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Ver Versão Completa : Pirenópolis, Chapada dos Veadeiros, Jalapão e Serra da Canastra (20 dias) - 28/10/16



marlonwh
20/10/2016, 00:28
Pessoal,

Sei que tem muitas dicas no forum, mas estou postando meu roteiro base aqui para ver se os experientes colegas tem alguma dica/sugestão e também ver se tem mais alguém que topa ir junto (vou somente num carro). Saio de Curitiba na 6a-f, dia 28/10/16 de Curitiba, como podem ver nos detalhes abaixo.

Quanto aos equipamentos para o carro: não tenho guincho, não tenho pá. Será que realmente é necessário? Pergunto porque vi que alguns vão com carro baixo e sem 4x4. Não pretendo sair das estradas, apenas para acessar os atrativos.

Aproveitei para reunir ao final uma série de links que estou utilizando como fonte de consulta para meu planejamento, vai que é útil para mais alguém futuramente.




Dia
Data
Origem
Destino
Hotel
Alternativas
Comentários



1


28/out

Curitiba
?


Deslocamento



2


29/out

?
Pirenópolis


Deslocamento + Visita a ponto turístico a definir em pirenópolis.



3


30/out

Pirenópolis
Pirenópolis


Visita cidade e pontos turístico a ser definido. (Cach. Nsa. Sra. Do Rosário?)



4


31/out

Pirenópolis
São Jorge
Pousada Ceu Azul(?)

Deslocamento até São Jorge, passando por Niquelândia, parando se possível em Cach. Pedras Bonitas, Encontro das aguas, Agua quente(?), Vale encantado, Raizama e o Vale da Lua ao chegar.



5


01/nov

São Jorge
São Jorge


Completar destinos anteriores + Jardins de Maytrea, Almecegas 1 e 2 e Almoço no Rancho do Waldomiro(?)



6


02/nov

São Jorge
São Jorge


P.N. Chapada dos Guimarães



7


03/nov

São Jorge
São Jorge


Catarata Rio do Couro, Cristal, Agua Fria, Anjos e Arcanjos



8


04/nov

São Jorge
Campos Belos
Pousada Carnauba
Rodovia Go 118 Qd 18 Lt 20/21
Serra Verde Hotel
Panorama Hotel
Kalunga e Cach. Santa Barbara, Cach. Poço encantado e outras cachoeiras próximas de Cavalcante pela manhã e tarde. Início deslocamento (3 hrs) até Ponte Alta (Jalapão)



9


05/nov

Campos Belos
Ponte Alta
Pousada Águas do Jalapão
Pousada Planalto
Deslocamento passando por Cachoeira Fumaca, Cach. Soninho e Pedra Furada (Antes Por do Sol)



10


06/nov

Ponte Alta
Faz. Progresso
(Camping na Velha ou Faz. Progresso)

Canion Sussuapara, Cach. Lajeado, Cachoeira Brejo da cama, Cachoeira e Prainha Velha, Dunas(?)



11


07/nov

Faz. Progresso
Mateiros
Camping do Vicente?

Concluir roteiro dia anterior e seguir para Mateiros. Em mateiros ir para Fervedouros, Capim dourado, etc. Detalhar melhor.



12


08/nov

Mateiros
Mateiros
Camping do Vicente?





13


09/nov

Mateiros
Mateiros
Camping do Vicente?





14


10/nov

Mateiros
?


Deslocamento para Serra da Canastra



15


11/nov

?
Vargem Grande


Deslocamento para Serra da Canastra



16


12/nov

Vargem Grande
Vargem Grande






17


13/nov

Vargem Grande
Vargem Grande






18


14/nov

Vargem Grande
Vargem Grande






19


15/nov

Vargem Grande
Curitiba






20


16/nov





Folga para ajustes e atrasos





Checklist:

Repelente
Protetor Solar
Dinheiro em espécie
Documentos (carro + carteira motorista)
Cartão débito e crédito
Isopor com água e bebidas
Comidinhas para comer na viagem
Cinta de reboque + anilhas
Lanterna
Celular Vivo (em tese é quem funciona melhor no jalapão, alguém confirma?)
GPS Offline (celular) atualizado com mapas baixados.
Máquina fotográfica


http://www.4x4brasil.com.br/forum/planejamento/126535-jalapao-2014-a.html
http://www.4x4brasil.com.br/forum/passeios/146788-expedicao-jalapao-2015-a.html
http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/144272-sp-caldas-novas-jalapao-lencois-maranhenses-jericoacoara-jan-2015-a-2.html
http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/99474-deserto-do-jalapao-novembro-de-2011-a.html
http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/150237-expedicao-casal-aventureiro-jalapao-2015-via-parque-nacional-chapada-dos-veadeiros-8.html
http://www.4x4brasil.com.br/forum/planejamento/81843-dicas-para-viagem-para-jalapao.html
http://www.4x4brasil.com.br/forum/planejamento/148778-sao-paulo-sp-diamantina-jalapao-veadeiros-dez-2015-a-3.html
http://g1.globo.com/goias/noticia/2015/07/chapada-dos-veadeiros-go-como-chegar-quando-ir-e-o-que-visitar.html
http://www.mochileiros.com/do-rio-a-goias-chapada-dos-veadeiros-de-carro-alguem-tem-dicas-t77736.html
http://compartilheviagens.com.br/roteiros-5-dias-na-chapada-dos-veadeiros-go/http://www.casalsoviagem.com/chapada-dos-veadeiros-dicas/ (http://compartilheviagens.com.br/roteiros-5-dias-na-chapada-dos-veadeiros-go/http:/www.casalsoviagem.com/chapada-dos-veadeiros-dicas/)


MAPAS:
http://www.alternativas.tur.br/pt-br/mapa%20a4.pdf- Chapada dos Veadeiros
http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=3842837- Jalapão

cezarsantiago
21/10/2016, 09:40
Muito bom! Acompanhando!
Pretendo fazer chapada dos veadeiros no final de janeiro e inicio de fevereiro quando estarei de férias e saindo de Salvador!
Jalapão ainda é um sonho de viagem que não consegui concretizar!:(
Vamo que vamo!

Imigrante
21/10/2016, 23:08
Que legal. Também moro em Curitiba e um dia desses encararei essa expedição. Talvez em março de 2017, quando terei férias.
Desejo uma boa aventura e fico aguardando seu relato e dicas pós experiência.

klemba
26/10/2016, 23:22
Muito bacana, ainda mais saindo de Curitiba, tbm moro aq, aguardamos relatos da viagem,
Bom passeio

marlonwh
04/11/2016, 23:29
Atualizaçao. Peco desculpas por qualquer erro de digitação, escrevo do celular.

Adiei um dia a partida, por razões pessoais. Sai de Curitiba, no sábado às 10:00 e optei por seguir pelo "interior" via Ponta Grossa e Ourinhos até MG. Após perder uma entrada acabei segundo por Jaguariaíva, onde parei para almoçar uma bela feijoada por 25 reais. Maneirar na comida por ainda tinha muito chão pela frente... A decisão de estrada foi acertada, pois estavam como um tapete, sendo que o único trecho com buracos foi de uns 5 km na saída de Marília para São José do rio preto. Algumas obras no caminho não causaram transtornos e nem atrasos significativos.

contratempos: Conectcar bloqueado por falha no cartão de crédito me parou em 3 cancelas. Resolvido após algumas horas com uma recarga manual no mesmo posto que almocei. Balanceamento que foi feito nos pneus novos que comprei. Foi feito 2x na loja e não ficou bom... Tentativa de resolver em pirenopolis na 2a-f não funcionou. Remediado apenas na segunda tentativa (quarta, na verdade), já em Niquelandia na 3a-f. Ainda nao ficou perfeito mas melhorou muito, talvez tenha que pedir pneus novos na garantia quando retornar, não é possível que seja tão difícil acertar um balanceamento.

Aproximadamente 22:00 parei para abastecer em Prata, MG. Peguei um hotel dentro da cidade e jantei na lanchonete em frente.

Segui até Pirenopolis no dia seguinte, chegamos para o almoço. Cidade lotada, parei num restaurante que estava cheio e que ainda tinha uma vaga na porta. Comida deliciosa, por 20 reais. Check In na pousada e visita à cidade no domingo. Na 2a-f rápida passagem na oficina da cidade para fazer balanceamento, e segui para o pico dos pirineus, na volta pausa para almoço e banho de cachoeira. A chuva chegou ao final do dia, já na entrada da cidade, as ruas pareciam rios com uns 20 cm de água. Inúmeras opções de restaurante para jantar na cidade.


Na 3a-f, seguimos para alto paraíso, próximo à chapada dos veadeiros, onde consegui uma pousada com preço razoável durante a semana do feriado. Inicialmente abaixo de muita chuva, optei por seguir pelo asfalto, eu já havia percorrido o mesmo trecho de terra no dia anterior e a diferença de distancia era pouca, além de não ter vista nenhuma pelo caminho devido a chuva. Pelo asfalto pudemos ver uma belíssima cachoeira e seguimos para niquelandia. Passando em niquelandia, aproveitei para uma nova tentativa de balanceamento, e parei para almoço no restaurante Raja, dica que achei aqui no fórum, conformada pelo tripadvisor e também pelo pessoal da oficina. Certamente o melhor restaurante da cidade. Passei batido pela cachoeira das pedras bonitas e parei para abastecer em colinas do Sul (?). Na chegada à chapada, paramos no raizama, um dos poucos atrativos que ainda não tinham fechado. Saí aproximadamente às 17:00, e segui para a pousada, já não era mais possível entrar no restante dos atrativos.

Segui com a programação, visitando as cachoeiras almecelga I e II, São João, vale da lua, trecking no parque nacional, cachoeira dos couros e águas termais. Manhã seguimos para Cavalcante, fazendo os programas daquela região, e por mais 200km até Campos belos, ainda em Goiás, mas já rumo ao jalapao.

cezarsantiago
05/11/2016, 10:05
Muito bom!
Como está a estrada de Pirenóplis - Niquelândia - Colina do Sul - São Jorge? meu roteiro passar por ai também!

Valeu!

marlonwh
05/11/2016, 21:38
Cézar,

O asfalto está ótimo. Na parte de terra entre niquelandia e colinas do Sul tudo Ok e cascalhado, Cheguei a passar de 80km/h em alguns trechos, mas cuidado nas descidas e baixadas, em algumas têm erosão. Entre colinas do Sul e São Jorge não tive problemas, mas tem algumas erosões na pista e precisa um pouco mais de atenção, não tinha lama e nem precisei ligar o 4x4, mesmo com chuva. Entre São Jorge e alto paraíso, asfalto liso, perfeito, nenhum buraco. É so curtir a paisagem.


