Ver Versão Completa : Brasilia - Maceio via Jalapao, Dezembro 2015.
Zeduardo
05/09/2016, 06:41
Em troca de todo auxílio que recebi do 4x4 Brasil ao longo desses anos... Resolvi "estrear" no fórum com o relato da viagem que fiz de Brasília a Maceió pegando um atalho pelo Jalapão.
Quero a partir de hoje cultivar o hábito de manter diários de viagem que vão me auxiliar no futuro e também ajudar outras pessoas.
Próximas viagens vou tentar ser mais caprichoso nas anotações.
Como não queria ir sozinho ao Jalapão, tive a idéia de convidar os meus pais para um passeio sendo o combinado que eles viriam a minha casa e eu deixaria eles na casa deles (Maceió).
Viajei em um Cherokee Sport 1999 praticamente original. Caprichei na revisão (realizada por eu mesmo). Levei algumas ferramentas de resgate (hi-lift, cinta, anilhas, corda), compressor, mapa rodoviário em papel e meu fiel GPS e-trex vista HCx.
Segui praticamente essa rota abaixo:
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Sai de Brasília no dia 3 de Dezembro em direção à Alto Paraíso de Goiás via BR-020. Como meus pais já conheciam boa parte das atrações da Chapada dos Veadeiros nesse trecho entre Alto Paraíso é São Jorge, resolvi seguir viagem pela rodovia BR-010/GO-118 até Teresina de Goiás e lá virei a segunda esquerda para pegando a rodovia GO-241 sentido Cavalcante-GO. Como já errei algumas vezes a dica é pegue a SEGUNDA esquerda em Teresina de Goiás. Entre Alto Paraíso a Cavalcante a distância aproximada é de 90 km. Recomendo fazer esse trecho de dia... Muito bonito.
Chegando em Cavalcante-GO:
Passamos duas noites na Pousada Vale dos Ipês: Pousada Vila dos Ipes (http://viladosipeschapada.com.br)
O casal dono da pousada, Ricardo e Andréia sao excelentes anfitriões... Dão todas as dicas do que fazer na região, bons restaurantes, etc. A pousada é simples mas super arrumada. Excelente café da manhã também. Recomendo 100% . Claro que há outras opções de hospedagem para todos os gostos.... Nossa última noite fomos presenteados com uma falta de luz na região. Apesar do calor podemos apreciar um lindo céu estrelado. Pena que não fotografamos.
Cavalcante tem um clima bem diferente de Alto Paraíso/São Jorge. É um lugar mais rural... Mais cidade do interior mesmo. Tem bastante opção de comidas... Sendo o forte mesmo a comida regional.
Na praça central há um excelente mercado. Inclusive com excelentes opções de vinhos e o melhor: barato! (pra quem é acostumado ao "custo" Brasília).
Outra atração que agrada a maioria (uma minoria não gosta) é a visita a cervejaria Aracê. Um chileno chamado Manolo fabrica cerveja lá mesmo... Ele é gente fina demais e costuma bater um bom papo na mesa. O local é bem simples e a comida é gostosa. Em uma das minhas idas por lá (infelizmente não nessa viagem) comi um excelente ceviche... Não se animem muito pois não há ceviche no cardápio. Todo mundo sabe indicar o caminho de lá...
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Agora se tratando de belezas naturais... Cavalcante também possui algumas diferenças da região Alto Paraíso/São Jorge. Diferenças essas que eu deixo pra cada um emitir suas opiniões. Só vou deixar uma aqui: IMPERDÍVEL.
De Cavalcante seguimos em direção ao povoado do Engenho II (uma das comunidades Kalungas da região). São aproximadamente 27 km de terra com paisagens lindíssimas. Vale dar uma parada no mirante após uma subida (vão saber qual é). Após o mirante am alguns kilometros manter-se a direta da bifurcação seguindo para o povoado do Engenho II (à esquerda é o acesso a cachoeira do prata, outra atração da região)
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Chegando no povoado é obrigatório a parada no CAT (Centro de Atendimento ao Turista) onde devemos contratar um guia local para visitarmos as atrações. Paguei em torno de 70 reais e dividi a guia com mais 3 pessoas... Formamos um grupo de 6 pessoas que acredito ser o número máximo para cada guia. É de praxe lá encomendar o ''almoço" em pequenos restaurantes. Eles ficam geralmente na casa mesmo dos locais e são servidos logo ao retorno das atrações. Comida deliciosa (acho que é o melhor tempero do mundo, fome!), simples... Feita com a maioria dos alimentos plantados na própria região.
Visitamos as cachoeiras Santa Bárbara:
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E a cachoeira da Capivara:
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Vale um pequeno detalhe. Um pouco antes da chegada do povoado do engenho II, há algumas travessias aquáticas. Para o público do fórum não é nada demais (veículos utilitários não necessariamente 4x4 mas com uma boa altura em relação ao solo). Dependendo da época esses cursos de água costumam ter um bom volume (nessa viagem o nível estava bem baixo). Algumas passagens é possível admirar uma coleção de restos de outros veículos (parachoques, grades, calotas, frisos, acabamentos, canos de descarga e muitas placas dianteiras).
