Patagônia - 14 mil km > Ushuaia, TDP, El Calafate, El Chalten, Carretera, Bariloche

[Gustavo Couto]

Desde quando meu pai começou a assinar a primeira edição em português da National Geographic em 2000 comecei a me interessar cada vez mais por viagens, expedições, aventuras, fotografia e antropologia. Esta revista, além das magníficas fotos, registradas pelos melhores fotógrafos do mundo com equipamentos de última geração, há um conteúdo bastante profundo, no intuito de transmitir com relatos, estudos científicos e imagens as características de uma determinada sociedade e meio ambiente.

Desde então tive acesso a algumas matérias sobre a Patagônia, por vezes descrevendo a importância da região no histórico das grandes navegações, a maior e mais importante passagem natural de navegação entre os oceanos pacífico e atlântico (Estreito de Magalhães), e às vezes descrevendo sobre os mistérios da flora e da fauna dessa região. Ficava alucinado com as fotos, parecia um outro planeta. Então sempre cultivei a vontade de um dia realizar uma expedição por toda a Patagônia Argentina e Chilena, para conhecer de perto toda essa imensidão de mais de um milhão de quilômetros quadrados, entre desertos, geleiras, montanhas, pinguins e leões marinhos.

É com muita felicidade que compartilho com os amigos a aventura que farei neste mês de abril, por 32 dias, com minha esposa Dayane até a cidade mais austral do planeta, literalmente o fim do mundo (ou o início, depende do ponto de vista) - Ushuaia, na Argentina. Essa viagem será feita de carro, por aproximadamente 15 mil km de estrada, em nossa Pajero Sport 2.5 4x4 HPE diesel AT, 4 marchas, ano 2008. Junto com o Jefferson (The Jeff) Foram meses de preparação, estudando roteiros, as leis de trânsito de cada país, a burocracia, os riscos e as adaptações necessárias no carro para que isso fosse possível. Investimos, foram duas revisões completas no carro, compramos equipamentos e planejamos o roteiro. Fizemos leitura de vários relatos publicados aqui no forum, para conhecer mais, absorver a experiência e tentando prevenir sobre possíveis problemas. Mas sabe como é, viagem é viagem, e dentro do espírito de aventura, saímos com todo o entusiasmo possível para superar as dificuldades que possam surgir: estrada, carro, ventos, frio, neve, comida, hospedagem, e outras coisas que podem ocorrer. O maior desafio? Manter o bom humor que a viagem merece.

Iniciamos a viagem no dia 31/03, estou em Ushuaia nesse momento. Quando possível, durante esses dias, farei os relatos aqui para que nos acompanhem nessa aventura, descrevendo as belezas e as dificuldades e que possam viajar conosco. Depois de tanto absorção de conhecimento aqui no forum vou devolver um pouco, compartilhar as experiências que viveremos. E peço aos amigos que torçam por nós, para que tudo dê certo, cada um à sua maneira. Estaremos expostos a situações extremas e certamente seu pensamento positivo ou sua oração nos ajudará.

Um grande abraço.

[Gustavo Couto]

Dia 1) Uberlândia/MG-Capinzal/SC
Sempre que vou para o sul do país não consigo deixar de passar na casa dos meus primos Thais e Maicon, saudades de quando moravam em Uberlândia e nos víamos todo final de semana. Agora é longe então não dá para perder a oportunidade, mesmo que por um dia.

Saímos de Uberlândia às 18h de sexta-feira, 31/03/17, logo depois do trabalho, com a vontade de não perder 1 minuto sequer e aproveitar o máximo de tempo possível nas estradas da Patagônia. Como a distância para Capinzal é mais de 1.200km dormimos em Ourinhos/SP, e chegamos por volta de 16:30h no sábado. A ovelha assada estava pronta, comemos, conversamos bastante e fomos dormir quando já não dava para ficar com os olhos abertos mais. Temos que fazer o câmbio, trocar Real por pesos Argentinos e Chilenos, e a ideia é fazer em Uruguaiana/RS, cidade fronteira com Argentina.

Para viajar pela América do Sul, países do Mercosul, basta levar o RG (CNH não tem valor de identidade), desde que não tenha sido expedido por mais de 5 anos. Em caso do RG estar com validade expirada a opção é possuir um passaporte atualizado, inclusive acho a melhor opção, tanto que nem me preocupei com RG. Atualizamos o passaporte, pois os nossos estavam vencidos, e tive a surpresa de que o novo documento possui validade de 10 anos. Antes eram 5 anos.


Segundo relatos de outros viajantes é comum na província de Entre Rios na Argentina (província que faz fronteira com o Brasil e Uruguai) a presença de policiais corruptos. Fazem pressão para receberem uma propina e normalmente abordam após a barreira policial, onde não tem movimento de pessoas. Essa era uma das nossas preocupações do segundo dia.

Um agradecimento especial para meus primos, nos receberam e nos deram mais energia ainda para prosseguirmos com nossa expedição. Se sobrar tempo quero passar novamente quando voltarmos, para deixar uns vinhos ou cervejas artesanais Patagônicos.

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KM rodado no dia: 1.254,1km
Litros: 148,84 litros
Preço Médio Diesel S500: 2,97
Média km/L: 8,43
Local de hospedagem e preço: Ouro Hotel (Ourinhos) R$ 110,00 casal e casa de meus primos

KM rodado acumulado: 1.254,1km

[Gustavo Couto]

Dia 2) Capinzal/SC-San José/AR
Acordamos antes do despertador, Maicon fez café, comemos grustoli e pão, preparamos um lanche para viagem e saímos às 6:20h da manhã, o objetivo era atravessarmos a fronteira ainda de dia e dormir em San José, na Argentina. Um pequeno imprevisto ocorreu, deixamos o GPS configurado no modo “mais curto” e, em Ijuí/RS, nos jogou em uma bifurcação à esquerda, estrada pouco movimentada, o que era ótimo, mas em determinado trecho estava com muitos buracos por causa das carretas que transportam soja na região. Trecho curto, uns 40km, mas que já deu aquela sensação de “que furada” kkkkk… nada animador. Mas atravessamos com cuidado, afinal não estávamos a fim de rasgar pneu já no começo da viagem. No final acabou valendo a pena, porque tínhamos estrada livre.

Em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, iríamos realizar o câmbio, mas um detalhe simples não nos permitiu: era domingo, tudo fechado. Tive que comprar pesos de cambista, um taxista que esperava por turistas para realizar o câmbio. Negociei a taxa e troquei mil reais, fui até o posto ao lado e pedi instruções para saber como conferir notas falsas. Enquanto eu terminava de conferir a Dayane observava se o taxista ainda estava por lá. Conferi tudo e eram originais. Seguimos em frente.

Até San José não tivemos nenhum problema com policiais. Fomos parados uma vez em uma blitz, nos solicitaram a CNH, documento do carro e Carta Verde. O guarda de trânsito percorreu todo o veículo, olhou pelos vidros traseiros e perguntou aonde iríamos. Respondi que era até San José, pois li recomendações de não informar que estaríamos indo até Ushuaia. Nos desejou boa viagem e fomos liberados. A estrada é perfeita, toda duplicada e velocidade de 120km/h de limite, parecia a Anhanguera, mas o combustível é caríssimo, pagamos até 3,60 o litro de diesel. Chegamos no hotel por volta de 21h, depois de procurar um camping por uns 40 minutos na zona rural e não encontramos. O valor da diária foi 790 pesos (+ - 150 reais). Se não fosse pelo café da manhã com chá e torradas eu até teria achado justo. Dormimos muito bem e descansamos para o próximo dia, que seria bem longo.

É requisito possuir a Carta Verde, seguro obrigatório para veículos que ingressam em países do Mercosul. O objetivo do seguro é proteger terceiros afetados por acidentes de trânsito, no período da viagem. Como o Chile não é membro do Mercosul há um seguro específico de lá, chamado SOAPEX, mas com a mesma finalidade. Fizemos, mas acho que foi desnecessário.

Tanto a Carta Verde como o SOAPEX nos fomos gentilmente presenteados pela Velseg Corretora, do nosso amigo Clauton Pugas, especialista em seguros de turismo e viagem. Fica nosso agradecimento à Velseg por ter nos ajudado e participado dessa aventura conosco.


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KM rodado no dia: 1.173,70km
Litros: 144,5
Preço Médio Diesel S500: 3,218 (chegamos a pagar 3,66/L na Argentina)
Média km/L: 8,12

KM rodado acumulado: 2.429,7km

[Gustavo Couto]

Dia 3) San José/AR-San Antonio Oeste/AR
Novamente acordamos antes do despertador, às 5:50h. Arrumamos, tomamos o café do hotel (torrada com chá) e saímos às 7:15h. A distância até San Antonio Oeste é quase 1.400km, então a viagem precisava render. A partir de San José as retas infinitas da Argentina já começavam, quilômetros e quilômetros de reta, sem qualquer aclive ou declive. Um convite para o sono, então era importante manter a mente ativa durante esse trajeto. Foi um dia mais quente que os outros na parte da tarde.

Chegando em uma cidade chamada Cañuelas fomos abordados por um policial, e novamente nos solicitou habilitação e documento do veículo, mas não pediu Carta Verde desta vez. Aproveitei a abordagem e perguntei aonde eu poderia encontrar um banco Santander para sacar pesos argentinos e assim como me instruiu fomos até o banco e fizemos o saque, pois o dinheiro do cambista já estava acabando. Além disso aproveitamos para comprar o lençol da barraca, pois o que iríamos trazer ficou em casa.

Fizemos 4 abastecimentos no dia, os preços continuavam caros. Até agora vimos 5 redes de postos na região, em ordem de relevância: YPF, Petrobrás, Shell, ACA e GNC. Os postos YPF possuem preços melhores e são de uma estrutura bem moderna, novos e bem limpos. O atendimento é melhor também. A média de preços do litro hoje foi mais alta, por volta de 4 reais. Em um dos postos YPF, na cidade de Azul, não tinha diesel comum (“Gas oil” por aqui) e tivemos que colocar Euro+ (equivalente ao S10), custando R$ 4,25, assustador… Um detalhe interessante também é que para calibrar os pneus não há bomba de encher gratuita, como temos no Brasil, sempre tem a tradicional “Gomeria” (borracharia) ao lado que cobra 20 pesos para calibrar seus pneus.

Chegamos em Bahía Blanca por volta de 18h. Se continuássemos até San Antonio Oeste a previsão de chegada seria por volta de 23h. Estávamos cansados e achamos melhor ficar por ali mesmo, então fiz a busca dos campings que tenho em lista e encontrei um muito bem comentado. Entramos na área e não encontramos ninguém, mas o local era muito limpo, com sinais de que foi recentemente arrumado. Então decidimos acampar, mesmo não havendo ninguém por lá. Por volta das 21h apareceu um rapaz chamado Adrian, que se apresentou como o responsável a partir daquele turno e nos informou que o camping custaria 70 pesos por pessoa mais 100 pesos pelo carro. Ele aceitou 210 pesos pois não tínhamos trocado. Fizemos um chá mate com pêssego e fomos dormir por volta de 22h.

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KM rodado no dia: 1.033,60km
Litros: 134,46 litros
Preço Médio Diesel S500: 4,20
Média km/L: 7,68
Local de hospedagem e preço: Camping Balneario Maldonado (210 pesos)

KM rodado acumulado: 3.463,30km

[Gustavo Couto]

Dia 4) Bahía Blanca/AR-Caleta Olivia/AR
A ideia era sair cedo, às 5h, mas como de costume acordamos antes do despertador, por volta de 3:30h. Fizemos café pela primeira vez na viagem, e tomamos com bolo que levamos. Arrumamos as coisas e saímos às 5h em ponto. A poucos quilômetros de Bahía Blanca fomos parados na barreira fitossanitária, o fiscal me perguntou se levava carne fresca, verdura ou frutas. Mostrei as frutas e foram confiscadas, maçã e laranja. Estávamos ali ainda enquanto ele as despejava no triturador. Triste. Mais para frente fomos novamente fiscalizados por outra barreira fitossanitária, mas apenas informamos que já houve abordagem anterior.

Após Rio Colorado a paisagem mudou um pouco, vegetação rasteira, sem árvores, um horizonte infinito. Na verdade, saindo de Bahía Blanca a primeira cidade da Patagônia é Rio Colorado. O mais legal dali era que vimos muitos animais, coelhos silvestres, espécies diferentes de gaviões e vimos duas raposas silvestres, com dois filhotes. Consegui um foto dela, mesmo o foco não ficando bom valeu o registro. Além da paisagem o que nos surpreendeu desde Rio Colorado foi o vento forte lateral, jogando o carro para a outra pista e nos forçando a manter o braço na direção correta. Esse vento nos acompanhou até Comodoro Ravadavia e fez o carro reduzir o rendimento para 5,7km/L, sendo que a média estava acima de 8km/L. Não a toa a região possui o maior parque eólico do continente. No caminho, chegando em Sierra Grande, fomos abordados novamente por uma barreira policial. Fomos advertidos por estar com os faróis desligados (aqui também é obrigatório) pois paramos para tirar fotos e esquecemos de ligar novamente. Além disso, pediu CNH, documento do veículo e Carta Verde, também verificou se tinha frutas no carro. Nos liberou, mas com o alerta sobre os farois.

Ainda em Sierra Grande abastecemos o carro, pedimos um sanduíche e aproveitamos para conectar ao wi-fi para comunicar com os familiares, pois já eram 2 dias sem acesso à internet. Para nossa surpresa ficamos sabendo pelo whatsapp que minha sogra sofreu daqueles trotes de sequestro, dizendo que minha esposa estava sequestrada e exigia depósito de mil reais. Todos estavam preocupados. Ligamos e informamos que estávamos bem. Uma prova de que a rede social pode facilitar a vida de bandidos. Certamente a publicação que fiz no facebook comunicando a viagem contribuiu para isso.

Próximo a Puerto Madryn o clima já começa a ficar mais árido, transformando a vegetação e ficando cada vez mais seca, com menor volume de água na região. Antes víamos muitos rios, depois lagos e agora os lagos são raros. O trecho a partir de Trelew estava mais difícil, vento mais forte ainda e ainda pegamos chuva, além das retas intermináveis (veja o time lapse desse trecho:

Meu video editado - YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=6RdxYxqPfVs)

A paisagem continuava a mesma desde Rio Colorado, até Comodoro Rivadavia. Foram quase 1.000km de mesmo visual. Chegando em Comodoro descemos a serra e chegamos ao mar, um certo alívio depois de tanta reta. O objetivo era chegar em Caleta Olivia, mas já estava ficando tarde, por volta de 18:30h. Sabíamos que a paisagem até Caleta Olivia, 70km adiante, era linda então optamos por ficar em Comodoro mesmo, para aproveitar o visual na manhã seguinte. Procuramos um camping na cidade, mas estava fechado. Em seguida dirigimos ao camping municipal de Rada Tilly (cidade vizinha, e bem mais bonita), mas estava “inundado” de lama que escorreram da serra, decorrente da tempestade de alguns dias atrás. Tivemos que reservar um hotel pelo app do booking.com (Hotel Playa) em Comodoro e ficamos por lá. Foi uma boa surpresa, tinha vista para o mar e tomamos café vendo o sol nascendo no horizonte.

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Comodoro Rivadavia é uma cidade portuária e produtora de petróleo. É bastante movimentada e as pessoas são um tanto impacientes no trânsito. Fomos até o centro sacar pesos argentinos e aproveitamos para conhecer. A cidade é muito suja de terra, uma terra branca, os carros todos sujos de pó branco. Não é uma cidade bonita, as opções de hospedagem em Rada Tilly ou Caleta Olivia certamente são melhores. Em Comodoro foi quando tivemos o contato com o frio, de fato. Vento forte e temperatura em torno de 13 graus. Fomos para o hotel, fizemos uma macarronada lá mesmo e dormimos.

A viagem, até agora transcorreu tudo perfeitamente, sem problemas, sem grandes imprevistos. Uma lâmpada do farol dianteiro esquerdo do carro queimou, mas a outra lâmpada mantém uma boa visibilidade, além do farol direito ajudando. Optamos por manter assim até onde der pois evitaremos o possível para não mecher no farol do carro. Faremos somente se a outra lâmpada queimar.


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KM rodado no dia: 1.091,90km
Litros: 162,13 litros
Preço Médio Diesel S500: 4,20
Média km/L: 6,73
Local de hospedagem e preço: Hotel Playa - Comodoro Rivadavia (750 pesos)

KM rodado acumulado: 4.555,20km

[Gustavo Couto]

Dia 5) Comodoro Rivadavia/AR-Rio Gallegos/AR

Saindo de Comodoro Rivadavia o visual é espetacular! As falésias faziam um contorno no mar muito bonito. Realmente vale a pena fazer esse trecho de dia. Logo após Caleta Olivia, uns 5km adiante, há uma colônia permanente de Leões Marinhos. Tiramos muitas fotos deles, ficamos por lá uns 20 minutos. Eles não tem medo, chegamos perto e ficaram fazendo seus sons característicos. Muitos dormindo, uns nadando (não sei se pescavam ao mesmo tempo), outros brincavam. O cheiro deles é uma mistura de peixe com cachorro molhado. Ficamos rindo que nem bobo durante uns 30 minutos depois.

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As estradas sempre possuem áreas de descanso, devidamente demarcada e em alguns casos com mesas e cadeiras para os viajantes. Pelo fato das retas serem bem cansativas, principalmente para quem faz transporte de cargas constantemente, é preciso tirar uns momentos de descanso das longas retas. As estradas são sempre muito boas, bem cuidadas e praticamente sem buracos. Os remendos de buracos são bem feitos e os acostamentos sempre presentes.

Chegando em Río Gallegos fomos procurar o camping que tínhamos na lista. Achamos o camping ATSA e a estrutura é excelente, a melhor que já vi. Todos os ambientes são climatizados com calefação, banheiros, cozinha e lavanderia. Os banheiros são limpos, água bem quente. Pagamos em torno de 35 reais pela nossa estadia. A noite foi bem fria, a mais fria até então. Pegamos 2 graus e de manhã havia gelo em cima dos bancos. O carro tinha uma camada de gelo nas portas. Nesse camping conhecemos um mochileiro francês, Loïc. Tinha 25 anos e viajava pela Patagônia sozinho e pretende ficar no Chile um tempo para trabalhar e decidir o que fazer da vida.

Durante a estrada toda passamos por muitos Guanacos, milhares. Ficavam comendo na beira da estrada e às vezes atravessavam. É perigoso e haviam vários mortos. Eles pulam as cercas com muita facilidade.

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KM rodado no dia: 846,90 km
Litros: 130,6 litros
Preço Médio Diesel S500: 3,289
Média km/L: 6,48
Local de hospedagem e preço: Camping ATSA (160 pesos para dois)

KM rodado acumulado: 5.402,10km

[Glaicon]

Gustavo, parabéns pela viagem e pelos relatos.
Ushuaia ainda é um destino a ser vencido.
Fiquei espantado com o preço do diesel, pois em 2013 e 2014 pagamos o litro mais barato que no Brasil.
A inversão financeira foi muito grande.
Excelentes as fotos.
Boa viagem e aproveitem bastante.:concordo:

[Marcion]

Acompanhando o tópico.

[enasor]

Olá meu prezado Gustavo
Bom dia.
Acompanhando ... Maravilhosos relatos ... parabéns ... desejo-lhe muito boa sorte ...
Forte abraço.

E.T.:

Também gostei muito do inteligente "resuminho" no final de cada comentário ...

Ah!!!!, sim ...

Oportunamente, não deixe de nos informar sobre o desempenho de sua nova viatura ...

Também nos informe sobre os famigerados "rípios" ... quem mandou fazer essa pergunta foi a dissimulada ”escolinha de samba interna” de nossos Pajeros Full, viu???!!!! ... rsrsrsrs ...

[Dimas Offx4]

Gustavo, bela viagem.
Acompanhando o tópico.
Final do ano (de 2017) vou eu para Patagônia e informações são bastante importantes.
Siga bem !!!!

[Gustavo Couto]

Gustavo, parabéns pela viagem e pelos relatos.
Ushuaia ainda é um destino a ser vencido.
Fiquei espantado com o preço do diesel, pois em 2013 e 2014 pagamos o litro mais barato que no Brasil.
A inversão financeira foi muito grande.
Excelentes as fotos.
Boa viagem e aproveitem bastante.:concordo:


Obrigado Glaicon!

Pois é, achei o diesel aqui na Argentina bem caro. No Chile o preço é bom, mais baixo que no Brasil. Hoje pagamos 3,14 em El Calafate, parece estar em uma realidade mais próxima por aqui. Percebemos que quanto mais abaixo na Patagônia melhor é o preço.

Abraços.

[Gustavo Couto]

Olá meu prezado Gustavo
Bom dia.
Acompanhando ... Maravilhosos relatos ... parabéns ... desejo-lhe muito boa sorte ...
Forte abraço.

E.T.:

Também gostei muito do inteligente "resuminho" no final de cada comentário ...

Ah!!!!, sim ...

Oportunamente, não deixe de nos informar sobre o desempenho de sua nova viatura ...

Também nos informe sobre os famigerados "rípios" ... quem mandou fazer essa pergunta foi a dissimulada ”escolinha de samba interna” de nossos Pajeros Full, viu???!!!! ... rsrsrsrs ...

Grande Enasor!

Obrigado. Então, quanto ao desempenho do carro... eu troquei aquela Pajero Full que eu tinha, entrou em um negócio que fiz. Daí comprei a Pajero Sport, modelo 2008, motor 2.5. Como eu já sabia o motor não é muito potente, o giro e consumo aumenta muito acima de 110km/h. Precisa pisar muito para o carro desempenhar, enquanto na minha antiga Full de 200cv era só encostar o pé e o motor chamava :cry:

Mas no geral o carro é muito bom, muito seguro e muito confortável. Não cansa muito e não senti dores no corpo. É forte, fiz uma pequena trilha no lago escondido e puder perceber a força do torque e equilíbrio do carro. Estou satisfeito.

Quanto as rípios... até agora pegamos pouco, mas já pude perceber como é. As estradas que possuem manutenção é bom, você pode pegar até 80km/h sem problemas. Mas dentro de Torres del Paine o rípio é bem fofo, pedras soltas, e acima de 50km/h é certo que irá capotar o carro. Então é preciso muito cuidado.

Vou atualizando sempre que possível.

Abraços.

[Gustavo Couto]

Gustavo, bela viagem.
Acompanhando o tópico.
Final do ano (de 2017) vou eu para Patagônia e informações são bastante importantes.
Siga bem !!!!

Olá Dimas!

Vou tentar detalhar o máximo possível para deixar as informações no forum. Afinal explorei bastante aqui, então preciso devolver um pouquinho para ajudar os amigos que pretendem fazer essa viagem, que é espetacular!

Abraços.

[Gustavo Couto]

Dia 6) Rio Gallegos/AR-Ushuaia/AR

Quando Magalhães viu os pés "enormes" dos nativos chamou-os de Patagônios, e a sua terra de Patagônia, que significa "pés grandes". Esses nativos foram vistos na região de Ushuaia.

Acordamos por volta de 4h, estava muito frio. Fomos para a lavanderia tomar um pouquinho de calor no sistema de calefação Rsrs. Decidimos sair cedo e chamamos o francês para ir conosco. Ajeitamos o carro e saímos. A carona para o francês se tornou uma grande surpresa. Conversamos sobre tudo, política, futebol, música, cultura, carreira, e outras coisas. Bastante culto o rapaz, era formado em “eletricidade”, uma espécie de especialização durante o colegial. Conversávamos em inglês e espanhol, e tinha momento que saia tipo um portuenglenhol fluente kkkkk. Apresentamos a ele o biscoito de polvilho e ficou fascinado.