Abracos.

marlonwh
05/11/2016, 21:50
Hoje segui o roteiro previsto. Segui para a comunidade kalunga, para visitar a cachoeira Santa Bárbara e capivaras. Breve parada no poço encantado, mas desisti antes de pagar a entrada. Já dá para ver a cachoeira ao adentrar a propriedade, e do estacionamento. Como essa era uma parada apenas para ficar pouco tempo, preferi economizar tempo e dinheiro. A visitação das outras duas cachoeiras vale muito a pena, mas os km de terra entre Cavalcante e a comunidade estão ruins, muita costela de vaca e não dá para embalar devido aos buracos e erosões, apesar disso, todo tipo de carro passando, uno, fusion, vans, a4, etc. sem precisar do 4x4, apesar disso deixei ligado em 4h apenas porque tem.

entre Cavalcante e Campos belos, média de 100km/h sem esforço algum. Controle de cruzeiro em 110 e quase nenhum movimento. Freio apenas para algumas lombadas e não recordo de nenhum buraco na pista. Apesar de placas indicarem "depressão na pista" notei que já foi corrigido.


abracos.

cezarsantiago
07/11/2016, 09:28
Cézar,

O asfalto está ótimo. Na parte de terra entre niquelandia e colinas do Sul tudo Ok e cascalhado, Cheguei a passar de 80km/h em alguns trechos, mas cuidado nas descidas e baixadas, em algumas têm erosão. Entre colinas do Sul e São Jorge não tive problemas, mas tem algumas erosões na pista e precisa um pouco mais de atenção, não tinha lama e nem precisei ligar o 4x4, mesmo com chuva. Entre São Jorge e alto paraíso, asfalto liso, perfeito, nenhum buraco. É so curtir a paisagem.


Abracos.

Valeu pela informação! Acompanhando sua viagem....
E as fotos? kkkkk

Abraço.

marlonwh
08/11/2016, 00:09
Fico devendo fotos enquanto não descobrir como postar a partir do celular. Enquanto isso segue mais uma atualização.

Ontem, saí de Campos belos e segui, até Natividade, em estrada sem movimento é bem conservada na maior parte do tempo. Paramos para fotografar o centro histórico e abastecer. Segui para almas, onde almocei as 11:00. Confirmei que a estrada para a cachoeira da fumaça estava boa e segui viagem. Ao chegar na cachoeira da fumaça notei primeiro problema. A ponte que pretendia cruzar, para seguir até a cachoeira do soninho, está intransitavel. Ao lado alguns atravessam o rio, mas achei muito fundo depois de verificar à pé que a água batia na altura da minha cintura em alguns pontos da travessia e resolvi não arriscar sozinho e com carro sem snorkel. Essa surpresa acrescentou mais de 200km a rota para ponte alta, boa parte em estrada de terra mal conservada. O dia que seria "leve" virou uma correria. Retornei até Almas, Natividade e segui para chapada da natividade e pindorama. Eliminei a cachoeira do soninho do roteiro e parei diretamentr na pedra furada para ver o por do sol. Segui para ponte alta onde busquei uma pousada.

Hoje encaramos a estrada de ponte alta até mateiros, conforme já informado no fórum, a estrada está muito ruim. Nao imaginei que seria possível tanta costela de vaca, mas é. Impossível passar de 40km/h nos melhores trechos. Não é possível embalar e passar pelas costelas, pois há buracos, erosões e panelões de arreia. Então não resta escolha, tem que transitar bem de vagar. Passei reto pela entrada da cachoeira do lageado, parando apenas no cânion sussuapara, cachoeira da velha e dunas. Diminuir a pressão do pneu alivia um pouco, mas nao resolve.


Por enquanto é o que tenho.

Abracos,
Matlon

Imigrante
09/11/2016, 22:06
Acompanhando seus relatos...
Esse é o tipo de trip onde as surpresas são facilmente encaradas como difíceis aventuras. Acho que é aí que está o "barato" da coisa toda.
Que surjam outras e volte com muita estória pra compartilhar.
Aproveite!

marlonwh
15/11/2016, 20:02
Pessoal,

Devido a chuva intensa na serra da canastra e alguns ajustes no roteiro que fiz durante a viagem, adiantei meu retorno para casa. Seguem algumas das imagens dos trechos já relatados, enquanto preparo o relato do restante da viagem.

Dia 29/10

Belas paisagens no interior de SP e MG.

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Dia 30/10

Visita a cidade de Pirenópolis.

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Dia 31/10

Visita a outros pontos da cidade ao sair rumo ao Pico dos Pirineus e Cachoeira do Abade. Com chuva forte chegando a cidade ao final do dia. A foto abaixo mostra a vista da cidade a partir do mirante da beira da estrada.

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Dia 01/11

Deslocamento de Pirenópolis para a Chapada dos Veadeiros.

No caminho o Salto Corumbá, aqui visto da estrada.
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Ao chegar na região da Chapada dos veadeiros, segui para o atrativo "Encontro dos Rios", mas começou a chover e seria necessário caminhar aproximadamente 1 km, além de pagar entrada. Achei melhor seguir adiante. Nota: Chamou atenção a pouca manutenção nas escolas e das dificuldades enfrentadas pelos estudantes na região, registrei na foto abaixo.

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Segui viagem e a chuva rapidamente cedeu, vários atrativos já estavam fechados, mas deu tempo de visitar o "Raizama", antes de seguir para o hotel.

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Dia 02/11

Primeira parada no Vale da Lua, seguindo para o mirante da estrela, próximo à cidade de São Jorge. No almoço uma "matula" no Rancho do Waldomiro, seguindo para uma visita às cachoeiras Almecegas 1, 2 e Salto São João. Em ordem nas imagens abaixo.

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Dia 03/11

Caminhada de 10 Km no Parque Nacional, escolhi a rota mais leve que leva ao Canyon 2 e às Carioquinhas.

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Segue continuação em breve. Limite de arquivos por post já atingido.

Abraços,
Marlon

marlonwh
16/11/2016, 18:46
Continuando o relato.

Dia 04/11

Segui até a Catarata dos Couros. É preciso cuidado para chegar neste local, pois o acesso não está sinalizado, apesar de não ser necessário guia para visitar o local e nem pagar entrada. Aparentemente as placas foram retiradas pelos “guias”, segundo informações que obtive pela internet. Hoje restam apenas os postes de metal que seguravam as placas. Por isso utilizei o Open Street Map para chegar na cachoeira, inclusive as trilhas estão indicadas no mapa e a única dificuldade foi o esforço físico para completar a própria trilha.

Chegando ao estacionamento, há vendedores de água de coco, sanduíche e é possível reservar refeições. Os próprios vendedores se organizaram para vigiar os veículos (há relatos de que estavam quebrando os vidros antes disso) e você escolhe quanto vai deixar de gorjeta, se quiser. Os próprios vendedores indicam o melhor caminho para seguir. Chegando na beira do rio, há diversos pontos para banho e preferi, depois de percorrer o trecho todo, ficar um tempo na parte próxima da primeira cachoeira.

http://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539008d1479326753-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-img_3153.jpg

Dia 05/11

Arrumar tudo para check out da pousada e iniciar o deslocamento para o Jalapão, não sem antes passar em Cavalcante para visitar a cachoeira da Santa Barbara e outras no caminho. Cheguei cedo ao Poço Encantado, mas ao entrar na propriedade resolvi seguir direto para a comunidade Kalunga. Precisaria pagar entrada e eu nem pretendia entrar na água. Além disso, já era possível ver a cachoeira da estrada. Segui viagem, parando num mirante no meio da estrada e na comunidade Kalunga para contratar guia e pagar entrada.

Por ser final de semana, havia bastante movimento e juntamos rapidamente um grupo de pessoas que rachou o guia para a vista a Cachoeira Santa Barbara. A cachoeira estava cheia, mas foi possível aproveitar a água e tirar algumas fotos. Achei o lugar é muito bonito e achei que valeu a visita.

http://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539009d1479327230-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-img_3875.jpghttp://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539010d1479327731-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-img_20161105_165149072.jpg

Após sair da cachoeira, segui até Cavalcante para uma refeição e então rumei para Campos Belos, onde passaria a noite.

Dia 06/11

Após o café da manhã, segui rumo Natividade, onde aproveitei para abastecer e tirar algumas fotos da cidade. Rumei para Almas, onde parei para almoçar e aproveitei para confirmar as condições da estrada até a Chachoeira da Fumaça. Após confirmar que a estrada estava boa, segui por terra até a cachoeira.

Assim que nos aproximamos da cachoeira, logo ao avistar o rio, já percebi que a ponte estava muito precária e resolvi pegar a esquerda para ver a cachoeira. Após alguns minutos observando a cachoeira, voltei para vistoriar a ponte com mais cuidado e constatei que uma parte já cedeu e que seria impossível seguir por ali. Verifiquei que algumas pessoas tem cruzado o rio pela direita da ponte e devido ao volume de água, achei prudente atravessar à pé antes de entrar com o carro. Constatei que o trecho final da travessia seria mais fundo, com a água chegando em minha cintura e achei muito arriscado seguir por ali, especialmente porque estava sozinho e meu carro não tem snorkel. Voltei a uma residência próxima pedir informações e confirmaram que aquele seria o único caminho e que não era aconselhável devido à profundidade do rio. Já retornando para almas, cruzei com uma caminhonete que faz manutenção na rede de energia, também confirmaram que não havia outro caminho para cruzar o rio que não fosse voltar até Almas. Regressei rumo Natividade, abasteci e segui para Chapada da Natividade e então por terra rumo a Pindorama e finalmente Ponte Alta, com um pequeno desvio para visitar a Pedra Furada. Devido ao horário, optei por retirar a cachoeira do Soninho do roteiro, provavelmente não conseguiria retornar até a pedra furada antes do por do sol.

http://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539013d1479327956-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-dscn5653.jpghttp://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539015d1479328054-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-dscn5651.jpghttp://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539016d1479328080-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-img_3176.jpg

Dia 07/11

De Ponte Alta para Mateiros. Segui por alguns KM até o Canyon Sussuapara, a estrada não estava tão ruim quanto eu imaginava, apenas costela de vaca. Resolvi apertando o acelerador e seguindo com velocidade de aproximadamente 70 Km/h. Cai no primeiro buraco, pancada que por sorte não estragou nada, diminui. Segui um pouco e comecei a pegar algumas erosões, buracos, costela de vaca. Tentei embalar de novo, não dava para manter a velocidade e quando freia, quase desmonta o carro com a ressonância das costelas de vaca.

Cheguei ao Canyon, lugar muito interessante. O ar agradável, refrescante até, água caindo pelas paredes e pelas raízes das árvores. Difícil imaginar que alguns metros para cima tudo é árido e o calor castigando, ali dentro um ambiente agradável. Achei uma pilha no chão, recolhi. Incrível como algumas pessoas simplesmente deixam o lixo por ai.

http://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539022d1479328502-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-dscn5684.jpg

Voltei para a estrada, mesma combinação, algumas erosões e buracos que impedem de seguir rápido, mas já vi muitos piores, e as costelas de vaca. Embalei para 70 Km/h e a coisa amansa bem, mas não consigo manter velocidade porque de tempos em tempos tem que diminuir para contornar algum obstáculo. Ai, quando diminuo, vem as costelas de vaca e quase desmontam o carro, tem que seguir a <20 ou a >70. São mais de 100 Km pela frente, embalo de novo. Não demora muito e eu não consigo evitar outro buraco, outra pancada. Acho que soltou algum acabamento de porta. Paro, verifico tudo, mas o carro aguentou firme. Nenhuma roda torta, nenhuma bolha em pneu, nenhuma peça caída dentro do carro, nada solto pelo caminho na estrada. Sigo viagem, duas já está bom, lição aprendida, sigo a 20 km/h...