Há uma travessia de rio para a cachoeira Santa Bárbara também. Precisa prestar atenção só nas pedras e passar devagar.
Acho que já escrevi bastante por hoje... Fiquem à vontade pra perguntar. Pode ser que eu demore um pouco pra continuar o relato. Costumo me enrolar com o trabalho.
E como principiante... Pode ser que as fotos não funcionem. Não consigo ver as mesmas depois de postadas pois não estou usando o computador.
Grande abraço..
Ze Eduardo.
titanium
06/09/2016, 07:35
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Ze Eduardo.
Zé Eduardo, primeiramente, SEJA BEM-VINDO ao fórum!
E já fez sua "estreia" (primeiras postagens) com "Chave de Ouro"!
Belíssimas fotos, com destaque para essa acima, que ilustra com perfeição a beleza do Centro-oeste brasileiro: o Mar de nuvens!
Muito bacana seu relato!
Nem longo, nem curto!
Com detalhes relevantes e objetivas para quem quer planejar a próxima viagem!
Me despeço aguardando os próximos relatos...
:pipoca:
Abraço!
Zeduardo
07/09/2016, 05:18
Zé Eduardo, primeiramente, SEJA BEM-VINDO ao fórum!
E já fez sua "estreia" (primeiras postagens) com "Chave de Ouro"!
Belíssimas fotos, com destaque para essa acima, que ilustra com perfeição a beleza do Centro-oeste brasileiro: o Mar de nuvens!
Muito bacana seu relato!
Nem longo, nem curto!
Com detalhes relevantes e objetivas para quem quer planejar a próxima viagem!
Me despeço aguardando os próximos relatos...
:pipoca:
Abraço!
Obrigado Titanium pela boas vindas!
Acompanho sua saga com a Chumbinho e Já dei uma boa sapeada no tópico da sua ex-band lenda =)
Agora se não me engano você está com um trailer, certo?! Acho que temos algumas figurinhas a trocar pois possuo um trailer também que logo logo vai estar ganhando as estradas dessa sul-america.
Tenho vontade de abrir um tópico do meu veículo mas não sei qual seria a melhor sessão. Talvez na "Frota 4x4"? Ou então na parte de "Veículos e Preparação"na sessão de "Viagens e Expedições" já que o Jeep é o carro pra as viagens com e sem trailer...
Então seguindo o relato...
Zeduardo
07/09/2016, 05:31
Complementando o post anterior em relação a abastecimentos.
Saindo de Brasília o próximo ponto bom de abastecimento é na cidade de São João da Aliança - GO. Em Alto Paraíso -GO é uma boa completar o tanque antes de seguir para Cavalcante. Há um posto em Cavalcante mas o combustível é mais caro.
Bom... De Cavalcante seguimos de volta pela GO-241 até Teresina de Goiás mas ao invés de pegar a direita para Alto Paraíso continuei em frente entrando na GO-118 outra vez. Segui até Campos Belos - GO e de lá mudei para a GO-110 (mudará pra TO-110) sentido Taguatinga do Tocantins.
Depois da cidade de Aurora do Tocantins, na divisa dos municípios Aurora do Tocantins/Taguatinga do Tocantins há uma entrada para o rio Azuis, O menor rio do Brasil e das Américas…. Terceiro menor rio do mundo. Eu havia visitado esse rio em meados dos anos 2000 com uma turma da universidade e queria muito mostrar para mais pais. A 15 anos atrás era tudo muito rústico e praticamente não havia turismo… Fiquei impressionado com a infraestrutura que montaram na região durante esse tempo. Algumas construções inclusive de gosto muito duvidoso causando um certo impacto negativo a natureza do local. Mas com certeza vale a visita…
O rio nasce de algumas rochas e as águas azuis (daí vem a origem do nome) correm com certa correnteza por cerca de 150 m até desembocar em outro rio na região. Pro calor do Tocantins é uma excelente pedida. Almoçamos por lá e aproveitamos as águas azuis. Conversando com os donos do restaurante Agenda 21 (estavam construindo uma pousada no local) fui informado de várias outras atrações como cachoeiras e cavernas na região. Atrações que estavam sendo organizadas para serem exploradas turisticamente com guias.
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Decidimos dormir em Taguatinga do Tocantins. Ficamos no hotel Vitor's. Pousada simples e honesta pelo preço. Acredito que hoje seria uma melhor opção pernoitar lá no rio Azuis pois as acomodações me pareceram melhor além da área de camping.
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Esse dia ficou devendo fotos. Acho que aproveitamos tanto que esquecemos...
Tenho muita vontade de voltar a região e dar uma explorada de um modo mais selvagem. Como estava com meus pais dessa vez, achei por bem oferecer a eles um conforto maior. De Brasília a Taguatinga - TO à distância fica em torno de 500 km...
Próxima parte entro na região do Jalapão =)
cezarsantiago
07/09/2016, 09:43
Muito bacana! Acompanhando....
Muito bom relato :curtir: Em 2012 na volta do Jalapão passei no rio azuis de surpresa, através de informação passada na estrada. realmente impressionante.
Zeduardo
10/09/2016, 09:41
Muito bacana! Acompanhando....
