proença
22/11/2005, 10:50
Prostitutas aderem à revitalização do Rio
Folha de São Paulo 22N0V05
Prostitutas aderiram ao projeto de revitalização da praça Tiradentes, um tradicional reduto da boemia no centro do Rio. Com medo de serem ""desalojadas", as cerca de 150 prostitutas da área deram início a um ""mutirão" na região. Desde o ano passado, a ONG Davida, que defende os direitos das prostitutas no Estado e é dirigida por uma delas, realizou uma série de intervenções na praça.
Nesse período, elas se reuniram com comerciantes e donos de hotéis da região e cobraram ""mais limpeza e arrumação" nos estabelecimentos. Reivindicaram e ganharam uma iluminação mais forte na rua Imperatriz Leopoldina, principal ponto das prostitutas na praça.
"Também instruímos as profissionais a se arrumarem melhor e a evitar confusões na região", disse Gabriela Leite, secretária executiva da ONG Davida.
Neste ano, as prostitutas foram incluídas no calendário cultural da praça. Na última quinta de cada mês, elas realizam o evento "Mulheres Seresteiras", em que cantam. Também encenam a peça "Cabaré Davida". A próxima apresentação será no dia 1º, Dia Mundial da Luta Contra a Aids.
Uma outra iniciativa da ONG Davida é o lançamento de uma grife de roupas para ""profissionais do sexo e simpatizantes": a Daspu. Segundo as 22 prostitutas do Estado do Rio, sócias no empreendimento, o nome é uma brincadeira com a milionária loja de São Paulo, a Daslu. A primeira peça da nova grife será a camisa do bloco carnavalesco Prazeres Davida, que deverá começar a ser vendida no ensaio da próxima segunda na praça Tiradentes. Inicialmente, as sócias investirão cerca de R$ 5.000 no projeto.
"A idéia é criar uma fonte de renda para as prostitutas mais velhas e ajudar as mais novas", disse Gabriela. Os organizadores planejam lançar a primeira coleção da marca em março de 2006.
O trabalho da ONG teve início logo após a Prefeitura do Rio e o Ministério da Cultura anunciarem que fariam em conjunto a revitalização da região. Até agora, o projeto consumiu R$ 11 milhões.
"Decidimos nos mexer para não perder este espaço histórico, como ocorreu no Pelourinho (Salvador), em Recife e em outras áreas degradadas que sofreram reformas", disse Gabriela.
A coordenadora do projeto de revitalização da praça Tiradentes, Cristina Lodi, elogiou a participação das prostitutas.
Folha de São Paulo 22N0V05
Prostitutas aderiram ao projeto de revitalização da praça Tiradentes, um tradicional reduto da boemia no centro do Rio. Com medo de serem ""desalojadas", as cerca de 150 prostitutas da área deram início a um ""mutirão" na região. Desde o ano passado, a ONG Davida, que defende os direitos das prostitutas no Estado e é dirigida por uma delas, realizou uma série de intervenções na praça.
Nesse período, elas se reuniram com comerciantes e donos de hotéis da região e cobraram ""mais limpeza e arrumação" nos estabelecimentos. Reivindicaram e ganharam uma iluminação mais forte na rua Imperatriz Leopoldina, principal ponto das prostitutas na praça.
"Também instruímos as profissionais a se arrumarem melhor e a evitar confusões na região", disse Gabriela Leite, secretária executiva da ONG Davida.
Neste ano, as prostitutas foram incluídas no calendário cultural da praça. Na última quinta de cada mês, elas realizam o evento "Mulheres Seresteiras", em que cantam. Também encenam a peça "Cabaré Davida". A próxima apresentação será no dia 1º, Dia Mundial da Luta Contra a Aids.
Uma outra iniciativa da ONG Davida é o lançamento de uma grife de roupas para ""profissionais do sexo e simpatizantes": a Daspu. Segundo as 22 prostitutas do Estado do Rio, sócias no empreendimento, o nome é uma brincadeira com a milionária loja de São Paulo, a Daslu. A primeira peça da nova grife será a camisa do bloco carnavalesco Prazeres Davida, que deverá começar a ser vendida no ensaio da próxima segunda na praça Tiradentes. Inicialmente, as sócias investirão cerca de R$ 5.000 no projeto.
"A idéia é criar uma fonte de renda para as prostitutas mais velhas e ajudar as mais novas", disse Gabriela. Os organizadores planejam lançar a primeira coleção da marca em março de 2006.
O trabalho da ONG teve início logo após a Prefeitura do Rio e o Ministério da Cultura anunciarem que fariam em conjunto a revitalização da região. Até agora, o projeto consumiu R$ 11 milhões.
"Decidimos nos mexer para não perder este espaço histórico, como ocorreu no Pelourinho (Salvador), em Recife e em outras áreas degradadas que sofreram reformas", disse Gabriela.
A coordenadora do projeto de revitalização da praça Tiradentes, Cristina Lodi, elogiou a participação das prostitutas.