Já falei das costelas de vaca? Tem muita. Muita mesmo. Categorizei em 3 tamanhos. As pequenas, menores e mais juntinhas, ai alguém teve a idéia de andar mais rápido. Formou uma nova série, a das médias. A cada 3 ou 4 pequenas vem uma média. E ai vem as grandes. A cada 2 ou 3 médias, uma grande, quase uma “mini lombada”. Alguns relataram que tiveram pesadelo com as costelas de vaca, agora acredito.

Segui viagem, recalculando todas as distâncias, 50 Km até a entrada da cachoeira da Velha, mais 20 e poucos depois. Depois mais 40 e poucos e as dunas... E a cachoeira do lajeado... Nesta altura já tinha me arrependido da viagem, odiava a estrada de Ponte Alta para Mateiros e pensava em voltar pra casa. Drrrrr, Drrrrr, Drrrrr, malditas costelas de vaca... Resolvi que não queria mais um dia nessa estrada. Quando inventaram o inferno e disseram que é arder no fogo eterno, não sabiam o que eram as costelas de vaca. Minha nova visão do inferno é dirigir nas costelas de vaca infinitas... Tirei do roteiro as paradas “extra” e foquei no principal, Cachoeira da Velha, Praia do Rio Novo e Dunas. Tudo no mesmo dia, dormindo em mateiros. Fiz as contas e achei que seria viável chegar até as dunas antes do entardecer, com sorte algum areião pelo caminho me livraria daquela trepidação dos infernos. Não passei por nenhum carro até chegar à cachoeira da velha, já estava quase dormindo ao volante com o ronronar da Pajero nas costelas de vaca quando chegou a placa indicando a entrada para a cachoeira. A esperança retornou, aqui o problema são as pedras grandes e que poderiam cortar um pneu, mas as costelas de vaca reduzem um pouco. Segui até a cachoeira, nenhum carro, entrei para o mirante, fotos, etc. Retornei e segui para o rio novo, passou por mim a caminhonete do pessoal do rafting e ao chegar mais 2 carros estacionados. Aproveitei a parada para fazer um lanche, entrar no rio e tirar mais algumas fotos.

http://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539023d1479328820-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-img_3203.jpghttp://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539024d1479328854-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-img_3201.jpg

Regressando ao caminho principal, e sabendo que havia mais alguns carros por perto, achei que seria legal regressar pelo atalho, que é de areia. Incrivelmente, tem costelas de vaca ali também, porém bem menores. Achei que foi um acerto e me diverti encarando vários Km nessa areia. Nenhuma dificuldade extra, a Pajero passou brincando e cheguei na estrada principal renovado.

Nesse segundo trecho da estrada os areiões no meio da estrada ficam mais frequentes e eu já mirava neles para escapar das costelas de vaca. Ultrapassei um dos carros que ví no estacionamento e segui viagem muito mais tranquilo, sabendo que teria alguém próximo caso enfrentasse problemas. Esses areiões também são interessantes pois é possível ver os rastros deixados pelos animais que andam na estrada.

Num restaurante à beira da estrada passei pelo outro carro que vi estacionado antes, ali já havia mais outro carro e logo chegou a placa informando da entrada no parque do Jalapão. Segui sem parar, rumo as dunas. Ao avistar uma casa na entrada das dunas parei e conversei com o responsável que buscou a prancheta e me orientou rapidamente a virar a esquerda para realizar os procedimentos de entrada no parque. Nisso já chegaram os outros dois carros e fomos os primeiros a chegar para o por do sol nas dunas. Fui orientado a seguir no 4x4 e já escolhi logo uma 3ª reduzida, nos trechos mais pesados cheguei a colocar 2ª para não forçar. A entrada nas dunas, dirigindo na areia foi só diversão e novamente a Pajero não fez feio. O visual lá das dunas é muito legal, apesar do dia estar nublado. Deixo as fotos como registro.

A noite caiu rápido ao sair e segui a 20Km/h até Mateiros, onde procurei uma pousada. Levei aproximadamente 1,5 horas neste trajeto final de 30 Km, com muito cuidado e já sem pressa alguma.

http://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539025d1479329021-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-img_3192.jpghttp://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539026d1479329044-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-img_3197.jpg

marlonwh
20/11/2016, 22:43
Continuando:

Dia 08/11

Dia curto, depois de descansar um pouco mais que o normal pela manhã, ainda achei melhor voltar mais cedo para o hotel. Os motivos foram vários: A estrada entre Mateiros e São Felix está melhor que a outra, mas não muito, e achei que estava castigando muito o carro; O hotel tinha piscina e eu queria aproveitar um pouco; Já estava cansado dos dias anteriores, já era o 11o dia de viagem e achei que valia uma quebrada no ritmo.

Inicialmente segui rumo ao Fervedouro dos Buritis, uma das principais atrações e considerado por muitos o melhor dos fervedouros. Aproveitei o local por algum tempo e segui para a comunidade Mumbuca, seguindo por uma estrada secundaria (leia-se de areia) indicada pelos locais, que reduziria o trajeto significativamente (e que na verdade achei muito mais legal do que seguir pelas costelas de vaca da estrada principal).

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A ponte para o povoado Mumbuca foi queimada, conforme já relatado por outros aqui no fórum, e está totalmente intransitável, mas é possível passar pelo rio num ponto próximo e foi o que eu fiz. Chegando ao povoado, muitas pessoas na rua, mas a loja deles estava fechada. Enquanto eu manobrava pela vila e verificava no GPS se existiam no mapa algumas rotas que ligam a comunidade diretamente com outras partes do parque, uma senhora simpática se aproximou e indicou que a loja já estava abrindo, enquanto um senhor abria as portas e janelas. Visitei o local e fiz algumas poucas compras. Retornei preparado para registrar a travessia pelo rio e segui viagem.

http://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539188d1479688962-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-img_3188.jpghttp://www.4x4brasil.com.br/forum/attachments/planejamento/539191d1479688962-pirenopolis-chapada-dos-veadeiros-jalapao-e-serra-da-canastra-20-dias-28-10-16-a-travessia.jpg

Paramos para comer no Restaurante do Fervedouro Buritizinho, recomendado pela pousada. Chegando lá a comida era saborosa, mas assim como os demais, o restaurante é muito simples e achei os valores (R$35,00 por pessoa) altos comparativamente ao que é oferecido. A comida também não caiu muito bem, talvez porque eu peguei a salada. Outras pessoas da mesma pousada almoçaram lá também e não tiveram o mesmo problema, mas não comeram a salada.

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Após a refeição, segui sem nem mesmo entrar no fervedouro, diretamente para a cachoeira do rio Formiga. Ponto alto do dia, onde fiquei bastante tempo na água. Retornei diretamente à pousada ao sair dali.

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Imigrante
22/11/2016, 21:21
Valeu por compartilhar. Muito massa! Quando puder, mande mais.

marlonwh
24/11/2016, 19:48
E lá vai, mais um pedaço...

Dia 09/11

O roteiro do dia foi sair rumo São Félix até a Cachoeira do Prata e então regressar, parando no Encontro dos Rios e qualquer outro atrativo que desse vontade. Dois Troller que estavam na pousada iriam fazer um roteiro parecido, seguindo um pouco adiante até o Fervedouro Bela Vista e retornando. Eles saíram mais cedo, imaginei que iria encontra-los pelo caminho e fui tranquilo sabendo que teria alguém por perto em caso de problemas.

Segui até a Cachoeira do Prata, após o desvio da estrada principal é uma estrada de areia. Me diverti pela areia e cheguei a ficar apreensivo com a inclinação que o carro atinge em alguns trechos. Creio que é muito longe da capacidade máxima do carro, mas já é desconfortável para quem não está tão acostumado. Também reparei que haviam várias araras que voavam quando eu me aproximava com o carro, aproveitei o momento, mas não registrei em fotos pois ficariam somente como pequenos pontos pretos na imagem já que também estavam no contraluz. Cheguei até a cachoeira e gastei um tempo por lá, tirando algumas fotos. Não achei uma boa entrar na água, já que há algumas pedras no rio e não tem muita profundidade para aproveitar. Ainda assim achei que seria um belo local para acampar ou fazer um lanche, como ainda era muito cedo para o almoço iniciei o retorno. Na volta aproveitei para registrar a inclinação do carro num dos piores pontos. Diria que este foi o “desafio off road” do dia, apesar de bem tranquilo.

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Regressei até o encontro das águas, que é acessível após alguns KM em estrada de areia. Chegando lá não havia ninguém, nem para cobrar a entrada do atrativo. Aproveitei para conferir o encontro das águas (com cores e temperaturas diferentes), registrar algumas fotos, e fui para o fervedouro. Aproveitei por um tempo e quando percebi já estava com os bolsos cheios de areia. Voltei até o rio e entrei na água para limpar. Esse fervedouro é mais raso que o dos Buritis e acaba sujando mais com a areia fina. Retornei para o carro e aproveitei o estacionamento do atrativo para almoçar (uns pães que peguei no café da manhã do hotel). Enquanto comia, chegou o pessoal de um dos carros que chegou junto comigo às dunas, eles seguiam para São Felix e ainda iram parar na cachoeira na próxima parada. Conversamos um pouco e segui viagem.

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Como ainda estava cedo, resolvi verificar o fervedouro do Ceiça (ou das Bananeiras, como diz um dos cartazes na entrada). Chegando lá, já após estacionar o carro, apareceu uma pessoa de moto e seguiu até o fervedouro, era “o Ceiça” para fazer a cobrança do atrativo, que estava vazio. Ele ficou lá por um tempo, pediu licença e saiu, dizendo para ficar o tempo que desejasse por lá. Fiquei me questionando o quanto é justo pagar pela visita a um atrativo que está dentro de um parque estadual.

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Regressei para a cidade, já estava cansado de visitar fervedouros e cachoeiras e queria tentar sacar um dinheiro, para pagar a pousada e não ficar com pouca grana na mão. Cheguei cedo, tive tempo de abastecer, conferir água, óleo e ainda comprar umas cervejas no mercado. Com tudo pronto para o dia seguinte, fiquei na piscina do hotel até o horário do jantar.

E os Troller que desapareceram e eu ainda devia uma cerveja para eles? Já estava noite e eu estava ficando preocupado quando chegaram. Contaram que um deles teve problema no freio, a trepidação havia soltado as pinças do freio de uma roda e o fluído começou a vazar, ficando sem freio. Por sorte tinham ferramentas, um pouco de conhecimento e remediaram o problema. Fiquei feliz de não ter nenhum problema com meu carro e, claro, constatei que valeu a pena o cuidado de andar “extra-lento” nas costelas de vaca. Estando sozinho e sem ferramentas apropriadas teria uma baita dor de cabeça se tivesse um problema similar. Encontrei-os no restaurante que indiquei (que servia espetinhos) e acabamos tomando algumas cervejas juntos.

