o mais crítico não estava nos planos: íamos atravessar para o Uruguai a partir de Buenos Aires e o evitaríamos. Mas...

Te respondendo primeiro então sobre a 14 e de forma objetiva: nesse trecho entre BA e Dionísio Cerqueira pela 14, fomos parados umas duas ou três vezes. Não tivemos problema em nenhuma delas. Na preocupante RN14, eu até comecei uma contagem de quantas barreiras existiam e depois desisti. Umas 15 talvez. Em algumas, já havia veículos sendo abordados e os policiais estavam ocupados, em outras, apenas os cones e nenhum policial no momento. Enfim, por sorte ou porque as coisas têm mudado para melhor (otimismo?), nenhum problema.

Considerando todas as abordagens (fomos parados muitas vezes e não consigo sequer arriscar um número, tamanha a quantidade) e não apenas as da 14, a maioria exigia só documentos. Mas tive que abrir caçamba também. E até bafômetro teve. A maioria dos guardas conversava como algo entre a objetividade exigida na profissão e a gentileza. Fiquei impressionado positivamente.

Uma policial em específico, deu um show: pediu documentos, perguntou para onde íamos e, diante da resposta, ainda deu outras dicas do que poderíamos fazer. Ao final, nos agradeceu por visitarmos o país dela e nos preocuparmos em conhecer sua cultura além do que o turista tradicional faz (isso depois que conversamos e contamos da viagem).

Outros dois policiais, em abordagens distintas, quiseram saber mais da expedição solo e nos parabenizaram pela disposição. :lol:

Enfim, nada de abusos. Mas fiz minha parte também. Documentação, o "kit argentino", simpatia. Até adesivos refletivos, que vocês podem ver nas fotos, tinha. Detalhe que elas são exigidas para picapes de trabalho apenas, mas o seguro morreu de velho. Final desse ano, colo tudo de novo. :)

Abraço!

Miranda


Sensacional Miranda !!!

Nas minhas viagens que fiz de moto e carro pra Uruguai, Argentina e Chile, sempre evitei a Ruta 14, optando pelo Uruguai e pelo trecho que vai de Uruguaiana a São Borja, pelo lado Brasileiro, ou passando por cima, pelo trecho Corrientes/Resistência, por causa da policia da ruta 14, que é bem famosa nas redes sociais. No único trecho que já rodei nela, umas 02 ou 03 vezes, entre São Borja e Foz, foi bem tranquilo, pois, dizem que o pior trecho fica em Paso de Los Libres e BA. Como foi sua experiência ? Te pararam ? Inventaram alguma coisa ? Pergunto, porque quero passar por ela na minha viagem do ano que vem, que será RJ/FOZ/Mendoza/Ruta dos sete lagos/ Bariloche/Mar del Plata/BA, voltando ao Brasil pela 14 até Uruguaiana..

Grande abraço !

Mohammed
18/01/2022, 20:26
Uma bela viagem. Parabéns.

Estava em Antofagasta enquanto você devia estar na região de Salta. Mas estava a trabalho. E vim em condição de urgência para acompanhar a operação de minas em MG. A contar pela data da reportagem e do seu relato, passei pela Serra de Igarapé à noite no mesmo dia em que você. Não dava para enxergar dois metros à frente e o trânsito em meia pista devido à interdição de um dos sentidos estava complicadíssimo. Para você que já estava na estrada há muito tempo deve ter sido bem desgastante. Sem contar que se chegou até próximo ao Paraopeba e voltou, acabou passando pelo mesmo caminho na volta. Deve ter desviado por Itaúna.

Nosso serviço meteorológico nos alertou sobre chuvas fortes do outro lado da cordilheira no NOA. O que você atravessa no vídeo é fluxo pluvial? Essas corredeiras são traiçoeiras porque escavam o rípio. Você entrou onde tinha largura maior para garantir que não estivesse muito fundo, estou certo?

Miranda_MG
19/01/2022, 07:11
Bom dia, Mohammed.