Valeu Cezar =)
Muito bom relato :curtir: Em 2012 na volta do Jalapão passei no rio azuis de surpresa, através de informação passada na estrada. realmente impressionante.
Vou ter que voltar na região Dimasi. Fui informado que há muitas outras atrações pouco ou quase nada conhecidas até pra quem mora por lá.
Zeduardo
11/09/2016, 06:01
No hotel em Taguatinga já tinha decidido seguir pra Ponte Alta do Tocantins, via Dianópolis. De Taguatinga pela rodovia TO-110 sentido Ponte Alta do Bom Jesus saí para a TO-040 seguindo direção em Novo Jardim. Passei por Novo Jardim e parei um um posto na entrada de Dianópolis pra completar o tanque antes de seguir para Rio da Conceição, pois de lá aproveitaria as primeiras atrações da do jalapão. No posto fui desencorajado pelo frentista assim como um morador local alegando que havia chovido muito na região nos últimos dias e as estradas estavam horríveis. Como estava sozinho e ainda com meus pais que digamos não são tão adeptos ao off road decidi por prudência seguir até Almas (recomendação do frentista) e de lá pegar a estrada de terra que me levaria até Pindorama do Tocantins. Pindorama do Tocantins até Ponte Alta o trecho é recém asfaltado e estava ótimo assim como havia lido em alguns relatos por aqui.
O trecho de estrada de terra entre Almas e Pindorama estava bom… Boa parte de estradão patrolado, só algumas partes mais baixas em drenagem ou cerradão com algumas valas e umas “costelinhas“ em comparação com as que eu encontrei no trecho Ponte Alta - Mateiros. Passei por algumas poças grandes de água.
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Fotos em Pindorama do TO, tendando achar a saída para Ponte Alta.
Chegamos em Ponte Alta do Tocantins no meio da tarde e como a fome estava apertando paramos no restaurante Beira Rio, bem de frente pra ponte de madeira. Comemos uma simples mas muito boa comida. Aproveitamos e olhamos os quartos (tem uma pousada no mesmo lugar) que apesar de bem limpos, eram bem pequenos e o ar condicionado meio barulhento. Mas o preço estava interessante. Decidimos dar mais uma volta para achar uma pousada mais espaçosa mas acabamos voltando pois não encontramos nenhum custo X benefício melhor.
Aproveitamos o final da tarde bebendo e petiscando um churrasquinho no mesmo loca frequentado por muitos motoristas/guias dos passeios pela região que voltavam no final do dia. Pelo estado de alguns carros, as cintas amarradas nos parachoques e cabos desenrolados dos guinchos deu pra perceber que a minha prudência foi válida. Realmente o trecho que levava para a parte sul (cachoeira da fumaça, cachoeira e cânion do rio soninho, pedra-furada, etc) estava bem “técnico”. Já o trecho de Ponte Alta a Mateiros estava bom segundo o pessoal da região… Alguns pontos intransitáveis para carros 4x2 mas com meu carro eles asseguraram que passava.
É… Ficou pra próxima, já que eu seguiria norte-leste em direção a Maceió e não retornaria por essa região.
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Meu fiel garmin vista HCx.... =)
Zeduardo
11/09/2016, 10:24
Depois de acordar cedo, tomar o café (bem mais ou menos na pousada), comprar uns lanches na padaria e completar o tanque de combustível, seguimos em direção a Mateiros pela TO-255 e rumo às atrações do jalapão.
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Como a imagem acima mostra, essa é a cara típica de um dos dois tipos de deslocamentos no Jalapão: Estradões retos por quilômetros, largos. Aí que mora o perigo também. Li nos relatos que encontrei os problemas como pneus furados/rasgados, amortecedores, rolamentos e pivôs destruídos por essa estrada. Nos primeiros quilômetros deu pra entender o que viria pela frente. Tem trechos realmente bons e sem querer você acaba indo rápido até perceber que está a mais de 70 km/h. Aí do nada aparece uma vala ou degrau e pá! Vem aquela pancada. Aconteceu comigo algumas vezes no começo até me policiar na velocidade (estipulei o limite máximo de 50 km/h) para dar conta de freiar antes dos obstáculos, ainda mais que não conhecia a estrada. As costelas de vaca não tem solução. Baixei a calibragem dos pneus pra em em torno de 23 lbs, deu uma boa aliviada na ”tremedeira”.
Geralmente com os trechos de areião são bem confortáveis de passar… Você acaba descansando nos trechos de areia (haha) é só escolher o "trilho” e manter o embalo do veículo.
Não anotei a km exata dos acessos às atrações nessa estrada, mas a maioria (se não todas) estão bem sinalizadas. Mantendo uma velocidade segura fica bem mais fácil de perceber…
Primeira atração Canion da Sussuapara: Fica à beira da estrada em torno de uns 15 km de Ponte Alta. Muito bonito… E foi o primeiro contato com as águas do jalapão. Um lugar sombreado daquele… E água não é gelada como se espera. Eu acostumado com as águas geladas (pro meu gosto) da chapada dos Veadeiros achei bem interessante. Inclusive a temperatura das águas das outras atrações do Jalapão é excelente: nem fria e nem quente. Nessa época mesmo com as chuvas faz bastante calor. Não tem água suficiente para um banho de imersão nesse Canion.