Já durante o dia, tinha resolvido encurtar em uma noite minha estada no Jalapão, mas ainda queria conhecer o mirante da Serra do Espírito Santo, então combinei com a pousada que eu sairia bem cedo, faria a caminhada e regressaria para o café da manhã e, só então, o check-out. Seguiria sentido Dianópolis por uma estrada alternativa que já haviam indicado aqui no fórum. O pessoal da pousada também sugeria este caminho pelas melhores condições da estrada e o pessoal dos Troller ainda indicou um atalho, de 20 Km pela areia, que economiza mais uns 20 do trajeto total.

Dia 10/11

Acordei cedo, ainda era noite, e segui rumo o mirante. A explicação era que após entrar na estrada para o mirante, eu seguiria por algum tempo e então após estacionar o carro, caminharia uns 800 mts para chegar ao mirante. Bem, é exatamente isso, só não contaram que os 800 metros são somente de subida... Cansei de subir e acho que não estava nem na metade, parei num banco e resolvi descansar. Aproveitei para dar uma cochilada ali, já que hoje iria dirigir até onde desse ou até Terra Ronca (que resolvi incluir no Roteiro, usando essa noite "extra"). Regressei sem completar o trajeto, mas já registrando algumas fotos de lá. Como tudo é muito plano, qualquer ponto mais alto já tem uma vista muito bela.

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Cheguei ainda no horário normal do Café da Manhã, enchi a barriga, paguei as contas e “pé na estrada”. Claro que eu optei pelo atalho pela areia, 20 Km de diversão que ainda reduz em mais 20 Km o trajeto total, é tudo que eu queria. Para mim foi como uma economia de 40Km. Segui até a Pousada Galhão (única construção depois de um tempo na estrada), parei para confirmar o local de entrada no atalho e segui, virando à direita na primeira e, então, na segunda à direita novamente. Segui pelo atalho sem problema algum, saindo desta estrada já na Bahia. Seguiria então pelas longas retas desta estrada de terra pela divisa TO/BA por muitos Km. Essa estrada é de terra, mas é perfeita, longos trechos retos, planos, sem buracos e SEM COSTELA DE VACA. Segui, impressionado com as plantações e fazendas da região. Desviei Panambi e toquei até o asfalto da TO-040, próximo a Dianópolis. Parei somente para abastecer e fui almoçar somente no meio da tarde, próximo do Rio Azuis, outro ponto que eu tinha interesse em ver.

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Como sempre, aproveitei a parada e questionei o dono do restaurante qual o melhor trajeto para São Domingos. Esse cara “leu a minha mente”, e disse que além do trajeto normal, havia um “atalho” que seguia paralelo a serra que divide TO/BA. Ele nunca havia estado lá, mas foi informado por um conhecido. O caminho por terra cortaria uns 60 km do trecho total. Não sabia as condições da estrada devido às chuvas recentes, mas que se eu estivesse de 4x4 poderia ir sem medo. Segundo ele, seu amigo havia passado lá de Gol alguns meses antes. Claro que esse é o caminho que eu queria, mais diversão e menos distância. Basicamente a dica era a seguinte – Chegando em Aurora do Tocantins, saia a esquerda assim que passar a praça principal, e siga rumo Pouso Alegre. Confirme o ponto exato de entrada na estrada questionando alguém quando chegar à cidade.
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Foi exatamente e foi o que fiz. A estrada, capítulo a parte na viagem, é belíssima. De um lado os paredões da serra, do outro o verde e o relevo único da região. Segue passando por belas fazendas e chácaras, num trecho muito gostoso de conduzir. Para ajudar, cheguei lá umas 16:30 e aproveitei o melhor horário para fotos na estrada. Após algumas paradas para foto e outras para abrir porteiras, cheguei logo após o por do sol em Pouso Alegre-GO. O restante do trajeto até Divinópolis de Goiás fiz durante a noite, e então voltei para o asfalto. Segui até São Domingos, chegando lá umas 20:00 e peguei um novo trecho de terra (esse mais mal cuidado) até a vila de São João. Cheguei lá aproximadamente às 21:00 e ainda consegui negociar, além da pousada, um guia para fazer os passeios no dia seguinte!

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Fim do dia, aproximadamente 500 Km percorridos, a maioria belas paisagens em estradas de terra. Estava contente, mas muito cansado e ainda e ainda iria enfrentar a caminhada em duas cavernas no dia seguinte...

marlonwh
25/11/2016, 13:35
Seguindo com o relato de mais um dia... Está ficando maior que planejei, mas também vou refrescando a memória e quando vejo já escrevi demais.

Dia 11/11

Minha intenção, quando cheguei, era passar o dia aqui e seguir viagem ao final do dia, reduzindo em alguns KM o deslocamento até a Serra da Canastra no dia seguinte. Já sabia que seria difícil achar hotel por lá devido ao feriado e sempre é mais fácil achar alternativas durante o dia e descansado. Contudo, o Beto, dono da pousada, aconselhou não viajar a noite e eu não sabia se encontraria algum hotel bom pelo caminho (nesse momento eu não tinha nem idéia de qual caminho iria fazer até a serra da canastra). Eu também tinha incluso na diária do hotel uma refeição, além do café da manhã. Com isso, poderia ficar para jantar (2 noites, 2 cafés, 1 almoço e 1 janta) sem esse gasto extra, além de poder descansar e planejar um pouco melhor o deslocamento ao final do dia. Segui o conselho e acordei a segunda noite de estadia.

Logo ao final do Café da manhã o guia chegou e seguimos para a caverna Angélica, que foi a que mais gostei. Regressaríamos para o almoço e iríamos para a caverna Terra Ronca 1.

Antes de seguir para as fotos, um fato interessante: No caminho para a primeira caverna, um homem a cavalo e mais um casal de turistas caminhando pediram carona. Parei para ver o que estava acontecendo e o homem, residente da região, estava ajudando os dois turistas a achar carona numa fazenda próxima (que tem carro). Viajaram de Brasília para lá a noite toda de ônibus, ao chegar em Possi pegaram o ônibus errado... Com isso estavam caminhando até a pousada (tinham mais uns 30 km pela frente e nem sabiam disso), no sol, despreparados, sem comida e com pouca água. Sem a menor noção de quanto chão tinham pela frente, queriam “pagar uns 50 pila” para eu voltar e deixa-los na pousada. Acho que não daria nem para a gasolina, fora o incalculável valor do tempo que eu perderia... Enfim, expliquei que eu iria no outro sentido e que eles teriam algumas alternativas: 1 – Continuar caminhando, sem comida, no sol e tentar outra carona (eu não tinha cruzado com nenhum outro carro e nem eles), caso em que eu pegaria eles quando estivesse voltando para almoçar e eles perderiam o dia; 2 – ir comigo e aguardar (na sombra, com água fresca e algumas comidinhas que eu tinha) eu voltar da caverna; 3 – pagar um extra para o meu guia, pagar um almoço na minha pousada e fazer o passeio comigo. O cara do cavalo, dizendo que não havia mais fazenda com carro e que era longe, deu a dica deles pularem para dentro e não perder a carona. O rapaz esboçou dúvida (estava tentando economizar, achei). A menina, não vacilou, falou que iria junto. Ofereci água gelada e comida, a moça já ficou feliz de não caminhar em vão e comemorou poder visitar umas cavernas num dia que já tinha “dado por perdido”. O namorado ,mais quieto, acabou indo junto. Sem nem questionar o preço, resolveu que iria fazer o passeio conosco e também o almoço. Já na volta, vendo os muitos KM de caminhada que teria, agradeceu várias vezes a salvação do dia. Fizemos o passeio e deixei-os na pousada ao final do dia, era no meu caminho. Rachamos o guia, deixando um extra de 10 por pessoa para ele. Foi uma economia para mim e para eles, que dividimos a conta do guia, e uma bela gorjeta para o guia, que ficou muito feliz.

No caminho, soube que eles tiveram a ideia de ir até lá de ônibus, para economizar R$400,00 da locação de um carro por alguns dias, além de ganhar a noite na estrada. Não elaborei as contas detalhadas, mas tenho certeza que pagariam mais pelos próximos passeios e fica a dica: Não vá para terra ronca sem carro, ou pelo menos planejar muito bem. Tudo é longe, o ônibus que passa nas pousadas passa apenas algumas vezes por semana. Muitos dos guias não têm carro (usam moto) e os que têm vão cobrar bem pela diária do carro, que não está incluso na taxa padrão. Além dos gastos com passagem. Claro que você pode encontrar alguém para juntar-se no caminho, mas calcule bem e veja se vale a pena.

Resumo do dia: Como podem ver nas fotos, gostei muito dos passeios e achei que valeu muito a pena parar aqui, mesmo que por pouco tempo. O trajeto no dia anterior foi uma belíssima surpresa e um dos pontos altos da viagem para mim. Também me senti bem sabendo que ajudei “os perdidos”, como foram chamados pelo dono da pousada que eles reservaram quando chegamos. Fiquei muito feliz de conhecer o local e as pessoas. Especialmente o Beto, lá da pousada, muito simpático e com quem conversei um pouco tomando uma cerveja. Ví o ultrassom 3D do filho dele que está para chegar, após muitos anos de tentativas. Também aprendi um pouco da história da região, do parque, além de entender a situação dos residentes que tiveram suas terras demarcadas dentro da área do parque, mas que aguardam pagamento da desapropriação por quase 30 anos e que não podem plantar/produzir formalmente em suas terras!

Abraços,
Maron

Zeduardo
26/11/2016, 14:30
Marlonwh! Show essa sua ida pra Terra Ronca hein?!


Estive lá a uns 15 anos atrás com a turma da universidade... Não havia "turismo"ainda. Como sou de Brasília fica mais fácil eu dar um pulo e conferir após 15 anos. Na verdade como preciso voltar ao Jalapão acho que vou fazer esse seu roteiro ao contrário... Hehehe


Continuo acompanhando o seu relato.. Muito bom =)

GuilhermeAdolf
28/11/2016, 17:57
Muito bom... ótimo ter detalhes recentes dos locais. Quero fazer Jalapão, Mesas e Lençóis, passando novamente pelos Veadeiros..

E eu sou um dos que tem trauma de costelas de vaca.. seja indo pra St. Bárbara ou entrando na Bolívia. Elas sempre acabam com a viagem kkkkk

Abraço

marlonwh
29/11/2016, 19:58
Muito bom... ótimo ter detalhes recentes dos locais. Quero fazer Jalapão, Mesas e Lençóis, passando novamente pelos Veadeiros..

E eu sou um dos que tem trauma de costelas de vaca.. seja indo pra St. Bárbara ou entrando na Bolívia. Elas sempre acabam com a viagem kkkkk

Abraço

As costelas de vaca, nem me fale. kkkk

Um prazer ter você lendo meu post, já estava de olho no seu relato faz um tempo também. Aguardo os capítulos finais, a patagonia é muito legal e quem sabe ainda volto para lá, mas dessa vez de carro.

