MotorScience Brasil
18/01/2012, 23:09
Olá a todos.
Peço desculpa aos moderadores se este assunto já foi abordado e se o tópico está a ser colocado no lugar errado.
Alguns de nós já deve ter feito/assistido a testes de potência dos seus carros ou dos de amigos. Alguns podem não saber como funciona o teste na realidade. Outros com certeza sabem muito mais que eu, mas para aqueles que não sabem como funciona e como se processa criei este tópico.
Então o banco de potência/dinamômetro funciona da seguinte forma:
Existe um freio elétrico semelhante ao usado nos caminhões que aplica uma determinada força de freagem.
Como o teste é feito em aceleração, existe um calculo do tempo que o carro demora a passar de uma rotação para outra.
Aplicando formulas matemáticas chega-se à potência do carro.
Isto é como funciona na teoria.
Preparação para o ensaio:
Por questões de segurança o carro é amarrado para não sair do lugar.
É colocado um sensor no cabo das velas para saber os giros do motor em tempo real, ou em alternativa engrena-se o carro na marcha em que se vai realizar o teste, e com o motor a rodar a uma rotação fixa, grava-se no dinamômetro a velocidade dos rolos e do motor. (desta forma o dinamômetro sabe a as relações do câmbio)
Podem ser colocados vários outros sensores no carro, mas não obrigatórios. (só o de temperatura de óleo, caso o carro não tenha por questões de segurança)
Começa-se a rodar com o carro para esquentar os elementos transmissão e o motor (pode-se colocar uma carga nos rolos para esquentar mais rapidamente).
Realização do ensaio:
Com o carro a rodar numa marcha fixa (4ª por exemplo), inicia-se o teste desde o giro mais baixo possível até ao máximo.
Terminado isso, o dinamômetro solicita ao utilizador para carregar na embraiagem para calcular as perdas mecânicas que existem desde o motor até os rolos (quanto mais tempo demorarem a rodar, menores serão as perdas).
Resultados:
Os resultados apresentados são:
Potência Máxima do Motor e os giros a que é atingida.
Torque Máximo e os giros a que é atingido.
Potência Máxima do Motor e os giros a que é atingida ISO.
Torque Máximo e os giros a que é atingido ISO.
Potência de Reboque.
Potência de Perdas.
Velocidade máxima atingida durante o teste.
Pressão e Tempera a que foi realizado o teste e Pressão e Temperatura ISO.
Depois de explicar "rapidamente" as várias fases do teste, paço a explicar a forma como podemos ser enganados.
Na fase do teste em que é solicitado ao utilizador que pressiona a embraiagem, verifiquem sempre se o carro não tem as luzes de freio acesas (ou no caso de um RWD ou 4WD, o freio de mão).
Porquê? Porque quando é calculada a potência de perdas, quanto mais elevado for esse valor, mais elevado será o valor da potência do motor em relação à potência na roda.
Então, pode-se apresentar mais potência escrita no motor, sem modificar absolutamente nada no mesmo.
Por esse motivo, caros amigos:
MUITA ATENÇÃO ÀS LUZES DE FREIO DURANTE OS TESTES DE POTÊNCIA
Espero ter ajudado com alguma coisa
Peço desculpa aos moderadores se este assunto já foi abordado e se o tópico está a ser colocado no lugar errado.
Alguns de nós já deve ter feito/assistido a testes de potência dos seus carros ou dos de amigos. Alguns podem não saber como funciona o teste na realidade. Outros com certeza sabem muito mais que eu, mas para aqueles que não sabem como funciona e como se processa criei este tópico.
Então o banco de potência/dinamômetro funciona da seguinte forma:
Existe um freio elétrico semelhante ao usado nos caminhões que aplica uma determinada força de freagem.
Como o teste é feito em aceleração, existe um calculo do tempo que o carro demora a passar de uma rotação para outra.
Aplicando formulas matemáticas chega-se à potência do carro.
Isto é como funciona na teoria.
Preparação para o ensaio:
Por questões de segurança o carro é amarrado para não sair do lugar.
É colocado um sensor no cabo das velas para saber os giros do motor em tempo real, ou em alternativa engrena-se o carro na marcha em que se vai realizar o teste, e com o motor a rodar a uma rotação fixa, grava-se no dinamômetro a velocidade dos rolos e do motor. (desta forma o dinamômetro sabe a as relações do câmbio)
Podem ser colocados vários outros sensores no carro, mas não obrigatórios. (só o de temperatura de óleo, caso o carro não tenha por questões de segurança)
Começa-se a rodar com o carro para esquentar os elementos transmissão e o motor (pode-se colocar uma carga nos rolos para esquentar mais rapidamente).
Realização do ensaio:
Com o carro a rodar numa marcha fixa (4ª por exemplo), inicia-se o teste desde o giro mais baixo possível até ao máximo.
Terminado isso, o dinamômetro solicita ao utilizador para carregar na embraiagem para calcular as perdas mecânicas que existem desde o motor até os rolos (quanto mais tempo demorarem a rodar, menores serão as perdas).
Resultados:
Os resultados apresentados são:
Potência Máxima do Motor e os giros a que é atingida.
Torque Máximo e os giros a que é atingido.
Potência Máxima do Motor e os giros a que é atingida ISO.
Torque Máximo e os giros a que é atingido ISO.
Potência de Reboque.
Potência de Perdas.
Velocidade máxima atingida durante o teste.
Pressão e Tempera a que foi realizado o teste e Pressão e Temperatura ISO.
Depois de explicar "rapidamente" as várias fases do teste, paço a explicar a forma como podemos ser enganados.
Na fase do teste em que é solicitado ao utilizador que pressiona a embraiagem, verifiquem sempre se o carro não tem as luzes de freio acesas (ou no caso de um RWD ou 4WD, o freio de mão).
Porquê? Porque quando é calculada a potência de perdas, quanto mais elevado for esse valor, mais elevado será o valor da potência do motor em relação à potência na roda.
Então, pode-se apresentar mais potência escrita no motor, sem modificar absolutamente nada no mesmo.
Por esse motivo, caros amigos:
MUITA ATENÇÃO ÀS LUZES DE FREIO DURANTE OS TESTES DE POTÊNCIA
Espero ter ajudado com alguma coisa