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Decidimos ir a cachoeira da Velha e deixamos a cachoeira do Lajeado para outra oportunidade. Saindo do Canion da Sussuapara e após 55 km aproximadamente, pegamos o acesso a esquerda.
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Foram quase 30 km de pedregulho e costela de vaca. Ô cascalho duro! Estava um calor danado também… O ar condicionado do carro não dava conta de esfriar a cabine direito. Li alguns relatos de um “atalho” chamado atalho da antena que economiza alguns km pra quem vem/vai a Mateiros. Vi a refêrencia da placa branca com os dizeres “Você combina com o Jalapão lixo não” onde fica o acesso a este atalho. Marquei o ponto no GPS pra não “perder” a volta.
Chegamos em uma construção grande com uma porteira de acesso e aguardamos alguns minutos até alguém aparecer para abrir. Fomos recebidos por um rapaz que recolheu uma contribuição por pessoa (acredito que tenha sido 10 reais) nos fez assinar um livro e liberou um outro acesso para a cachoeira / praia. Estrada muito boa, tudo bem sinalizado até a chegada em um estacionamento. Descemos do carro e percorremos uma passarela até a cachoeira.
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Cachoeira de muito volume (não é seguro tomar banho por lá)e muito bonita. Tiramos umas fotos mas ficou a impressão de não ter valido apena percorrer toda a estrada de acesso só pra olhar. Voltamos e com o carro descemos mais um pouco para a praia do rio novo. Chegando aí sim o sorriso ficou estampado na cara. Que delicia de praia. A areia branca fina, as sombras e principalmente as águas do rio novo. A decisão de “almoçar” os nossos lanches foi ótima… Inclusive com pausa pra "siesta”. Gastamos um bom tempo por lá. Vale ressaltar que não só a construção onde fomos recebidos (uma espécie de portaria) como também o acesso à praia do rio novo tem uma excelente estrutura para camping com banheiros, sombras, etc. Próxima vez séra uma de minhas bases/pernoites no Jalapão.
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A hora passando, notamos algumas nuvens carregadas começando a se formar… sugerindo que seguíssemos em frente. No trecho de volta pegamos o ”atalho da antena” na referência da placa, rumo em direção a Mateiros (mas não seria nosso destino ainda). Não tem erro… Entrou no atalho segue o trilho estreito, onde só passa um carro por vez (por isso prestar muita atenção pois há poucos trechos onde desviar em caso de carro na contra-mão). Há partes desse atalho com bastante areia fofa, prestar atenção também aos “facões”. Meu carro tem uma boa altura em relação ao solo mas a bola do diferencial arrastou na areia algumas vezes (nesse caso só resolveria com pneus maiores). Nao recomendo veículos 4x2 nesse trecho.
Já nos últimos km desse atalho o céu resolveu mandar aquela chuva de lavar a alma. Foram uns 40 minutos de chuva muito forte que me fizeram parar no estradão após o atalho, pois não conseguia enxergar o que havia à frente do carro.
Continua...
Fernandes Kappes
12/09/2016, 16:12
Vale ressaltar que não só a construção onde fomos recebidos (uma espécie de portaria) como também o acesso à praia do rio novo tem uma excelente estrutura para camping com banheiros, sombras, etc. Próxima vez séra uma de minhas bases/pernoites no Jalapão.
Dizem que essa construção seria um antigo "hotel" construido por Pablo Escobar para produzir/distribuir coca no Brasil
Rodrigo TR4
13/09/2016, 00:18
Ze Eduardo...
Acompanhando aqui...
Abs
wagner4wd
19/09/2016, 21:46
tem fotos do trecho mateiros x coaceral ?
Zé Eduardo,
que viagem rapaz! E ainda levando os pais pra uma aventura! Muito bom seu relato...estou lendo e louco pra botar o pé na estrada.
Zeduardo
03/10/2016, 16:39
tem fotos do trecho mateiros x coaceral ?
Wagner, tenho sim... Já já coloco por aqui.
Zé Eduardo,
que viagem rapaz! E ainda levando os pais pra uma aventura! Muito bom seu relato...estou lendo e louco pra botar o pé na estrada.
Valeu Aragano.
Acabei me enrolando esses dias mas já já prossigo o relato...
Zeduardo
21/11/2016, 14:54
Desculpe a ausência das últimas semanas. Algumas prioridades surgiram.
Continuo o relato do estradão rumo a Mateiros. Bom… Passado um pouco a chuva, tocamos em direção a mateiros seguindo a TO-255. Com a chuva praticamente acabada, decidimos abrir os vidros do carro pra dar aquela renovada no ar e sentir o cheiro de terra molhada. Até que em uma das muitas panelas de areião/barro/lama/água o bendito do vidro do passageiro dianteiro não quis subir mais. É Amigos, a poesia do cheiro de chuva acabou e a primeira vítima das costelas do Jalapão apareceu. Um pouco antes de cruzar a ponte do Rio Novo decidi parar em um povoado à beira da estrada para dar uma olhada no bendito vidro. Sem sucesso. Aproveitamos pra tomar um café com tapioca e dar aquela animada antes de seguir para as dunas.