Abraços

marlonwh
29/11/2016, 20:27
Pessoal,

Segue o restante do relato! Espero que gostem e seja útil.

Dia 12/11

Era um dia somente de deslocamento, mas me preocupava, pois a chegada em São Roque de Minas era no meio do feriado (15/11) e eu já sabia que os hotéis/pousadas/camping queriam vender somente pacotes para o feriado. Minha tentativa era tentar chegar lá e negociar, pois quando tentei resolver antecipadamente e por telefone, todos queriam vender pacotes em preços absurdos. A distância prevista para o deslocamento era de 1050 KM, segundo o GPS do carro mesmo após mudar as preferencias para aceitar caminhos de terra, etc. Não estava contente porque certamente iria chegar lá já durante a noite e seria bem difícil negociar. Enquanto comia o café da manha, tentava uma outra rota, usando o Maps.Me (mapa off-line que tenho no celular), mas faltava um dos mapas detalhados. Não havia sinal de internet para tentar outras fontes. O Beto, dono da pousada, indicou um amigo em Posse (dono de uma frota de guinchos) que poderia ajudar a escolher a melhor rota, pois seus veículos andam frequentemente por muitas estradas.

Saí da pousada umas 08:00, mas a estrada não era um tapete e segui por terra até Guarani de Goiás. Parei para abastecer no primeiro posto, pois não sabia o que vinha pela frente, coloquei R$100 e tentei baixar o mapa, nada de internet estável. Segui até Posse e lá o sinal 3G estava pegando. Parei em outro posto, pedi para completar, calibrar, água, limpeza de para-brisas, etc. O 3G não estava ajudando muito, mas com todo o tempo que passou, o mapa que faltava também veio e surpresa, tinha uma rota que teria uns 870Km, a partir dali, gerando uma economia de uns 100Km. Optei por seguir essa rota, que seguia pela BR-020 sentido Formosa, e depois sentido Unaí com alguns trechos de terra.

Chegando próximo de Unaí, vários carros e caminhões parados. Perguntei o que estava acontecendo e informaram que um caminhão tinha encalhado (“agarrado bem”, segundo eles) e que não estava deixando ninguém passar até que alguém o ajudasse. Não tinha nenhuma chance de eu tentar ajudar, estava com o eixo traseiro uns 50 cm enterrado e mesmo outros caminhões não estavam conseguindo. Achei que não seria mais possível cumprir minha meta do dia, mas, incrivelmente, ao conversar como rapaz, entender o que aconteceu, informar que era de fora e que não teria como ajudar devido a imensa diferença de peso, fui o segundo a passar, atrás somente de uma mulher local que comprometeu-se a pedir ajuda para o trator da prefeitura! Passamos os dois, parei para almoçar em Paracatu e segui até Bambui, onde rumei para São Roque, num caminho também com trechos de terra.

Cheguei com Chuva, umas 21:30 no primeiro hotel e eles tinham quartos livres, aceitaram fazer apenas 2 diárias, mas queriam R$800,00. Achei caro e tentei outros, que estavam cheios, mas com a ajuda dos próprios donos de pousada, identificamos mais 3 alternativas. Pousada Chapadão da Canastra, tinha 2 quartos, mas para 4 e 6 pessoas, difícil negociar um bom preço. Pousada Canastra Adventure, tinha “livrado um quarto” no ultimo momento e eu poderia ir até lá. Pousada Recando do Surubim, atendeu por telefone, tinha quarto disponível e um restaurante. O Ricardo, dono da pousada já chamou para ir até lá jantar antes de fechar. Fui até lá e quando cheguei, ele não estava. Chegou apenas alguns minutos depois, com mais duas pessoas que procuravam quarto. Eram dois hospedes que tinham tido algum desentendimento na Chapada Adventure, se entendi bem (achei os donos do quarto que estava disponível), e que queriam ficar lá. Gentilmente o Ricardo disse que a preferência seria minha, pois tinha falado comigo ao telefone, mas fiquei sem poder de barganha. Como o quarto era limpo e o preço, apesar de alto ainda custava a metade do hotel, acabei ficando lá mesmo. Fechei somente duas noites (queria 4 no plano inicial), mas depois teria tempo para resolver os dias restantes.

Dia 13/11

Não parou de chover a noite toda, decidi que iria visitar a cachoeira Casca D’Anta, maior atrativo da região e seguir de carro pela serra, num caminho que não sabiam dizer se estaria bom devido à chuva. No primeiro trecho, ate Vargem Bonita e depois até a entrada da cachoeira, muito movimento. Trollers com pneu Mud saindo do nada, como formigas, e vários carros de passeio transitando na estrada que até então estava boa. Já na ida, saquei que o transito intenso e a chuva que não parava iriam deixar a estrada um sabão. Algum colega aqui do fórum descreveu muito bem situação parecida dizendo “que até tatu de chuteira escorrega”. Resolvi seguir direto para cima da serra e não parei na entrada da cachoeira. A partir dali só encontrei 4x4, mas o trecho estava relativamente bem cascalhado e segui sem problemas.

Cheguei ao topo da serra, e o problema é que não tinha nada para ver, tudo branco. Segui mais alguns KM e encontrei uma TR-4 em sentido contrário. Informaram que a visibilidade seria a mesma dali em diante, então resolvi voltar para a cachoeira. Gostei de dirigir neste trecho, pena que sem a vista não fazia muito sentido ficar lá.

Cheguei na entrada da cachoeira e vi vários carros e ate algumas caminhonetes parados no caminho. Imaginei que não estava passando, mas não tinha dificuldades, apenas uma última subida mais lisa antes do estacionamento. Mesmo nela, passei sem nem piscar o TC, mas lá encima quase todos os carros (- 1 honda civic) eram 4x4, tinha vaga sobrando no estacionamento. Fiz a caminhada na chuva e voltei. Realmente a cachoeira é impressionante e vale a visita.

Regressando, parei para almoçar e mantive a impressão que a estrada estava piorando muito. Não tinha nenhum carro encalhado, mas vários tinham que fazer mais de uma tentativa em qualquer subida mais íngreme. Carros indo e vindo o tempo todo e achei melhor cair fora dali. Já tinha decidido que não pegaria mais nenhuma noite extra, pois, apesar desse dia já ter sido o melhor “off-road” da viagem toda, a previsão era não parar de chover. Resolvi então visitar o “Zé Mário” e a “agro serra” para comprar queijos e preparar para voltar.

Cheguei ao Zé Mario pelo caminho normal sem problemas, é caminho para uma outra cachoeira e achei curiosas algumas placas dizendo que aquela estrada era para dias secos, havia outro caminho para a mesma cachoeira para dias de chuva. Como a fazenda dele é no meio do caminho, não tem alternativa. A estrada estava boa e fui sem problemas, inclusive, tinha um casal e sua filha de sandeiro 4x2 por lá. A chuva apertou e o casal, com medo de não sair mais, voltou. Fiz minhas compras de queijo e bati um papo com o Zé Mário e sua esposa lá na fazenda. Após uns 45 minutos, eles ouviram um barulho de carro e já falaram – “Vamos lá ver, porque que o pessoal não passou, escuta só, tem carro ali e eles ainda não passaram lá encima.” - apontando para um outro ponto onde dá pra ver a estrada. Resolvi sair também, aproveitando a deixa e dizendo que eu os ajudaria.

Chegando perto da saída da fazenda,talvez uns 800 de onde vendem os queijos e perto de onde tem uma pequena ponte, encontrei o casal. A esposa toda molhada e suja de barro. Estavam lá durante todo o tempo, sem conseguir sair e nem voltar. Disse que rebocaria sem problemas e peguei a cinta de reboque. Na hora de prender a manilha no carro deles, perceberam que tinham perdido o gancho (uma barra com um anel na ponta, que precisa ser parafusado a frente do carro) e tive que ajuda-los a manobrar o carro para puxa-los “de ré”. Já começou a aventura, porque até pra manobrarem já precisei ajudar descendo do carro e empurrando. Amarrei a manilha no carro deles já meio incomodado e nem percebi que deixei a fita toda torcida. Nessa altura já tinha emporcalhado o tapete do meu carro, estava molhado e minha animação para rebocar (e inaugurar as cintas que comprei) já estava acabando. Era para ser fácil, mas a minha pouca experiência com lama, aliada a total inexperiência deles não estava colaborando.

Pedi para deixar só o motorista no carro, mas a filha estava lá dentro se divertindo e decidiram ficar todos dentro do carro enquanto eu rebocava. Comecei a puxar e, pelo retrovisor, já vi que a coisa ia ficar complicada, sequer manter o volante e o carro alinhado no plano estavam conseguindo e ainda tinha que cruzar a ponte para chegar na primeira subida mais difícil, um mata burro, entrar na estrada e só então pegar a subida mais longa (mas mais fácil). Minha traseira estava sendo puxada para os lados e, amarrado neles, já estava vendo que quem iria parar na valeta era eu. Por outro lado, também não dava para deixa-los lá. Decidi que iria puxa-los somente até o mata burro. Ao passar a primeira subida é que percebi que acabei nem soltando o freio de mão, que estava “meio puxado”. Por isso estava tão difícil subir. Cheguei no mata burro e parei. Desamarrei o carro, juntei minhas tralhas, repeti a indicação de subirem em segunda marcha e disse que iria na frente e que era para esperarem eu subir e só então seguir meu caminho.

Comecei a subida e meu pneu (AT quase de asfalto somente) já estava todo empapado e liso, tentei ir mais para a direita e a frente começou a sair, seguindo a inclinação da estrada no mesmo sentido. Corrigi para a esquerda, mas o carro estava dançando e, sem querer correr riscos, resolvi que seria melhor voltar e tentar jogar mais para esquerda na próxima, pegando um trecho mais plano. De onde estava agora, percebi que era menos inclinado (lateralmete) e que tinha um pouco de cascalho (além de umas pequenas erosões que não deixariam o carro escorregar tanto para os lados). Desci uns 15 ou 20 metros de ré e, quem aparece no meu retrovisor? Eles mesmos, já vinham muito devagar e seria impossível chegarem até onde eu estava. Esperei pararem e desci mais um pouco. Saí do carro e, me enlameando mais ainda (meu tênis pesava uns 2 kg cada, de tanto barro) fui lentamente deslizando (tentando caminhar) até eles, que tentavam subir, com a mulher empurrando o carro. Expliquei que, daquele ponto onde estavam não iriam passar, que seria preciso voltar do início, tomar embalo e começar tudo novamente. Tinha pelo menos mais uns 80/100 metros de subida pela frente e nem estavam na parte mais íngreme. Ao tentar voltar, o rapaz estava mais é caindo no sentido do barranco, do que voltando. Sem engatar a ré, ele aliviava o freio, as rodas de trás giravam e as dianteiras ficavam travadas, descendo sem rumo. Ele virava o volante para lá e para cá, mas não percebia que a roda estava parada. A mulher tentava ajudar empurrando, mas é claro que iria dar merda e a filha deles lá dentro... Redobrei minha paciência e expliquei ao motorista que ele precisava engatar a ré, e descer sem travar as rodas dianteiras. Cheguei a recomendar que segurasse o carro também com o freio de mão se preciso, mas que ele não poderia deixar as rodas dianteiras travadas, do contrario iria sem rumo morro abaixo. Ele voltou alguns metros e, creio que com medo parou a descida.