Sim, a subida e descida da serra estavam terríveis. Ali já é perigoso durante o dia e sem chuva. Do jeito que estava então, nem se fala. A exigência de atenção, somada ao cansaço anterior, pois choveu forte desde SP, e a adrenalina dessa última parte nos deixaram exauridos.

E quanto ao vídeo, era água de chuva mesmo. As estradas argentinas são preparadas para isso. A depender da região, a estrada tem rebaixamentos ou depressões no asfalto mesmo nos locais em que esses "rios" se formam. Tudo devidamente indicado por placas. Nós já tínhamos passado por vários trechos assim e a lógica (do engenheiro - hahaha) era essa da vazão mesmo: se ela é constante naquele momento, nos locais onde a largura do fluxo é menor, a profundidade precisa ser maior.

Aproveitando que falou de Antofagasta, você conhece o Socomba? Já atravessou o paso que tem ali?

Abraço,

Miranda


Uma bela viagem. Parabéns.

Estava em Antofagasta enquanto você devia estar na região de Salta. Mas estava a trabalho. E vim em condição de urgência para acompanhar a operação de minas em MG. A contar pela data da reportagem e do seu relato, passei pela Serra de Igarapé à noite no mesmo dia em que você. Não dava para enxergar dois metros à frente e o trânsito em meia pista devido à interdição de um dos sentidos estava complicadíssimo. Para você que já estava na estrada há muito tempo deve ter sido bem desgastante. Sem contar que se chegou até próximo ao Paraopeba e voltou, acabou passando pelo mesmo caminho na volta. Deve ter desviado por Itaúna.

Nosso serviço meteorológico nos alertou sobre chuvas fortes do outro lado da cordilheira no NOA. O que você atravessa no vídeo é fluxo pluvial? Essas corredeiras são traiçoeiras porque escavam o rípio. Você entrou onde tinha largura maior para garantir que não estivesse muito fundo, estou certo?

Gil-RJ
19/01/2022, 11:36
Então, grande Gil.

Nas próximas postagens, eu estava pensando em tratar desse assunto. Vou te adiantar então e talvez faça uma abordagem mais sucinta à frente.

Também li sobre isso, assisti alguns vídeos com relatos de pessoas que sofreram com algum abuso e, enfim, também estava preocupado. Mas não era tanto, porque esse trecho que dizem ser o mais crítico não estava nos planos: íamos atravessar para o Uruguai a partir de Buenos Aires e o evitaríamos. Mas...

Te respondendo primeiro então sobre a 14 e de forma objetiva: nesse trecho entre BA e Dionísio Cerqueira pela 14, fomos parados umas duas ou três vezes. Não tivemos problema em nenhuma delas. Na preocupante RN14, eu até comecei uma contagem de quantas barreiras existiam e depois desisti. Umas 15 talvez. Em algumas, já havia veículos sendo abordados e os policiais estavam ocupados, em outras, apenas os cones e nenhum policial no momento. Enfim, por sorte ou porque as coisas têm mudado para melhor (otimismo?), nenhum problema.

Considerando todas as abordagens (fomos parados muitas vezes e não consigo sequer arriscar um número, tamanha a quantidade) e não apenas as da 14, a maioria exigia só documentos. Mas tive que abrir caçamba também. E até bafômetro teve. A maioria dos guardas conversava como algo entre a objetividade exigida na profissão e a gentileza. Fiquei impressionado positivamente.

Uma policial em específico, deu um show: pediu documentos, perguntou para onde íamos e, diante da resposta, ainda deu outras dicas do que poderíamos fazer. Ao final, nos agradeceu por visitarmos o país dela e nos preocuparmos em conhecer sua cultura além do que o turista tradicional faz (isso depois que conversamos e contamos da viagem).