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Torcendo para não chover mais tocamos para as dunas e chegamos praticamente em cima da hora no posto de acesso. Assinamos uma prancheta e deixamos uma contribuição voluntária de 10 reais por pessoa. A trilha é praticamente só areia até o estacionamento. Essa trilha tem facões bem fundos e não recomendo para carros 4x2 nem veículos muito baixos. Tem várias trilhas que se entrelaçam entre si mas não tem como dar errado pois todas elas chegam no mesmo lugar.
A vista que se tem da estrada já é muito bonita…
Deixei o carro no estacionamento e caminhamos aproximadamente uns 400 metros até as dunas.
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Que lugar legal… Uma paz danada, com um córrego bem raso ao pé da Duna. Tiramos umas fotos… Apreciamos o por do sol e mais uma vez as nuvens de chuva deram o ar da graça. Hora de voltar.
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Ficamos o tempo todo sozinhos e já sabíamos disso pois o rapaz que controla o acesso falou que fecharia a cancela. Ele estipulou um horário de volta caso tivéssemos algum problema ele podia mandar uma espécie de ajuda(?). Com a possibilidade da chuva e o vidro do carro sem subir queria chegar logo em Mateiros. Entramos no carro e com um excesso de confiança adquirido por achar que já conhecia a trilha fui um pouco mais rápido que o necessário. Grande erro. Peguei uma trilha diferente (que julguei mais rasa) e do nada apareceram pedras e tocos fechando a estrada. Acabei catando tocos e pedras pois sair para os lados não era opção. Tinham degraus dos dois lados da trilha e o risco de tombar era enorme. Por muita sorte não tive nenhum problema por de baixo do carro. Entendo o motivo da interdição para que os motoristas não abram outras trilhas degradando o local mas deveria ter uma espécie de aviso ou a própria pessoa que controla o acesso podia ter me avisado desse possibilidade. Então fica o alerta para os próximos aventureiros. Fiquei bem aliviado pois poderia ter comprometido a viagem, rompendo a tampa do cárter do motor ou do câmbio automático quiçá uma problema sério o sistema de tração. Sorte!
Quando sai no estradão já estava quase noite… E uma chuva leve apareceu. Ahh pensei “ esse vidro aberto do passageiro não é nada, o carro está andando bem…”
Pronto… O farol apagou =/. P#%$*! Na chuva, breu total, janela aberta e mais uma vítima das costelas de vaca do jalapão apareceu. Respirei fundo… Coloquei a lanterna de cabeça, meu pai foi segurando outra lanterna no banco do passageiro e aí seguimos na manha para Mateiros. Ainda tentei usar os faróis auxiliares que tinha instalado mas para não ficar fora da legislação os mesmos só acionavam com a luz alta. O fato é que com a trepidação deu um mal contato na chave do farol. Até conseguia às vezes achar uma posição e ficar segurando o botão para manter o farol ligado mas isso levava alguns poucos minutos. Dirigi 1 hora desse jeito até a chegada em Mateiros. Chegamos debaixo de chuva e segui direto pra primeira pousada que eu avistei, chamada Santa Helena.
Acho que li em algum relato aqui no fórum que ir pro jalapão e não passar algum perrengue é não ir ao Jalapão...
marlonwh
21/11/2016, 22:13
Zé Eduardo,
Bom o seu relato e estou acompanhando. Também estou escrevendo o meu pois acabei de voltar de lá, e inspirado em você e mais alguns malucos que relataram suas aventuras, também arrisquei ir somente num carro até lá.
Felizmente para mim, nenhum perrengue com o carro, nenhum pneu furado, nenhum amortecedor estragado ou roda torta. A revisão após mais de 6000km foi só limpeza, óleo, filtros e um alinhamento/balanceamento. O mais castigado foi o filtro da cabine que, de tanta poeira, chegou a entupir e furar. Felizmente não entrou muita poeira e um pano bastou para limpar a cabine.
Abraços
Zeduardo
23/11/2016, 10:58
Zé Eduardo,
Bom o seu relato e estou acompanhando. Também estou escrevendo o meu pois acabei de voltar de lá, e inspirado em você e mais alguns malucos que relataram suas aventuras, também arrisquei ir somente num carro até lá.
Felizmente para mim, nenhum perrengue com o carro, nenhum pneu furado, nenhum amortecedor estragado ou roda torta. A revisão após mais de 6000km foi só limpeza, óleo, filtros e um alinhamento/balanceamento. O mais castigado foi o filtro da cabine que, de tanta poeira, chegou a entupir e furar. Felizmente não entrou muita poeira e um pano bastou para limpar a cabine.
Abraços
Fala marlonwh!
Fui lá dar uma conferida no seu relato. Muito bom... Revivi na mente alguns trechos =)
Provavelmente você sentiu que o Jalapão não é um bicho de 7 cabeças. Gostaria de ter ido em grupo mas sabemos como às vezes é difícil conciliar. Já é difícil conciliarmos nós mesmos com a rotina, certo?
Legal que você também tenha aproveitado mais o encanto do local. Deixei de ver várias atrações por alguns motivos mas já já eu volto pra lá pra uma temporada mais calma =)
Em relação aos perrengues... Hahaha pela idade da minha viatura isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. São problemas já conhecidos da mesma e infelizmente não é o tipo de coisa que revisamos antes de uma viagem dessa. No jalapão a prudência é o grande exercício a se praticar. =)
Fico feliz que não teve nenhum contratempo em relação ao veículo.
marlonwh
23/11/2016, 23:32
Fala marlonwh!
