jwalker
28/02/2012, 12:05
Camaradas,
Neste carnaval peguei nossa TR4, a patroa e o "piá" e fomos de Curitiba até Guaraqueçaba, no litoral, um passeio belíssimo e que recomendo a todos, do Paraná ou não. O caminho mais bonito é ir por Quatro Barras, pelo trecho inicial da Estrada da Graciosa (que infelizmente foi asfaltado e já está sendo vítima de especulação imobiliária em plena Mata Atlântica residual...), pegando a Trilha do Alemão e finalmente descendo pelo trecho usual da Graciosa. Pouco antes de Antonina, tem o trevo onde pega-se à esquerda, onde temos cerca de uns 20 km de asfalto em bom estado. Após isto, começa a estrada de terra, cerca de 75 km até Guaraqueçaba. Algumas impressões:
1) Da estrada:
Belíssima paisagem, com paradas obrigatórias para fotografar, molhar os pés nos rios limpíssimos da região, enfim, Vale muito à pena! Para o almoço, recomendo o restaurante do Marinho, em Tagaçaba (uns 40 km até chegar lá), na beira de um rio. Comida boa, barata e ambiente bonito para mais boas fotos.
O estado da estrada é deplorável. Os primeiros 20 km no sentido Guaraqueçaba estão muito ruins, só pedras soltas, muito irregular. Não dá para fazer mais que 30 km/h. A TR4 aguenta de longe isto, mas ir mais rápido vai arremessar um monte de pedras sob o carro, perigoso especialmente para quem não tem protetores. Fui com a 4x4 integral engatada por motivos de aderência, mas o bloqueio e a reduzida não foram necessários nem uma vez. Depois deste trecho inicial, as pedras são mais em trechos de subida ou descida. Nos trechos planos, as costelas de vaca são onipresentes, mas já dá para ir mais rápido na boa. Mas, como falei, se o lance é viajar pra curtir tudo de belo da região, em um feriado, o a última coisa que você vai querer saber é do horário e de médias, não é mesmo?
2) Da TR4:
O carro é, de fato, um tanque em miniatura. Rodei cerca de 200 km (ida e volta mais passeios) com ela, 4x4 engatada, boa aderência, sem trepidações ou bate-bate (fora as normais do terreno, óbvio), não escapou nenhuma marcha (a minha é manual), ar condicionado ligado o tempo todo (coloquei os filtros de cabine que a MIT nos sonega...), enfim, é uma viagem que judia um pouco do carro, mas, sabendo usar, sem problemas. Voltando à Curitiba, pela BR 277, fiquei de olhos e ouvidos para ruídos estranhos ou desalinhamentos nas geometrias das suspensões. Fiquei impressionado: o carro não desalinhou um milímetro! Nenhuma trepidação, rangido, barulho, nada! O meu respeito pela viatura, que já era grande, aumentou ainda mais. Acho que este relato encerra discussões sobre "qual comprar? TR4 ou Tucson, CRV, etc, etc...". Todos estes carros simplesmente não aguentam a viagem até Guaraqueçaba. Se você tem um, então, não insista, é prejuízo certo. Assim, como frisado várias vezes no fórum, uma TR4 manual por R$ 70 e poucos mil, desde que ela seja de fato utilizada em suas potencialidades e finalidades, não é caro, principalmente se um Duster ou NhecoSport AWD custam mais de 60 mil. Atenção: estes dois também não aguentam o que a TR4 aguenta.
O que me chamou a atenção foi o grande número de Mille Way na região. Alguns, já conhecedores da estrada, passavam por mim voando em alguns trechos. Lá na cidade os reencontrei e estavam rodando bem ainda, rsss... A Fiat bem que poderia ter feito com o velho Uno o que sempre foi feito com o Panda na Itália, a primeira geraçao deste ainda é um mito por lá.
Para finalizar, fiquei hospedado na Pousada do Biguá, do Munir, local excelente, limpo, quarto com ar condicionado e proteção contra mosquitos, café da manhã excelente, fora que o cidadão é uma figura simpática e pra lá de prestativa. A R$ 180,00 a diária para casal e criança em pleno carnaval... achei barato!
Espero ter ajudado os amigos com as dicas do passeio!