Logo após sair de Río Gallegos nos deparamos com um piquete às 7h da manhã, manifestantes puseram fogo em pneus e fecharam a estrada, no lado Argentino. Conversei com eles, perguntei sobre o que era a manifestação e me disseram que reivindicavam menor desemprego e maiores salários. Falei que apoio a manifestação deles, simpatizaram conosco e nos deixaram ir. Era uma paralisação nacional. Enquanto conversávamos um deles, um barbudo tipo Brutus, ficava me zoando, me ensinando a pronunciar Ushuaia corretamente, dizia: “se dice ‘Uçuaia’”.

Logo em seguida chegamos na aduana, atravessamos para o Chile e chegamos à balsa para travessia do estreito de Magalhães, a mais importante travessia natural do Pacífico para o Atlântico das Américas. Fiquei feliz por ter passado por ali.

Seguimos adiante e fomos em direção à única colônia de pinguins rey das Américas. É uma espécie que vive nos polos e havia pouco mais de 60 indivíduos, uns 30 filhotes. Os que estavam lá são os segundo maiores da sua espécie. Chegamos e fomos até eles, eram muito bonitos, possuem um degradê amarelo no pescoço. Tiramos fotos, ficamos um tempo vendo o comportamento deles e fomos embora.

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Em seguida passamos novamente pela aduana, voltando para a Argentina. Dali em diante, em torno de uns 100km, a estrada era de rípio, mas bem conservada. Fiz em uma velocidade média de 80km/h. Pegamos asfalto e depois da cidade de Tolhuin a paisagem finalmente começou a mudar. E o cenário era ESPETACULAR.

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Avistávamos a lago Fagnano, enorme e divide Argentina e Chile. Diminuí a velocidade para apreciar a beleza. Em seguida havia um lago menor, Laguna Escondida. Eu soube de uma trilha que passa ao redor do lago e planejei passar por lá. Entramos e o nível de dificuldade da trilha era relativamente alto. Terra, pedras, buracos e tudo molhado. Liguei o 4x4 e fomos em frente, atravessando os obstáculos. Os mirantes apareciam e a todo momento parava para fotos. Linda paisagem. Loïc estava junto e se divertiu bastante, afinal as caronas que costumava arrumar eram caminhões, só estrada, do ponto A ao B. Felizes da vida seguimos para Ushuaia, 60km faltavam para o fim do mundo.

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As paisagens continuavam lindas e parávamos para fotos. Chegamos na cidade e tentamos abastecer, “El Paro” não permitiu os postos de funcionar. Deixamos para o outro dia. Não há camping estruturado na cidade e ficamos em pousada mesmo. Comprei uma cerveja artesanal local e fomos para o quarto descansar.


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KM rodado no dia: 779 km
Litros: 99,33 litros
Preço Médio Diesel S500: 3,066
Média km/L: 7,84
Local de hospedagem e preço: Pousada Les Cohiues (800 pesos para dois)


KM rodado acumulado: 6.181,10km

[Glaicon]

Gustavo, uma pergunta técnica: estás usando pneus AT ou 100% asfalto?
Pelas fotos não consegui definir.
Meu jipe está com pneus 100% asfalto e me preocupa usá-los numa eventual viagem com rípio.
Não sou de correr, nem desrespeitar os limites da viatura.
Dá pra encarar?:pipoca:

[HRO90]

Gustavo, uma pergunta técnica: estás usando pneus AT ou 100% asfalto?
Pelas fotos não consegui definir.
Meu jipe está com pneus 100% asfalto e me preocupa usá-los numa eventual viagem com rípio.
Não sou de correr, nem desrespeitar os limites da viatura.
Dá pra encarar?:pipoca:

As estradas de rípio geralmente são em boas condições, dá pra andar com pneu pra asfalto sim, só cuidar com a velocidade.

[Gustavo Couto]

Gustavo, uma pergunta técnica: estás usando pneus AT ou 100% asfalto?
Pelas fotos não consegui definir.
Meu jipe está com pneus 100% asfalto e me preocupa usá-los numa eventual viagem com rípio.
Não sou de correr, nem desrespeitar os limites da viatura.
Dá pra encarar?:pipoca:


Glaicon, os meus pneus são AT. Mas qualquer pneu roda bem no rípio, sem problemas. O problema está na velocidade, se a estrada está com muitas pedras soltas é melhor seguir devagar. Vi carros pequenos, Sandero e Gol andando tranquilamente, mas devagar. Ainda não peguei a carretera austral para falar melhor do rípio, mas até agora bem tranquilo.

[Gustavo Couto]

Dia 8) Ushuaia/AR
Pela primeira vez acordamos com o despertador, às 6:40h. A noite foi mal dormida. Olhei a previsão do tempo como de costume e vi que o dia seria nublado, com possibilidade de pouca chuva e vento. Tomamos café e saímos por volta de 9h, hoje nos arrumamos um pouco mais lentamente. O dia seria muito mais light que os anteriores, a ideia era conhecer o parque nacional Tierra del Fuego, que é o fim da Ruta 3 e não tem mais nada para lá, ruta que sai de Buenos Aires e acaba em Ushuaia. Outro passeio que estava nos planos era a navegação via catamarã, mas desistimos pelo preço, custava 1500 pesos por pessoa (+ - 350 reais). Preferimos abortar, ainda mais considerando a chuva.

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Entramos no parque, pagamos 350 pesos por pessoa. Dirigimos por uns 20km até a Bahia Lapataia, final da Ruta 3. Ficamos por lá um tempo tirando fotos e explorando o lugar. De fato estava chovendo, mas estava mais para chuvisco do que chuva. O vento estava forte, e frio. Fomos conhecer “la castorera”, local onde os castores destruíram as árvores, criaram um dique para construir seus lares. Eles são exímios engenheiros, fazem uma espécie de barragem no riacho, para represar a água. Constroem um túnel por debaixo da água para deixar um vão fora da parte submersa. O problema é que castores não são originários desta região, e geram impacto ambiental significativo. Quando eu vi a área deles fiquei impressionado com a capacidade que eles tem de transformação do ambiente. Foram trazidos 20 indivíduos por imigrantes canadenses na década de 40, a fim de fomentar a indústria de peles, mas eles se reproduziram e se tornaram praga na Tierra del Fuego, estimados em mais de 100 mil. Atualmente é feito um controle populacional dos castores, pois não há predadores, e já está sendo considerada sua extinção.

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Voltamos para a cidade, andamos no centro, fizemos algumas compras de presentes para família e amigos. Comprei meus adesivos e colei no carro. Em seguida fomos para o restaurante “La Estancia”, onde tive recomendações para comer um cordeiro patagônico assado na brasa, aberto. O cordeiro estava excelente, comemos bem e continuamos a andar pela cidade. Pegamos uma estrada de terra margeando toda a costa e no final pegamos o binóculo e avistamos o “Faro Les Éclaireurs”, construído em 1920. As árvores ao longo da costa são todas contorcidas, em virtude dos fortes ventos característicos da Patagônia. Passamos por várias destas durante a viagem, os ventos são incrivelmente fortes e constantes.

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Voltamos cedo para o hotel, queríamos organizar as coisas e se preparar para irmos até Punta Arenas no dia seguinte, pois encontraremos nossos amigos para o trekking W em Torres del Paine.

[DIEGO B.S.]

Muito bacana Gustavo!
acompanhando aqui!
farei em breve este trecho! e essas informações nos ajudam demais!

[Gustavo Couto]

Dia 9) Ushuaia/AR-Punta Arenas/CHI

Recebi uma mensagem de Loïc nos solicitando carona até próximo de Punta Arenas, pois a partir dali ele iria procurar uma nova carona até Puerto Natales. Como iríamos buscar nossos amigos em Punta Arenas não seria possível levá-lo até lá. Pegamos Loïc às 8h em ponto no hostel em que estava hospedado. A estrada para Punta Arenas é tranquila, pouco movimento. Pegamos o rípio na divisa novamente, estava boa, sendo possível atingir até 80km/h sem problemas. Neste dia especialmente havia chovido e tinha poças de lama na estrada. O carro ficou laranja.

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Novamente atravessamos o estreito de magalhães. Desta vez pegamos uma fila, pequena, mas a fila de caminhões teve prioridade na primeira balsa que apareceu. Então tivemos que esperar a próxima. Enquanto isso ficamos conversando com um casal de uruguaios, eles já tinham feito esse percurso de carro então a conversa foi bastante útil com informações e dicas. Eram pessoas bem atenciosas e gostavam de conversar, além de ter me dado a oportunidade de treinar um pouco o espanhol. Logo a balsa chegou e fizemos a travessia, que custa 440 pesos argentinos (+ - 90 reais).

A ideia inicial era buscar nossos amigos às 17h, para dormir em Punta Arenas e sair cedo para Puerto Natales. Deixamos Loïc no trevo, nos despedimos e seguimos até Punta Arenas. Conseguimos encontrar nossos amigos exatamente às 17h, por muita sorte, pois não tínhamos internet e simplesmente por dedução escolhi um shopping, já que havíamos comentado em nos encontrarmos na zona franca de punta arenas. Foram 15 minutos até achá-los. Conversamos e decidimos ir direto para Puerto Natales, mesmo pegando um trecho a noite. Abastecemos e seguimos em frente, sem parar. Chegamos em Puerto Natales e procuramos um local para hospedagem, eles estavam bem cansados, sem dormir, então preferi um hostel para que pudessem ficar mais confortáveis.

Escolhemos o hostel, retiramos todas as malas do carro e reorganizamos tudo para que coubesse todas as malas. Dayane fez uma macarronada espetacular, jantamos e fomos dormir era mais de meia noite.

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KM rodado no dia: 890,50 km
Litros: 119,56 litros
Preço Médio Diesel S500: 2,845
Média km/L: 7,45
Local de hospedagem e preço: Pousada Oasis (diária 30.000 pesos chilenos para dois)

KM rodado acumulado: 6.829,10km

[Gustavo Couto]

Dia 10) Puerto Natales/CHI-Torres del Paine/CHI

Começamos a tomar café às 7h, todos do grupo juntos desta vez. “El desayuno” era o melhor até agora, com pão, presunto, muçarela, manteiga, leite, café, iogurte, sucrilhos, chá, etc. Começamos bem o dia. Estava frio e saímos para fazer a foto inicial do grupo.

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O dia estava com previsão de ficar chuvoso e assim foi até a tarde. Iríamos fazer o trekking W, de mochilão, por 5 dias dentro do parque de torres del paine. É simplesmente um dos trekkings mais bonitos do mundo, e a ansiedade era gigante para poder conhecer as belezas do maciço paine. Eu ficaria muito frustrado se não pudesse fazer isso quando visitasse a Patagônia, seria uma meia viagem para mim. O chamado “Macizo Paine” possui altitude máxima de 3.050 metros, emergindo quase do nível do mar, e uma superfície de 400 km quadrados. Se formou principalmente por conta das ações erosivas dos glaciares, por meio dos seus avanços e retrocessos. Possui diferença de cores por causa de dois tipos de rochas, granito (claro) e sedimentar (negro), o que deixa as torres mais bonitas ainda.

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O catamarã sairia às 18h, de dentro do parque, para nos levar até o camping Paine Grande, onde dormiríamos no primeiro dia. Então tivemos o dia todo para andar pelo parque de carro, tirar fotos de vários mirantes, ângulos diferentes, caminhar por algumas pequenas trilhas. Fizemos isso durante todo o dia, visitamos o mirador serrano, mirador grey, e mirador cóndor.

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Depois fomos até o catamarã por volta de 15h, ainda um pouco cedo. Pegamos informações e estacionamos o carro no local de saída. Estava muito frio e ventava bastante. Enquanto esperávamos o horário de embarque outros aventureiros chegaram, inclusive meu amigo francês Loïc, decidiu começar o trekking por ali. Pegamos o catamarã, pagamos 18 mil pesos chilenos por pessoa até o camping Paine Grande. Quando chegamos ao camping havia uma fila enorme de mochileiros aguardando o catamarã após conclusão do trekking. Fiquei pensando que essa seria minha situação 5 dias depois.

O vento era surreal, algo que eu nunca tinha visto. Armar a barraca foi uma tarefa das mais difíceis da viagem, mesmo sendo uma barraca simples. Com muita dificuldade terminamos. Vez ou outra soltava os espeques e tínhamos que elucubrar uma nova forma de prendê-los, colocando pedras em cima por exemplo. Já anoitecia e fomos fazer a janta após o banho quente. Há uma área específica para cozinhar, fechada e ambiente bem melhor do que lá fora, no vento. A atmosfera do ambiente era tipo uma copa do mundo, gente do mundo inteiro, falando um monte de línguas, extasiados com a paisagem e ansiedade de iniciar o trekking. Começamos a fazer amizades com os turistas. Durante a preparação da janta que a Dayane fazia eu aproveitei para fotografar o entardecer. Fizemos uma macarronada e fomos tentar dormir, pois o vento era absurdamente forte. Ao lado da barraca tinha um coelho nos rondando.

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[tjhonatanmRS]

Muito bom teu relato! Passando pra acompanhar...

Um dos meus sonhos futuros é uma viagem dessas e é muito bom ter informações atualizadas.

[Gustavo Couto]

Muito bom teu relato! Passando pra acompanhar...

Um dos meus sonhos futuros é uma viagem dessas e é muito bom ter informações atualizadas.


Obrigado tjhonatnmRS!
Faça o que for mas sugiro que não desista desse seu sonho futuro porque vale a pena demais. Espero que chegue lá.

Abraços.

[enasor]

“Morrendo de inveja” ... rsrsrsrs ... estou maravilhado com seus relatos e suas fotos, meu caro Gustavo ... Parabéns!!!!! ... que Deus acompanhe você, sua valente esposa e companheira Dayane e seus amigos nessa invejável saga ... Forte abraço em todos vocês e boa sorte.

[mfdomingues]

Só passando para assinar o tópico e acompanhar, não que eu não esteja acompanhando a placa suja e o farol queimado.....

[GuilhermeAdolf]

Show de bola!! Eita saudades!!!! Preciso voltar pra TDP e pegar tempo bom... foram 2 dias tenebrosos quando estive lá..

[Gustavo Couto]

“Morrendo de inveja” ... rsrsrsrs ... estou maravilhado com seus relatos e suas fotos, meu caro Gustavo ... Parabéns!!!!! ... que Deus acompanhe você, sua valente esposa e companheira Dayane e seus amigos nessa invejável saga ... Forte abraço em todos vocês e boa sorte.

Hahaha, obrigado Enasor. Acabamos de voltar e deu tudo certo, foi uma viagem maravilhosa, como eu esperava. Não me arrependi de nenhuma decisão e o clima nos ajudou muito. Ainda tenho muito conteúdo para publicar no tópico e vou fazendo assim que possível, pois é meio trabalhoso.

Abraços.

[Gustavo Couto]

Só passando para assinar o tópico e acompanhar, não que eu não esteja acompanhando a placa suja e o farol queimado.....

hehe...essa placa suja a farol queimado me acompanhou até o final. Na data de hoje a placa suja já não está mais rsrs

[Gustavo Couto]

Show de bola!! Eita saudades!!!! Preciso voltar pra TDP e pegar tempo bom... foram 2 dias tenebrosos quando estive lá..

Guilherme eu li o seu relato todo até aonde publicou. Inclusive me ajudou demais para montar o roteiro do meu, junto com o Jefferson. Vi mesmo que teve um tempo bem difícil quando chegou lá. Nós fizemos o trekking W em TDP e tivemos a sorte de pegar tempo bom durante os 5 dias que ficamos no parque. Foi perfeito.

Até pegando tempo bom eu gostaria de voltar lá, é um espetáculo.

Abraços.

[Gustavo Couto]

Dia 11) Torres del Paine/CHI (Glaciar Grey)


O chamado “Macizo Paine” possui altitude máxima de 3.050 metros, emergindo quase do nível do mar, e uma superfície de 400 km quadrados. Se formou principalmente por conta das ações erosivas dos glaciares, por meio dos seus avanços e retrocessos. Possui diferença de cores por causa de dois tipos de rochas, granito (claro) e sedimentar (negro), o que deixa as torres mais bonitas ainda.


Apesar do forte vento dormimos muito bem. A caminhada do dia seria para avistarmos o Glaciar Grey, sem mochila pesada pois seria ida e volta pelo mesmo caminho, para dormir novamente em Paine Grande. Acordamos com o despertador e fomos fazer o café da manhã. Enquanto esquentamos o chá mate com pêssego observamos o sol nascendo e iluminando as torres do Paine Grande, um laranja cor de fogo, destacando ainda mais as duas cores da montanha. Avistávamos as nuvens lenticulares sobre o Paine Grande, muito típico aqui da Patagônia.. Era uma das curiosidades que eu gostaria de ver ao vivo. Fui com os amigos até o vento descomunal e frio horripilante para tirar fotos da montanha. Valeu a pena, sem dúvidas.


"Quando ar estável e úmido flui sobre uma montanha ou cadeia de montanhas, uma série de ondas estacionárias podem se formar à sotavento da mesma. Se a temperatura na crista da onda descer abaixo do ponto de orvalho, o vapor de água em suspensão se condensará formando a nuvem lenticular. Na continuação do fluxo de ar, ao descer em direção a depressão da onda, a nuvem pode evaporar-se, razão para suas bordas características."

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Terminamos de tomar o café e saímos para a caminhada por volta de 9h. Muito frio e ainda pensávamos como seria andar com aquele tanto de roupa, se seria calor ou não. Rapidamente já estávamos tirando as roupas de baixo, pois suar naquele frio não seria nada agradável, principalmente na hora do descanso em que o vento batia contra o suor gelado. Então monitoramos isso. Depois de poucos quilômetros chegamos à Laguna de los Patos, um lago muito bonito e vento mais forte ainda, com as montanhas gélidas como de pano de fundo.

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Depois das fotos continuamos. As paisagens apareciam e tiramos muitas fotos. No meio da trilha chegamos ao primeiro mirante, e avistamos todo o glaciar grey. É surpreendente a sensação de estar próximo de um glaciar daquela relevância. Tiramos muitas fotos, comemos um pouco e seguimos, afinal o dia estava previsto para uns 25km de caminhada.

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Após o refúgio grey chegamos bem próximo do glaciar grey, perto da laguna, aonde havia enormes blocos de gelo boiando, que se soltaram da geleira e pudemos chegar bem perto. Estava um pouco nublado, mas o sol apareceu no glaciar e as fotos ficaram ainda mais impressionantes. Comemos e iniciamos o retorno, com a sensação de que aquele trekking estava só começando e iria nos deixar impressionados com o que viria para frente.

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O retorno foi cansativo, estávamos há dias sentados em banco de carro, um pouco enferrujados de atividade forte como essa. Joelhos doíam e os pés também. Chegamos ao camping cansados, tomamos banho e fizemos o jantar. Tiramos fotos do entardecer e as nuvens lenticulares estavam lá, em formato diferente. Cansados, dormimos muito bem.

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[Fred Miranda]

Caro Gustavo, vizinho de cidade, deixo meus parabéns à sua determinação nessa expedição e que ótimas fotos.

Esse é um sonho que tenho para um futuro, fazer uma expedição ao sul da América do Sul.

Uma dúvida, pelos caminhos que passaste, encontrou diesel S10 ou S50 ou somente diesel normal?

[geovanih]

Excelente relato.
Tem ideia em quanto aumentou o consumo com essa barraca?

[Gustavo Couto]

Caro Gustavo, vizinho de cidade, deixo meus parabéns à sua determinação nessa expedição e que ótimas fotos.

Esse é um sonho que tenho para um futuro, fazer uma expedição ao sul da América do Sul.

Uma dúvida, pelos caminhos que passaste, encontrou diesel S10 ou S50 ou somente diesel normal?

Obrigado Fred! Vizinhos sim, que legal. Não desista do sonho porque realmente vale a pena. Nenhuma foto é capaz de descrever a beleza do lugar, por melhor que ela tenha sido tirada. De verdade.

Encontrei S10 e comum em quase todo o percurso, diria que em 90% dos postos. Um ou outro é que tem só comum ou só S-10 (eles chamam de euro diesel). Se for esporádico acredito que os motores novos não tem problema com o uso do comum, inclusive já relatos por aqui de ter usado ele sem problemas.

Abraços.

[Gustavo Couto]

Excelente relato.
Tem ideia em quanto aumentou o consumo com essa barraca?

Geovanih, nesse carro eu não cheguei a verificar a diferença. Em outro carro que eu tinha, um Sandero, tive uma perda de rendimento em 0,5 km/L. Mas o Sandero não tem muita força e o teto do carro é curto, a barraca fica de cara para o vento. No caso da Pajero eu joguei a barraca bem para trás, permitindo que o parabrisa forme um pequeno vácuo na resistência do ar.

Mas vale a pena essa barraca, te dá muita flexibilidade.

Abraços.

[Gustavo Couto]

Dia 12) Torres del Paine/CHI (Mirador Britânico)

Apesar do forte vento a noite bem dormida. Acordamos cedo porque o dia seria longo de caminhada. Estava previsto 7km com mochila pesada até o camping italiano mais 15km com mochila de ataque até o mirador britânico. Enquanto fazíamos o café da manhã novamente aproveitei o fenômeno das nuvens lenticulares para fotografar o Paine Grande. Estava ainda mais bonito.

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Começamos a caminhada, desta vez sentindo o peso da mochila nas costas. Já nos primeiros metros encontramos Ângela, uma baiana de Salvador simpática que rapidamente se entrosou com o grupo e fez parte até a chegada no camping italiano. Marcus é de Coromandel mas também mora em Salvador, então era uma companhia “meio” conterrânea.

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O dia foi mais quente que os anteriores, me lembro de ter visto isso na previsão dias antes. Eu tinha anotado a previsão em uma folha, mesmo sabendo que o clima ali muda constantemente, podendo registrar as 4 estações em um dia. Utilizei o aplicativo Windy que registra as informações de estações meteorológicas, em Torres Del Paine haviam umas 6 estações. Achei o app muito preciso.

A paisagem continua muito bonita, diferente pois o sol estava de frente, subindo atrás do Paine Grande. Achei a caminhada leve, mas a mochila pesou. Chegamos no camping italiano e armamos as barracas imediatamente para seguirmos com mochila de ataque até o mirador britânico. Ângela não esperou armar as barracas pois teria que seguir adiante para outro camping, então teria que andar mais.

Após barracas armadas seguimos em frente. Mata fechada, as cores do outono em tons de amarelo e vermelho preenchem o cenário. O horizonte era o Paine Grande e estávamos entre ele e o morro Los Cuernos, que considerei o mais bonito deles. No Paine Grande havia blocos de gelo na sua formação e avistamos duas avalanches na montanha. O som era fantástico!

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Era somente subida, até chegarmos no mirador francês. Encontramos Ângela, que foi somente até ali e já iria voltar. Eram quase 14h e estávamos preocupado se daria tempo de chegar até o mirador britânico.