Fui lá dar uma conferida no seu relato. Muito bom... Revivi na mente alguns trechos =)
Provavelmente você sentiu que o Jalapão não é um bicho de 7 cabeças. Gostaria de ter ido em grupo mas sabemos como às vezes é difícil conciliar. Já é difícil conciliarmos nós mesmos com a rotina, certo?
Legal que você também tenha aproveitado mais o encanto do local. Deixei de ver várias atrações por alguns motivos mas já já eu volto pra lá pra uma temporada mais calma =)
Em relação aos perrengues... Hahaha pela idade da minha viatura isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. São problemas já conhecidos da mesma e infelizmente não é o tipo de coisa que revisamos antes de uma viagem dessa. No jalapão a prudência é o grande exercício a se praticar. =)
Fico feliz que não teve nenhum contratempo em relação ao veículo.
Que bom que gostou, continuo o relato tentando compartilhar um pouco da minha experiência, já que todo o planejamento e organização eu fiz baseando-me nos posts daqui. Espero que o meu também seja útil para alguém no futuro.
No meu caso também preferia ir em grupo, mas não deu. Felizmente eu arrisquei e fui feliz. Também achei que não é um bicho de 7 cabeças e voltaria para lá sozinho, se for o caso. Claro, sempre com o carro revisado e podendo confiar nele. Para mim, o que realmente pega são as costelas de vaca e, consequentemente, a paciência. De modo geral, não senti que é um desafio “4x4”, é mais um local que requer cuidado extra na direção por conta das distâncias, da velocidade e do calor, pois ninguém quer quebrar sozinho por lá. Exceto quando sai da principal e entra para os areiões, ai sim eu realmente me diverti. De qualquer maneira não recomendaria ir até lá num veículo baixo e o 4x4 é a tranquilidade de fazer os desvios/passeios que quiser e de viajar sem medo de sofrer empurrando o carro em algum ponto mais traiçoeiro da estrada.
Abraços,
Marlon
Zeduardo
26/11/2016, 14:24
Como comentei no post anterior, fiquei hospedado na pousada Santa Helena. Fui muito bem atendido pela equipe na chegada. Eles recomendaram uma pizzaria que não lembro o nome (se é que tinha nome) com uma pizza muito boa… Barriga cheia fomos direto pra cama. A pousada Santa Helena é bem ampla, quartos muito confortáveis e café da manhã bem completo. Recomendo a todos os amigos do fórum.
No dia seguinte descansamos mais um pouco… E foi a hora de ajeitar as coisas que tinham ‘’estragado” no veículo.
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Logo após abastecer o carro e passar no mercado para comprar alguns lanches, pegamos o rumo para a primeira atração do dia: O fervedouro do buriti…
O acesso para o fervedouro do Buriti se dá através da TO-110 sentido São Félix do Tocantins. Em aproximadamente 13km há a sinalização indicando a entrada para uma trilha até a "portaria” do fervedouro. Como chegamos perto da hora do almoço encomendamos a comida para depois de aproveitarmos o fervedouro.
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Pagamos 10 reais por pessoa e gastamos bastante tempo por lá. Acho que foi quase duas horas! Visitamos um rio com corredeiras que havia perto também (único lugar com água gelada que eu lembro no Jalapão)… Em todo tempo fomos os únicos no local.
Na volta da atração ficamos espantados com a quantidade de comida servida. Tudo estava delicioso! Não lembro o valor que pagamos mas foi uma quantia muito barata.
Há uma trilha saindo do fervedouro do Buriti que dá acesso a outras atrações mas decidimos seguir logo pro povoado da mumbuca e conferir o artesanato regional já que o almoço tinha pesado um pouco. A hora também já estava um pouco avançada. Segui por essa trilha pra fugir um pouco da TO-110 e fui sair já perto da entrada da comunidade (muito bem sinalizada na TO-110).
Conferimos o artesanato e na volta paramos no fervedouro do ceiça, conhecido também por fervedouro da mumbuca. O acesso ao fervedouro fica bem na pista que dá acesso a comunidade. Além da placa é possível ver o estacionamento bem perto da pista. Chegamos no fervedouro e havia um grupo saindo… Ficamos outra vez sozinhos na atração. Gastamos um bom tempo por lá e já saímos no final da tarde… em nenhum momento apareceu alguém cobrando a entrada até que quando chegamos ao estacionamento havia uma senhorita na moto nos esperando. Pagamos 10 reais por pessoa. Essa foi a última atração do dia.
Seguimos de volta a pousada e já chegamos no começo da noite. Esse dia não caiu uma gota de água do céu. =)
No dia seguinte saímos da pousada e passamos na cidade para resolver outras coisas. Tudo resolvido seguimos direto para a cachoeira do formiga.
Seguindo a TO-110 sentido São Félix do Tocantins, alguns quilômetros após a entrada do povoado da mumbuca você encontra a placa e a trilha de acesso para a cachoeira do formiga.