Outros dois policiais, em abordagens distintas, quiseram saber mais da expedição solo e nos parabenizaram pela disposição. :lol:

Enfim, nada de abusos. Mas fiz minha parte também. Documentação, o "kit argentino", simpatia. Até adesivos refletivos, que vocês podem ver nas fotos, tinha. Detalhe que elas são exigidas para picapes de trabalho apenas, mas o seguro morreu de velho. Final desse ano, colo tudo de novo. :)

Abraço!

Miranda

Miranda,

O roteiro que planejo pro ano que vem, seria esse abaixo, o total fica em torno de 9400 kms ida e volta. Note que as setas vermelhas são as alternativas que penso em usar, caso as entradas no Chile e Uruguai não estejam muito complicadas ainda, espero que não ! O trecho do Sul do Chile é o que mais me anima, porque não conheço, no Chile conheço apenas o norte de SPA até Santiago, já o trecho do Uruguai é um velho conhecido, pois já fiz algumas vezes de moto e de carro.
Caso algum dos amigos tenha alguma dica a acrescentar, fiquem a vontade para opinar :

578133

Miranda_MG
20/01/2022, 12:36
Eu te diria "não é possível que ainda teremos algum tipo de restrição de entrada no Chile". Mas a história recente mostra que não é bem assim. Enfim, essa região mais ao sul, sendo Chile ou Argentina é muito, muito bonita. Fui há anos e dirigi um Corsa sedã alugado que rendeu como um 4x4. :) Você vai ter muito o que aproveitar nessa viagem. Quando pretende ir? Inverno, verão?

Não tenho sugestões quanto ao percurso, Gil. O básico, que é ir por um caminho e voltar por outro quando possível, você já planejou. Só se lembre de deixar espaço na bagagem para voltar com os vinhos que a cota permite.

Abraço,

Miranda


Miranda,

O roteiro que planejo pro ano que vem, seria esse abaixo, o total fica em torno de 9400 kms ida e volta. Note que as setas vermelhas são as alternativas que penso em usar, caso as entradas no Chile e Uruguai não estejam muito complicadas ainda, espero que não ! O trecho do Sul do Chile é o que mais me anima, porque não conheço, no Chile conheço apenas o norte de SPA até Santiago, já o trecho do Uruguai é um velho conhecido, pois já fiz algumas vezes de moto e de carro.
Caso algum dos amigos tenha alguma dica a acrescentar, fiquem a vontade para opinar :

578133

Gil-RJ
21/01/2022, 09:25
Amigo Miranda,
Pretendo ir no começo de dezembro/22.
Quanto a ir por um caminho e voltar por outro, isso pra mim é sagrado rsrsrs, acho um desperdício fazer o mesmo caminho em uma viagem na ida e na volta, mesmo que isso resulte num percurso maior.
Com relação a entrada no Chile e Uruguai, como você bem disse, a história recente nos mostra que não dá pra confiar muito que as coisas estejam melhores, mas, vamos torcer e mesmo entrando apenas na Argentina, as paisagens vão render muitas lindas fotos e emoções impares..
Comecei a esboçar algo sobre as viagens que fiz esse ano, na verdade, foram "as" viagens, porque tive que dividir em 03 viagens, sendo que a última viagem, para Arraial Dájuda teve que ser abortada no meio do caminho, por causa das fortes chuvas.
A primeira e mais curta, foi fazer o caminho da Fé entre Águas da Prata/SP e Aparecida/SP, num trecho 90% off, que independente da sua fé, vale muita a pena fazer, porque você passa por pequenas cidades, vales e montanhas do Sul de Minas e Serra da Mantiqueira entre MG/SP que valem por si só, já velem a viagem...
Viajar e trocar a roupa da alma (Mario Quintana). (http://gilmarcalaisassafrao.blogspot.com/)

LuizPR
21/01/2022, 17:50
Boa tarde. Mandando uma opinião. O trecho de Santiago a Osorno, que é o que parece indicar seu roteiro, é um deslocamento chato pela Ruta 5. Tem o vale do Colchagua com suas vinícolas perto de San Fernando e mais ao sul os vulcões, como o Villarica, mas não sei se tem mais pontos legais. Fiz de Puerto Montt a Santiago em 2013 só porque era necessário, retornando da região de Chaitén na Carretera Austral, e foi uma viagem monótona.