Já estava meio cansado e não tenho muita experiência nessas condições, muito menos para ficar lá dando uma de professor. Desisti de voltar ao início da subida, fui pro meu carro e, depois de voltar mais uns metros (mas ainda tentando manter-me longe do carro deles), consegui colocar roda na parte mais cascalhada que tinha visto. Não foi tão fácil quando eu queria, mas consegui arrancar na subida lisa, chegou a ligar o bip que alerta que o TC já gastou todas as bombadas no freio que conseguia, mas consegui ganhar tração suficiente para embalar até a erosão, aonde o carro parou de patinar e de onde peguei a embalada final que me levou até o final da subida. Voltei a pé para explicar ao casal a minha tática e disse que aguardaria por uns minutos e, se não chegassem, iria buscar ajuda.

Passaram uns 10 minutos e nada deles aparecerem, tentei pegar ajuda numa fazenda próxima, mas não achei ninguém. Celular sem sinal e, afinal, iria ligar para quem? Voltei ao início da descida e para minha alegria, lá vinham eles, seguindo meu trilho pela erosão. (Digo aqui erosão, mas na verdade não tinha mais 5 cm de profundidade e uns 15 de largura, corria paralela a pista, mas como a agua escorria pelo centro, as bordas estavam um pouco mais secas e tinha umas pedrinhas alí, permitindo tracionar melhor.)

Segui na frente deles até o asfalto, mas o resto era fácil. Depois de uns 500 mts no asfalto, 2 troller todo equipados num terreno na lateral da estrada, fazendo zerinhos e tentando subir rampas... Pena que não ví antes, certamente com os pneus mud fariam o resgate com muito mais tranquilidade.

Encerrado o capítulo mais 4x4 da viagem, limpei o carro da melhor maneira que pude e segui comprar mais queijo. Chegando na agro-serra, só 4x4 saindo. A estrada é plana, estava muito lisa, mas passei sem maiores problemas. Limpei as mãos e, descalço e todo molhado, comprei mais R$ 40 de queijo canastra real (não queria pegar mais dinheiro na minha mala, iria sujar todas as roupas) e fui para o posto, deixar o carro pronto para a volta.

Enquanto calibrava o pneu, a chuva aumentou. Foi tanta chuva que valeu por um banho, precisei usar toalha para me enxugar... Aproveitei para limpar até os tapetes com o jato de ar. Já limpo e “seco” fui pagar a conta quando vi um cara chegando para pagar a conta do abastecimento de sua D20, estava umas 1000x mais sujo que eu. Perguntei de onde ele vinha, disse que veio da cachoeira casca D’Anta. Relatou que havia pelo menos uns 100 carros presos lá, que muitos não sabiam dirigir, que não venciam a subida e que ficavam no meio, impedindo os demais de tentar passar sem desviar para os trechos piores. Relatou que ele mesmo precisou ser rebocado e que somente os Troller pneu Mud estavam passando e conseguindo ajudar. Ainda bem que sai de lá mais cedo...

Regressei a pousada, tomei banho, jantei, paguei as contas e fiquei pronto para a volta no dia seguinte. Acabei adiantando o retorno previsto do dia 16 para o dia 14. Acabou aqui o passeio, restava somente o deslocamento do da seguinte, que foi feito sem maiores problemas abaixo de muita chuva que persistiu praticamente o tempo todo.


Acaba aqui o relato, mas ainda tenho algumas fotos para enviar... Qualquer duvida que tenham neste trecho que percorri é só falar!

Abraços,
Marlon

cezarsantiago
30/11/2016, 09:32
Muito bom!

GuilhermeAdolf
01/12/2016, 00:01
As costelas de vaca, nem me fale. kkkk

Um prazer ter você lendo meu post, já estava de olho no seu relato faz um tempo também. Aguardo os capítulos finais, a patagonia é muito legal e quem sabe ainda volto para lá, mas dessa vez de carro.

Abraços

É... o meu tá meio enrolado.. o primeiro saiu em menos de um mês, esse segundo tá se arrastando há mais de 6 meses kkkkk

Difícil mas vou terminá-lo!

Abraços!!

Zeduardo
02/12/2016, 08:32
Show de viagem Marlonwh =]

marlonwh
07/12/2016, 00:54
Muito bom!


Show de viagem Marlonwh =]


Obrigado! Foi muito boa mesmo! Já estou com vontade de voltar. :)


Fiquei devendo algumas fotos do último dia. Segue abaixo:

Caminho para Casca D'Anta ainda bom, pela manhã.
540173

Estrada que sobe a serra.
540174

Cachoeira Casca D'Anta.
540175

Estrada já piorando:

https://youtu.be/QwMimSg7kkc

Chegando na Fazenda do Zé Mario, ainda antes de sujar "de verdade".
540176

Comprando queijo!
540178

Probleminha na câmera de ré:
540177

Rebocando. Reparem na luz de freio, especialmente depois da ponte (03:00), onde vinha a pior subida...

https://youtu.be/hTfnq7hQblc


Vídeos de outras datas:

Estrada das Dunas, a noite, e costelas de vaca entre as dunas e mateiros.


https://youtu.be/4Y6z0jJTY9s

https://youtu.be/Ge-ubvGexa0


Abraços,
Marlon

Carlos ER
08/12/2016, 08:43
Obrigado! Foi muito boa mesmo! Já estou com vontade de voltar. :)


Fiquei devendo algumas fotos do último dia. Segue abaixo:

Caminho para Casca D'Anta ainda bom, pela manhã.
540173

Estrada que sobe a serra.
540174

Cachoeira Casca D'Anta.
540175

Estrada já piorando:

https://youtu.be/QwMimSg7kkc

Chegando na Fazenda do Zé Mario, ainda antes de sujar "de verdade".
540176

Comprando queijo!
540178

Probleminha na câmera de ré:
540177

Rebocando. Reparem na luz de freio, especialmente depois da ponte (03:00), onde vinha a pior subida...

https://youtu.be/hTfnq7hQblc


Vídeos de outras datas:

Estrada das Dunas, a noite, e costelas de vaca entre as dunas e mateiros.


https://youtu.be/4Y6z0jJTY9s

https://youtu.be/Ge-ubvGexa0


Abraços,
Marlon

Olá Marlon,

Acabei de ler o seu relato, muito bom! Parabéns pela viagem! Especialmente em
Meter a cara e ir sozinho sem mais nenhum carro. Quero muito fazer esta viagem, saindo de Balneário Camboriú.
Gostaria de saber se você enfrentou problemas de abastecimento no Jalapao, é realmente difícil encontrar diesel s10 lá?
Para se deslocar até os fervedouros e dunas você contratou um guia na pousada? Ou foi através de mapas off-line?

Abraços,
Carlos

marlonwh
08/12/2016, 19:06
Olá Marlon,

Acabei de ler o seu relato, muito bom! Parabéns pela viagem! Especialmente em
Meter a cara e ir sozinho sem mais nenhum carro. Quero muito fazer esta viagem, saindo de Balneário Camboriú.
Gostaria de saber se você enfrentou problemas de abastecimento no Jalapao, é realmente difícil encontrar diesel s10 lá?
Para se deslocar até os fervedouros e dunas você contratou um guia na pousada? Ou foi através de mapas off-line?

Abraços,
Carlos


Olá Carlos,

Obrigado! Saí daqui apreensivo, mas vendo outros relatos do forum imaginei que não seria uma grande loucura. No final das contas foi tudo bem e sem maiores dificuldades. Como comentado com o Zé Eduardo, aqui do forum que também foi sozinho, não é um bicho de sete cabeças. Também vale a leitura do relato dele:
http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/158148-brasilia-maceio-via-jalapao-dezembro-2015-a.html

Não tive nenhuma dificuldade em encontrar gasolina, meu carro não é diesel. Certamente os postos em Mateiros tinham S-10 pois eu ví placa. Não recordo especificamente do posto em Ponte Alta, mas em Almas, Campos Belos e Natividade tinha também. O pessoal de Troller diesel que estava na mesma pousada não relatou nenhuma dificuldade também (entraram no Jalapão por Dianópolis), inclusive um deles relatou que levou um galão de 20lts no carro desnecessáriamente, pois não havia usado e não teve dificuldades. Creio que as pessoas que relataram dificuldades foram há mais tempo, pois nos relatos mais recentes essa não parece ser mais uma preocupação. A única dificuldade, se é que pode ser chamada assim, é pagar o valor que pedem. Paguei R$5,00 o litro da gasolina lá em Mateiros e o diesel era apenas alguns centavos mais barato. Ainda assim vale a dica de deixar o tanque sempre cheio por precaução.

Não precisei de guia e nenhum dos atrativos que visitei requeria, desconheco algum que precise. Utilizei mapas offline (Maps.me - app free) e o GPS do carro por comodidade, pois todos os atrativos tem placas. A pousada disponibilizou um mapa resumido e de um atrativo para outro as pessoas que cuidam do local até indicam alguns atalhos, a maioria com alguma sinalização (nem sempre placas "oficiais"do governo, mas colocadas pelo pessoal que explora os atrativos). Não é um local tão deserto e há algumas casas e restaurantes na beira da estrada de tempos em tempos, basta parar e pedir informação se for o caso. É aquela história: "quem tem boca vai a roma". Desta forma, acabei encontrando 2 atalhos que nunca acharia nos mapas, conforme relatei.

A maior dificuldade que encontrei foram as costelas de vaca e buracos na estrada. O maior cuidado que recomendo é na condução zelosa do veículo. Vá com o carro revisado e dirija com cautela que não terá problemas. Esse cuidado é apenas para evitar ter que caminhar muito no sol (de carro 5 ou 10 KM até algum restaurante ou residência para tirar uma dúvida não é nada, mas a pé é outra história) se tiver algum problema que impeça o carro de andar, ou de ter que ficar procurando oficinas por lá.