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Que lugar maravilhoso! Essa é uma das atrações imperdíveis do Jalapão. A cachoeira tem uma cor incrível, a cristalinidade da água nem tem como descrever… A temperatura é perfeita. Pagamos 20 reais por pessoa para visitá-la e encomendamos o almoço por lá também. Foi um pouco mais caro que no fervedouro do buriti mas a comida também estava bem gostosa. Aproveitamos bastante por lá (quase o dia todo). Também achei o lugar bem organizado e com uma excelente estrutura para camping (em termos de jalapão). Na próxima passagem será uma das opções de hospedagem.
No final da tarde seguimos de volta para Mateiros e no caminho resolvemos conhecer outro fervedouro famoso da região, chamado Fervedouro do rio do sono. Eu passei na entrada no dia anterior que fica na trilha que segui vindo do fervedouro do buriti e resolvi pegar a trilha ao contrário. Assim que passei da entrada da comunidade mumbuca fui procurando a saída (que nesse caso seria a entrada agora) e chegamos lá rapidinho…
Pagamos 20 reais por pessoa mas o sol já estava se pondo… A experiência não fui muito legal pois inclusive apareceram alguns borrachudos bem chatos. Ficamos pouco e tomamos a decisão de seguir em frente à nossa jornada até Maceió... Tínhamos muito chão pra frente ainda...
Hora de voltar para a pousada e se preparar para sair do Jalapão pela Bahia.
wagner4wd
26/11/2016, 19:34
saída do jalapão pela bahia :pipoca::pipoca:
Zeduardo
28/11/2016, 09:26
Acordamos cedo e após aquele café da manhã reforçado na pousada, juntamos as coisas no carro e partimos rumo a BR-135. Antes completei o tanque (infelizmente pagando um preço nada bom) pois não sabia o que iria encontrar pela frente.
Comentei no começo do tópico que a minha viagem ao jalapão foi planejada com ida/volta a Brasília, sendo que de última hora decidi ir com meus pais até Maceió. Procurei me informar sobre essa passagem entre Mateiros até a BR-135 e cheguei a conclusão de que o caminho existe mas é de certa forma “móvel”. Perguntei no posto de combustível, na pousada e até no churrasquinho durante meus dias em Mateiros e todo mundo confirmou que há sim a estrada mas ninguém soube me informar a real condição da mesma, pois o fluxo de pessoas por lá é bem menor do que de quem vem de São Félix ou Ponte Alta. Confesso que nos primeiros dias me preocupou mas na noite antes da partida concordei com o pensamento do funcionário da pousada de que se tivesse intransitável todo mundo ia saber pois notícia ruim corre rápido. Para garantir a sobrevivência passamos no mercado e reforçamos o estoque de comida e água.
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Além dos mapas rodoviários em papel, viajo também com meu iPad e o meu fiel GPS garmin e-trex vista. Costumo salvar as imagens do Google Earth no iPad e inserir coordenadas (waypoints) no GPS… Até hoje a fórmula tem dado certo….
Uso bastante também os mapas e trackings do projeto tracksource (mais informações www.tracksource.org.br (http://www.tracksource.org.br)). Verifiquei no eu GPS e o tracklog do caminho estava lá.
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Mesmo munido de todas essas ferramentas, nenhuma delas substitui o velho hábito de parar e perguntar. Simples, rápido e grande parte das vezes super eficaz.
Dia bonito, ensolarado… mas o frio na barriga estava lá. Seguimos rumo ao desconhecido. Saímos de Mateiros pela TO-247 e a primeira referência foi a fazenda/hotel/pousada Galhão. Até lá tranquilo… Estradão, algumas poças de lama e quase nada de trecho de areia. Estrada até melhor que a estrada entre Ponte Alta e Mateiros. Tem sempre uma placa indicando o hotel/fazenda/pousada Galhão.
Chegamos a referêcia e… Não tinha ninguém… Tudo abandonado… Nenhuma alma viva pra perguntar. Vi o tracklog do GPS e segui em frente. Sem erro… Estradão por vários kilometros. Até olhei mais uma vez as imagens do Google Earth e até então estava tudo bem. Não sei precisar por quantos kilometros mas fui apenas seguindo o tracklog no GPS, todas as curvas batiam e entrei em um trilho de areia muito bom de andar. Pelo GPS vi que mudamos de estado e passamos a rodar na BA-225 (continuamos nesse trilho) ainda avistando paisagens muito bonitas… Sem nenhum sinal de civilização. De repente começamos a notar cercas e as plantações apareceram… Imensos campos de soja e milho. Apareceram também algumas estradas mais largas e seguimos por elas usando o bom senso. Essa hora o tracklog do GPS não batia mais… Então tivemos o cuidado de sempre nos mantermos nas estradas e seguir o rumo indicado pelo GPS.
A partir dessas plantações passamos por silos, garagem de máquinas e até aeroporto particular… Inclusive cruzamos com máquinas agrícolas imensas. Parei umas 2 ou três vezes para confirmar o caminho do asfalto com funcionários das plantações (eles usam hiluxs 4x4 com rádio) e todos eles muito solícitos nos indicaram os caminhos.