De Mendoza a Santiago você descerá o caracol. É muito bonito este trecho, mas não sei se vale pelo que vem depois de Santiago.

Eu desceria de Mendoza a Villa la Angostura, sem sombra de dúvida. Conheço alguma coisa por ali e vou voltar em Junho, se a pandemia deixar. E se tiver tempo desça a Ruta 40 até Esquel, uma bela cidadezinha turística com trilhas e outros passeios que valem a viagem e depois cruze a Argentina pela Ruta 25, desertão brabo até a Península Valdez, outro lugar bem interessante.


Miranda,

O roteiro que planejo pro ano que vem, seria esse abaixo, o total fica em torno de 9400 kms ida e volta. Note que as setas vermelhas são as alternativas que penso em usar, caso as entradas no Chile e Uruguai não estejam muito complicadas ainda, espero que não ! O trecho do Sul do Chile é o que mais me anima, porque não conheço, no Chile conheço apenas o norte de SPA até Santiago, já o trecho do Uruguai é um velho conhecido, pois já fiz algumas vezes de moto e de carro.
Caso algum dos amigos tenha alguma dica a acrescentar, fiquem a vontade para opinar :

578133

Mohammed
26/01/2022, 10:05
O Socomba e região, apenas por sobrevoos. O pessoal da empresa que precisa ir em solo por lá diz que é inóspito, não tem nada. Muito alto também o suficiente para os veículos ficarem mais fracos. Vai na região? Posso levantar mais informações.


Bom dia, Mohammed.

Sim, a subida e descida da serra estavam terríveis. Ali já é perigoso durante o dia e sem chuva. Do jeito que estava então, nem se fala. A exigência de atenção, somada ao cansaço anterior, pois choveu forte desde SP, e a adrenalina dessa última parte nos deixaram exauridos.

E quanto ao vídeo, era água de chuva mesmo. As estradas argentinas são preparadas para isso. A depender da região, a estrada tem rebaixamentos ou depressões no asfalto mesmo nos locais em que esses "rios" se formam. Tudo devidamente indicado por placas. Nós já tínhamos passado por vários trechos assim e a lógica (do engenheiro - hahaha) era essa da vazão mesmo: se ela é constante naquele momento, nos locais onde a largura do fluxo é menor, a profundidade precisa ser maior.

Aproveitando que falou de Antofagasta, você conhece o Socomba? Já atravessou o paso que tem ali?

Abraço,

Miranda

Gil-RJ
27/01/2022, 08:13
Boa tarde. Mandando uma opinião. O trecho de Santiago a Osorno, que é o que parece indicar seu roteiro, é um deslocamento chato pela Ruta 5. Tem o vale do Colchagua com suas vinícolas perto de San Fernando e mais ao sul os vulcões, como o Villarica, mas não sei se tem mais pontos legais. Fiz de Puerto Montt a Santiago em 2013 só porque era necessário, retornando da região de Chaitén na Carretera Austral, e foi uma viagem monótona.

De Mendoza a Santiago você descerá o caracol. É muito bonito este trecho, mas não sei se vale pelo que vem depois de Santiago.

Eu desceria de Mendoza a Villa la Angostura, sem sombra de dúvida. Conheço alguma coisa por ali e vou voltar em Junho, se a pandemia deixar. E se tiver tempo desça a Ruta 40 até Esquel, uma bela cidadezinha turística com trilhas e outros passeios que valem a viagem e depois cruze a Argentina pela Ruta 25, desertão brabo até a Península Valdez, outro lugar bem interessante.