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Miguel e eu decidimos ir, em ritmo mais forte. Marcus que estava com dores no joelho decidiu voltar. Ricardo e Dayane decidiram ir junto conosco, mas mais à frente desistiram e voltaram. O caminho até o mirador era um pouco longo, mas espetacular. O Rio descendo entre as árvores coloridas e os panoramas que tínhamos do maciço Paine. No caminho encontramos Loïc, que estava um dia avançado na nossa frente, mas decidiu descansar no italiano nesse dia. Para chegar no mirador fizemos uma pequena escalada e chegamos ao topo da pedra, eram quase 16h. A composição da imagem do mirador é uma das coisas mais fantásticas que já vi. Cercado pelas montanhas descia um rio de cor esmeralda e em todo o vale, chamado de francês, havia árvores com coloração vermelha, típica do outono daqui. Um espetáculo! Comemos, tiramos fotos e voltamos em ritmo bem acelerado, para chegar de dia no italiano.

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A Patagônia tem várias belezas, mas o aspecto que mais engrandece suas paisagens é o movimento do sol. Por estar no trópico de Capricórnio o sol não gira em cima de nós, 90º, como é em regiões mais próximas da linha do equador. Ele gira em um ângulo de final de tarde, tipo sol de 16h em nossa cidade, com alturas menores, principalmente quando se aproxima do inverno. Por esse motivo a luz por aqui é sempre colorida, sombra clara, dá contorno para as montanhas e o céu com um azul mais claro.

Chegamos, tomamos banho de gato com lenços umedecidos, pois não havia água quente no camping. Fizemos janta, conversamos bastante e fomos dormir.

A noite seria perfeita se não fosse um rato invadindo a varanda de nossa barraca e futricando nas comidas. Rasgou minha mochila de ataque e o saldo foi negativo: dois pães de forma violados e um torrone, além do buraco que ficou na minha mochila. Fiquei degladiando com o rato a noite toda.

A noite estava muito fria, até então achamos a mais fria, principalmente porque ficava ao lado do rio. Dormimos com o barulho da correnteza. O mais legal era que de tempos em tempos ouvíamos o barulho das avalanches no Paine Grande. Muito legal. O dia foi muito bom.

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[Doc Boss]

Parabéns pela iniciativa, relatos e fotos.
Estou rascunhando a minha, para quem sabe 2018...
Grande Abraço!

[Gustavo Couto]

Parabéns pela iniciativa, relatos e fotos.
Estou rascunhando a minha, para quem sabe 2018...
Grande Abraço!

Obrigado Doc Boss. Boa sorte no seu planejamento, espero contribuir com alguma coisa.

Abraços.

[Gustavo Couto]

Dia 13) camping central

Acordamos cedo, fizemos o café da manhã. Demos risada pelo maldito rato, mas tivemos que comer a parte do pão que não violou, senão não teríamos comida suficiente para o restante do trekking.

Esse seria o dia mais longo de caminhada, e 100% com mochila pesada. Eram 24km previstos. Iniciamos a caminhada e logo percebemos que o dia seria longo. Só tinha subida pela frente, pés doendo, ombros doendo. A paisagem continuava muito bonita, tínhamos visão de todo o lago Nordenskjold de um lado e do outro o Los Cuernos.

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Até agora tivemos muita sorte com o clima. Não pegamos chuva nem neve. Dia ensolarado com poucas nuvens e o frio dava para tolerar. Não tinha como reclamar.

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O parque é dividido em três partes. O sul é administrado pela Vértice Patagônia, o centro pela Conaf (governo) e o norte é pela Fantástico Sur. Para fazer o trekking há várias opções, com emoção ou sem emoção Rsrs. É possível ficar em pousadas e comprar almoço, janta, café da manhã e lanche. Optamos com emoção hehe, mas em um dos dias queríamos comer melhor um pouco, porque viver de sopão e miojo por muito tempo não dá.

Então nesse dia ficaríamos no camping central, administrado pela Fantástico Sur. Tinha um hotel super luxuoso no parque e o restaurante também. Chegamos no camping, armamos as barracas, tomamos banho e fomos jantar. Um dia de meio luxo, não precisava fazer comida. Chegamos no restaurante e já pedimos uma cerveja de 1,5L (cerveja é muito cara por aqui, em toda a Patagônia sul - uma lata custa 15 reais). Jantamos e voltamos para dormir.

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[Adelmo86]

Acompanhando (ansioso) e planejando (mais ansioso ainda). Kkkk
Parabéns Gustavo.

[Matheus Ribeiro]

Grande Enasor!

Obrigado. Então, quanto ao desempenho do carro... eu troquei aquela Pajero Full que eu tinha, entrou em um negócio que fiz. Daí comprei a Pajero Sport, modelo 2008, motor 2.5. Como eu já sabia o motor não é muito potente, o giro e consumo aumenta muito acima de 110km/h. Precisa pisar muito para o carro desempenhar, enquanto na minha antiga Full de 200cv era só encostar o pé e o motor chamava :cry:

Mas no geral o carro é muito bom, muito seguro e muito confortável. Não cansa muito e não senti dores no corpo. É forte, fiz uma pequena trilha no lago escondido e puder perceber a força do torque e equilíbrio do carro. Estou satisfeito.

Quanto as rípios... até agora pegamos pouco, mas já pude perceber como é. As estradas que possuem manutenção é bom, você pode pegar até 80km/h sem problemas. Mas dentro de Torres del Paine o rípio é bem fofo, pedras soltas, e acima de 50km/h é certo que irá capotar o carro. Então é preciso muito cuidado.

Vou atualizando sempre que possível.

Abraços.

hei Gustavo fugindo um pouco do assunto da viagem, estou querendo comprar minha primeira viatura eu estive pensando em uma L200 outdoor, Pajero sport ou a Pajero Full para fazer expedição... Sabe algum para me indicar?

[Gustavo Couto]

Acompanhando (ansioso) e planejando (mais ansioso ainda). Kkkk
Parabéns Gustavo.

Valeu Adelmo!
kkkkk dá ansiedade mesmo, sei o que vc está passando. Boa sorte com o planejamento e com o controle da ansiedade rsrs...

[Gustavo Couto]

hei Gustavo fugindo um pouco do assunto da viagem, estou querendo comprar minha primeira viatura eu estive pensando em uma L200 outdoor, Pajero sport ou a Pajero Full para fazer expedição... Sabe algum para me indicar?

Qualquer um desses será uma ótima escolha, sem dúvidas. Sou fã dos japoneses...

Tenho sim para indicar. Me envie uma mensagem no meu facebook para conversarmos, tentei enviar mensagem privada mas não foi para vc.

Abraços.

[Gustavo Couto]

Dia 14) Base Torres

A noite foi fria. Já estava no topo do ranking de dias mais frios. Mas o saco de dormir para até -15 graus que tínhamos comprado estava fazendo muito bem seu serviço.

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Fomos até o restaurante tomar nosso café da manhã e pegar o lanche para levar. Saímos mais tarde um pouco pois o dia seria somente 9km, porém 100% com mochila pesada e somente subida.

Em poucos quilômetros enchemos as garrafas de água no rio e começamos a subir. Subia, subia, subia e não acabava nunca. Depois de 4 dias caminhando as dores estavam latentes, dificultando ainda mais o percurso.

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Nesse dia iríamos dormir na base de Las Torres, a atração mais famosa do parque, principalmente por fazer parte do roteiro de passeio dos hóspedes do hotel da Fantástico Sur. A trilha estava movimentada de pessoas, mesmo sendo fora de temporada, que tinha acabado em março. No caminho cruzamos com Loïc, estava voltando das Torres e já seguiria para El Calafate.

Antes de chegar no acampamento chileno passamos por um vale muito bonito. Estava frio lá, pois é o dia todo sem sol e ao lado do rio. Comemos um pouco e seguimos em frente. Chegando no acampamento base das Torres, que é administrado pela Conaf, encontramos Ângela, indo embora.

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Armamos as barracas no acampamento e subimos para ver as Torres. Era mais 1km de subida, a mais forte que pegamos em todo o trekking. No entanto, estávamos leves. A formação das Torres, com certa simetria que impressiona, ainda tinha uma laguna formada pelo degelo. Tiramos fotos e descemos para o acampamento, pois nosso objetivo ali era subir no próximo dia, antes do sol nascer.

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O funcionário que cuida do camping fica por lá durante 10 dias, completamente isolado. Bem atencioso ele mantinha o lugar sempre organizado. A área do camping estava muito fria. Não pega sol lá e tem um riacho passando no meio dele. Congelante.

Antes da janta recebemos visita de uma raposa da Patagônia, muito comum na região. Mas essa estava um pouco domesticada, algo que acontece muito em áreas de camping. Os animais se aproximam para obter comida. Tiramos fotos dela e foi embora. A comida estava acabando. Fizemos miojo e sopão de janta. Fomos dormir.

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[GuilhermeAdolf]

puts.... que inveja dessas fotos.................

tô cogitando ir até de avião pra lá kkkkk

[Fred Miranda]

Tá louco, o Gustavo faz indução mental nas pessoas com essas fotos.

Vai subir a procura por pousadas e hotéis na região, só pelas fotos expostas.

:grin:

[Marcio Pita]

Só passando para assinar o tópico e acompanhar.

[Gustavo Couto]

puts.... que inveja dessas fotos.................

tô cogitando ir até de avião pra lá kkkkk


kkkkk..
Olha, vou te falar que vale a pena Guilherme. Mas não deixe de fazer o trekking w, fique uns 5 ou 6 dias caminhando. Depois mais uns dois dias andando em torno do parque. Só lá vale uns 10 dias de viagem. Tudo muito bonito.

[Gustavo Couto]

Tá louco, o Gustavo faz indução mental nas pessoas com essas fotos.

Vai subir a procura por pousadas e hotéis na região, só pelas fotos expostas.

:grin:


hahaha...
Mas lá é fácil, só apontar e tirar a foto rsrs...

[Gustavo Couto]

Dia 15) Torres e retorno

Acordei às 5:50h para subirmos 1km e observar o sol nascendo na base das torres. Dayane e Ricardo não quiseram ir, fomos Marcus, Miguel, Eu e um amigo californiano que fizemos na caminhada, Taylor. A barraca estava toda condensada, pingando nas bordas, o frio era absoluto. No camping Base Torres passa um pequeno riacho no meio, as árvores fecham todo o ambiente, fica bem úmido e frio. Mas é um camping bem legal, eu ficaria novamente.

Iniciamos a subida, estava escuro mas a lua cheia ajudava na visibilidade, além das lanternas. Rapidamente o corpo esquentava e o frio já não estava presente mais. Outras pessoas subiam, mas fomos os primeiros a chegar lá. Antes de começar a fotografar Taylor e eu escolhemos um local para colocar a Gopro e fazer um time lapse do momento. Acabamos arrependidos do local escolhido, pois pessoas passaram na frente durante a gravação. Enquanto a Gopro fotografava fui escolher um lugar para me instalar e registrar as fotos. É um momento de contemplação então seria difícil ficar mudando de posição a toda hora.

Achei uma pedra bem localizada e posicionei a câmera. Eu levei o tripé no trekking, mas vacilei e esqueci a base da câmera no carro, a que se instala no tripé. Carreguei 1,5kg de graça. Então o jeito foi posicionar a câmera em cima das minhas luvas, para dar a posição que queria e não arranhar o equipamento. Então tive que deitar na pedra e experimentei o frio mais intenso que já tive. Estava congelante, mas não tinha o que fazer, era ficar ali e esperar. Enquanto eu tirava fotos antes do sol aparecer Marcus chegou e ficamos comendo amendoins e chocolate para passar o tempo.

O local estava cheio, havia diversos comportamentos distintos por lá. Uma pessoa tirando fotos com câmera analógica, fazia tempo que eu não via isso. Outro, amigo dele, estava com uma daquelas Polaroid, que revela na hora. Um espanhol escrevia um relato naquele momento, contava sobre o que presenciava ali. Outro com binóculos, entendendo que mais importante do que registrar era não perder qualquer momento com todos os detalhes possíveis. Sem contar as inúmeras selfies. Engraçado que todos conversavam baixinho, parece que de certa forma respeitavam a contemplação dos outros. Nesse silêncio era possível ouvir barulhos de gelos se rachando na base das torres e um pouco de água escorrendo.

O sol apareceu e foram sons constantes das câmeras funcionando. Registrei ângulos e enquadramentos que eu podia. De vez em quando conferia se a Gopro continuava trabalhando. Foi um momento muito legal, diferente, a luz era fantasiosamente laranja, cor de fogo. É algo impressionante de ver, é rápido, uns 20 minutos apenas.

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https://youtu.be/OM_pJfQMEXo

Depois das fotos, eu já quase congelado, achei Taylor, que tinha levado uma garrafa témica com água quente. Pedi um pouco da água e fiz um chá mate com pêssego para ajudar a esquentar o corpo. Iniciamos a descida, satisfeitos. Fui conversando com o espanhol, de Barcelona, torcedor do clube da cidade e fã de Ronaldinho Gaúcho.

Cheguei no camping, Dayane já tinha guardado a barraca. Viajar com a Dayane é algo muito prazeroso, topa tudo, não reclama e age quando percebe que pode ajudar adiantando algo, uma vez que uma viagem dessa todo tempo é importante para fazer algo relevante para tornar a viagem mais eficiente e proveitosa. Minha esposa.

Fizemos café da manhã e iniciamos o retorno para finalizar o trekking. A sensação já era de despedida, pois o caminho de volta era o mesmo que fizemos, então não havia nada de novo mais. No total caminhamos 93km. Chegamos no hotel Las Torres e pegamos o transfer para esperar o ônibus na portaria Laguna Amarga.

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Ficamos duas horas na portaria, cansados e comendo queijo com mortadela, era o que tinha sobrado do trekking. O ônibus chegou, até o carro era o trajeto por dentro do parque. Depois de cinco dias caminhando entre gelos e florestas densas me estranhou bastante aquela paisagem árida, cor bege, típico de um deserto, mas TDP estava logo ali ao lado.

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Finalmente chegamos ao carro, alegres de sentar em um banco que foi feito para isso, sentar. Guardamos as coisas e saímos sentido El Calafate. Tiramos fotos do entardecer e fomos premiados com uma paisagem espetacular do maciço paine, no qual o sol já se pôs e o ceú em degradê contornava as montanhas. Foi um presente de despedida.

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Optamos por uma hospedagem de luxo, um hotel com cama e banheiro com água quente. Paramos em uma lanchonete El Calafate, comemos um sanduíche e pedimos ao atendente que nos recomendasse um hotel. Negociei pelo telefone e fomos até lá. Era um hotel de bom padrão, em frente ao lago Argentino, ficamos animados em ficar lá, depois de tanta situação de zero conforto que passamos, frio, comida ruim e dormir no chão. Nossos amigos pegaram um quarto triplo, Dayane e Eu pegamos um de casal. Abrimos um vinho que comprei em Ushuaia e comemoramos a façanha de fazer um dos trekkings mais bonitos do mundo.

[Adelmo86]

Acompanhando...
Uma viagem gratificante aos olhos, parabens pelas fotos.

[Gustavo Couto]

Dia 16) El Calafate

O hotel foi uma escolha muito assertiva (ao lado direito do carro na foto). Depois de vários dias andando e dormindo em barraca de chão foi uma noite completa. Há dias não tínhamos um café da manhã pronto, arrumadinho para aproveitar, e bem farto, algo que não é tão comum em hotéis pela Patagônia. Em frente ao hotel estava o lago Argentino, o maior da Argentina, formado pelo degelo dos glaciares.

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El Calafate, que leva o nome da fruta típica da Argentina, é bastante charmosa, tem um turismo bem completo e a cidade é bem preparada. No entanto, os preços de tudo por lá são extremamente caros, bem fora dos padrões brasileiros. A cidade fica em uma região bem isolada, em volta de um deserto muito bonito, cor bege e montanhas.

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A ideia inicial era fazer o passeio de catamarã nesse dia, para visitar os glaciares Upsala e Spegazzini, mas o preço era muito caro, algo em torno de 350 reais por pessoa, exagerado demais. Então decidimos não fazê-lo e compramos o passeio em cima do glaciar Perito Moreno, para o dia seguinte. Esse é o tipo do passeio imperdível, então não dava para cortar, mas fazer os dois seria muito fora do orçamento.
Então aproveitamos o dia para conhecer a cidade, andamos pelas lojas, compramos alguns presentinhos para familiares, alfajores, etc. Três coisas que não me esqueço da Argentina que são fantásticas: o “cordero asado”, o doce de leite (é a melhor iguaria de lá na minha opinião) e o alfajor (que é recheado de doce de leite). Almoçamos uma pizza de ovo espetacular em uma pizzaria que não me lembro o nome. Aproveitamos para realizar câmbio em uma “parrilla”, pois não há casa de câmbio na cidade. Depois de um dia de relaxamento voltamos para o hotel e entregamos as roupas para a lavanderia.
A expedição foi idealizada junto com o amigo Jefferson (The Jeff), mas não foi possível seguirmos juntos por incompatibilidade das datas. De qualquer forma, acompanhamos a localização de cada um durante a viagem, foi no mesmo mês. Jefferson fez o percurso contrário ao meu, descendo pela Carretera Austral, então desta forma chegamos em El Calafate no mesmo dia. Combinamos nos encontrar em uma “parrilla” para comer um “cordero asado”. Chegamos à noite na churrascaria e na entrada estava Loïc, o francês que eu tinha dado carona até Ushuaia. Nos cumprimentamos e conversamos um pouco.
Finalmente nos conhecemos, pois o projeto junto com o Jefferson foi todo conversado e planejado via whatsapp, então foi uma oportunidade muito bacana para nos encontrarmos e colocar o papo em dia, e claro, aproveitei para pegar algumas dicas do roteiro que ele já havia feito. Foi bem divertido e agradeço ao Jefferson por ter provocado essa possibilidade de fazer a Patagônia de carro, algo que sempre sonhei mas sequer ainda tinha colocado no papel. Um abraço ao amigo Jefferson e quem sabe não nos encontramos por aí em outra expedição por esse mundão.

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Depois de ter comido bastante nos despedimos, voltamos ao hotel e descansamos para o próximo dia.

[Gustavo Couto]

Acompanhando...
Uma viagem gratificante aos olhos, parabens pelas fotos.

Obrigado Adelmo!

[Gustavo Couto]

Dia 17) El Calafate/AR - El Chalten/AR

Acordamos cedo, às 6h da manhã. Tínhamos que dirigir por 80km até o glaciar Perito Moreno, para pegar o catamarã e atravessar o lago para fazer a caminhada sobre o gelo. O GPS, para variar, me mandou para uma estrada de rípio, mesmo sabendo que havia uma estrada asfalto até a entrada do parque. De qualquer forma, gosto de aproveitar e explorar um caminho alternativo, então aceitei a sugestão. Ainda estava escuro, pois amanhece por volta de 8:15h. Durante esse percurso fiquei espantado com a quantidade de coelhos atravessando as estradas o tempo todo, às vezes um grupo de 10 ou 15 juntos. É uma espécie típica da patagônia. Por sorte não atropelei nenhum.

Chegando no glaciar a vegetação muda completamente. Dirigindo ainda ao redor do lago Roca, pegamos curvas fechadas, nas quais a velocidade diminui para 60km/h. Após entrada no parque o mirante do glaciar já aparecia e o céu estava com coloração rosada, por causa do amanhecer, estava muito bonito, o céu e o glaciar embaixo. Não tirei a foto, pois estávamos preocupados com o tempo, mas me arrependi, pois chegamos uns 20 minutos antes do início. É uma das fotos que gostaria de ter trazido comigo.

O preço do passeio foi em torno de 350 reais por pessoa, achei bastante caro. É algo que dificilmente farei novamente, e a ideia de andar no glaciar de maior extensão territorial do mundo gerava sensação de exclusividade e seria frustrante voltar sem ter explorado ao máximo essa visita. Ao estar nesse lugar sabendo que as geleiras representam o maior volume de água doce do planeta você sente a imponência e o que elas representam em termos de magnitude. Segundo informações do local a geleira se desloca 30 metros por dia, a parte inferior da geleira (que neste caso tem uma profundidade de 170 metros) é mais lenta que a parte superior (até 70 metros, um prédio de 23 andares), criando essas fendas na parte superior. O movimento da geleira faz com que ela transporte sedimentos desde o início, é possível perceber tipos de rochas que não são do local, é o glaciar que traz. Ela leva 400 anos para percorrer o trajeto até a ponta. É tudo muito impressionante.

Pegamos o catamarã e atravessamos o lago, para caminhar sobre a geleira do outro lado.

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O grupo se dividiu em dois, um em espanhol e outro em inglês. Depois das instruções seguimos para colocar os crampones nos pés, para garantir aderência no gelo.

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Como há muita variação na formação da geleira a trilha se modifica bastante, então tem um dos guias que anda na frente conferindo o percurso. A caminhada é leve, é algo bem no aspecto experimental mesmo, mas ficou a sensação de que poderia ter sido mais. No final fomos agraciados com um chocolate recheado de doce de leite e whisky, temperado com o gelo do próprio glaciar. Achei a estratégia de encantamento do cliente bem interessante. É realmente prazeroso tomar um whisky naquele frio, e em cima do Perito Moreno.

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Terminamos o passeio, agradecemos os guias e aguardamos até a chegada do catamarã. Enquanto isso experimentamos a famosa fruta calafate, havia pés bastante carregados em frente à área de descanso. A fruta tem tamanho, textura e cores parecidas com uvas cabernet sauvignon, sabor um pouco azedo. A boca, língua e dentes ficam todos pintados de roxo ao comer.

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Pegamos o carro e seguimos para o outro lado do glaciar, para apreciar outra perspectiva do Perito Moreno. Na verdade, era a que eu mais tinha ansiedade por ver. Como eu já esperava, sentir a geleira é mais impressionante do que simplesmente ver. Os barulhos eram constantes. Ouvia barulhos de rachaduras, seguidos por um som de cachoeira, como se a água represada encontrasse uma fenda, até finalizar. Em seguida um som estrondoso, como um trovão, quando um pedaço da geleira se rompia e caía no lago. É simplesmente impressionante!

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Depois de muita contemplação e muitas fotos, pegamos o carro e seguimos para a cidade, desta vez fui por asfalto. Almoçamos uma pizza de ovo, calibrei os pneus e seguimos em frente, sentido El Chaltén. Queria chegar de dia para pegar a paisagem do cerro Fitzroy, mas chegamos ao anoitecer. Era uma paisagem bonita também, o cerro contornando o céu azul escuro. Nossos amigos Marcus e Ricardo compraram passagem de ônibus para Bariloche, que sairia no dia seguinte. Fiquei no camping El Relincho, muito bom, tem área de convivência, protegida do vento, com cozinha, mesas, calefação e wifi. Os banheiros também eram bons, água quente e volumosa. Em frente ao camping há um minimercado. Nesse dia não abastecemos, pois o percurso era curto até o próximo posto de combustível.

[Gustavo Couto]

Mais uma foto que ficou faltando do Perito Moreno.

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[Glaicon]

Mais uma foto que ficou faltando do Perito Moreno.

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Fabuloso.
Mais que Ushuaia, este é o local que quero levar a família.:concordo:

[thejeff2003]

EXCELENTE RELATO!! Muito bom amigo, Parabéns..

[Gustavo Couto]

Fabuloso.
Mais que Ushuaia, este é o local que quero levar a família.:concordo:


Realmente esse lugar é mais magnífico. O problema que andar pela Patagônia é uma overdose de paisagem, uma mais bonita que a outra. Difícil até escolher o que é melhor.

[Gustavo Couto]

EXCELENTE RELATO!! Muito bom amigo, Parabéns..

Perfeito Jefferson! Valeu demais pela companhia aí no planejamento da expedição.

Que venha a próxima!