Acabou que o trecho que eu mais temia foi o mais fácil a percorrer… Foi muito tranquilo… Em nenhum momento passei dificuldade até chegar em Coaceral-BA. Acho que todo mundo que usa GPS tem que aprender não confiar 100% (e aprender sem ser da pior forma) pois se seguisse literalmente o track log ia acabar preso em algum obstáculo.
Coaceral nada mais é que uma vila com vários silos onde eles escoam a produção das plantações locais…. Entrei no asfalto e já todo serelepe achando que tinha cumprido o desafio do dia. Não andei nem 500 metros e pronto…. o que era asfalto virou a superfície da lua =/
Que estrada horrível, gastei muito tempo desviando de buracos e andando nas estradas de serviço laterais… Isso com bastante caminhão, poeira e calor… Foram aproximadamente 70 km em 2 horas… e nos 10 km finais máquinas já tinham arrancado o asfalto deixando o cascalho que foi como um tapete mágico para rodar.
Cheguei no entroncamento da BR-135 e segui para norte, em direção a Correntes-PI. A rodovia BR-135 segue a sul para Formosa do Rio Preto - BA e depois Barreiras-BA.
Infelizmente nesse trecho não houve fotos pois além de estar dirigindo, estava navegando e os meus supostos ajudantes estavam muito preocupados em chegar em um lugar “conhecido” hehehe
wagner4wd
28/11/2016, 10:18
O pior trecho então fica por conta do trecho muito esburacado entre Coaceral e o acesso da BR135 ?
Zeduardo
28/11/2016, 10:31
O pior trecho então fica por conta do trecho muito esburacado entre Coaceral e o acesso da BR135 ?
Isso Wagner... Mas,
Passei por lá a quase 1 ano atrás. Os 10 kilometros finais retiraram o asfalto lixo e estavam terraplanando o terreno. Acredito que melhoraram bastante o trecho pois tem muito caminhão escoando a produção da região e os fazendeiros ali não iam deixar aquela estrada naquelas condições. Mas estamos no Brasil... Pode ser que não também.
Outro detalhe... Fui no período da chuva ao Jalapão e as estradas estavam relativamente boas. Como o movimento nesse trecho entre Mateiros e Coaceral é pequeno nao sei se arrumariam a estrada após a ação da natureza em 1 ano. O que fica mais confortável de afirmar é que na região das fazendas a probabilidade das estradas estarem boas é enorme...
Zeduardo
29/11/2016, 09:09
Seguindo a BR-135… Passamos por Correntes e em Monte Alegre do Piauí seguimos pela BR-235 até Cristino Castro onde decidimos pernoitar à beira da rodovia em um hotel chamado Gurguéia Hotel. Hotel com amplo estacionamento, bem confortável apesar do calor.
No dia seguinte continuamos na BR-235 até Colônia do Gurguéia e após a cidade mudamos para a BR-324 em direção a cidade de Canto do Buriti e São Raimundo Nonato. Todas essas BRs estavam em excelente estado de conservação mas com vários trechos com sinalização precária. Notamos também que a região é muito rica em água com vários balneários sendo alguns deles de águas termais.
De São Raimundo Notato mudamos para a BR-324 e a vegetação mudou totalmente para caatinga. Tudo muito seco… Cruzamos a divisa de estado e em Remanso na Bahia pegamos a BR-325 até Petrolina em Pernambuco. O maior perigo nesse trecho é a quantidade de animais soltos á beira da rodovia, principalmente jegues. Vimos bastante animais atropelados... Cuidado redobrado na estrada.
Quando estávamos nos aproximando de Petrolina… a paisagem seca da caatinga deu lugar a verdadeiros oásis verdes de pomares com vários tipos de frutas. Plantações que se perdiam no horizonte, todas elas irrigadas pelas águas do rio São Francisco. Já ouvimos falar da exportação de frutas e a fabricação de vinhos de vinhos na região mas só passando por lá pra ter uma idéia da dimensão. Decidimos ficar por Petrolina e no hotel Ibis achamos legal a oferta de um passeio por uma vinícola famosa (com degustação =)) + Passeio de barco a vapor no rio São Francisco com almoço incluso e música ao vivo.
No outro dia o ônibus do passeio nos buscou no hotel as 8 da manhã e após o dia todo de atividades nos deixaram ás 17 horas no hotel.
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Petrolina vista de Juazeiro na Bahia. Ponte no rio São Francisco.
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Vinícola Miolo
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Umas comprinhas!
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Barco com almoço e música ao vivo. Tem parada pra banho no Rio São Francisco.
Se não me engano pagamos 130 reais por pessoa e valeu cada centavo =)
Pernoitamos mais um dia em Petrolina e depois seguimos para Maceió seguindo boa parte do rio São Francisco com belíssimas paisagens.
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Espero que esse relato contribua para viagem de muita gente, assim como outros relatos me ajudaram muito nessa aventura.
Até a próxima viagem. :)
wagner4wd
29/11/2016, 09:25
Obrigado mesmo pelo relato pelas dicas !
Vai ajudar muito no meu projeto Jalapão 2017
Matheus Ribeiro
19/06/2017, 07:40
Ótimo relato! com dicas essenciais para se sair bem no Jalapão...(Gostei bastante das dicas de GPS/mapas)
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