Grande abraço,
Marlon

Carlos ER
11/12/2016, 20:23
Olá Carlos,

Obrigado! Saí daqui apreensivo, mas vendo outros relatos do forum imaginei que não seria uma grande loucura. No final das contas foi tudo bem e sem maiores dificuldades. Como comentado com o Zé Eduardo, aqui do forum que também foi sozinho, não é um bicho de sete cabeças. Também vale a leitura do relato dele:
http://www.4x4brasil.com.br/forum/relatos-de-viagem/158148-brasilia-maceio-via-jalapao-dezembro-2015-a.html

Não tive nenhuma dificuldade em encontrar gasolina, meu carro não é diesel. Certamente os postos em Mateiros tinham S-10 pois eu ví placa. Não recordo especificamente do posto em Ponte Alta, mas em Almas, Campos Belos e Natividade tinha também. O pessoal de Troller diesel que estava na mesma pousada não relatou nenhuma dificuldade também (entraram no Jalapão por Dianópolis), inclusive um deles relatou que levou um galão de 20lts no carro desnecessáriamente, pois não havia usado e não teve dificuldades. Creio que as pessoas que relataram dificuldades foram há mais tempo, pois nos relatos mais recentes essa não parece ser mais uma preocupação. A única dificuldade, se é que pode ser chamada assim, é pagar o valor que pedem. Paguei R$5,00 o litro da gasolina lá em Mateiros e o diesel era apenas alguns centavos mais barato. Ainda assim vale a dica de deixar o tanque sempre cheio por precaução.

Não precisei de guia e nenhum dos atrativos que visitei requeria, desconheco algum que precise. Utilizei mapas offline (Maps.me - app free) e o GPS do carro por comodidade, pois todos os atrativos tem placas. A pousada disponibilizou um mapa resumido e de um atrativo para outro as pessoas que cuidam do local até indicam alguns atalhos, a maioria com alguma sinalização (nem sempre placas "oficiais"do governo, mas colocadas pelo pessoal que explora os atrativos). Não é um local tão deserto e há algumas casas e restaurantes na beira da estrada de tempos em tempos, basta parar e pedir informação se for o caso. É aquela história: "quem tem boca vai a roma". Desta forma, acabei encontrando 2 atalhos que nunca acharia nos mapas, conforme relatei.

A maior dificuldade que encontrei foram as costelas de vaca e buracos na estrada. O maior cuidado que recomendo é na condução zelosa do veículo. Vá com o carro revisado e dirija com cautela que não terá problemas. Esse cuidado é apenas para evitar ter que caminhar muito no sol (de carro 5 ou 10 KM até algum restaurante ou residência para tirar uma dúvida não é nada, mas a pé é outra história) se tiver algum problema que impeça o carro de andar, ou de ter que ficar procurando oficinas por lá.

Grande abraço,
Marlon

Olá Marlon,

Muito obrigado pelo retorno. Nossa, muito massa a sua viagem. Gostei muito do seu relato, bem detalhado! Show de bola você rodar isso tudo de Pajero Full V6. Todos questionam o autonomia deste veículo, parece até ser coisa de outro mundo. Tive uma Pajero Sport V6 flex e o carro era sensacional. Sem comparação com a diesel, o motor esbanjava torque. A Full deve ser ainda melhor, motor mais potente e caixa de câmbio mais moderna comparada com a Pajero Sport.

Acompanhei o relato do amigo que você indicou. Realmente achava que para chegar até os principais locais no Jalapão fosse realmente necessário ter um guia. Quanto ao combustível, bom saber que já há abastecimento de diesel S10 nas mediações.

Essas costelas de vaca foram um pesadelo hein kkkkkk. Mas sem duvidas que é necessário e prudente dirigir com cautela. Caso ocorra algo de errado, deve ser um transtorno conseguir ajuda em um local praticamente isolado.

Marlon, espero que você realize outras viajens
Como essa. Muito bom! Parabéns! 👍🏻

cezarsantiago
18/01/2017, 09:18
Bom dia senhores!
Gostaria de agradeçer a Marlon os informes e pedir licença para usar seu tópico.

Estarei nos dias 24/01 a 26/01 visitando a região de Pirenópolis, depois sigo para chapada do veadeiros nos dias 27/01 a 31/01, onde pretendo visitar as principais atrações da região.

Estarei saíndo de Salvador/BA em uma triton com esposa e filha de 20 anos(meu bebê...kkkk). Quem estiver pela região ou quiser conhececer será bem vindo, podemos marcar alguns passeios 4x4 .

Abraço

J Melo
22/01/2017, 16:03
Boa tarde galera! Sou novo no fórum e essa é minha primeira postagem! Muito bacana a comunidade do 4x4 e reúne muitos assuntos dos quais sou apaixonado!
Bom, essa aqui vai direcionada principalmente ao Marlonwh devido à sua recente experiencia nesse trecho percorrido, porém, agradeceria a qualquer um dos veteranos que souber na prática da viabilidade do que segue abaixo.

A dúvida é, estou em vias montar um reboque off road com barraca de teto e tudo que se tem direito para sair por alguns dias e ter auto-suficiência com relação à hotéis, restaurantes etc, e gostaria de saber se com um conjunto parecido com da imagem é possível cumprir um percurso como esse que o Marlonwh fez? Detalhe, viajar acompanhado da família (esposa e dois filhos ainda pequenos). Obviamente a idéia não seria parar em qualquer lugar para pernoitar, etc... mas sim procurar lugares previamente definidos (na medida do possível) e eventualmente pegar sim um hotel ou pousada, até mesmo para ajudar e evitar muito desgaste físico por partes dos familiares.
Uma das maiores preocupações é principalmente em relação à risco de assaltos, bandidagem... etc.
O veículo para o passeio será uma Amarok com pneus BF ... e reboque completo com barraca/cozinha/banheiro portátil/geladeira/gerador energia/chuveiro e acho que até um AC portátil kkkkk.

Bom... procuro uma viagem mais segura possível para a estreia do conjunto, relativamente curta para sentir como será daqui a pra frente ...

Agradeço desde já as eventuais respostas!

J. Melo

542262
542263

francaclayton
22/01/2017, 17:51
Galera quando estiver passando por esta região de um alo, sou de Goiania mas tenho fazenda na regiao de colinas do sul goias.. derrepente comemos um pé de porco.... e uma tomamos uma geladerrima...

[]


Muito bom!
Como está a estrada de Pirenóplis - Niquelândia - Colina do Sul - São Jorge? meu roteiro passar por ai também!

Valeu!

francaclayton
22/01/2017, 17:52
Com certeza essa galera aqui é nota 10...


Boa tarde galera! Sou novo no fórum e essa é minha primeira postagem! Muito bacana a comunidade do 4x4 e reúne muitos assuntos dos quais sou apaixonado! ....

Bom... procuro uma viagem mais segura possível para a estreia do conjunto, relativamente curta para sentir como será daqui a pra frente ...

Agradeço desde já as eventuais respostas!

J. Melo

542262
542263

francaclayton
22/01/2017, 17:54
Caro Cezar de um alo, se der agenda podemos marcar um encontro la em colinas do sul fica na sua rota de Pirinopolis a Chapada dos Veadeiros...

[]


Bom dia senhores!
Gostaria de agradeçer a Marlon os informes e pedir licença para usar seu tópico.

Estarei nos dias 24/01 a 26/01 visitando a região de Pirenópolis, depois sigo para chapada do veadeiros nos dias 27/01 a 31/01, onde pretendo visitar as principais atrações da região.

Estarei saíndo de Salvador/BA em uma triton com esposa e filha de 20 anos(meu bebê...kkkk). Quem estiver pela região ou quiser conhececer será bem vindo, podemos marcar alguns passeios 4x4 .

Abraço

marlonwh
22/01/2017, 23:58
Boa tarde galera! Sou novo no fórum e essa é minha primeira postagem! Muito bacana a comunidade do 4x4 e reúne muitos assuntos dos quais sou apaixonado!
Bom, essa aqui vai direcionada principalmente ao Marlonwh devido à sua recente experiencia nesse trecho percorrido, porém, agradeceria a qualquer um dos veteranos que souber na prática da viabilidade do que segue abaixo.

A dúvida é, estou em vias montar um reboque off road com barraca de teto e tudo que se tem direito para sair por alguns dias e ter auto-suficiência com relação à hotéis, restaurantes etc, e gostaria de saber se com um conjunto parecido com da imagem é possível cumprir um percurso como esse que o Marlonwh fez? Detalhe, viajar acompanhado da família (esposa e dois filhos ainda pequenos). Obviamente a idéia não seria parar em qualquer lugar para pernoitar, etc... mas sim procurar lugares previamente definidos (na medida do possível) e eventualmente pegar sim um hotel ou pousada, até mesmo para ajudar e evitar muito desgaste físico por partes dos familiares.
Uma das maiores preocupações é principalmente em relação à risco de assaltos, bandidagem... etc.
O veículo para o passeio será uma Amarok com pneus BF ... e reboque completo com barraca/cozinha/banheiro portátil/geladeira/gerador energia/chuveiro e acho que até um AC portátil kkkkk.

Bom... procuro uma viagem mais segura possível para a estreia do conjunto, relativamente curta para sentir como será daqui a pra frente ...

Agradeço desde já as eventuais respostas!

J. Melo

542262
542263

J. Melo,

Pode ir sem medo, não recordo de algum local que você teria problemas.

Talvez no Jalapão, evitar carregar tudo até a comunidade mumbuca, encontro dos rios e cachoeira do prata, por conta do tamanho extra que pode atrapalhar na travessia de rio e estrada de areia. Mas a tendência já seria deixar a carreta no camping e fazer os passeios sem carregar tudo de qualquer maneira.


[]'s
Marlon

marlonwh
23/01/2017, 00:01
Bom dia senhores!
Gostaria de agradeçer a Marlon os informes e pedir licença para usar seu tópico.

Estarei nos dias 24/01 a 26/01 visitando a região de Pirenópolis, depois sigo para chapada do veadeiros nos dias 27/01 a 31/01, onde pretendo visitar as principais atrações da região.

Estarei saíndo de Salvador/BA em uma triton com esposa e filha de 20 anos(meu bebê...kkkk). Quem estiver pela região ou quiser conhececer será bem vindo, podemos marcar alguns passeios 4x4 .

Abraço

Cezar,

Eu é que agradeço, o tópico está ai para ser utilizado mesmo.

Depois manda o seu relato!

Desejo que aproveite a viagem, e que tudo corra muito bem!

Abraço

cezarsantiago
18/02/2017, 14:12
Bom dia pessoal,

Cheguei de viagem a Pirenóplois ,24/01 a 27/01, e chapada do veadeiros entre os dias 27 e 31/01/2017 e segue algumas informações para os amigos.

Sai de Salvador/Ba com destino à chapada diamantina parte sul, cidade de Rio de Contas, Lugar bacana que já conheço muito pois minha esposa é de lá. É um excelente lugar para conhecer principalmete para quem vem do sul do país co destino á chapada diamantina.