Obrigado amigo Luiz !
Na verdade, o roteiro original é pela Argentina e eu estava em dúvida se valia a pena descer pelo Chile, o que já foi abortado depois das suas valiosas dicas (na verdade, adiei, porque pretendo fazer esse trecho quando me programar pra descer a carretera Austral).
Já refiz o trajeto descendo até Esquel e indo de lá até a Península Valdes, e de lá começando o retorno pro RJ via Buenos Aires.
Se não abusar da boa vontade do amigo, gostaria de umas dicas sobre a Península Valdés, como o melhor lugar pra se hospedar, seria em Puerto Madryn ? Como é o passeio, o dia todo ? etc..
Pra não bagunçar o tópico do nosso amigo Miranda, com esse show de relato, pode mandar por MP.
Mais uma vez obrigado e um grande abraço !!!

Daniel Engelbrecht
30/08/2022, 13:41
Olá Miranda. Belíssima viagem! É uma parte da Argentina muito especial mesmo.
Vou agora em outubro para a região de Salta, Jujuy e Tolar Grande. Uma pequena parte do meu roteiro vai coincidir com o que você fez (mais especificamente Salta, Cachí e Cafayete). Diante disso, gostaria de saber como foi a questão do combustível. Tinha diesel similar ao S-10 nas localidades de Cachí e Cafayete?
Se alguém que esteve por aquelas bandas recentemente também souber se há S-10 em San Antonio de Los Cobres ficarei grato.

Miranda_MG
31/08/2022, 06:36
Bom dia, Daniel.

Fique tranquilo, não há falta de diesel por lá, além do que é "comum" para a região: eventualmente, por uma demanda maior que a esperada e coincidente com algum atraso nos caminhões, as pessoas esperam por algumas horas. Quando estive lá, não aconteceu. Um conhecido que foi depois acabou esperando por quatro horas uma única vez.

Tenho acompanhado de perto a situação na Argentina: conhecidos que foram recentemente (um voltou há duas semanas) e que estão lá (outro entra na Argentina hoje), além de contas diversas no Instagram de expedições e viagens, moradores e empreendimentos locais e por aí vai. A leitura dos principais jornais também é diária. E, pelo menos aparentemente, não há mais nada fora do normal por lá. Exceto muita neve na região da Patagônia que deixou o deslocamento das pessoas muito prejudicado. Mas está bem melhor a situação e em outubro você não terá problemas.

Esse acompanhamento se justifica pelo apreço que tenho por Argentina e Chile e por conta da próxima viagem que farei, logo depois da sua e dessa vez por quase 45 dias. :)

No mais, se quiser levar um galão (ou galões) para combustível extra, é uma tranquilidade. Não sei qual é o seu veículo e se há essa possibilidade. Abastecer com alguma frequência, mesmo que não tenha passado da metade do tanque também é bacana, além de permitir aquela esticada de pernas após algumas horas no volante. Soa como um bom hábito.

San Antônio de los Cobres é sensacional. Mas não sei lhe falar sobre abastecimento na cidade. Imagino que seja o normal. Já que estará "do lado", vale visitar as Salinas Grandes também. Outro espetáculo.

Vamos conversando. Mas já te desejo uma excelente viagem.

Abraço,

Miranda


Olá Miranda. Belíssima viagem! É uma parte da Argentina muito especial mesmo.
Vou agora em outubro para a região de Salta, Jujuy e Tolar Grande. Uma pequena parte do meu roteiro vai coincidir com o que você fez (mais especificamente Salta, Cachí e Cafayete). Diante disso, gostaria de saber como foi a questão do combustível. Tinha diesel similar ao S-10 nas localidades de Cachí e Cafayete?
Se alguém que esteve por aquelas bandas recentemente também souber se há S-10 em San Antonio de Los Cobres ficarei grato.

Miranda_MG
31/08/2022, 06:47
Grande Gil,

Espero que esteja bem por aí. Aproveitando que o Daniel ressuscitou o tópico, sua viagem ainda está de pé? Se tudo acontecer como planejado para a próxima, atravesso a fronteira em Foz novamente entre os dias 15 e 17 de dezembro. E dessa vez o roteiro vai ser mais... Digamos... Arrojado. :shock::D Mais que dobrei a distância e o off-road também tem uma proposta que, alguns diriam, falta juízo a quem propôs: eu. Hahaha...