[Cimarron]

Sinceramente eu e minha esposa estamos conversando sobre esta viagem a um bom tempo mas somente agora conseguimos adquirir um carro para isso, mas temos uma filha a caminho então vai ficar para depois.
Achei o máximo o seu relato

[sandro_ventania]

Essa viagem está nos meus planos a mais de 5 anos...e provavelmente só a farei a daqui a mais 5!
A principal razão...quero fazer tudo isso bem devagar...quero levar meses...apreciar cada cantinho até enjoar de olhar!
Quero ter uma overdose de paisagem, como disse o Gustavo!
enquanto a viagem não vem...só tenho a agradecer aos amigos que compartilham tantas fotos lindas! Isso mantém a chama viva!

[Gustavo Couto]

Essa viagem está nos meus planos a mais de 5 anos...e provavelmente só a farei a daqui a mais 5!
A principal razão...quero fazer tudo isso bem devagar...quero levar meses...apreciar cada cantinho até enjoar de olhar!
Quero ter uma overdose de paisagem, como disse o Gustavo!
enquanto a viagem não vem...só tenho a agradecer aos amigos que compartilham tantas fotos lindas! Isso mantém a chama viva!


Sandro, eu fiz a viagem em 32 dias. Se achei suficiente? Não, achei pouco tempo. Gostaria de ter tido pelo menos 45-60 dias para aproveitar melhor os lugares e ter tempo para descansar também. É tudo muito cansativo, você fica muito ligado no roteiro, acorda cedo, visita mais de uma coisa no dia, e às vezes faz correndo, sobretudo quando há algum imprevisto.

Então leve o que tempo que precisar para fazer, acho que seu raciocínio está correto. Eu gostei muito, acho que não tem como ter uma experiência melhor, mas fiquei com a sensação de que terei que voltar para completar umas pendências por lá. Ah, sem falar na instabilidade climática que tem por lá, então tem dia que não está legal de fazer algo que tinha planejado e seria bom deixar para o dia seguinte, mas isso era impossível no meu caso. Eu tinha que seguir em frente.

[sandro_ventania]

Gustavo...você tem uma estimativa de quanto gastou nessa viagem?

[Gustavo Couto]

Gustavo...você tem uma estimativa de quanto gastou nessa viagem?


Sandro, pelas minhas contas foi em torno de 16 mil reais para o casal (eu e minha esposa), considerando passeios, compras (vinhos, chocolates, etc), hospedagem, combustível, pedágios, lanches e almoço. Dormi 33% das vezes em camping, uns 50% em Hotel/pousadas e o restante em hostels. Se tivesse ficado mais em camping eu poderia ter economizado uns 1.5k~2k.

Passeios mais caros:
- El Calafate
- O transporte da balsa no estreito de magalhães
- Balsa em Torres del Paine
- Bahia Lapataia em Ushuaia
- Navegação em Ushuaia

O restante é mais tranquilo de fazer, custo baixo.

Como eu fui em Abril havia pousadas e hotéis com preços baixos, era fora de temporada. Mas em geral os preços são altos por lá.

[sandro_ventania]

É...um dinheiro bom...ainda bem que viagem é um bom investimento...rsss!!
Eu viajei 27 dias aqui dentro do Brasil...gastei aproximadamente 5 mil reais...100% camping.

[Adelmo86]

Boa tarde sandro_ventania.

Qual roteiro você fez?
Queria fazer um passeio dentro desse valor com minha familia.

[Gustavo Couto]

É...um dinheiro bom...ainda bem que viagem é um bom investimento...rsss!!
Eu viajei 27 dias aqui dentro do Brasil...gastei aproximadamente 5 mil reais...100% camping.

Um gasto bem baixo para muitos dias eim Sandro. Ótimo.
Acho que três fatores impactam muito indo para a Patagônia: o primeiro é o custo do combustível, por lá é mais caro que aqui no Brasil. O segundo é o câmbio, sempre perdemos alguma coisa na compra, então nossa moeda desvaloriza. E o terceiro é a alimentação. Comer no Brasil é muito barato de maneira geral.

De qualquer forma dá para fazer a viagem gastando menos, o Jefferson (The Jeff) fez o mesmo que eu gastando uns 30% menos, foi bastante econômico em muitas coisas.

Abraços.

[thejeff2003]

Perfeito Jefferson! Valeu demais pela companhia aí no planejamento da expedição.

Que venha a próxima!

Show de Bola, já está programando a próxima Expedição? Para onde? Abraços..

Segue alguns videos que eu coloquei no youtube: Jefferson Alves Campos
- YouTube (https://www.youtube.com/user/thejeff2003)

[Gustavo Couto]

Show de Bola, já está programando a próxima Expedição? Para onde? Abraços..

Segue alguns videos que eu coloquei no youtube: Jefferson Alves Campos
- YouTube (https://www.youtube.com/user/thejeff2003)

Jefferson, ainda não planejei nada, mas a lista de opções existe hahaha...
Ansioso para pegar estrada de novo, ôh coisa boa viu!

E vc, o que já programou aí?

Abraços.

[lucaalpi]

Parabéns!!
Um dos melhores relatos q já vi aqui...
Só falta relatar o restante da viagem.... rsrs
Estava pensando fazer o roteiro no sentindo contrário ao seu... mas mudei de ideia graças a ti... rs

[mfdomingues]

Terminar relatos aqui tá virando lenda hehehehehe. Gustavo, faz o Grand finale.

[Gustavo Couto]

Parabéns!!
Um dos melhores relatos q já vi aqui...
Só falta relatar o restante da viagem.... rsrs
Estava pensando fazer o roteiro no sentindo contrário ao seu... mas mudei de ideia graças a ti... rs

Valeu luccalpi, obrigado.
Vou terminar hahaha... nossa é difícil fazer o relato com riqueza de detalhes e colocando em ordem as informações, sem falar nas fotos. Vou ver se essa semana coloco mais um dia de viagem.

Então, não sei dizer se fazer o sentido contrário seria melhor ou pior. O que eu posso tentar racionalizar a respeito disso é que a ida (no sentido que eu fui) é só estrada, estrada, estrada, até Ushuaia. Até há alguns atrativos no caminho (Península Valdez, Caleta Olivia, Puerto Deseado, Parque Monte Leon), mas são visitas rápidas e não há tanta atração assim. Nesse sentido eu penso que é mais fácil tolerar o cansaço da estrada sabendo que ainda tem muito por vir e que está só no começo. Fazer ela no final pode dar uma sensação maior de tédio. Só que não fiz o contrário para saber a diferença, então é só imaginação aqui.

Vai fazer quando? Quantos dias na estrada?


Abraços.

[Gustavo Couto]

Terminar relatos aqui tá virando lenda hehehehehe. Gustavo, faz o Grand finale.


Hahahaha, não é fácil não viu Maurício!
Vou dar um jeito de terminar o relato, até pq é bom pra caramba reviver os fatos, mesmo que seja escrevendo. Já já coloco mais um dia de viagem aqui.

Abraços.

[lucaalpi]

Valeu luccalpi, obrigado.
Vou terminar hahaha... nossa é difícil fazer o relato com riqueza de detalhes e colocando em ordem as informações, sem falar nas fotos. Vou ver se essa semana coloco mais um dia de viagem.

Então, não sei dizer se fazer o sentido contrário seria melhor ou pior. O que eu posso tentar racionalizar a respeito disso é que a ida (no sentido que eu fui) é só estrada, estrada, estrada, até Ushuaia. Até há alguns atrativos no caminho (Península Valdez, Caleta Olivia, Puerto Deseado, Parque Monte Leon), mas são visitas rápidas e não há tanta atração assim. Nesse sentido eu penso que é mais fácil tolerar o cansaço da estrada sabendo que ainda tem muito por vir e que está só no começo. Fazer ela no final pode dar uma sensação maior de tédio. Só que não fiz o contrário para saber a diferença, então é só imaginação aqui.

Vai fazer quando? Quantos dias na estrada?


Abraços.



Vc escreve muito bem Gustavo...
Pretendo fazer em novembro do ano q vem... esse ano tenho facu ainda... rsrs
E espero conseguir uns 40 a 45 dias, se tudo der certo! Pq quero fazer um bom pedaço da Carretera e ir até Santiago...
Ah, acho q vou sozinho ainda... mas quero acampar a maior parte do tempo, cozinhar...

[Gustavo Couto]

Dia 18) Trekking Laguna de los tres

Acordamos às 6:50h, arrumamos a barraca e fizemos o café da manhã. Fazia alguns dias que não fazíamos o café cajubá (café da minha cidade) então foi um café da manhã com aquele sabor de casa. Nossos amigos não encontraram um hostel para ficar na cidade, acho que pelo fato de ser pós temporada já não tinha tanta disponibilidade assim. Então ficaram em um hotel, talvez o mais estruturado da cidade, muito bonito. Buscamos eles às 8:30h. El Chaltén é uma cidade nova, acho que é mais nova da Argentina, tem a minha idade, foi criada em 1985 para estabelecer a soberania do país nas fronteiras com o Chile, e hoje é considerada a capital do trekking no país. Se há algum arrependimento na minha viagem sem dúvidas foi não ter ficado mais tempo aqui.

Nesse dia optamos por fazer o trekking laguna de los tres, saindo do hotel El Pilar. Até lá fomos de carro, deixei estacionado no início da pequena estrada que segue até o hotel. Iniciamos a caminhada e na medida que avançávamos o tempo mudava. A trilha é bem leve, tranquila, a floresta é magnífica, nas cores amarelo, vermelho e verde, bem típicas do outono. As árvores contorcidas e espaçadas.

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O dia não estava muito favorável. Na medida que avançávamos começava a chover, ficar mais nublado e muito vento. Não avistávamos as torres do Cerro Fitz Roy e isso dava um certo desânimo. Estávamos cansados dos dias anteriores, o trekking W foi bem desgastante e naquele momento já não era tão motivador sair caminhando por aí kkkkk, ainda mais com um clima hostil.

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Chegamos até o mirador do glaciar piedras blancas, nesse momento os ventos e chuva intensificaram. Acabamos tomando a decisão por voltar, pois não iríamos ver nada. Foi uma decisão ruim, mas naquele momento eu já havia percebido que 2 dias em El Chaltén não seriam suficientes, então optei inclusive por abortar o segundo dia lá, já que segundo a previsão do tempo iria continuar daquela forma nos próximos dias. Um dia, quando eu voltar, vou ficar mais tempo em El Chaltén.

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Ficamos no camping a tarde toda, Dayane cozinhou carne de panela que compramos no minimercado em frente e comemos com pão. Tomamos cerveja e aguardamos o horário do ônibus de Ricardo e Marcus. Foi um momento bem relaxante.

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Depois da saída dos dois amigos, Ricardo que iria encontrar com a namorada em Bariloche e Marcus que iri seguir até Buenos Aires para pegar o voo para Salvador. Preparamos um ravioli e em seguida prontos para dormir. Antes disso aproveite o céu estrelado para fotografar em longa exposição. Aquele clima nublado e chuvoso só existia no meio das montanhas, pois na cidade estava tudo limpo, com vento forte.

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[Matheus Ribeiro]

Uma aventura e tanto! você deve está contando os dias para voltar para El Chaltén.

[Gustavo Couto]

Uma aventura e tanto! você deve está contando os dias para voltar para El Chaltén.

Pois é, agora é ver quando será possível novamente, pq tem tanta coisa nesse mundo ainda para ver kkkk... quem sabe um dia...

[Gustavo Couto]

Dia 19) El Chalten/AR - Los Antiguos/AR

Decidimos antecipar a saída de El Chaltén, já que as condições climáticas próximo ao Cerro Fitz Roy não estavam boas. Desta forma estaríamos um dia adiantado na viagem, que poderia ser aproveitado em algum local que poderíamos gastar mais tempo ou algum imprevisto que poderia ocorrer. Vai ficar a vontade de ter explorado mais a região, fica para a próxima.


No dia anterior compramos ovos no minimercado em frente ao Camping e fizemos no café de manhã, com pão e café cajubá. Como de costume ventava bastante e o frio não era tão intenso. Era bem cedo pois eu queria pegar a foto da cidade em um dos mirantes, com o Fitz Roy ao fundo, no momento do amanhecer. Havia nuvens no cume e a foto não ficou exatamente como eu queria, mas mesmo assim foi um momento agradável, depois de 30 minutos explorando a paisagem. Não há posto de combustível em El Chaltén e tivemos que seguir em frente com metade do tanque, eu tinha informações de que havia um posto próximo de Tres Lagos e contava com ele para abastecer.

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A paisagem na ruta 23 estava muito bonita no amanhecer, com poucas nuvens e uma cor laranja predominante, ao lado do lago Viedma e as montanhas em seu contorno. Parei algumas vezes para curtir e tirar algumas fotos. Dali em diante era um deserto sob fortes ventos, principalmente quando pegamos a ruta 40, no final do lago. Passamos duas vezes por casal de cicloturistas, explorando a região de bike. Esse trecho tinha poucos carros e inúmeros guanacos atravessando a estrada, é preciso bastante cuidado para não ser pego de surpresa e sofrer um acidente.

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Chegamos no posto de Tres Lagos para abastecer. Não é fácil percebê-lo pois fica um pouco afastado da estrada, à esquerda. Então é preciso fazer um pequeno desvio para chegar e aparentava não haver ninguém para nos receber. Bati na porta do estabelecimento e o responsável chegou para nos atender. A bomba de combustível com os típicos adesivos das expedições. Perguntamos sobre o próximo local para abastecer e nos informou o que eu havia lido aqui no fórum, que teria em Bajo Caracoles.

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Depois de Tres Lagos há um trecho grande de rípio, muito bom e inclusive estão trabalhando para asfaltar, dá para dirigir a uma velocidade entre 80 e 100km/h sem problemas. Não fizemos o desvio para Gobernador Gregores e seguimos pela ruta 40. Acredito que em um futuro breve, 2 ou 3 anos, será possível fazer toda a Patagônia em qualquer tipo de veículo, até mesmo carros bem baixos sem risco de atolar ou pegar buracos em estradas de rípio.


Em Bajo Caracoles, uma vila isolada no deserto abastecemos novamente. Na verdade nem parecia um posto de combustível, pois era somente uma bomba sem qualquer infraestrutura. Não havia diesel comum, somente o euro diesel, que é o nosso S10. Foi o segundo combustível mais caro que abastecemos em toda a viagem, custando 4,655 o litro. O dono do posto era o dono de uma pequena lanchonete ao lado, aproveitamos para comer um pastel de queijo com presunto. Conversei com ele e perguntei aonde ele me indicaria para prosseguir na viagem, passando por Perito Moreno ou atravessar a fronteira pelo paso Roballo, cuja entrada seria exatamente ali, em Bajo Caracoles. O senhor me sugeriu ir por Perito Moreno, pois acreditava ser uma paisagem mais bonita no contorno do lago General Carrera. Eu já tinha considerado no roteiro seguir por esse trecho e com a sugestão dele decidi seguir em frente, e abastecemos novamente em Perito Moreno.

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A chegada em Los Antiguos foi no entardecer e estava muito bonita a vista do lago Buenos Aires, o maior do país. O vento vindo do lago é muito forte e por isso a cidade é totalmente recheada de árvores compridas e altas para barrar a intensidade do vento. No outono elas estavam todas amarelas, com muitas folhas no chão, o que deixava a cidade muito charmosa. A ideia inicial era dormir em Chile Chico, mas gostamos demais dali, visitamos o camping municipal para ver as instalações, e decidimos ficar. Então chegamos por volta de 17h no camping e ao lado, cujo acesso se dá pelo fundo do camping, havia um bar/lanchonete chamado Sabores del Sur bem em frente ao lago, então aproveitamos para curtir uma Heineken de 1L e descansar um pouco. Pedimos uns petiscos para acompanhar, acessamos o wi-fi e ficamos ali até umas 21:30h. No bar aproveitei para descarregar as fotos e carregar as baterias das câmeras. No camping fomos tomar banho e dormir, acho que foi uma das noites que mais dormimos bem.

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KM rodado no dia: 905,9 km
Litros: 127,57 litros
Preço Médio Diesel S500: 3,932
Média km/L: 7,01
Local de hospedagem e preço: Camping Municipal

KM rodado acumulado: 8.636,2km

[sandro_ventania]

Boa tarde sandro_ventania.

Qual roteiro você fez?
Queria fazer um passeio dentro desse valor com minha familia.


Adelmo86...um milhão de desculpas amigo!! Eu realmente não vi a sua mensagem!!
Eu ainda estou relatando a viagem aqui:

http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/162889-27-dias-pelo-sul-do-brasil-morando-na-toyota-hilux-sw4.html

Fique a vontade para fazer qualquer pergunta, ok!
E mais uma vez desculpas!

[sandro_ventania]

Gustavo, lindas imagens!
E eu sei que nenhuma foto retrata o que os olhos vêem, não é mesmo?

[Gustavo Couto]

Gustavo, lindas imagens!
E eu sei que nenhuma foto retrata o que os olhos vêem, não é mesmo?

Obrigado Sandro!
Não mesmo, além de não ser possível demonstrar tudo em fotografia, a experiência do momento, a temperatura que vc sente, as conversas com os nativos, as situações que ocorrem preenchem bastante o sentimento que vc trás de uma viagem como essa. Gosto muito de fotografia e tento trazer um pouco da sensação nas imagens, mas realmente é difícil rsrs...

Tem paisagem que vc simplesmente não sabe como enquadrar em uma câmera, e fica só na memória.

[Gustavo Couto]

Segue abaixo o time lapse que fiz do dia 19, de El Chaltén até Los Antiguos.

Aos 32s do vídeo é o posto de combustível de Tres Lagos.
A partir de 42s os trechos de rípio, antes de Bajo Caracoles.
Em 1:34min o posto de combustível em Bajo Caracoles.


https://youtu.be/iWGL_sS4ycM

[Matheus Ribeiro]

Obrigado Sandro!
Não mesmo, além de não ser possível demonstrar tudo em fotografia, a experiência do momento, a temperatura que vc sente, as conversas com os nativos, as situações que ocorrem preenchem bastante o sentimento que vc trás de uma viagem como essa. Gosto muito de fotografia e tento trazer um pouco da sensação nas imagens, mas realmente é difícil rsrs...

Tem paisagem que vc simplesmente não sabe como enquadrar em uma câmera, e fica só na memória.

Mas cada fotografia que você tira nos uma serie de sensações e sentimentos como se tivéssemos vivendo aquele momento

[Matheus Ribeiro]

Gustavo, qual é o GPS que você está usando??

[RENATO CANASTRA]

Obrigado Sandro!
Não mesmo, além de não ser possível demonstrar tudo em fotografia, a experiência do momento, a temperatura que vc sente, as conversas com os nativos, as situações que ocorrem preenchem bastante o sentimento que vc trás de uma viagem como essa. Gosto muito de fotografia e tento trazer um pouco da sensação nas imagens, mas realmente é difícil rsrs...

Tem paisagem que vc simplesmente não sabe como enquadrar em uma câmera, e fica só na memória.

Parabéns pelas postagens e resumo das viagens, excelentes dicas, estamos montando uma expedição do Clube Sportage Brasil,
sou aqui da cidade de Uberaba (MG), vizinhos, estamos marcando para 2018/2019.
Se você me der liberdade Gustavo, vou te amolar um pouco pedindo dicas deste caminho, mas principalmente onde acampar com segurança, e sem morrer de frio, KKK, pois pretendo fazer uma viagem bem rústica, aventureira acampando no caminho quando possível.
Desde já agradeço, e parabéns novamente.

[Gustavo Couto]

Mas cada fotografia que você tira nos uma serie de sensações e sentimentos como se tivéssemos vivendo aquele momento

Obrigado R0CT3Z!
Bem que não é muito difícil tirar fotos por lá não rsrs, já que basta apontar e tirar, pois é tudo muito bonito.

[Gustavo Couto]

Gustavo, qual é o GPS que você está usando??

Eu utilizei 3 equipamentos. Um Garmin NUVI que ficava fixo no carro, um APP no celular chamado "Here WeGo" que dá para utilizar offline e achei ele muuuuito bom, e também utilizei muito o Garmin Etrex 20x, que é um aparelho móvel, para você descarregar 'tracklogs', registro de percurso realizado por outras pessoas, principalmente em locais aonde não tem nos mapas tradicionais. Esse último é muito bom para fazer trilhas e trekkings.

E é claro, ainda tenho um guia quatro rodas, edição de 2015 se não me engano. Pena que não encontro mais nas bancas para comprar :cry: . Alguém sabe aonde encontrar?

[Gustavo Couto]

Parabéns pelas postagens e resumo das viagens, excelentes dicas, estamos montando uma expedição do Clube Sportage Brasil,
sou aqui da cidade de Uberaba (MG), vizinhos, estamos marcando para 2018/2019.
Se você me der liberdade Gustavo, vou te amolar um pouco pedindo dicas deste caminho, mas principalmente onde acampar com segurança, e sem morrer de frio, KKK, pois pretendo fazer uma viagem bem rústica, aventureira acampando no caminho quando possível.
Desde já agradeço, e parabéns novamente.

Opa Renato, sem problemas. Pode perguntar o que precisar, afinal utilizei muita coisa aqui do forum para montar essa viagem e nada mais justo do que devolver um pouco para os amigos aí. Eu gosto de viajar acampando tbm, apesar de não ter acampado tanto quanto gostaria nessa.

Mas te falo, acampar sem morrer de frio é preciso boa estrutura kkkk... eu utilizo a barraca de teto, mas também utilizei barraca de chão várias vezes. Tem gente aqui no grupo que prefere dormir dentro do carro, monta estrutura com cama, rebatendo os bancos traseiros, e dá muito certo também. Se for no chão não deixe de ter isolantes térmicos e um bom saco de dormir (o meu é da Trilhas e Rumos de -15º).

Em que mês vocês vão?

[RENATO CANASTRA]

Ainda estamos planejando, entre dezembro de 2018 a fevereiro de 2019. Iremos num grupo de 4 a 8 Sportages, e 8 a 12 pessoas de Minas, São Paulo e região Sul.

[RENATO CANASTRA]

Na sua viagem qual foi o custo total, só de despesas da viagem, combustível, comida, hospedagem etc... Você chegou a calcular?

[Gustavo Couto]

Na sua viagem qual foi o custo total, só de despesas da viagem, combustível, comida, hospedagem etc... Você chegou a calcular?

Tenho sim Renato, planilhei tudo. Segue abaixo:

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É claro que tem um monte de coisa aí que poderia excluir da viagem. Comprei vinhos, alfajores, doce de leite, chocolate, etc... são coisas desnecessárias, mas fiquei lembrando da viagem por umas boas semanas em casa kkkkkk

Combustível sem dúvidas é a maior despesa, e por lá é bem caro. Meu carro tem um rendimento médio de uns 8km/L aqui no Brasil, mas lá foi bem pior, por conta do vento e do combustível que é bem ruim (no caso do diesel). A média caiu para em torno de 7,2 km/L. Aonde tem vento cheguei a fazer na casa dos 5km/L.

Como eu gosto de comer acho que gastei um pouco além da conta kkkkk... gosto demais de experimentar coisas por aí então foi difícil, mesmo levando muita coisa e cozinhando no caminho. Mas não dá para perder o cordeiro patagônico outras iguarias de lá, hambúrguer de cordeiro, cervejas artesanais, frutos do mar, etc. Aí é a gosto de cada um.