Segunda-feira dia 23/01 segui para a cidade de Bom Jesus da Lapa/BA para conhecer a catedral feita dentro de uma gruta, lugar lindo e muito religioso. após a visita seguimos para Correntina/BA, onde iríamos pernoitar e conhecer as 7 Ilhas onde passa o rio Corrente, muito bom o local e o banho de rio
Dia 24/01/2017, terça-feira, seguimos para Pirenópolis, viagem tranquila, com asfalto muito bom, só tem que ficar atento às barreiras eletrônicas que são muitas.Em Pirenópolis-GO a grande atração são as inúmeras cachoeiras, a grande maioria delas, para não dizer todas, você precisa se deslocar da cidade de carro próprio até a propriedade em que ficam a cachoeira na qual você deseja conhecer, a primeira que fui, foi a Cachoeira do Abade, chegando a propriedade há um ponto de apoio com lanchonete, banheiros, tudo bem organizado. A estrada de acesso é de chão más bem tranquila, mesmo chovendo forte na região não foi preciso o uso de 4x4 e vários carros pequenos andam sem dificuldade.543617cachoeira do Abade
543615


543616Pirenópolis

No outro dia fomos conhecer a Cachoeira Lázaro e Santa Maria que ficam na mesma estrada da cachoeira do Abade! A cachoeira Santa Maria é a primeira, tem uma prainha pra se espreguiçar, é muito bonita! Mas a surpresa é a cachoeira do Lázaro! Segue-se uma trilha de cerrado, de mais de 1 Km, e temos uma cachoeira ótima, com o poço mais raso! É uma maravilha!
À noite em Pirenóplis a pedida é passear pela cidade, andar, andar e andar, visitando lojas de artesanato, bebendo vinha e jantando nos vários restaurantes da cidade, come-se bem por lá!

Vá ao Santo Cerrado, risoteria excelente.

Dia 27/01, sexta-feira partimos de Pirenôpolis para São Jorge, já na chapada dos veadeiros passando por Niquelândia e Colinas do Sul .
O asfalto está ótimo. Existe uma trecho de terra entre niquelãndia e colinas do sul e entre colinas do sul e são jorge de aproximadamente 25 km cada trecho, mas é um estradão que dar pra andar tranquilo.. No caminho paramos para almoçar na cachoeira das Pedras Bonitas, também conhecida como cachoeira do Togim, nome do dono do lugar, que é uma figura e adora bater papo, apaixonado pelo mar da Bahia, rsrsrs, vale muito à pena pois o lugar é muito bonito, pena que a água estava barrenta pois havia chovido na nascnte. Comida caseira com um peixe frito (tucunaré), muito bom. Muito bom para acampar!
A chapada dos Veadeiros é um complexo turístico que envolve o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (http://www.icmbio.gov.br/parnachapadadosveadeiros/) e todo o seu entorno, que por sinal é recheado de atrativos. Por via de regra, você precisa ficar pelo menos 4 dias na Chapada dos Veadeiros para conhecer seus atrativos que simplesmente não podem deixar de serem visitados, são eles: Vale da Lua, Saltos do Rio Preto, Cataratas dos Couros, e a Cachoeira Almécegas.
Ficamos hospedados em São Jorge, vila simples com ruas de chão batido, com algumas lojinhas de artesanato, restaurantes e lanchonetes.No primeiro dia fizemos a Saltos do Rio Preto, duas quedas d’água (uma de 120 metros e a outra de 80) que criam um grande poço de 200 metros de diâmetro; caminhada de aproximadamente 10 km, é puxada, não é pra qualquer um,mas é imperdível, o banho na segunda queda é maravilhoso! 543627Queda com 120 m


543620Queda com 80 m

No segundo dia ainda dolorido da caminhada do dia anterior fizemos um passeio mais light: Vale da Lua com suas formações rochosas esculpidas pelas águas do rio São Miguel por mais de 600 milhões de anos e que hoje se parecem com crateras lunares (daí a origem do nome);
Morada do Sol, uma sequência de cascatas que formam piscinas naturais perfeitas para banhos;


No terceiro dia fizemos Cachoeira Almécegas I, com uma queda de 45 metros que jorra em forma de um véu de noiva.
Almécegas II , cuja queda, apesar de pequenas, com oito metros de altura, formam excelentes poços para mergulho e natação;
543621Almécegas I

No quarto dia andamos aproximadamente 100 km, rumo a Cavalcante para conhecer as Cachoeiras Santa Bárbara e Capivara, de lá mais uns 30 km de estrada de chão (estradão) até a comunidade Kalunga, antigo quilombo de escravos fugidos da Bahia, onde você paga entrada R$ 25,00 por pessoa mais o guia R$70,00,obrigatório, e reserva o almoço em um dos muitos restaurantes do lugar, de lá anda um pedaçinho de uma estradinha um pouco mais dífícil onde deixa o carro e começa a caminhada até a cachoeira, elas estão muito próximas uma da outra, sendo a Santa Bárbara famosa por ser uma das mais deslumbrantes cachoeiras da Chapada e do Brasil.É realmente muito bonita, banho fantástico e lugar paradisiáco, vale a viagem. Não dá pra deixar de ir.É isso ai galera, espero ter ajudado os amigos que estão planejando uma viagem por essa região.

543629Santa Bárbara


543624Capivara

marlonwh
18/02/2017, 20:25
Bom dia pessoal,

Cheguei de viagem a Pirenóplois ,24/01 a 27/01, e chapada do veadeiros entre os dias 27 e 31/01/2017 e segue algumas informações para os amigos.

Sai de Salvador/Ba com destino à chapada diamantina parte sul, cidade de Rio de Contas, Lugar bacana que já conheço muito pois minha esposa é de lá. É um excelente lugar para conhecer principalmete para quem vem do sul do país co destino á chapada diamantina.

Segunda-feira dia 23/01 segui para a cidade de Bom Jesus da Lapa/BA para conhecer a catedral feita dentro de uma gruta, lugar lindo e muito religioso. após a visita seguimos para Correntina/BA, onde iríamos pernoitar e conhecer as 7 Ilhas onde passa o rio Corrente, muito bom o local e o banho de rio
Dia 24/01/2017, terça-feira, seguimos para Pirenópolis, viagem tranquila, com asfalto muito bom, só tem que ficar atento às barreiras eletrônicas que são muitas.Em Pirenópolis-GO a grande atração são as inúmeras cachoeiras, a grande maioria delas, para não dizer todas, você precisa se deslocar da cidade de carro próprio até a propriedade em que ficam a cachoeira na qual você deseja conhecer, a primeira que fui, foi a Cachoeira do Abade, chegando a propriedade há um ponto de apoio com lanchonete, banheiros, tudo bem organizado. A estrada de acesso é de chão más bem tranquila, mesmo chovendo forte na região não foi preciso o uso de 4x4 e vários carros pequenos andam sem dificuldade.543617cachoeira do Abade
543615


543616Pirenópolis

No outro dia fomos conhecer a Cachoeira Lázaro e Santa Maria que ficam na mesma estrada da cachoeira do Abade! A cachoeira Santa Maria é a primeira, tem uma prainha pra se espreguiçar, é muito bonita! Mas a surpresa é a cachoeira do Lázaro! Segue-se uma trilha de cerrado, de mais de 1 Km, e temos uma cachoeira ótima, com o poço mais raso! É uma maravilha!
À noite em Pirenóplis a pedida é passear pela cidade, andar, andar e andar, visitando lojas de artesanato, bebendo vinha e jantando nos vários restaurantes da cidade, come-se bem por lá!

Vá ao Santo Cerrado, risoteria excelente.

Dia 27/01, sexta-feira partimos de Pirenôpolis para São Jorge, já na chapada dos veadeiros passando por Niquelândia e Colinas do Sul .
O asfalto está ótimo. Existe uma trecho de terra entre niquelãndia e colinas do sul e entre colinas do sul e são jorge de aproximadamente 25 km cada trecho, mas é um estradão que dar pra andar tranquilo.. No caminho paramos para almoçar na cachoeira das Pedras Bonitas, também conhecida como cachoeira do Togim, nome do dono do lugar, que é uma figura e adora bater papo, apaixonado pelo mar da Bahia, rsrsrs, vale muito à pena pois o lugar é muito bonito, pena que a água estava barrenta pois havia chovido na nascnte. Comida caseira com um peixe frito (tucunaré), muito bom. Muito bom para acampar!
A chapada dos Veadeiros é um complexo turístico que envolve o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (http://www.icmbio.gov.br/parnachapadadosveadeiros/) e todo o seu entorno, que por sinal é recheado de atrativos. Por via de regra, você precisa ficar pelo menos 4 dias na Chapada dos Veadeiros para conhecer seus atrativos que simplesmente não podem deixar de serem visitados, são eles: Vale da Lua, Saltos do Rio Preto, Cataratas dos Couros, e a Cachoeira Almécegas.
Ficamos hospedados em São Jorge, vila simples com ruas de chão batido, com algumas lojinhas de artesanato, restaurantes e lanchonetes.No primeiro dia fizemos a Saltos do Rio Preto, duas quedas d’água (uma de 120 metros e a outra de 80) que criam um grande poço de 200 metros de diâmetro; caminhada de aproximadamente 10 km, é puxada, não é pra qualquer um,mas é imperdível, o banho na segunda queda é maravilhoso! 543627Queda com 120 m


543620Queda com 80 m

No segundo dia ainda dolorido da caminhada do dia anterior fizemos um passeio mais light: Vale da Lua com suas formações rochosas esculpidas pelas águas do rio São Miguel por mais de 600 milhões de anos e que hoje se parecem com crateras lunares (daí a origem do nome);
Morada do Sol, uma sequência de cascatas que formam piscinas naturais perfeitas para banhos;


No terceiro dia fizemos Cachoeira Almécegas I, com uma queda de 45 metros que jorra em forma de um véu de noiva.
Almécegas II , cuja queda, apesar de pequenas, com oito metros de altura, formam excelentes poços para mergulho e natação;
543621Almécegas I

No quarto dia andamos aproximadamente 100 km, rumo a Cavalcante para conhecer as Cachoeiras Santa Bárbara e Capivara, de lá mais uns 30 km de estrada de chão (estradão) até a comunidade Kalunga, antigo quilombo de escravos fugidos da Bahia, onde você paga entrada R$ 25,00 por pessoa mais o guia R$70,00,obrigatório, e reserva o almoço em um dos muitos restaurantes do lugar, de lá anda um pedaçinho de uma estradinha um pouco mais dífícil onde deixa o carro e começa a caminhada até a cachoeira, elas estão muito próximas uma da outra, sendo a Santa Bárbara famosa por ser uma das mais deslumbrantes cachoeiras da Chapada e do Brasil.É realmente muito bonita, banho fantástico e lugar paradisiáco, vale a viagem. Não dá pra deixar de ir.É isso ai galera, espero ter ajudado os amigos que estão planejando uma viagem por essa região.

543629Santa Bárbara


543624Capivara


Cezar,

Que bom que deu tudo certo em sua viagem e obrigado pelo relato! Já da pra ver que preciso voltar. heheh

Não pude ir na Cachoeira das Pedras Bonitas, Santa Maria, Saltos do Rio Preto e Cachoeira do Lazaro...

Tem muita coisa bonita para ver nessa região!

Grande abraço

cezarsantiago
21/02/2017, 07:43
Cezar,

Que bom que deu tudo certo em sua viagem e obrigado pelo relato! Já da pra ver que preciso voltar. heheh

Não pude ir na Cachoeira das Pedras Bonitas, Santa Maria, Saltos do Rio Preto e Cachoeira do Lazaro...

Tem muita coisa bonita para ver nessa região!

Grande abraço

Verdade, é uma região q tem muita opção, vale à pena uma nova visita.
Abraço