Abraço!


Amigo Miranda,
Pretendo ir no começo de dezembro/22.
Quanto a ir por um caminho e voltar por outro, isso pra mim é sagrado rsrsrs, acho um desperdício fazer o mesmo caminho em uma viagem na ida e na volta, mesmo que isso resulte num percurso maior.
Com relação a entrada no Chile e Uruguai, como você bem disse, a história recente nos mostra que não dá pra confiar muito que as coisas estejam melhores, mas, vamos torcer e mesmo entrando apenas na Argentina, as paisagens vão render muitas lindas fotos e emoções impares..
Comecei a esboçar algo sobre as viagens que fiz esse ano, na verdade, foram "as" viagens, porque tive que dividir em 03 viagens, sendo que a última viagem, para Arraial Dájuda teve que ser abortada no meio do caminho, por causa das fortes chuvas.
A primeira e mais curta, foi fazer o caminho da Fé entre Águas da Prata/SP e Aparecida/SP, num trecho 90% off, que independente da sua fé, vale muita a pena fazer, porque você passa por pequenas cidades, vales e montanhas do Sul de Minas e Serra da Mantiqueira entre MG/SP que valem por si só, já velem a viagem...
Viajar e trocar a roupa da alma (Mario Quintana). (http://gilmarcalaisassafrao.blogspot.com/)

Gil-RJ
31/08/2022, 08:10
Grande Gil,

Espero que esteja bem por aí. Aproveitando que o Daniel ressuscitou o tópico, sua viagem ainda está de pé? Se tudo acontecer como planejado para a próxima, atravesso a fronteira em Foz novamente entre os dias 15 e 17 de dezembro. E dessa vez o roteiro vai ser mais... Digamos... Arrojado. :shock::D Mais que dobrei a distância e o off-road também tem uma proposta que, alguns diriam, falta juízo a quem propôs: eu. Hahaha...

Abraço!

Grande Miranda !
Estou aqui sim..rsrs...e todos os dias dou uma espiada aqui pra ver se tem algo novo...
Então, a viagem vai acontecer em dezembro sim, se Deus quiser (e ele quer), só não sei ao certo o roteiro, porque parte da família, filho e esposa principalmente, estão está fazendo lobby para fazermos um outro roteiro, que seria o Nordeste todo, subindo pelo interior e descendo pelo litoral, e deixar a Argentina para dez/23....vamos ver como ficam os resultados das negociações..rsrs, mas, se não for dessa vez, será em dez/23 com certeza...
Qual vai ser seu roteiro dessa vez ? Sendo que, seja ele qual for, pode ter certeza que ficaremos aqui ansiosos pelos seus ricos relatos...
Um grande abraço !!!

Miranda_MG
31/08/2022, 08:29
Gil, a esperança do ser humano é algo notável. No seu caso, de pensar em ir para a Argentina...

Parte da família - ok.
Filho - ok.
E ESPOSA - a viagem já está definida! :) E vai ser para o Nordeste. Hahaha...

Nordeste é bom demais! Vai ser uma grande viagem também. Lugares lindos tem aos montes. :palmas:

Em 23/24 então você vai me contar da Argentina. Imagino que eu precisarei dar um tempo em expedições no ano que vem para fazer alguma viagem mais "civil" com minha esposa - com mais conforto e mais horas em hotéis, restaurantes e passeios do que sentados no carro. :)

Abraço!


Grande Miranda !
Estou aqui sim..rsrs...e todos os dias dou uma espiada aqui pra ver se tem algo novo...
Então, a viagem vai acontecer em dezembro sim, se Deus quiser (e ele quer), só não sei ao certo o roteiro, porque parte da família, filho e esposa principalmente, estão está fazendo lobby para fazermos um outro roteiro, que seria o Nordeste todo, subindo pelo interior e descendo pelo litoral, e deixar a Argentina para dez/23....vamos ver como ficam os resultados das negociações..rsrs, mas, se não for dessa vez, será em dez/23 com certeza...
Qual vai ser seu roteiro dessa vez ? Sendo que, seja ele qual for, pode ter certeza que ficaremos aqui ansiosos pelos seus ricos relatos...
Um grande abraço !!!