A balsa é o que pagamos para atravessar o estreito de magalhães duas vezes e também a travessia do mar del plata, de Buenos Aires para Colonia del Sacramento, Uruguai. É muuuuito caro essa travessia e me arrependi de não ter feito reserva antecipada, pois seria bem mais barato, política semelhante à de compras de passagens aéreas. Eu poderia ter seguido por estrada, mas não tinha muito tempo para dar a volta, e a diferença seria uns 15% menos na despesa com combustível.

Os passeios em geral são caros. O parque Tierra del Fuego, caminhada no glaciar perito moreno, trekking em Torres del Paine, Museus, enfim... faz parte.

Hospedagem eu fiquei 33% das vezes em camping, queria ter ficado mais. Então gastei com hotéis e pousadas além da conta, poderia ter economizado uns 1.5k. Nem sempre a esposa estava tão afim de acampar.

Todas as despesas são para duas pessoas, eu e minha esposa, durante 32 dias.

[Gustavo Couto]

Ah, outra coisa. Nesses valores aí estão embutidos o dinheiro que você perde no câmbio, seja comprando no Brasil, sacando no banco por lá, comprando de cambista ou em casas de câmbio por lá mesmo. Quanto melhor comprar mais econômico fica e certamente uns 10% a 15% dessa conta aí é câmbio. Não calculei separadamente, mas poderia ter feito isso.

[lucaalpi]

Dia 18) Trekking Laguna de los tres

Acordamos às 6:50h, arrumamos a barraca e fizemos o café da manhã. Fazia alguns dias que não fazíamos o café cajubá (café da minha cidade) então foi um café da manhã com aquele sabor de casa. Nossos amigos não encontraram um hostel para ficar na cidade, acho que pelo fato de ser pós temporada já não tinha tanta disponibilidade assim. Então ficaram em um hotel, talvez o mais estruturado da cidade, muito bonito. Buscamos eles às 8:30h. El Chaltén é uma cidade nova, acho que é mais nova da Argentina, tem a minha idade, foi criada em 1985 para estabelecer a soberania do país nas fronteiras com o Chile, e hoje é considerada a capital do trekking no país. Se há algum arrependimento na minha viagem sem dúvidas foi não ter ficado mais tempo aqui.

Nesse dia optamos por fazer o trekking laguna de los tres, saindo do hotel El Pilar. Até lá fomos de carro, deixei estacionado no início da pequena estrada que segue até o hotel. Iniciamos a caminhada e na medida que avançávamos o tempo mudava. A trilha é bem leve, tranquila, a floresta é magnífica, nas cores amarelo, vermelho e verde, bem típicas do outono. As árvores contorcidas e espaçadas.

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O dia não estava muito favorável. Na medida que avançávamos começava a chover, ficar mais nublado e muito vento. Não avistávamos as torres do Cerro Fitz Roy e isso dava um certo desânimo. Estávamos cansados dos dias anteriores, o trekking W foi bem desgastante e naquele momento já não era tão motivador sair caminhando por aí kkkkk, ainda mais com um clima hostil.

550291

Chegamos até o mirador do glaciar piedras blancas, nesse momento os ventos e chuva intensificaram. Acabamos tomando a decisão por voltar, pois não iríamos ver nada. Foi uma decisão ruim, mas naquele momento eu já havia percebido que 2 dias em El Chaltén não seriam suficientes, então optei inclusive por abortar o segundo dia lá, já que segundo a previsão do tempo iria continuar daquela forma nos próximos dias. Um dia, quando eu voltar, vou ficar mais tempo em El Chaltén.

550292

Ficamos no camping a tarde toda, Dayane cozinhou carne de panela que compramos no minimercado em frente e comemos com pão. Tomamos cerveja e aguardamos o horário do ônibus de Ricardo e Marcus. Foi um momento bem relaxante.

550293

Depois da saída dos dois amigos, Ricardo que iria encontrar com a namorada em Bariloche e Marcus que iri seguir até Buenos Aires para pegar o voo para Salvador. Preparamos um ravioli e em seguida prontos para dormir. Antes disso aproveite o céu estrelado para fotografar em longa exposição. Aquele clima nublado e chuvoso só existia no meio das montanhas, pois na cidade estava tudo limpo, com vento forte.

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Parabéns pelas postagens e resumo das viagens, excelentes dicas, estamos montando uma expedição do Clube Sportage Brasil,
sou aqui da cidade de Uberaba (MG), vizinhos, estamos marcando para 2018/2019.
Se você me der liberdade Gustavo, vou te amolar um pouco pedindo dicas deste caminho, mas principalmente onde acampar com segurança, e sem morrer de frio, KKK, pois pretendo fazer uma viagem bem rústica, aventureira acampando no caminho quando possível.
Desde já agradeço, e parabéns novamente.


Opa... já q vai dar as dicas, publica aqui!
Quero anotar tbm... kkkk
Ou podemos trocar whatsapp? Acho q ficaria mais fácil um grupo?
O q acham?

[lucaalpi]

Dia 18) Trekking Laguna de los tres

Acordamos às 6:50h, arrumamos a barraca e fizemos o café da manhã. Fazia alguns dias que não fazíamos o café cajubá (café da minha cidade) então foi um café da manhã com aquele sabor de casa. Nossos amigos não encontraram um hostel para ficar na cidade, acho que pelo fato de ser pós temporada já não tinha tanta disponibilidade assim. Então ficaram em um hotel, talvez o mais estruturado da cidade, muito bonito. Buscamos eles às 8:30h. El Chaltén é uma cidade nova, acho que é mais nova da Argentina, tem a minha idade, foi criada em 1985 para estabelecer a soberania do país nas fronteiras com o Chile, e hoje é considerada a capital do trekking no país. Se há algum arrependimento na minha viagem sem dúvidas foi não ter ficado mais tempo aqui.

Nesse dia optamos por fazer o trekking laguna de los tres, saindo do hotel El Pilar. Até lá fomos de carro, deixei estacionado no início da pequena estrada que segue até o hotel. Iniciamos a caminhada e na medida que avançávamos o tempo mudava. A trilha é bem leve, tranquila, a floresta é magnífica, nas cores amarelo, vermelho e verde, bem típicas do outono. As árvores contorcidas e espaçadas.

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O dia não estava muito favorável. Na medida que avançávamos começava a chover, ficar mais nublado e muito vento. Não avistávamos as torres do Cerro Fitz Roy e isso dava um certo desânimo. Estávamos cansados dos dias anteriores, o trekking W foi bem desgastante e naquele momento já não era tão motivador sair caminhando por aí kkkkk, ainda mais com um clima hostil.

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Chegamos até o mirador do glaciar piedras blancas, nesse momento os ventos e chuva intensificaram. Acabamos tomando a decisão por voltar, pois não iríamos ver nada. Foi uma decisão ruim, mas naquele momento eu já havia percebido que 2 dias em El Chaltén não seriam suficientes, então optei inclusive por abortar o segundo dia lá, já que segundo a previsão do tempo iria continuar daquela forma nos próximos dias. Um dia, quando eu voltar, vou ficar mais tempo em El Chaltén.

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Ficamos no camping a tarde toda, Dayane cozinhou carne de panela que compramos no minimercado em frente e comemos com pão. Tomamos cerveja e aguardamos o horário do ônibus de Ricardo e Marcus. Foi um momento bem relaxante.

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Depois da saída dos dois amigos, Ricardo que iria encontrar com a namorada em Bariloche e Marcus que iri seguir até Buenos Aires para pegar o voo para Salvador. Preparamos um ravioli e em seguida prontos para dormir. Antes disso aproveite o céu estrelado para fotografar em longa exposição. Aquele clima nublado e chuvoso só existia no meio das montanhas, pois na cidade estava tudo limpo, com vento forte.

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Dia 19) El Chalten/AR - Los Antiguos/AR

Decidimos antecipar a saída de El Chaltén, já que as condições climáticas próximo ao Cerro Fitz Roy não estavam boas. Desta forma estaríamos um dia adiantado na viagem, que poderia ser aproveitado em algum local que poderíamos gastar mais tempo ou algum imprevisto que poderia ocorrer. Vai ficar a vontade de ter explorado mais a região, fica para a próxima.


No dia anterior compramos ovos no minimercado em frente ao Camping e fizemos no café de manhã, com pão e café cajubá. Como de costume ventava bastante e o frio não era tão intenso. Era bem cedo pois eu queria pegar a foto da cidade em um dos mirantes, com o Fitz Roy ao fundo, no momento do amanhecer. Havia nuvens no cume e a foto não ficou exatamente como eu queria, mas mesmo assim foi um momento agradável, depois de 30 minutos explorando a paisagem. Não há posto de combustível em El Chaltén e tivemos que seguir em frente com metade do tanque, eu tinha informações de que havia um posto próximo de Tres Lagos e contava com ele para abastecer.

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A paisagem na ruta 23 estava muito bonita no amanhecer, com poucas nuvens e uma cor laranja predominante, ao lado do lago Viedma e as montanhas em seu contorno. Parei algumas vezes para curtir e tirar algumas fotos. Dali em diante era um deserto sob fortes ventos, principalmente quando pegamos a ruta 40, no final do lago. Passamos duas vezes por casal de cicloturistas, explorando a região de bike. Esse trecho tinha poucos carros e inúmeros guanacos atravessando a estrada, é preciso bastante cuidado para não ser pego de surpresa e sofrer um acidente.

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Chegamos no posto de Tres Lagos para abastecer. Não é fácil percebê-lo pois fica um pouco afastado da estrada, à esquerda. Então é preciso fazer um pequeno desvio para chegar e aparentava não haver ninguém para nos receber. Bati na porta do estabelecimento e o responsável chegou para nos atender. A bomba de combustível com os típicos adesivos das expedições. Perguntamos sobre o próximo local para abastecer e nos informou o que eu havia lido aqui no fórum, que teria em Bajo Caracoles.

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Depois de Tres Lagos há um trecho grande de rípio, muito bom e inclusive estão trabalhando para asfaltar, dá para dirigir a uma velocidade entre 80 e 100km/h sem problemas. Não fizemos o desvio para Gobernador Gregores e seguimos pela ruta 40. Acredito que em um futuro breve, 2 ou 3 anos, será possível fazer toda a Patagônia em qualquer tipo de veículo, até mesmo carros bem baixos sem risco de atolar ou pegar buracos em estradas de rípio.


Em Bajo Caracoles, uma vila isolada no deserto abastecemos novamente. Na verdade nem parecia um posto de combustível, pois era somente uma bomba sem qualquer infraestrutura. Não havia diesel comum, somente o euro diesel, que é o nosso S10. Foi o segundo combustível mais caro que abastecemos em toda a viagem, custando 4,655 o litro. O dono do posto era o dono de uma pequena lanchonete ao lado, aproveitamos para comer um pastel de queijo com presunto. Conversei com ele e perguntei aonde ele me indicaria para prosseguir na viagem, passando por Perito Moreno ou atravessar a fronteira pelo paso Roballo, cuja entrada seria exatamente ali, em Bajo Caracoles. O senhor me sugeriu ir por Perito Moreno, pois acreditava ser uma paisagem mais bonita no contorno do lago General Carrera. Eu já tinha considerado no roteiro seguir por esse trecho e com a sugestão dele decidi seguir em frente, e abastecemos novamente em Perito Moreno.

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A chegada em Los Antiguos foi no entardecer e estava muito bonita a vista do lago Buenos Aires, o maior do país. O vento vindo do lago é muito forte e por isso a cidade é totalmente recheada de árvores compridas e altas para barrar a intensidade do vento. No outono elas estavam todas amarelas, com muitas folhas no chão, o que deixava a cidade muito charmosa. A ideia inicial era dormir em Chile Chico, mas gostamos demais dali, visitamos o camping municipal para ver as instalações, e decidimos ficar. Então chegamos por volta de 17h no camping e ao lado, cujo acesso se dá pelo fundo do camping, havia um bar/lanchonete chamado Sabores del Sur bem em frente ao lago, então aproveitamos para curtir uma Heineken de 1L e descansar um pouco. Pedimos uns petiscos para acompanhar, acessamos o wi-fi e ficamos ali até umas 21:30h. No bar aproveitei para descarregar as fotos e carregar as baterias das câmeras. No camping fomos tomar banho e dormir, acho que foi uma das noites que mais dormimos bem.

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KM rodado no dia: 905,9 km
Litros: 127,57 litros
Preço Médio Diesel S500: 3,932
Média km/L: 7,01
Local de hospedagem e preço: Camping Municipal

KM rodado acumulado: 8.636,2km





Parabéns Gustavo...:palmas:
Mesmo após um tempo da sua viagem, os relatos estão ótimos, com emoção e transmitindo todas as informações... Muito obrigado!!:violao::campeao:

[Matheus Ribeiro]

Tenho sim Renato, planilhei tudo. Segue abaixo:

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É claro que tem um monte de coisa aí que poderia excluir da viagem. Comprei vinhos, alfajores, doce de leite, chocolate, etc... são coisas desnecessárias, mas fiquei lembrando da viagem por umas boas semanas em casa kkkkkk

Combustível sem dúvidas é a maior despesa, e por lá é bem caro. Meu carro tem um rendimento médio de uns 8km/L aqui no Brasil, mas lá foi bem pior, por conta do vento e do combustível que é bem ruim (no caso do diesel). A média caiu para em torno de 7,2 km/L. Aonde tem vento cheguei a fazer na casa dos 5km/L.

Como eu gosto de comer acho que gastei um pouco além da conta kkkkk... gosto demais de experimentar coisas por aí então foi difícil, mesmo levando muita coisa e cozinhando no caminho. Mas não dá para perder o cordeiro patagônico outras iguarias de lá, hambúrguer de cordeiro, cervejas artesanais, frutos do mar, etc. Aí é a gosto de cada um.

A balsa é o que pagamos para atravessar o estreito de magalhães duas vezes e também a travessia do mar del plata, de Buenos Aires para Colonia del Sacramento, Uruguai. É muuuuito caro essa travessia e me arrependi de não ter feito reserva antecipada, pois seria bem mais barato, política semelhante à de compras de passagens aéreas. Eu poderia ter seguido por estrada, mas não tinha muito tempo para dar a volta, e a diferença seria uns 15% menos na despesa com combustível.

Os passeios em geral são caros. O parque Tierra del Fuego, caminhada no glaciar perito moreno, trekking em Torres del Paine, Museus, enfim... faz parte.

Hospedagem eu fiquei 33% das vezes em camping, queria ter ficado mais. Então gastei com hotéis e pousadas além da conta, poderia ter economizado uns 1.5k. Nem sempre a esposa estava tão afim de acampar.

Todas as despesas são para duas pessoas, eu e minha esposa, durante 32 dias.

Cara quanto a comida eu também sou muito suspeito para falar, mas acho super valido quem for experimentar as comidas típicas da região comprar algumas coisas para comer no caminho e até mesmo para trazer aos amigos.
Os pedágios do Brasil deram quase o valor do Uruguai e Argentina juntos :?.
E o combustível é complicado além de ser mais caro ainda consegue ser pior que o do Brasil? você teve algum problema?

[Gustavo Couto]

Opa... já q vai dar as dicas, publica aqui!
Quero anotar tbm... kkkk
Ou podemos trocar whatsapp? Acho q ficaria mais fácil um grupo?
O q acham?

lucaalpi, acho que é melhor trocarmos ideias por aqui mesmo, até porque as informações acabam ficando armazenadas aqui para o pessoal consultar e aproveitar também. Fique à vontade para perguntar o que quiser, se eu puder ajudar certamente vou tentar contribuir.

[Gustavo Couto]

Parabéns Gustavo...:palmas:
Mesmo após um tempo da sua viagem, os relatos estão ótimos, com emoção e transmitindo todas as informações... Muito obrigado!!:violao::campeao:


Obrigado :dance:
Já estou preparando a publicação do dia seguinte, logo logo coloco aqui, essa semana ainda.

[Gustavo Couto]

...
Os pedágios do Brasil deram quase o valor do Uruguai e Argentina juntos :?.
E o combustível é complicado além de ser mais caro ainda consegue ser pior que o do Brasil? você teve algum problema?

Pois é, dura realidade a nossa. Na Argentina peguei pedágio praticamente somente na região de Buenos Aires. No Uruguai até tinha foram poucos também, inclusive eles aceitam pagamento em reais e a conversão é boa, a mesma da taxa de câmbio. Vale ressaltar que as estradas estão em excelente estado, na Argentina, Uruguai e Chile, até mesmo as de rípio, que possuem manutenção constante.

Além dos pedágios eu não vi quase nenhuma fiscalização eletrônica fixa. Me lembro bem que quando atravessei a fronteira do Uruguai para o Brasil na volta, próximo a Chuí, no lado brasileiro eu passei por 4 radares em 20km de distância.

Quanto ao combustível, sim, são muuuito piores. Não tive problema mecânico, mas era nitidamente perceptível a queda no desempenho do carro e obviamente o aumento no consumo, já que eu planilhei todos os abastecimentos. Olha o gráfico abaixo com as informações. Eu sempre pedia para encher o tanque até a boca, então pode ser que tenha um pouco de influência nos números, já que alguns frentistas não enchem totalmente e outros sim. Mas no geral a média é isso aí.

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[Adelmo86]

Vou acompanhar com certeza.
Obrigado.

[Gustavo Couto]

Dia 20) Los Antiguos/AR - Puerto Rio Tranquilo

Nesse dia tínhamos que acordar cedo, pois eu li aqui no forum dizendo que a aduana de Chile Chico era a mais demorada de todas, tanto é que meu plano original era passar por lá no dia anterior, para evitar gastar tempo deste dia. Mas como falei, gostei tanto de Los Antiguos (e recomendo ficar lá) que acabei parando para dormir no camping que considero um dos melhores de todos durante minha viagem. Era tão bom que acordamos 8:20h pois a bateria do celular acabou kkkkkkkk... furando toda a disciplina que estávamos cumprindo até ali. Mas digo que foi um descanso que nos renovou para o restante da viagem, foi bom demais. Os banheiros são de água quente, limpos e organizados, tomei banho de manhã, pois sabe lá que o poderá encontrar no final do dia e ficar uma noite sem tomar banho não seria um grande problema, caso não fosse possível. O camping é administrado pela prefeitura e se não me engano pagamos em torno de 30 reais por pessoa.

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Então fizemos café, nos arrumamos e saímos tarde, bem mais do que estávamos acostumados. Eu estava um pouco chateado por isso, mas ao mesmo tempo fiquei aliviado pois tínhamos aquele dia ‘extra’ que pegamos em El Chaltén. Ainda havia a maldita aduana demorada em Chile Chico para atravessar e a ideia era dormir em Coyahique, como estava previsto no roteiro. Nos despedimos do pessoal do camping e seguimos em frente. Logo na avenida principal passamos por uma ‘vendinha’ pequena, em que tinha uma placa informando que vendia pão frito. Ficamos curiosos e passamos lá para conferir, para complementar o café da manhã e levar para lanche também. Compramos o estoque dela hahahaha e comemos bastante, era uma delícia, me lembrou a famosa cueca virada ou o grustoli, só que sem o açúcar refinado. Aproveitamos e levamos um pão caseiro também.

Em seguida subimos a serra, ao lado da cidade, onde havia mirantes para curtir a paisagem da cidade com o lago e montanhas no fundo. Chegando no mirante tiramos algumas fotos e foi bem legal ver a perspectiva da cidade toda com as árvores amarelas, predominante.

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Voltamos e pegamos a estrada para o Chile. Chegamos na aduana, a mais bem estruturada que vimos na viagem, recém construída. Preenchemos os papéis como solicitado e em seguida pediram para ver o porta malas. Naquele momento já apresentei o ovo caipira que compramos na Argentina, era nosso café da manhã e tínhamos consumido apenas umas 6 unidades. Imediatamente nos confiscaram os ovos e fiquei triste. Me perguntaram se havia mais alguma coisa e afirmei que não, daí pediram para retirar TODAS as malas e passar no raio x, igual a um aeroporto. Fizemos isso, colocamos no carrinho e eis a surpresa, havia dois tomates e uma cebola escondida em algum lugar. O rapaz as retirou e nos liberou para prosseguir. Nisso tudo aí gastamos uns 40 minutos, ou mais.

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Chateados com a perda dos ovos e do tempo já sabíamos naquele momento que não daria para chegar em Coyahique nesse dia, então decidimos desfrutar do trajeto com mais tranquilidade. Logo em seguida paramos em Chile Chico para comprar carne para o jantar do dia e achamos um supermercado. Ali mesmo já vimos vários vinhos com preços muito baratos comparado ao Brasil, algo entre 60% e 50% mais barato. Como essa era uma das nossas ideias, trazer vinhos do Chile, aproveitamos para comprar vários ali. Fui no açougue e pedi o famoso ‘lomo’, que para nós é filé mignon. Pedi e o açougueiro não conseguia encontrar a carne, quando um cliente, ao meu lado, mostrou a peça para ele e começou a me dar dicas de qual é a melhor carne para se comprar, disse que as mais escuras são as melhores, aquela que tem aparência de velha. Agradeci, comprei e seguimos em frente.

Poucos quilômetros dirigindo, já em rípio, soube o porquê de tanta gente ter sugerido ir por Chile Chico. A paisagem era simplesmente espetacular, do lago Genenral Carrera (que é o mesmo lago Buenos Aires, mas você atravessa a divisa e muda de nome) com as cordilheiras no fundo. Já estávamos na Carretera Austral e isso me causava uma sensação de exclusividade, de privilégio. Ficamos animados. A cada pequena distância percorrida parava para fotos, curtimos bastante o trecho.

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Mas na medida que chegávamos em Puerto Rio Tranquilo, afinal já tínhamos decidido dormir lá, o tempo fechava e chovia de vez em quando, chuva leve e fina, mas com a paisagem bem carregada de nuvens, o que me desestimulou um pouco, pois gosto muito de fotografia e tempo nublado atrapalha bastante. Bom, de qualquer forma eu não podia reclamar, afinal já foram ⅔ da viagem até agora foram em clima perfeito, sem qualquer situação para reclamar. Ter feito Torres del Paine como eu fiz, ficando 5 dias no trekking W e com tempo muito bonito, já era metade da viagem para mim. O que viesse era lucro.

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Já que a ideia era dormir em Puerto Rio Tranquilo pensei em aproveitar para fazer o passeio das Capilas del Marmol, mas chegando na cidade o tempo continuava ruim e eu preferi abortar o passeio. Na verdade, esse era um dos passeios que eu não fazia muita questão, não me atraía muito. Procuramos o camping que eu tinha em lista, Camping Bella Vista, achamos, andei pelo local e gostei, pagamos 5 mil pesos chilenos por pessoa, em torno de 25 reais. Ficamos por lá mesmo, pois tinha uma área protegida do vento e frio, de madeira, com wi-fi e energia elétrica. Tinha também utensílios de cozinha e pia para cozinhar. Mesas grandes de madeira, confortável. O chuveiro é quente e os banheiros estavam limpos. Lá funciona um hostel, que sem dúvidas é uma boa escolha por ali também.

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Fizemos a janta, um bife de ‘lomo’ com arroz, feijão e tomate (que compramos no supermercado) acompanhado de vinho chileno. Oh beleza! Foi a melhor janta em dias! Aproveitei para carregar baterias, descarregar fotos e bater papo com a família e amigos no whatsapp. Aí era dormir porque no dia seguinte iríamos até Coyahique, ou seja, aquele dia ‘extra’ que tínhamos foi queimado hoje. Agora é seguir o roteiro novamente.