Abraços!
Neste carnaval peguei nossa TR4, a patroa e o "piá" e fomos de Curitiba até Guaraqueçaba, no litoral, um passeio belíssimo e que recomendo a todos, do Paraná ou não. O caminho mais bonito é ir por Quatro Barras, pelo trecho inicial da Estrada da Graciosa (que infelizmente foi asfaltado e já está sendo vítima de especulação imobiliária em plena Mata Atlântica residual...), pegando a Trilha do Alemão e finalmente descendo pelo trecho usual da Graciosa. Pouco antes de Antonina, tem o trevo onde pega-se à esquerda, onde temos cerca de uns 20 km de asfalto em bom estado. Após isto, começa a estrada de terra, cerca de 75 km até Guaraqueçaba. Algumas impressões:
1) Da estrada:
Belíssima paisagem, com paradas obrigatórias para fotografar, molhar os pés nos rios limpíssimos da região, enfim, Vale muito à pena! Para o almoço, recomendo o restaurante do Marinho, em Tagaçaba (uns 40 km até chegar lá), na beira de um rio. Comida boa, barata e ambiente bonito para mais boas fotos.
O estado da estrada é deplorável. Os primeiros 20 km no sentido Guaraqueçaba estão muito ruins, só pedras soltas, muito irregular. Não dá para fazer mais que 30 km/h. A TR4 aguenta de longe isto, mas ir mais rápido vai arremessar um monte de pedras sob o carro, perigoso especialmente para quem não tem protetores. Fui com a 4x4 integral engatada por motivos de aderência, mas o bloqueio e a reduzida não foram necessários nem uma vez. Depois deste trecho inicial, as pedras são mais em trechos de subida ou descida. Nos trechos planos, as costelas de vaca são onipresentes, mas já dá para ir mais rápido na boa. Mas, como falei, se o lance é viajar pra curtir tudo de belo da região, em um feriado, o a última coisa que você vai querer saber é do horário e de médias, não é mesmo?
2) Da TR4:
O carro é, de fato, um tanque em miniatura. Rodei cerca de 200 km (ida e volta mais passeios) com ela, 4x4 engatada, boa aderência, sem trepidações ou bate-bate (fora as normais do terreno, óbvio), não escapou nenhuma marcha (a minha é manual), ar condicionado ligado o tempo todo (coloquei os filtros de cabine que a MIT nos sonega...), enfim, é uma viagem que judia um pouco do carro, mas, sabendo usar, sem problemas. Voltando à Curitiba, pela BR 277, fiquei de olhos e ouvidos para ruídos estranhos ou desalinhamentos nas geometrias das suspensões. Fiquei impressionado: o carro não desalinhou um milímetro! Nenhuma trepidação, rangido, barulho, nada! O meu respeito pela viatura, que já era grande, aumentou ainda mais. Acho que este relato encerra discussões sobre "qual comprar? TR4 ou Tucson, CRV, etc, etc...". Todos estes carros simplesmente não aguentam a viagem até Guaraqueçaba. Se você tem um, então, não insista, é prejuízo certo. Assim, como frisado várias vezes no fórum, uma TR4 manual por R$ 70 e poucos mil, desde que ela seja de fato utilizada em suas potencialidades e finalidades, não é caro, principalmente se um Duster ou NhecoSport AWD custam mais de 60 mil. Atenção: estes dois também não aguentam o que a TR4 aguenta.
O que me chamou a atenção foi o grande número de Mille Way na região. Alguns, já conhecedores da estrada, passavam por mim voando em alguns trechos. Lá na cidade os reencontrei e estavam rodando bem ainda, rsss... A Fiat bem que poderia ter feito com o velho Uno o que sempre foi feito com o Panda na Itália, a primeira geraçao deste ainda é um mito por lá.
Para finalizar, fiquei hospedado na Pousada do Biguá, do Munir, local excelente, limpo, quarto com ar condicionado e proteção contra mosquitos, café da manhã excelente, fora que o cidadão é uma figura simpática e pra lá de prestativa. A R$ 180,00 a diária para casal e criança em pleno carnaval... achei barato!
Espero ter ajudado os amigos com as dicas do passeio!
Abraços!