Daniel Engelbrecht
31/08/2022, 15:24
Obrigado pelos esclarecimentos, Miranda.
Como vou fazer alguns trechos longos de offroad, principalmente em Tolar Grande, vou levar pelo menos um galão de 20l (ou dois - estou pensando ainda). Se eu achar seguro, talvez até já encha antes de chegar em San Antonio de Los Cobres, que é o meu maior temor. Da última vez que estive lá só tinha um posto de gasolina com duas bombas e sem cobertura e, pelo que verifiquei, continua a mesma coisa. Se não tiver S-10 será um problema; se não tiver diesel algum, um problema maior ainda.

Em algum momento é capaz de a gente se encontrar. Ou com o colega Gil-RJ.
No início de 2023 quero dar um pulo no Uruguai. E, no final de 2023/início de 2024, descer a carretera austral e seguir até Ushuaia, retornando pela Ruta 40.

Abraço.

Miranda_MG
31/08/2022, 20:56
Daniel, boa noite.

Última atualização (de hoje!) sobre os combustíveis: demanda muito grande nas cidades fronteiriças do lado argentino, porque o preço continua melhor que o nosso, mesmo com a taxação extra para estrangeiros. Em Puerto Iguazú, um conhecido não achou S10 em um posto, rodou um pouco e encontrou em outro, com a limitação de 30 litros. Ele indo para o interior, darei mais notícias.

A região de Tolar Grande é linda. Vi só por fotos, porque não consegui passar por ela na última viagem e não poderei na próxima. Fica para a próxima-próxima. :)

Abraço,

Miranda


Obrigado pelos esclarecimentos, Miranda.
Como vou fazer alguns trechos longos de offroad, principalmente em Tolar Grande, vou levar pelo menos um galão de 20l (ou dois - estou pensando ainda). Se eu achar seguro, talvez até já encha antes de chegar em San Antonio de Los Cobres, que é o meu maior temor. Da última vez que estive lá só tinha um posto de gasolina com duas bombas e sem cobertura e, pelo que verifiquei, continua a mesma coisa. Se não tiver S-10 será um problema; se não tiver diesel algum, um problema maior ainda.

Em algum momento é capaz de a gente se encontrar. Ou com o colega Gil-RJ.
No início de 2023 quero dar um pulo no Uruguai. E, no final de 2023/início de 2024, descer a carretera austral e seguir até Ushuaia, retornando pela Ruta 40.

Abraço.

Daniel Engelbrecht
02/09/2022, 08:56
Obrigado pela atualização, Miranda.

Estou imaginando que estará praticamente normal. Ou seja, que poderei me deparar com um ou outro posto sem combustível.
Vale aquela máxima de quem dirige na Argentina: "meio tanque é tanque vazio".

Abraço

Glaicon
03/09/2022, 08:30
Glaicon,

Quanto a cansar, até vou falar disso em outra postagem, mas foi a viagem em que eu realmente dei valor ao piloto automático. Descansar a perna direita no assoalho é fundamental nesses deslocamentos em que se fica por muito tempo em velocidade constante. Acho que o principal fator de fadiga aí é a monotonia. Não sei se você concorda.

O maior trecho nosso foi o do último dia na Argentina, quando abortamos a entrada no Uruguai. Acho que foram 1270 km (ou um pouco mais). :shock: Mas te entendo quando diz que faria novamente... Hahaha
Abraço!
Relendo teu tópico.
Realmente, o piloto automático faz muita diferença.
Eu sempre utilizo o banco na altura máxima e, o encosto quase reto.
Assim, no automático posso dirigir e cruzar as pernas.
Dá um conforto muito grande.:concordo: