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  • Comparativo: Nissan Frontier Attack X Chevrolet S10 LTZ 4X4

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    Passada a febre dos “pôneis malditos”, polêmica campanha publicitária já esquecida no Brasil, o G1 avaliou a nova Nissan Frontier, dona da famigerada propaganda e de cavalos a mais, com a totalmente renovada Chevrolet S10, que entra em nova geração após 16 anos de liderança no mercado nacional. Visualmente, a briga é boa, já que as duas transmitem a sensação de carro resistente, bruto, porém jovem. Embora empatem na categoria “estética”, na hora de usar o veículo nas condições reais às quais uma picape se propõe, a já clássica S10 vence a queda de braço.O primeiro ponto que ela ganha à frente da “fortona” japonesa começa ao entrar no carro. A qualidade dos materiais utilizados pela GM na S10 é nitidamente superior, seja pela rigidez das peças plásticas, texturas e desenho, seja pelos encaixes das partes. A Frontier é rústica, enquanto a S10 se renovou e vem como uma picape que honra o quanto você paga nela (veja tabela comparativa acima).

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    Primeiras impressões: Chevrolet S10 2012Primeiras impressões: Nissan Frontier SE Attack 4x4 2013Já a posição de dirigir é confortável nos dois modelos. A diferença entre as duas, é que a S-10 passa a sensação de ser uma picape maior do que é realmente. Com o corpo mais alto, fica mais fácil ver obstáculos pelo caminho, especialmente quando ela vai para a lama. Mas não que isso desqualifique a Frontier. Pode-se dizer que são sensações distintas ao dirigir.

    O ronco do motor a diesel é barulhento na Frontier - o isolamento acústico da S10 é bem melhor. A direção da picape da Chevrolet é mais leve e permite manobras mais “confortáveis” — nas duas picapes a direção é hidráulica. Por outro lado, a suspensão da Frontier passa de forma mais “firme” pelas irregularidades das vias, mas isso porque o ajuste das molas e na calibração dos amortecedores do conjunto da suspensão é mais rígido. Mas a cabine não é tão afetada pela trepidação.

    Já na S10, embora a suspensão deixe o modelo mais estável para uma picape (bem perceptível nas curvas em asfalto), as irregularidades são passadas para a cabine, que chacoalha mais.

    Entre itens que faltam e itens que sobram, nenhuma das duas têm sensor de estacionamento. Ou seja, ter a noção da distância da caçamba para um objeto estático, seja um carro, um poste ou mesmo uma pessoa é difícil. Já a peça que “sobra” está na Frontier, que ainda tem antena do sistema de som fincada sob o capô. Um modismo necessário na década de 1990, mas que hoje não dá para entender ainda existir, pois só atrapalha ao passar por galhos de árvores, por exemplo.

    Na lama, o comportamento das duas é satisfatório e cumpre a proposta de picape média a diesel com tração 4X4. A Frontier Attack está agora com 190 cavalos de potência e 45,8 kgfm de torque, marcas 32% e 26% maiores, respectivamente, em relação à linha anterior. Já a S-10 LTZ tem motor 2.8 de 180 cv e 47,9 kgfm de torque. As duas ficam “à vontade” nas subidas íngremes e cheia de pedregulhos.

    Os sistemas 4X4 também funcionam de forma semelhante. Tanto a Frontier quanto a S10 oferecem tração Shift-on-the-Fly, para as situações “fora de estrada”, e dispensam o uso de alavancas. Com ela, a tração 4×4 pode ser facilmente acionada por meio de um botão no painel, com o carro em movimento a até 80 km/h.

    O ângulo de ataque da Frontier é de 32°, enquanto o de saída é de 24°. A capacidade máxima de subida de rampa é de 39° e a altura livre do solo é de 22 cm. As versões Attack contam de série de pneus de uso misto, que aumentam a capacidade fora de estrada. No caso da S10, com uma altura de 22,5 cm em relação ao solo, ela consegue um ângulo de passagem de 25,7°. Seu ângulo de ataque é 30,7° e o de saída é de 16,1°.

    O perfil do consumidor brasileiro mudou de forma geral com a estabilidade econômica do país e aumento da renda, o que inclui as picapes médias, usadas tanto para passeios off-road quanto para o transporte de equipamentos e mercadorias. Quem compra picape hoje, no Brasil, procura um carro versátil, apesar do tamanho, e que tenha um acabamento superior, mais caprichado. Afinal, picapes médias não são nada baratas: a S10 LTZ a diesel sai por R$ 130.840 e a Frontier LE Attack sai por R$ 119.890. A GM entendeu isso e deu um belo tratamento ao seu líder de vendas na categoria. A Nissan perde tempo, embora a Frontier ainda seja um bom utilitário.

    Fonte: G1

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