Neste dia não abastecemos, então o resumo será no dia seguinte.
Segue abaixo o time lapse do dia.


https://www.youtube.com/watch?v=hlpgSQ2YtTs

[Eduardo Ely]

Gustavo,

Entrei nesse fórum pra saber informações sobre uma Pajero que estou querendo comprar e me deparei com seu tópico aqui. Demais!
Estou querendo comprar a Pajero justamente porque vou fazer esta mesma viagem em novembro agora. Mas estou recebendo muitos comentários negativos sobre a Pajero... Não consegui te mandar mensagem por aqui. Poderia passar teu contato pra tirar algumas dúvidas?

Muito obrigado e parabéns pela trip!!

[Gustavo Couto]

Gustavo,

Entrei nesse fórum pra saber informações sobre uma Pajero que estou querendo comprar e me deparei com seu tópico aqui. Demais!
Estou querendo comprar a Pajero justamente porque vou fazer esta mesma viagem em novembro agora. Mas estou recebendo muitos comentários negativos sobre a Pajero... Não consegui te mandar mensagem por aqui. Poderia passar teu contato pra tirar algumas dúvidas?

Muito obrigado e parabéns pela trip!!

Olá Eduardo Ely! Que legal, que bom que o relato esteja sendo útil pra você. Aproveite.

Quanto à Pajero, acho que pode publicar aqui mesmo suas dúvidas, é até legal porque outros amigos daqui podem contribuir com informações complementares para você, afinal cada um tem experiências diferentes com o carro e isso ajuda na sua decisão.

Manda aí que tento te ajudar com a experiência que tenho até agora.

Abraços.

[Eduardo Ely]

Olá Eduardo Ely! Que legal, que bom que o relato esteja sendo útil pra você. Aproveite.

Quanto à Pajero, acho que pode publicar aqui mesmo suas dúvidas, é até legal porque outros amigos daqui podem contribuir com informações complementares para você, afinal cada um tem experiências diferentes com o carro e isso ajuda na sua decisão.

Manda aí que tento te ajudar com a experiência que tenho até agora.

Abraços.


Boa!
Fui pro Atacama + Bolivia ano passado com o meu Renault Sandero e até que rolou de boa. Mas pra essa viagem achei melhor um 4x4 e encontrei uma Pajero Sport HPE 2005 pra vender aqui, com 127mil km.
Muita gente veio me falar que to pegando uma bomba relógio, manutenção cara, seguro caro, etc..
Como tá sendo tua experiência com a tua? Como foi na viagem?

Abraço!

[Gustavo Couto]

Boa!
Fui pro Atacama + Bolivia ano passado com o meu Renault Sandero e até que rolou de boa. Mas pra essa viagem achei melhor um 4x4 e encontrei uma Pajero Sport HPE 2005 pra vender aqui, com 127mil km.
Muita gente veio me falar que to pegando uma bomba relógio, manutenção cara, seguro caro, etc..
Como tá sendo tua experiência com a tua? Como foi na viagem?

Abraço!

Vou dizer sobre o que penso do carro, mas ressalto que se trata exclusivamente da minha opinião, pode não ser a mesma de outras pessoas.
Veja bem, estamos falando de Mitsubishi, então a qualidade é inquestionável.

CONFORTO
Carro com muito espaço, conforto dos bancos muito bom, tanto que viajei para a Patagônia e não senti o cansaço da viagem. O carro é muito confortável. A suspensão dianteira é em eixo independente, mas a traseira não, é eixo rígido. Isso dá uma sensação de que a parte traseira é mais dura, ao comparar o carro com uma Full, por exemplo. Mas em termos de resistência durabilidade é garantido.

DESEMPENHO E CONSUMO
O motor da minha Pajero é 2.5 diesel, achei fraco na estrada. Não há problemas de aquecimento (como alguns comentam) e acima de 110km/h o consumo aumenta bastante. A minha faz 8km/L, acho muito, mas para mim está bom quando analiso o contexto geral do que o carro entrega. Não gosto do fato de ser 4 marchas, pois na transição da terceira para a quarta é desconfortável, pois acontece em uma faixa de 80 a 90km/h e quando o carro perde desempenho na subida a 100km/h ele fica mudando de marcha para cima e para baixo. A solução para isso é usar o botão Overdrive, no qual ele mantém a terceira marcha e evita essa troca desnecessária. O torque é impressionante, vc pode desfrutar de trilhas tranquilamente, carro bastante robusto.

MANUTENÇÃO
Já estou com a minha Pajero por um ano e meio, antes eu tinha uma Full. Esse carro não dá muita manutenção, mas certamente as peças não são baratas, haja visto que se trata de um carro com padrão de preço alto ao se comparar com qualquer carro de menor porte. Hoje em dia a Pajero custa na casa de 220 mil reais. Toda vez que levo na manutenção e eu faço tudo o que precisa fazer costumo gastar uns 1500 reais (2x ao ano). Algumas peças originais são somente importadas do Japão, a não ser que opte por utilizar peças paralelas, aí vc consegue reduzir pela metade essa manutenção aí. Já usei paralela e importada, depende do que for fazer.

SEGURO
Meu seguro está em 2.600 reais, mas somente contra roubo e terceiros, optei por não incluir coisas demais, pois poderia chegar facilmente em uns 4.500.

RESUMO
Queria que o motor fosse mais forte, que tivesse mais potência. Mas no geral gosto muito desse carro. Na viagem não me deu nenhum trabalho, nada nada nada... só me diverti.


Espero que tenha ajudado. Abraços.

[Eduardo Ely]

Vou dizer sobre o que penso do carro, mas ressalto que se trata exclusivamente da minha opinião, pode não ser a mesma de outras pessoas.
Veja bem, estamos falando de Mitsubishi, então a qualidade é inquestionável.

CONFORTO
Carro com muito espaço, conforto dos bancos muito bom, tanto que viajei para a Patagônia e não senti o cansaço da viagem. O carro é muito confortável. A suspensão dianteira é em eixo independente, mas a traseira não, é eixo rígido. Isso dá uma sensação de que a parte traseira é mais dura, ao comparar o carro com uma Full, por exemplo. Mas em termos de resistência durabilidade é garantido.

DESEMPENHO E CONSUMO
O motor da minha Pajero é 2.5 diesel, achei fraco na estrada. Não há problemas de aquecimento (como alguns comentam) e acima de 110km/h o consumo aumenta bastante. A minha faz 8km/L, acho muito, mas para mim está bom quando analiso o contexto geral do que o carro entrega. Não gosto do fato de ser 4 marchas, pois na transição da terceira para a quarta é desconfortável, pois acontece em uma faixa de 80 a 90km/h e quando o carro perde desempenho na subida a 100km/h ele fica mudando de marcha para cima e para baixo. A solução para isso é usar o botão Overdrive, no qual ele mantém a terceira marcha e evita essa troca desnecessária. O torque é impressionante, vc pode desfrutar de trilhas tranquilamente, carro bastante robusto.

MANUTENÇÃO
Já estou com a minha Pajero por um ano e meio, antes eu tinha uma Full. Esse carro não dá muita manutenção, mas certamente as peças não são baratas, haja visto que se trata de um carro com padrão de preço alto ao se comparar com qualquer carro de menor porte. Hoje em dia a Pajero custa na casa de 220 mil reais. Toda vez que levo na manutenção e eu faço tudo o que precisa fazer costumo gastar uns 1500 reais (2x ao ano). Algumas peças originais são somente importadas do Japão, a não ser que opte por utilizar peças paralelas, aí vc consegue reduzir pela metade essa manutenção aí. Já usei paralela e importada, depende do que for fazer.

SEGURO
Meu seguro está em 2.600 reais, mas somente contra roubo e terceiros, optei por não incluir coisas demais, pois poderia chegar facilmente em uns 4.500.

RESUMO
Queria que o motor fosse mais forte, que tivesse mais potência. Mas no geral gosto muito desse carro. Na viagem não me deu nenhum trabalho, nada nada nada... só me diverti.


Espero que tenha ajudado. Abraços.

Nossa, nem sei como te agradecer Gustavo, resumiu perfeitamente! Muito obrigado!
Acredito que semana que vem já fecho o negócio. Aí começam os preparativos para a viagem, vamos com barraca de teto também, queremos acampar na maioria do tempo.
Com certeza se surgir mais dúvidas vou voltar a perguntar aqui.
Mais uma vez, muito obrigado!

Grande abraço

[Eduardo Ely]

[QUOTE=SEGURO
Meu seguro está em 2.600 reais, mas somente contra roubo e terceiros, optei por não incluir coisas demais, pois poderia chegar facilmente em uns 4.500.[/QUOTE]

Pode me dizer qual a companhia?
Nas que estou cotando ta ficando todas acima de 4.500...

[Gustavo Couto]

Nossa, nem sei como te agradecer Gustavo, resumiu perfeitamente! Muito obrigado!
Acredito que semana que vem já fecho o negócio. Aí começam os preparativos para a viagem, vamos com barraca de teto também, queremos acampar na maioria do tempo.
Com certeza se surgir mais dúvidas vou voltar a perguntar aqui.
Mais uma vez, muito obrigado!

Grande abraço


Ótimo notícia. Espero que aproveite bastante.

[Gustavo Couto]

Pode me dizer qual a companhia?
Nas que estou cotando ta ficando todas acima de 4.500...

Eduardo, as propostas sempre ficam acima de 4.500, pois colocam um monte de coisa (danos morais, materiais, farol, vidro, retrovisor, bla bla bla). Então tirei tudo isso e deixei somente contra terceiros de até 50 mil reais e roubo. Tirei carro reserva tbm.

Fiz pela SulAmérica, mas acho que meu corretor ajuda bastante nessa questão aí.

Abraços.

[Marcion]

Boa!
Fui pro Atacama + Bolivia ano passado com o meu Renault Sandero e até que rolou de boa. Mas pra essa viagem achei melhor um 4x4 e encontrei uma Pajero Sport HPE 2005 pra vender aqui, com 127mil km.
Muita gente veio me falar que to pegando uma bomba relógio, manutenção cara, seguro caro, etc..
Como tá sendo tua experiência com a tua? Como foi na viagem?

Abraço!

Se for 2.8, o motor eh um pouco mais forte. Com 127 mkm, se for original e bem cuidada, serah um excelente carro. Se não, eh bucha. Um retifica deste motor passa de $ 15 mil fácil e precisa de um bom mecânico pra ficar bom.

Se for a 2.5 (4D56), elas costumam esquentar por falha no sistema de arrefecimento. Mas pode ser resolvido (basta olhar na internet). A partir de 2008, a MIT resolveu o problema e este motor, apesar de menos potente que o 2.8 (4M40), eh bem resistente e de manutenção bem mais barata.

Abs

[Eduardo Ely]

Se for 2.8, o motor eh um pouco mais forte. Com 127 mkm, se for original e bem cuidada, serah um excelente carro. Se não, eh bucha. Um retifica deste motor passa de $ 15 mil fácil e precisa de um bom mecânico pra ficar bom.

Se for a 2.5 (4D56), elas costumam esquentar por falha no sistema de arrefecimento. Mas pode ser resolvido (basta olhar na internet). A partir de 2008, a MIT resolveu o problema e este motor, apesar de menos potente que o 2.8 (4M40), eh bem resistente e de manutenção bem mais barata.

Abs

Olá Marcion! Obrigado pelas dicas!
O motor é 2.8 HPE, ano 2005. Levei em um mecânico e me falou que está tudo ok aparentemente..
Estou esperando uma segunda opinião de outro mecânico para fechar o negócio ainda, mas acredito que esteja tudo em ordem.

Abraço!

[Eduardo Ely]

Eduardo, as propostas sempre ficam acima de 4.500, pois colocam um monte de coisa (danos morais, materiais, farol, vidro, retrovisor, bla bla bla). Então tirei tudo isso e deixei somente contra terceiros de até 50 mil reais e roubo. Tirei carro reserva tbm.

Fiz pela SulAmérica, mas acho que meu corretor ajuda bastante nessa questão aí.

Abraços.

Beleza Gustavo, muito obrigado mais uma vez! :D

Abraço!

[Gustavo Couto]

Dia 21) Puerto Río tranquilo/CHI - Puerto Aysen/CHI

Acordamos às 7h, fizemos um café da manhã com ovo chileno desta vez. Utilizamos o abrigo do camping, que é bem confortável. Saímos cedo, pois a expectativa era de muita paisagem, muitas fotos e por consequência muitas paradas no caminho, então não queria ter pressa na estrada. Não sei porque mas esse trecho era um dos que eu estava mais curioso para fazer dentro da carretera. Em um grupo de whatsapp me recomendaram a ida até Puerto Aysén, pois me disseram que a estrada era muito bonita, e assim eu planejei.

A paisagem era constantemente esplêndida, montanhas com aquela cobertura de gelo e um degradê de árvores avermelhadas por conta da coloração típica do outono. Haviam vales, rios e montanhas compondo a paisagem das cordilheiras. Me lembro muito bem quando eu era um adolescente, dizia não me lembro pra quem que meu sonho era conhecer as cordilheiras. Olha que coisa engraçada, uns 20 anos depois eu estava lá. Eu tinha ido uma vez para Santiago e cheguei a visitar o Vale Nevado e também a região dos lagos, Puerto Montt e Puerto Varas, em 2013. Fiquei impressionado é claro, mas essa viagem de carro, no MEIO das cordilheiras era indescritível. Difícil de escrever isso por aqui. Aliás, a carretera talvez seja a parte da viagem mais espetacular, ao lado de Torres del Paine, mas de maior dificuldade de descrevê-la.


O dia não estava muito bonito, chuvoso e com tempo fechado. Estava chateado com isso pois eu gostaria muito de ter um tempo aberto nesta região, eu poderia explorar demais nas fotos. Mas, como já disse, eu não podia reclamar.


Dirigindo em média de uns 40 a 50km/h fomos apreciando a paisagem. No Río Ibáñez paramos para algumas fotos a partir de mirantes, ao fundo o Parque Nacional Cerro Castillo.

551336551337

Chegamos em Cerro Castillo, uma vila muito bonita com as cordilheiras no entorno. Passamos por fazendas e lagos, com diversas perspectivas diferentes de arco íris, uma beleza que o dia chuvoso nos trouxe. Logo após a vila há uma bifurcação que leva à aduana na fronteira com Argentina, sentido ruta 45. Nosso objetivo era seguir pela ruta 7 e fomos em frente.

551338551339551340

Inicialmente eu pretendia dormir em Coihaique, mas vi que não tinha infraestrutura por lá, ou pelo menos não descobri alguma. A vila é pequena e tinha um arco íris completo preenchendo a vista em seu horizonte.

551341

Logo depois pegamos a ruta 240, desviando da ruta 7, nos levando diretamente para Puerto Aysén. Logo a paisagem na qual eu me referia começou a aparecer, montanhas enormes com formações a partir de uma planície, o que impressionava mais ainda, se apresentavam. Pois bem, eu curtia a paisagem mas não estava animado com as fotos, pois o dia estava chuvoso e as fotos não ficariam muito bonitas. A Gopro estava desligada também e não peguei o timelapse do trecho. Na verdade, eu estava desestimulado por causa do clima e me fiz acreditar que no dia seguinte estaria um dia mais bonito para voltar por lá e aí sim fazer as fotos que eu queria. Oh arrependimento!

Eu havia abastecido em Coihaique e depois só abastecemos em Puyuhuapi. Paguei 2,713 o litro e a média ficou em 7,48km/l.

Depois de ter curtido bastante o visual do Parque Nacional Rio Simpson com suas formações impressionantes chegamos na cidade. É bem estruturada, de porte médio, dá para descansar bem por lá. Encontramos uma pousada simples com boa internet e resolvemos ficar lá. Eu acho que esse dia foi um dos dias mais cansativos na estrada. Não podia cozinhar e jantamos o que tinha no carro para comer. Tomamos um vinho e formos dormir.

[Gustavo Couto]

Olá Marcion! Obrigado pelas dicas!
O motor é 2.8 HPE, ano 2005. Levei em um mecânico e me falou que está tudo ok aparentemente..
Estou esperando uma segunda opinião de outro mecânico para fechar o negócio ainda, mas acredito que esteja tudo em ordem.

Abraço!

Bem lembrado. O motor 2.8 é bem famoso, eu não tive a oportunidade de experimentar, então não sei dizer a respeito.

Hoje a Mitsubishi tomou uma ótima decisão em utilizar o 3.2 de 165cv de injeção direta em todos as Pajeros, inclusive na Full. Daqui uns anos, quando os modelos ficarem mais baratos eu me aventuro em uma dessa :pular:

[lucaalpi]

Dia 21) Puerto Río tranquilo/CHI - Puerto Aysen/CHI

Acordamos às 7h, fizemos um café da manhã com ovo chileno desta vez. Utilizamos o abrigo do camping, que é bem confortável. Saímos cedo, pois a expectativa era de muita paisagem, muitas fotos e por consequência muitas paradas no caminho, então não queria ter pressa na estrada. Não sei porque mas esse trecho era um dos que eu estava mais curioso para fazer dentro da carretera. Em um grupo de whatsapp me recomendaram a ida até Puerto Aysén, pois me disseram que a estrada era muito bonita, e assim eu planejei.

A paisagem era constantemente esplêndida, montanhas com aquela cobertura de gelo e um degradê de árvores avermelhadas por conta da coloração típica do outono. Haviam vales, rios e montanhas compondo a paisagem das cordilheiras. Me lembro muito bem quando eu era um adolescente, dizia não me lembro pra quem que meu sonho era conhecer as cordilheiras. Olha que coisa engraçada, uns 20 anos depois eu estava lá. Eu tinha ido uma vez para Santiago e cheguei a visitar o Vale Nevado e também a região dos lagos, Puerto Montt e Puerto Varas, em 2013. Fiquei impressionado é claro, mas essa viagem de carro, no MEIO das cordilheiras era indescritível. Difícil de escrever isso por aqui. Aliás, a carretera talvez seja a parte da viagem mais espetacular, ao lado de Torres del Paine, mas de maior dificuldade de descrevê-la.


O dia não estava muito bonito, chuvoso e com tempo fechado. Estava chateado com isso pois eu gostaria muito de ter um tempo aberto nesta região, eu poderia explorar demais nas fotos. Mas, como já disse, eu não podia reclamar.


Dirigindo em média de uns 40 a 50km/h fomos apreciando a paisagem. No Río Ibáñez paramos para algumas fotos a partir de mirantes, ao fundo o Parque Nacional Cerro Castillo.

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Chegamos em Cerro Castillo, uma vila muito bonita com as cordilheiras no entorno. Passamos por fazendas e lagos, com diversas perspectivas diferentes de arco íris, uma beleza que o dia chuvoso nos trouxe. Logo após a vila há uma bifurcação que leva à aduana na fronteira com Argentina, sentido ruta 45. Nosso objetivo era seguir pela ruta 7 e fomos em frente.

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Inicialmente eu pretendia dormir em Coihaique, mas vi que não tinha infraestrutura por lá, ou pelo menos não descobri alguma. A vila é pequena e tinha um arco íris completo preenchendo a vista em seu horizonte.

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Logo depois pegamos a ruta 240, desviando da ruta 7, nos levando diretamente para Puerto Aysén. Logo a paisagem na qual eu me referia começou a aparecer, montanhas enormes com formações a partir de uma planície, o que impressionava mais ainda, se apresentavam. Pois bem, eu curtia a paisagem mas não estava animado com as fotos, pois o dia estava chuvoso e as fotos não ficariam muito bonitas. A Gopro estava desligada também e não peguei o timelapse do trecho. Na verdade, eu estava desestimulado por causa do clima e me fiz acreditar que no dia seguinte estaria um dia mais bonito para voltar por lá e aí sim fazer as fotos que eu queria. Oh arrependimento!

Eu havia abastecido em Coihaique e depois só abastecemos em Puyuhuapi. Paguei 2,713 o litro e a média ficou em 7,48km/l.

Depois de ter curtido bastante o visual do Parque Nacional Rio Simpson com suas formações impressionantes chegamos na cidade. É bem estruturada, de porte médio, dá para descansar bem por lá. Encontramos uma pousada simples com boa internet e resolvemos ficar lá. Eu acho que esse dia foi um dos dias mais cansativos na estrada. Não podia cozinhar e jantamos o que tinha no carro para comer. Tomamos um vinho e formos dormir.



Parabéns Gustavo... Sustentando nosso vício... hehehe:palmas:
Mesmo com a chuva, temos o arco iris pra fazer o dia lindo...:palmas:

[Gustavo Couto]

Parabéns Gustavo... Sustentando nosso vício... hehehe:palmas:
Mesmo com a chuva, temos o arco iris pra fazer o dia lindo...:palmas:

Obrigado luccalpi.
Realmente, era arco íris a todo momento. Dia chuvoso não costuma ser a nossa preferência né, até porque algumas das montanhas de lá estavam cobertas pelas nuvens então não era possível ter a visão completa delas. De qualquer forma sempre tem uma paisagem também bonita que a chuva traz, aí tem que aproveitar também.

Abraços.

[Marcelo J Manente]

Dia 20) Los Antiguos/AR - Puerto Rio Tranquilo

Nesse dia tínhamos que acordar cedo, pois eu li aqui no forum dizendo que a aduana de Chile Chico era a mais demorada de todas, tanto é que meu plano original era passar por lá no dia anterior, para evitar gastar tempo deste dia. Mas como falei, gostei tanto de Los Antiguos (e recomendo ficar lá) que acabei parando para dormir no camping que considero um dos melhores de todos durante minha viagem. Era tão bom que acordamos 8:20h pois a bateria do celular acabou kkkkkkkk... furando toda a disciplina que estávamos cumprindo até ali. Mas digo que foi um descanso que nos renovou para o restante da viagem, foi bom demais. Os banheiros são de água quente, limpos e organizados, tomei banho de manhã, pois sabe lá que o poderá encontrar no final do dia e ficar uma noite sem tomar banho não seria um grande problema, caso não fosse possível. O camping é administrado pela prefeitura e se não me engano pagamos em torno de 30 reais por pessoa.

Então fizemos café, nos arrumamos e saímos tarde, bem mais do que estávamos acostumados. Eu estava um pouco chateado por isso, mas ao mesmo tempo fiquei aliviado pois tínhamos aquele dia ‘extra’ que pegamos em El Chaltén. Ainda havia a maldita aduana demorada em Chile Chico para atravessar e a ideia era dormir em Coyahique, como estava previsto no roteiro. Nos despedimos do pessoal do camping e seguimos em frente. Logo na avenida principal passamos por uma ‘vendinha’ pequena, em que tinha uma placa informando que vendia pão frito. Ficamos curiosos e passamos lá para conferir, para complementar o café da manhã e levar para lanche também. Compramos o estoque dela hahahaha e comemos bastante, era uma delícia, me lembrou a famosa cueca virada ou o grustoli, só que sem o açúcar refinado. Aproveitamos e levamos um pão caseiro também.

Em seguida subimos a serra, ao lado da cidade, onde havia mirantes para curtir a paisagem da cidade com o lago e montanhas no fundo. Chegando no mirante tiramos algumas fotos e foi bem legal ver a perspectiva da cidade toda com as árvores amarelas, predominante.

Voltamos e pegamos a estrada para o Chile. Chegamos na aduana, a mais bem estruturada que vimos na viagem, recém construída. Preenchemos os papéis como solicitado e em seguida pediram para ver o porta malas. Naquele momento já apresentei o ovo caipira que compramos na Argentina, era nosso café da manhã e tínhamos consumido apenas umas 6 unidades. Imediatamente nos confiscaram os ovos e fiquei triste. Me perguntaram se havia mais alguma coisa e afirmei que não, daí pediram para retirar TODAS as malas e passar no raio x, igual a um aeroporto. Fizemos isso, colocamos no carrinho e eis a surpresa, havia dois tomates e uma cebola escondida em algum lugar. O rapaz as retirou e nos liberou para prosseguir. Nisso tudo aí gastamos uns 40 minutos, ou mais.

Chateados com a perda dos ovos e do tempo já sabíamos naquele momento que não daria para chegar em Coyahique nesse dia, então decidimos desfrutar do trajeto com mais tranquilidade. Logo em seguida paramos em Chile Chico para comprar carne para o jantar do dia e achamos um supermercado. Ali mesmo já vimos vários vinhos com preços muito baratos comparado ao Brasil, algo entre 60% e 50% mais barato. Como essa era uma das nossas ideias, trazer vinhos do Chile, aproveitamos para comprar vários ali. Fui no açougue e pedi o famoso ‘lomo’, que para nós é filé mignon. Pedi e o açougueiro não conseguia encontrar a carne, quando um cliente, ao meu lado, mostrou a peça para ele e começou a me dar dicas de qual é a melhor carne para se comprar, disse que as mais escuras são as melhores, aquela que tem aparência de velha. Agradeci, comprei e seguimos em frente.

Poucos quilômetros dirigindo, já em rípio, soube o porquê de tanta gente ter sugerido ir por Chile Chico. A paisagem era simplesmente espetacular, do lago Genenral Carrera (que é o mesmo lago Buenos Aires, mas você atravessa a divisa e muda de nome) com as cordilheiras no fundo. Já estávamos na Carretera Austral e isso me causava uma sensação de exclusividade, de privilégio. Ficamos animados. A cada pequena distância percorrida parava para fotos, curtimos bastante o trecho.


Mas na medida que chegávamos em Puerto Rio Tranquilo, afinal já tínhamos decidido dormir lá, o tempo fechava e chovia de vez em quando, chuva leve e fina, mas com a paisagem bem carregada de nuvens, o que me desestimulou um pouco, pois gosto muito de fotografia e tempo nublado atrapalha bastante. Bom, de qualquer forma eu não podia reclamar, afinal já foram ⅔ da viagem até agora foram em clima perfeito, sem qualquer situação para reclamar. Ter feito Torres del Paine como eu fiz, ficando 5 dias no trekking W e com tempo muito bonito, já era metade da viagem para mim. O que viesse era lucro.

Já que a ideia era dormir em Puerto Rio Tranquilo pensei em aproveitar para fazer o passeio das Capilas del Marmol, mas chegando na cidade o tempo continuava ruim e eu preferi abortar o passeio. Na verdade, esse era um dos passeios que eu não fazia muita questão, não me atraía muito. Procuramos o camping que eu tinha em lista, Camping Bella Vista, achamos, andei pelo local e gostei, pagamos 5 mil pesos chilenos por pessoa, em torno de 25 reais. Ficamos por lá mesmo, pois tinha uma área protegida do vento e frio, de madeira, com wi-fi e energia elétrica. Tinha também utensílios de cozinha e pia para cozinhar. Mesas grandes de madeira, confortável. O chuveiro é quente e os banheiros estavam limpos. Lá funciona um hostel, que sem dúvidas é uma boa escolha por ali também.

Fizemos a janta, um bife de ‘lomo’ com arroz, feijão e tomate (que compramos no supermercado) acompanhado de vinho chileno. Oh beleza! Foi a melhor janta em dias! Aproveitei para carregar baterias, descarregar fotos e bater papo com a família e amigos no whatsapp. Aí era dormir porque no dia seguinte iríamos até Coyahique, ou seja, aquele dia ‘extra’ que tínhamos foi queimado hoje. Agora é seguir o roteiro novamente.

Neste dia não abastecemos, então o resumo será no dia seguinte.
Segue abaixo o time lapse do dia.


Acompanhando sua viagem colega. E relembrando a minha que fiz em 2012/13 (Ushuaia-TDP-Perito Moreno) e 13/14 (Carretera).

Eu levei sorte e tive um dia lindo no trecho de Cochrane a Chile Chico quando fiz a Carretera. Fiz fotos excelentes.

Um abç.

[lucaalpi]

Acompanhando sua viagem colega. E relembrando a minha que fiz em 2012/13 (Ushuaia-TDP-Perito Moreno) e 13/14 (Carretera).

Eu levei sorte e tive um dia lindo no trecho de Cochrane a Chile Chico quando fiz a Carretera. Fiz fotos excelentes.

Um abç.


Tem relatos das duas viagens Marcelo??

[Marcelo J Manente]

Tem relatos das duas viagens Marcelo??

Tem sim, veja abaixo.

Para Norte argentino, Atacama e Salar de Uyuni: http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/153688-expedicao-desertos-andinos-noa-atacama-salar-uyuni-2015-16-a.html


Para a Carretera Austral: http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/132479-rumo-austral-de-curitiba-carretera-austral-e-regiao-dos-lagos-argentina.html

Para Ushuaia: http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/113822-curitiba-ushuaia-2012-2013-a.html

[Gustavo Couto]

Tem sim, veja abaixo.

Para Norte argentino, Atacama e Salar de Uyuni: http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/153688-expedicao-desertos-andinos-noa-atacama-salar-uyuni-2015-16-a.html


Para a Carretera Austral: http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/132479-rumo-austral-de-curitiba-carretera-austral-e-regiao-dos-lagos-argentina.html

Para Ushuaia: http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/113822-curitiba-ushuaia-2012-2013-a.html

São dois excelentes relatos. Me ajudou bastante no planejamento da minha expedição.

Abraços Marcelo.

[Marcelo J Manente]

São dois excelentes relatos. Me ajudou bastante no planejamento da minha expedição.

Abraços Marcelo.

Valeu Gustavo.

[AndreF]

Excelente narrativa Gustavo. Parabéns pela viagem e documentação visual. Estaremos fazendo uma viagem a Ushuaia em dezembro deste ano com minha esposa e filho de 10 anos. Iremos com um Toyota Land Cruiser Prado 2005 (diesel). Sou o único dono e nunca tive problema algum com este carro. Nosso roteiro será ao "contrário", pois decidimos passar o Natal em Mendoza, atravessar para Santiago, descer para Villa Langostura (ARG) pelo Chile para passarmos o Réveillon, voltar para o Chile até P. Mont / P. Varas e embarcar com o carro no Ferry da NAVIMAG com o carro e descer até P. Natales pelos fiordes chilenos, TDP e Ushuaia, para depois voltamos via El Calafate, glaciar, etc.... Nós não iremos acampar e, considerando o período do ano (altíssima temporada...), vamos fazer reservas pelo booking.com
Tenho algumas dúvidas: quais são os acessórios e sobressalentes que você recomenda levarmos? O tanque do Prado tem capacidade para 87 litros (roda com S-500), mas me sugeriram levar reservatório extra de 20 L de diesel. Por causa das estradas, me recomendaram levar um segundo estepe (!). Pessoalmente não acho necessário, ainda mais que estou com 4 pneus Michelin novos... Bateria reserva? Já estou a par da regulamentação obrigatória da ARG / CHI e URU tanto para acessórios como documentação. Estas estarão sendo providenciadas...
Por fim, no seu roteiro, você não parou em P. Madryn na ida para Ushuaia. Algum motivo para não ter visitado essa região?
Você teria um link para eu poder ver a rota / estradas que percorreu na sua linda viagem?
Mais uma vez PARABÉNS por ser tão inspirador a todos que buscam fazer essa viagem à Patagônia e ao "Fim do Mundo"!

[Miltinho]

AndreF! Vai tranquilo... Fiz todo este roteiro com uma Prado 2006 sem problema algum, não precisa levar combustível extra.
Abasteça sempre quando tiver disponibilidade, ou seja no máximo a cada 300 km!
Para que bateria extra? Puerto Madryn neste época é imperdível, voce vai ver a maior colônia de pinguins magalhanes do mundo (em torno de 2.400.000).
Não tem segredo algum, voce vai fazer uma viagem com paisagens espetaculares...
Aproveite.
Abç.

[Miltinho]

AndreF, quando digo Puerto Madryn me refiro a Punta Tombo.
Apesar que a Península Valdez neste época é espetacular!
Abç.

[AndreF]

AndreF! Vai tranquilo... Fiz todo este roteiro com uma Prado 2006 sem problema algum, não precisa levar combustível extra.
Abasteça sempre quando tiver disponibilidade, ou seja no máximo a cada 300 km!
Para que bateria extra? Puerto Madryn neste época é imperdível, voce vai ver a maior colônia de pinguins magalhanes do mundo (em torno de 2.400.000).
Não tem segredo algum, voce vai fazer uma viagem com paisagens espetaculares...
Aproveite.
Abç.

Obrigado pelo retorno Miltinho. Também achei um exagero... mas é bom saber da sua experiência! Abs

[Minuano]

Gustavo, parabéns pela viagem e pelo relato bem completo. Muito lindas suas fotos e ver isso dá mesmo vontade de viajar mais. Em poucos meses chegará minha vez.


Excelente narrativa Gustavo. Parabéns pela viagem e documentação visual. Estaremos fazendo uma viagem a Ushuaia em dezembro deste ano com minha esposa e filho de 10 anos. Iremos com um Toyota Land Cruiser Prado 2005 (diesel). Sou o único dono e nunca tive problema algum com este carro. Nosso roteiro será ao "contrário", pois decidimos passar o Natal em Mendoza, atravessar para Santiago, descer para Villa Langostura (ARG) pelo Chile para passarmos o Réveillon, voltar para o Chile até P. Mont / P. Varas e embarcar com o carro no Ferry da NAVIMAG com o carro e descer até P. Natales pelos fiordes chilenos, TDP e Ushuaia, para depois voltamos via El Calafate, glaciar, etc.... Nós não iremos acampar e, considerando o período do ano (altíssima temporada...), vamos fazer reservas pelo booking.com
Tenho algumas dúvidas: quais são os acessórios e sobressalentes que você recomenda levarmos? O tanque do Prado tem capacidade para 87 litros (roda com S-500), mas me sugeriram levar reservatório extra de 20 L de diesel. Por causa das estradas, me recomendaram levar um segundo estepe (!). Pessoalmente não acho necessário, ainda mais que estou com 4 pneus Michelin novos... Bateria reserva? Já estou a par da regulamentação obrigatória da ARG / CHI e URU tanto para acessórios como documentação. Estas estarão sendo providenciadas...
Por fim, no seu roteiro, você não parou em P. Madryn na ida para Ushuaia. Algum motivo para não ter visitado essa região?
Você teria um link para eu poder ver a rota / estradas que percorreu na sua linda viagem?
Mais uma vez PARABÉNS por ser tão inspirador a todos que buscam fazer essa viagem à Patagônia e ao "Fim do Mundo"!

André, peço sua licença pra comentar sua postagem. Eu também irei de carro pra Argentina e Chile, incluindo Mendoza. Inicialmente meu plano também era começar por Mendoza, mas depois de pensar muito nos planos eu mudei e inverti o circuito, deixando Mendoza para o final... Por conta de um motivo meio prosaico... :-) Eu e a esposa vamos querer trazer pra casa algumas garrafas de vinho da região, e me toquei que seria estranho comprar vinhos em Mendoza e depois rodar dias e dias por aí com essa carga, fora a vontade que teria de abrir as garrafas à noite, depois de dirigir, obviamente. Sequer sou especialista ou entusiasta do mundo dos vinhos. Mas está nos planos conhecer vinícolas lá e apreciar um pouco dessa nobre bebida.

[AndreF]

Gustavo, parabéns pela viagem e pelo relato bem completo. Muito lindas suas fotos e ver isso dá mesmo vontade de viajar mais. Em poucos meses chegará minha vez.



André, peço sua licença pra comentar sua postagem. Eu também irei de carro pra Argentina e Chile, incluindo Mendoza. Inicialmente meu plano também era começar por Mendoza, mas depois de pensar muito nos planos eu mudei e inverti o circuito, deixando Mendoza para o final... Por conta de um motivo meio prosaico... :-) Eu e a esposa vamos querer trazer pra casa algumas garrafas de vinho da região, e me toquei que seria estranho comprar vinhos em Mendoza e depois rodar dias e dias por aí com essa carga, fora a vontade que teria de abrir as garrafas à noite, depois de dirigir, obviamente. Sequer sou especialista ou entusiasta do mundo dos vinhos. Mas está nos planos conhecer vinícolas lá e apreciar um pouco dessa nobre bebida.

Caro Minuano, espero que você e sua esposa também façam uma linda viagem. Apenas se assegure que quando for passar pela fronteira entre Chile e Argentina ou vice versa, certifique-se que não esteja infringindo o limite de garrafas/pessoa para não ter sua preciosa carga subtraída pelos fiscais aduaneiros.... Segundo fui informado, o limite que se aceita para passar de um país para outro é de 3 garrafas por pessoa. Caso contrário, o que estiver acima desta conta está sujeito a apreensão. Agora, se for voltar direto para o Brasil de Mendoza, literalmente..., o porta-malas e o banco de trás é o limite.... Agora, se voltar pelo Uruguay, não sei a política aduaneira deles em relação a quantidade de garrafas/pessoa...

[Gustavo Couto]

Excelente narrativa Gustavo. Parabéns pela viagem e documentação visual. Estaremos fazendo uma viagem a Ushuaia em dezembro deste ano com minha esposa e filho de 10 anos. Iremos com um Toyota Land Cruiser Prado 2005 (diesel). Sou o único dono e nunca tive problema algum com este carro. Nosso roteiro será ao "contrário", pois decidimos passar o Natal em Mendoza, atravessar para Santiago, descer para Villa Langostura (ARG) pelo Chile para passarmos o Réveillon, voltar para o Chile até P. Mont / P. Varas e embarcar com o carro no Ferry da NAVIMAG com o carro e descer até P. Natales pelos fiordes chilenos, TDP e Ushuaia, para depois voltamos via El Calafate, glaciar, etc.... Nós não iremos acampar e, considerando o período do ano (altíssima temporada...), vamos fazer reservas pelo booking.com
Tenho algumas dúvidas: quais são os acessórios e sobressalentes que você recomenda levarmos? O tanque do Prado tem capacidade para 87 litros (roda com S-500), mas me sugeriram levar reservatório extra de 20 L de diesel. Por causa das estradas, me recomendaram levar um segundo estepe (!). Pessoalmente não acho necessário, ainda mais que estou com 4 pneus Michelin novos... Bateria reserva? Já estou a par da regulamentação obrigatória da ARG / CHI e URU tanto para acessórios como documentação. Estas estarão sendo providenciadas...
Por fim, no seu roteiro, você não parou em P. Madryn na ida para Ushuaia. Algum motivo para não ter visitado essa região?
Você teria um link para eu poder ver a rota / estradas que percorreu na sua linda viagem?
Mais uma vez PARABÉNS por ser tão inspirador a todos que buscam fazer essa viagem à Patagônia e ao "Fim do Mundo"!

Obrigado AndreF!
Ah, com essa Prado sua aí vc vai longe, se tiver com a manutenção em dia está sem problemas.
Fiquei com uma dúvida somente, você vai passar em El Calafate depois de Ushuaia? Não seria melhor passar por lá na ida e voltar pela Ruta 3?

Fazer reservas pelo booking.com vai te garantir conforto, sem problemas. Claro que vai ficar um pouco caro, mas com filho e esposa vai te deixar bastante à vontade, vale a pena.

Quanto aos acessórios tem coisas que é bem pessoal, vai do risco versus conforto que queira ter. Vou mencionar alguns que levei e acho útil:
- Auxiliar de partida para o caso de problemas com bateria
- Galão de 20L. A minha Pajero tem 70 litros, não precisei utilizar o galão, mas acho útil ter, pois nunca se sabe o que pode encontrar. Vai que passa por um posto, que só tem ele no local, e que esteja com bomba estragada. Vai ter que rodar mais uns 200km para achar outro, se não for mais... e aí?!
- Não levei um segundo estepe, mas levei kit de remendo para pneu de carro e compressor para encher pneus
- Um caixa de ferramentas pode ajudar também
- Óleo eu levei daqui, para utilizar o mesmo que troco na oficina
- Eu não levei mas sugiro levar uma lâmpada de farol reserva. A minha lâmpada queimou
Acho que é isso...

Quanto a Puerto Madryn não me chamou muito a atenção, pois a atração seriam os pinguins de magalhães, os quais são encontrados em vários outros lugares da Patagônia. Além disso, eu tinha só 32 dias, então tive que escolher alguns lugares para excluir do roteiro. Se tivesse mais tempo eu teria passado, sem dúvidas. No entanto, tem um lugar que ficar com coração cortado por não ter ido, Puerto Deseado. Lá há pinguins de penacho amarelo, cuja colônia é exclusiva no planeta terra. Eles são bem diferentes, pesquise na internet para ver. Conversei com as agências que nos levam à ilha para visitá-los, mas em abril eles já não operavam mais, somente até março, quando há maior volume.

No mais é isso, se precisar de mais informações estou à disposição.

Logo coloco mais do roteiro, pois também passei por Villa la Angostura e gostei de lá.

Abraços.

[AndreF]

Obrigado Gustavo. A ideia é ir de P. Natales até Ushuaia e depois voltar até o Glaciar PM e El Calafate. Vou pesquisar um pouco mais se vale a pena ir/deviar até P. Madryn... na volta. De qualquer forma, qdo puder, deixe um link para o seu roteiro. Vai ajudar muito para tomarmos algumas decisões. Abraço e mais uma vez parabéns pela viagem!!!

[Gustavo Couto]

Obrigado Gustavo. A ideia é ir de P. Natales até Ushuaia e depois voltar até o Glaciar PM e El Calafate. Vou pesquisar um pouco mais se vale a pena ir/deviar até P. Madryn... na volta. De qualquer forma, qdo puder, deixe um link para o seu roteiro. Vai ajudar muito para tomarmos algumas decisões. Abraço e mais uma vez parabéns pela viagem!!!

Entendi. Então você pensa em ir e voltar pela Ruta 40, não é isso? Legal...

Vou colocar aqui as imagens do roteiro que fiz.

551879
551880
551881
551882

[Eduardo Ely]

Boa tarde Gustavo!

Fiz a compra da Pajero Sport 2005 e agora estou fazendo os preparativos para a viagem.
Vamos comprar a barraca de teto, mas não estou achando rack pra pajero aqui na minha cidade.
Você poderia me dizer qual o modelo de rack que você colocou?

Grande abraço e muito obrigado!

[Gustavo Couto]

Boa tarde Gustavo!

Fiz a compra da Pajero Sport 2005 e agora estou fazendo os preparativos para a viagem.
Vamos comprar a barraca de teto, mas não estou achando rack pra pajero aqui na minha cidade.
Você poderia me dizer qual o modelo de rack que você colocou?

Grande abraço e muito obrigado!

Eduardo Ely, eu utilizei um Thule, do modelo que está no link abaixo. Comprei usado em 2014.

https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-732023281-rack-travessa-renault-nova-duster-e-oroch-thule-775-961-_JM

Mas se vc for comprar a barraca de teto na Campings World eles possuem racks para qualquer veículo e é bem mais barato que esses da Thule.

Abraços.

[Eduardo Ely]

Eduardo Ely, eu utilizei um Thule, do modelo que está no link abaixo. Comprei usado em 2014.

https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-732023281-rack-travessa-renault-nova-duster-e-oroch-thule-775-961-_JM

Mas se vc for comprar a barraca de teto na Campings World eles possuem racks para qualquer veículo e é bem mais barato que esses da Thule.

Abraços.

A Pajero também não tem as longarinas ainda, se comprar esse rack aí, preciso também comprar as longarinas?

Obrigado mais uma vez Gustavo. Abraço!

[ViajaPai]

Gustavo, parabéns pela empreitada!
Depois de muitos anos lendo relatos, agora em novembro chega a minha vez.
Farei com dois amigos a ida até o Ushuaia e com a esposa e filhos o retorno.
Incomoda-se em dar uma olhada no meu roteiro (bastante semelhante ao teu até agora pelo que li) para ver se tem alguma falha de logística muito gritante?
Estou na dúvida se abro um tópico, pois não tenho toda a sua maestria para redigir relatos...rs
Em linhas gerais meu sonho austral será o seguinte:
Dia 1 - SP – Torres (961Km) – Saída de SP 2hs da manhã para curtir as falésias à tarde
Dia 2 - Torres – Rio Grande (418Km) – Pela praias de Palmares do Sul até São José do Norte
Dia 3 – Rio Grande – Pirirápolis (656Km) – deslocamento – opção San Rafael
Dia 4 - Piriápolis – Colonia Sacramento –Buque –Buenos Aires (276Km) – tentar já sair de BA
Dia 5 – Buenos Aires – Bahia Blanca (636Km) – Almoçar em Tres Arroyos e tentar pernoite em Medanos
Dia 6 – B. Blanca – Puerto Madryn - Almoçar em Viedma e pernoitar em Sto Antonio se não aguentar
Dia 7 - Peninsula Valdez (0Km)
Dia 8 - Península Valdez (0km)
Dia 9 – Península Valdez – Punta Tombo – Pinguinera - Comodoro Rivadavia (563Km) ou proximidades
Dia 10 – Comodoro – Puerto Natales (996Km) – Deslocamento / Fronteira
Dia 11 – Puerto Natales – DIA NEUTRO – Preparação Trekking
Dia 12 – Trekking Circuito O +W Torres del Paine
Dia 13 – Trekking Circuito O +W Torres del Paine
Dia 14 – Trekking Circuito O +W Torres del Paine
Dia 15 – Trekking Circuito O + W Torres del Paine
Dia 16 – Trekking Circuito O+W Torres del Paine
Dia 17 – Trekking Circuito O+W Torres del Paine
Dia 18 – Trekking Circuito O+W Torres del Paine
Dia 19 – Trekking Circuito O+W Torres del Paine
Dia 20 – Trekking Circuito O+W Torres del Paine
Dia 21 – Trekking Circuito O+W Torres del Paine
Dia 22 – Trekking Circuito O+W Torres del Paine
Dia 23 - TDP – Rio Grande (618Km) – via RN 9, RN 257 e Ruta 3 (618Km)
Dia 24 – Rio Grande – Ushuaia (212Km) – partida dos amigos
Dia 25 – Ushuaia – Okm – chegada ViajaMãe e Viajapinhas – Parque Nacional Tierra del Fuego
Dia 26 – Ushuaia – 0Km – Passeio de Barco + Estancia Habernon e Isla Martillo
Dia 27 – Ushuaia – Dia LIVRE
Dia 28 – Ushuaia – Rio Grande – Y-85 – Lago Blanco – Hosteria las Lengas (290Km) ou direto para Porvenir – Pinguins Rey
Dia 29 – Hosteria – Porvenir – Balsa – Punta Arenas (220Km) - Museu Nau Victória -Replicas Nau, Beagle e bote do Sheckleton!!!
Dia 30 – Punta Arenas – Puerto Natales via Rio Verde e Ruta 9 (270Km) – Compra de mantimentos
Dia 31 – Puerto Natales – Torres del Paine (60Km) – Acampamento Camping Pehoe com as crianças
Dia 32 – Torres del Paine (0Km)- Camping Pehoe – visita Laguna Azul
Dia 33 – Torres del Paine – El Calafate (332Km) – Passeio Perito Moreno
Dia 34 – El Calafate (0Km) – Passeio de barco Upsala ou trekking Glaciar (se forem permitidas crianças de 5 e 8 anos...)
Dia 35 – El Calafate – El Chaltén (213Km)
Dia 36 – El Chaltén (0Km)
Dia 37 – El Chaltén – Gobernador Gregores (292Km)
Dia 38 – Gobernador Gregores - Bajo Caracoles – Cochrane (405Km) – cueva de las manos
Dia 39 – Cochrane - Coyhaique - RUTA 7 - Carretera Austral! (340Km) – Capillas de Marmol a partir de Bahia Mansa
Dia 40 – Coyhaique - Puerto Puyuguapi (220Km)
Dia 41 – Dia Neutro - Parque Nacional Queulat – Trekking Vestigueiro
Dia 42 – Puerto Puyuguapi - Parque Nacional Los Acerces (262Km)
Dia 43 – Parque Nacional Los Alerces - vilinha de Futalaufquen
Dia 44 – Parque Nacional Los Alerces - El Bolson (RUTA 71) (158Km)
Dia 45 – El Bolson – Bariloche (121Km)
Dia 46 – Bariloche – circuito chico
Dia 47 – Bariloche - San Martin de Los Andes - Rota Sete Lagos (190Km)
Dia 48 – San Martin de Los Andes – Rafting em San Junin – retorno a Bariloche via Paso Córdoba (260Km)
Dia 49 – Bariloche – dia livre
Dia 50 – Bariloche – Puerto Varas (Chile)
Dia 51 – Dia Neutro – Trekking Vulcão Osorno
Dia 52 – Puerto Varas – Pucon (estradas secundárias)
Dia 53 – Pucon – Trekking Vulcão Villa rica
Dia 54 – Pucon - Chos Malal (432Km) pela S69 e S61
Dia 55 –Chos Malal - Malargue pela 40 (332Km)
Dia 56 – Malargue – Dia extra p/ imprevistos
Dia 57 – Malargue - San Rafael (188Km)
Dia 58 – San Rafael - Dia extra p/ imprevistos
Dia 59 – San Rafael - Rio Cuarto(527Km)
Dia 60 – Rio Cuarto- Rosário (antes ou depois de Rosário) (392Km)
Dia 61- Rosário-tacuarembo (URU) via Payssandu (546Km)
Dia 62- Taquarembo - santana do livramento (Brasil) - Cambará do Sul (807Km)
Dia 63- Cambará do Sul (CANYON Fortaleza) – dia neutro
Dia 64- Cambará do Sul - São José dos Ausentes – Urubici (173Km)
Dia 65- Urubici – Gravatal (Curtir a Serra do Corvo Branco + Termas)
Dia 66- Gravatal – SP (834Km)

Sigo com barraca de teto e toda a infra de camping para ir intercalando as hospedagens.
Se puder opinar agradeço demais!

[Gustavo Couto]

A Pajero também não tem as longarinas ainda, se comprar esse rack aí, preciso também comprar as longarinas?

Obrigado mais uma vez Gustavo. Abraço!

Precisa sim, mas tem uns modelos que não precisa. Mas são caros também, da Thule.

[Gustavo Couto]

Gustavo, parabéns pela empreitada!
Depois de muitos anos lendo relatos, agora em novembro chega a minha vez.
Farei com dois amigos a ida até o Ushuaia e com a esposa e filhos o retorno.
Incomoda-se em dar uma olhada no meu roteiro (bastante semelhante ao teu até agora pelo que li) para ver se tem alguma falha de logística muito gritante?
Estou na dúvida se abro um tópico, pois não tenho toda a sua maestria para redigir relatos...rs
Em linhas gerais meu sonho austral será o seguinte:
Dia 1 - SP – Torres (961Km) – Saída de SP 2hs da manhã para curtir as falésias à tarde
Dia 2 - Torres – Rio Grande (418Km) – Pela praias de Palmares do Sul até São José do Norte
Dia 3 – Rio Grande – Pirirápolis (656Km) – deslocamento – opção San Rafael
Dia 4 - Piriápolis – Colonia Sacramento –Buque –Buenos Aires (276Km) – tentar já sair de BA
Dia 5 – Buenos Aires – Bahia Blanca (636Km) – Almoçar em Tres Arroyos e tentar pernoite em Medanos
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Gustavo, parabéns pela empreitada!
Depois de muitos anos lendo relatos, agora em novembro chega a minha vez.
Farei com dois amigos a ida até o Ushuaia e com a esposa e filhos o retorno.
Incomoda-se em dar uma olhada no meu roteiro (bastante semelhante ao teu até agora pelo que li) para ver se tem alguma falha de logística muito gritante?
Estou na dúvida se abro um tópico, pois não tenho toda a sua maestria para redigir relatos...rs
Em linhas gerais meu sonho austral será o seguinte:
Dia 1 - SP – Torres (961Km) – Saída de SP 2hs da manhã para curtir as falésias à tarde
Dia 2 - Torres – Rio Grande (418Km) – Pela praias de Palmares do Sul até São José do Norte
Dia 3 – Rio Grande – Pirirápolis (656Km) – deslocamento – opção San Rafael
Dia 4 - Piriápolis – Colonia Sacramento –Buque –Buenos Aires (276Km) – tentar já sair de BA
Dia 5 – Buenos Aires – Bahia Blanca (636Km) – Almoçar em Tres Arroyos e tentar pernoite em Medanos
Dia 6 – B. Blanca – Puerto Madryn - Almoçar em Viedma e pernoitar em Sto Antonio se não aguentar

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Olá ViajaPai, vou ver se consigo ajudar em algo. Normalmente quando nós que já fizemos o percurso analisamos sob somente uma ótica, aquela da nossa experiência. Em primeiro lugar já vi que terá 66 dias de viagem, um sonho! Então dá para explorar bastante.

Então vamos lá...

Dia 10) Depois de Comodoro irá passar próximo de Puerto Deseado. Se você gostar lá tem uma colônia de Pinguim de Penacho Amarelo. A única no mundo e é uma espécie bem exótica.

Dia 10) Nesse dia você planeja ir para Puerto Natales curtir TDP e depois ir para Ushuaia, em seguida voltar para El Calafate. Acho que esse trecho está indo e voltando pelo mesmo caminho, poderia aproveitar a ida de Comodoro direto para Ushuaia, para depois retornar sentido Puerto Natales e seguir em frente para El Calafate.

Dias 12 a 22) O trekking O+W você fará com ajuda de guia? Pergunto porque 10 dias é muito tempo e talvez isso lhe obrigue a carregar muita coisa na mochila, bem pesado. Acredito que uns 8 dias de trekking seria mais adequado, mas isso é relativo e depende da disposição física de cada um. É um trekking espetacular!

Dias 25 a 28) Tem alguns trekkings legais para fazer em Ushuaia, sendo um deles a Laguna Esmeralda. Não deixe de experimentar o Cordero Asado por lá. Eu aumentaria mais um dia em Ushuaia para explorar mais, há glaciares para visitar por lá.

Dia 29) Se não me engano essa balsa atravessa apenas uma vez por dia e pode acontecer de nem estar funcionando. Pesquise bem sobre isso pois penso que seria mais prudente ir pelo estreito de magalhães na RN 257.

Dia 33) Acredito que não há tempo suficiente para viajar e ainda visitar o Perito Moreno. Para essa visita você irá gastar umas 6 horas no total. É um dia para o Perito Moreno e um dia para o passeio barco para Upsala. Prepare o bolso!

Dias 37 e 38) Fique atento com combustível são poucos postos de combustível. São eles: Tres Lagos, Gobernador Gregores, Bajo Caracoles e Perito Moreno.

Dia 38) Nesse dia é uma questão de escolha. Muitos dizem que é mais bonito pegar a Carretera entrando por Chile Chico, foi o que eu fiz. Achei espetacular, mas não fui por Paso Roballos para comparar. O lago General Carrera em Chile Chico é muito bonito.

Dia 38) Se realmente for por Paso Roballos dê uma pesquisada se não vale a pena descer até Tortel (pesquise sobre a vila na internet)

Dia 40) Eu sugeriria ir de Coyhaique até Puerto Aysén, a estrada é muito bonita contornando a Reserva Nacional Río Simpson.

Dia 42) Futaleufú é famosa pelo rafting. Se estiver em boa estação e a turma gostar é uma boa pedida.

Dia 46) Não deixe de experimentar um hamburguer de cordero no Manush, pub com música, comida e cerveja boa.

Dia 44 e 45) Nesse dia dá para ir direto para Bariloche se quiser adiantar um dia. Não há muito de interessante nesse trajeto. Cuidar na chegada de Bariloche, pois são muitas curvas e muito movimento. Vi acidente muito feio por lá.

Dia 47) A Villa la Angostura é bem charmosa, tavez um local para hospedar. Achei mais interessante até do que Bariloche. Gostei muito de visitar a Villa Trafúl tbm, cheguei a dormir por lá. Bate e volta por uma estrada de rípio.



Acho que é isso, o restante da sua viagem eu não fiz de carro. Cheguei a conhecer algumas coisas em uma outra oportunidade mas não saberia indicar trajetos.


Mas digo que seu roteiro está uma beleza!!!! Aproveite bastante.

Pretende ir quando?

[ViajaPai]

Nossa Gustavo, MUITO obrigado por tantas observações detalhadas!
Estou realizando várias viagens em uma, meu sonho.
A descida será com 2 amigos fotógrafos com o foco no trekking O+W, estendendo até o Ushuaia (de lá eles voltam para o Brasil de avião).
A volta será em família com esposa e filhos (5 e 8 anos) que me encontrarão por lá, em outro ritmo.
Não tenho a pretensão de cobrir todas as atrações, apenas tornar cada dia o mais especial que conseguir.
Estou há tempos preparando vários aspectos do carro que já conta entre outras coisas com um tanque Long Range de 145L de diesel o que garante 1000Km de autonomia sem crise para essa e outras viagens (o duro vai ser segurar o choro na hora de pagar a conta do posto na Argentina pela tua descrição....rs)
Vou considerar a sugestão da entrada por Chile Chico e abortar Cochrane, além de reorganizar El Calafate.
Estou de partido no final de novembro. Quem sabe crio coragem para abrir um tópico aqui.
Parabéns pela tua jornada, inspiradora! Se bem que é melhor ler tudo isso sabendo que logo estarei por lá....FINALMENTE!!! rsrsrsrs
Obrigado!

[Gustavo Couto]

Nossa Gustavo, MUITO obrigado por tantas observações detalhadas!
Estou realizando várias viagens em uma, meu sonho.
A descida será com 2 amigos fotógrafos com o foco no trekking O+W, estendendo até o Ushuaia (de lá eles voltam para o Brasil de avião).
A volta será em família com esposa e filhos (5 e 8 anos) que me encontrarão por lá, em outro ritmo.
Não tenho a pretensão de cobrir todas as atrações, apenas tornar cada dia o mais especial que conseguir.
Estou há tempos preparando vários aspectos do carro que já conta entre outras coisas com um tanque Long Range de 145L de diesel o que garante 1000Km de autonomia sem crise para essa e outras viagens (o duro vai ser segurar o choro na hora de pagar a conta do posto na Argentina pela tua descrição....rs)
Vou considerar a sugestão da entrada por Chile Chico e abortar Cochrane, além de reorganizar El Calafate.
Estou de partido no final de novembro. Quem sabe crio coragem para abrir um tópico aqui.
Parabéns pela tua jornada, inspiradora! Se bem que é melhor ler tudo isso sabendo que logo estarei por lá....FINALMENTE!!! rsrsrsrs
Obrigado!

Ahh agora entendi, então faz sentido o seu roteiro, vai encontrar a família depois. Beleza! :palmas:

Quanto a cobrir todas as atrações... engraçado que eu voltei sem ver algumas coisas que eu queria, mas vc não volta com a sensação de que perdeu, pois tudo é tão impressionante que vale demais. Vai à vontade, com família é melhor ainda!

Uau! 145L de tanque??? Muito bom, mas não deixe de abastecer mesmo que esteja com metade do tanque. Realmente o combustível é caro, opte pela rede YPF, é realmente muito boa e sempre tem wi-fi grátis, para manter a família que fica em contato.

Novembro é uma boa época, é primavera. Vai ser uma paisagem muito bonita e não tão frio. Sugiro criar o tópico, até para a gente reviver a viagem e ver como as coisas estão por lá :pipoca:

Obrigado e aproveite bastante. Oh viagem boa essa viu!!! Parabéns pela escolha.
Uma coisa muito importante é se esforçar bastante para manter o bom humor. Imprevistos acontecem, tem um dia ou outro que alguém não está de bom humor por "n" motivos, então é trabalhar para deixar a viagem o mais leve possível.

Abraços.

[Eduardo Ely]

Precisa sim, mas tem uns modelos que não precisa. Mas são caros também, da Thule.

Encontrei um que não precisa das longarinas mesmo. Muito obrigado Gustavo!

[sandro_ventania]

Nossa Gustavo, MUITO obrigado por tantas observações detalhadas!
Estou realizando várias viagens em uma, meu sonho.
A descida será com 2 amigos fotógrafos com o foco no trekking O+W, estendendo até o Ushuaia (de lá eles voltam para o Brasil de avião).
A volta será em família com esposa e filhos (5 e 8 anos) que me encontrarão por lá, em outro ritmo.
Não tenho a pretensão de cobrir todas as atrações, apenas tornar cada dia o mais especial que conseguir.
Estou há tempos preparando vários aspectos do carro que já conta entre outras coisas com um tanque Long Range de 145L de diesel o que garante 1000Km de autonomia sem crise para essa e outras viagens (o duro vai ser segurar o choro na hora de pagar a conta do posto na Argentina pela tua descrição....rs)
Vou considerar a sugestão da entrada por Chile Chico e abortar Cochrane, além de reorganizar El Calafate.
Estou de partido no final de novembro. Quem sabe crio coragem para abrir um tópico aqui.
Parabéns pela tua jornada, inspiradora! Se bem que é melhor ler tudo isso sabendo que logo estarei por lá....FINALMENTE!!! rsrsrsrs
Obrigado!


Meu amigo ViajaPai...Sabe qual é a melhor forma de PAGAR, por todas as informações que obtemos aqui??
Abrindo um novo tópico e contando A SUA viagem!!!
Boa sorte e nos brinde lindas imagens!!

[ViajaPai]

Meu amigo ViajaPai...Sabe qual é a melhor forma de PAGAR, por todas as informações que obtemos aqui??
Abrindo um novo tópico e contando A SUA viagem!!!
Boa sorte e nos brinde lindas imagens!!

kkkkkkkkk justo!
Tentarei me regrar com alguma coleta de dados para gerar um tópico e ajudar a alimentar o vício coletivo dos colegas de fórum...:D

[Glaicon]

Dia 4) Bahía Blanca/AR-Caleta Olivia/AR
A ideia era sair cedo, às 5h, mas como de costume acordamos antes do despertador, por volta de 3:30h. Fizemos café pela primeira vez na viagem, e tomamos com bolo que levamos. Arrumamos as coisas e saímos às 5h em ponto. A poucos quilômetros de Bahía Blanca fomos parados na barreira fitossanitária, o fiscal me perguntou se levava carne fresca, verdura ou frutas. Mostrei as frutas e foram confiscadas, maçã e laranja. Estávamos ali ainda enquanto ele as despejava no triturador. Triste. Mais para frente fomos novamente fiscalizados por outra barreira fitossanitária, mas apenas informamos que já houve abordagem anterior.

Após Rio Colorado a paisagem mudou um pouco, vegetação rasteira, sem árvores, um horizonte infinito. Na verdade, saindo de Bahía Blanca a primeira cidade da Patagônia é Rio Colorado. O mais legal dali era que vimos muitos animais, coelhos silvestres, espécies diferentes de gaviões e vimos duas raposas silvestres, com dois filhotes. Consegui um foto dela, mesmo o foco não ficando bom valeu o registro. Além da paisagem o que nos surpreendeu desde Rio Colorado foi o vento forte lateral, jogando o carro para a outra pista e nos forçando a manter o braço na direção correta. Esse vento nos acompanhou até Comodoro Ravadavia e fez o carro reduzir o rendimento para 5,7km/L, sendo que a média estava acima de 8km/L. Não a toa a região possui o maior parque eólico do continente. No caminho, chegando em Sierra Grande, fomos abordados novamente por uma barreira policial. Fomos advertidos por estar com os faróis desligados (aqui também é obrigatório) pois paramos para tirar fotos e esquecemos de ligar novamente. Além disso, pediu CNH, documento do veículo e Carta Verde, também verificou se tinha frutas no carro. Nos liberou, mas com o alerta sobre os farois.

Ainda em Sierra Grande abastecemos o carro, pedimos um sanduíche e aproveitamos para conectar ao wi-fi para comunicar com os familiares, pois já eram 2 dias sem acesso à internet. Para nossa surpresa ficamos sabendo pelo whatsapp que minha sogra sofreu daqueles trotes de sequestro, dizendo que minha esposa estava sequestrada e exigia depósito de mil reais. Todos estavam preocupados. Ligamos e informamos que estávamos bem. Uma prova de que a rede social pode facilitar a vida de bandidos. Certamente a publicação que fiz no facebook comunicando a viagem contribuiu para isso.

Próximo a Puerto Madryn o clima já começa a ficar mais árido, transformando a vegetação e ficando cada vez mais seca, com menor volume de água na região. Antes víamos muitos rios, depois lagos e agora os lagos são raros. O trecho a partir de Trelew estava mais difícil, vento mais forte ainda e ainda pegamos chuva, além das retas intermináveis (veja o time lapse desse trecho:

Meu video editado - YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=6RdxYxqPfVs)

A paisagem continuava a mesma desde Rio Colorado, até Comodoro Rivadavia. Foram quase 1.000km de mesmo visual. Chegando em Comodoro descemos a serra e chegamos ao mar, um certo alívio depois de tanta reta. O objetivo era chegar em Caleta Olivia, mas já estava ficando tarde, por volta de 18:30h. Sabíamos que a paisagem até Caleta Olivia, 70km adiante, era linda então optamos por ficar em Comodoro mesmo, para aproveitar o visual na manhã seguinte. Procuramos um camping na cidade, mas estava fechado. Em seguida dirigimos ao camping municipal de Rada Tilly (cidade vizinha, e bem mais bonita), mas estava “inundado” de lama que escorreram da serra, decorrente da tempestade de alguns dias atrás. Tivemos que reservar um hotel pelo app do booking.com (Hotel Playa) em Comodoro e ficamos por lá. Foi uma boa surpresa, tinha vista para o mar e tomamos café vendo o sol nascendo no horizonte.

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Comodoro Rivadavia é uma cidade portuária e produtora de petróleo. É bastante movimentada e as pessoas são um tanto impacientes no trânsito. Fomos até o centro sacar pesos argentinos e aproveitamos para conhecer. A cidade é muito suja de terra, uma terra branca, os carros todos sujos de pó branco. Não é uma cidade bonita, as opções de hospedagem em Rada Tilly ou Caleta Olivia certamente são melhores. Em Comodoro foi quando tivemos o contato com o frio, de fato. Vento forte e temperatura em torno de 13 graus. Fomos para o hotel, fizemos uma macarronada lá mesmo e dormimos.

A viagem, até agora transcorreu tudo perfeitamente, sem problemas, sem grandes imprevistos. Uma lâmpada do farol dianteiro esquerdo do carro queimou, mas a outra lâmpada mantém uma boa visibilidade, além do farol direito ajudando. Optamos por manter assim até onde der pois evitaremos o possível para não mecher no farol do carro. Faremos somente se a outra lâmpada queimar.


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KM rodado no dia: 1.091,90km
Litros: 162,13 litros
Preço Médio Diesel S500: 4,20
Média km/L: 6,73
Local de hospedagem e preço: Hotel Playa - Comodoro Rivadavia (750 pesos)

KM rodado acumulado: 4.555,20km
Começando a ler o tópico, pois em dezembro iremos para Ushuaia.:concordo:

[Glaicon]

Fabuloso.
Mais que Ushuaia, este é o local que quero levar a família.:concordo:
Eu já estava acompanhando tópico e não lembrava.
Já li postagens minhas algumas vezes!:chorandoderir:

[Diogots]

Ainda estamos planejando, entre dezembro de 2018 a fevereiro de 2019. Iremos num grupo de 4 a 8 Sportages, e 8 a 12 pessoas de Minas, São Paulo e região Sul.

boa noite Renato, vi seu comentário sobre a data de sua viagem, tem estou programando ir para el chalten em fev de 2019, poderíamos nos encontrar, vou sair de Santa Maria - rs

[Glaicon]

Faltam dois dias para a minha partida!:dance:

[wporfirio]

@Glaicon, que sua expedicao seja maravilhosa como foi a do Gustavo aqui do Post!!! Compartilhe conforme a possibilidade e que Deus acompanhe sempre!!

@Gustavo, passando pra registrar, em breve também faremos uma expedicao parecida com a sua e as informacoes que já observei sao extemamente valiosas, muito obrigado por compartilhar com tanta riqueza!!!

Grande abraco!
Willian Porfirio

[Glaicon]

@Glaicon, que sua expedicao seja maravilhosa como foi a do Gustavo aqui do Post!!! Compartilhe conforme a possibilidade e que Deus acompanhe sempre!!

@Gustavo, passando pra registrar, em breve também faremos uma expedicao parecida com a sua e as informacoes que já observei sao extemamente valiosas, muito obrigado por compartilhar com tanta riqueza!!!

Grande abraco!
Willian Porfirio
Obrigado pelos votos.
Torcendo para tudo dar certo.
Amanhã, neste horário, já deveremos ter ingressado no Rio Grande do Sul.
Todos animados.:concordo:

[afernandonm]

Pessoal, estou planejando ir para Ushuaia em maio de 2019!! Alguém se anima?!?!

[afernandonm]

Fala Marcos!!

Cara, eu vou tirar minhas férias em junho / julho período muito complicado para ir ao Ushuaia devido ao inverno e possibilidades de nevasca.

Então resolvemos deixar Ushuaia para outra oportunidade e iremos para Machu Picchu, descer pelo pacífico e passar pelo Atacama. Estou com o roteiro quase 100% definido.

Tenho um Troller 2011.


Olá... Sou membro antigo, mais não consegui usar minha conta antiga!!!

Eu também estou me programando para fazer esta viagem agora em 2019... Tenho mais um amigo que vai comigo, ele é um chileno, que já fez inúmeras vezes esta viagem. Ele vai mais como guia comigo, porque ele ja conhece toda esta região, ja morou em diversos países da América do Sul.

Eu devo ir com a minha TrailBlazer 3.6 V6 2015 (acabei de comprar de um tio), e ele (o chileno) tem uma SW4 2001 (salvo engano)...

Estou começando a me programar agora...

Qual é a sua viatura?
Já tem algum roteiro em mente?

[Jorginho4100]

Gustavo, como vc filmou tanto tempo? Que câmera usou? Quanto de memória deu a filmagem? Vc filmou a viagem toda?

[Gustavo Couto]

Gustavo, como vc filmou tanto tempo? Que câmera usou? Quanto de memória deu a filmagem? Vc filmou a viagem toda?

Olá Jorginho,

Você se refere ao vídeo a partir do parabrisa do carro, registrando o trajeto? Na verdade, não é um vídeo, é um timelapse, feito a partir de uma sequência de fotos a cada 5 ou 10 segundos. Depois, quando essas fotos são colocadas na sequência elas criam essa sequência virando um filme.

Utilizei a câmera GoPro Hero 4. Havia um cabo conectado na entrada USB do carro para manter carregada, mas mantive a bateria conectada para o caso de desligar e não interromper a sequência das fotos.

Abraços.