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  • Mitsubishi ASX é bicho da cidade, mas também vai para o mato

    COMO INSTALAR 4X4 NA RURAL4X2 ????-asx1.jpg

    Crossover ativo e esperto. Oi? Sim, esse é o significado traduzido da sigla ASX (Active Smart X-over), que batiza um dos últimos lançamentos da Mitsubishi por aqui.

    O nome é adequado para o carro, que consegue ser esperto na cidade - seu ambiente predileto -, mas sem deixar de lado a ação de uma eventual trilha, especialmente na versão 4x4.
    De janeiro a junho, quase 5.000 unidades do ASX foram vendidas no Brasil, número que coloca o carro da Mitsubishi à frente de Toyota SW4 e Kia Sportage (que teve nova versão lançada no meio do caminho) e logo atrás de Chevrolet Captiva.

    O preço atrativo, especialmente na versão de entrada (4x2 manual - R$ 79.990), torna o crossover uma das principais apostas da Mitsubishi para estender o reconhecimento já obtido nos ralis para as ruas das cidades. Para isso, um carro de tamanho menor, com visual moderno e agressivo, é obviamente bem-vindo.

    A oferta de câmbio automático CVT também entra na estratégia, já que boa parte do público urbano que compra SUVs e crossovers não abre mão do conforto. Ficar trocando marchas no trânsito caótico, nem pensar. Some a isso um bom pacote de equipamentos e tecnologia e a proposta parece estar completa. Mas será que funciona?

    Vivo na cidade
    O R7 testou a versão do topo do Mitsubishi ASX (AWD automática, com teto Sky View e faróis de xenon, por salgados R$ 102.990). Segundo explicou a assessoria de imprensa da montadora, esse é o modelo ideal para mostrar todo o "potencial" do carro. Ok, mas você, consumidor, ainda conta com opções mais baratas. A AWD automática sem teto e faróis sai por R$ 96.990. A 4x2 automática, por R$ 86.990, é uma alternativa mais interessante ao câmbio manual, que, aliás, nem deveria ser oferecido em um carro desse porte.

    No percurso urbano moderado, o motor 2.0 16V a gasolina com comando variável de válvulas tem funcionamento suave. Nada de surpresas aqui. Os 160 cv gerados pela unidade de força surgem a 6.000 rpm, enquanto o torque máximo de 20,1 kgfm vem a altas 4.200 rpm. Com transmissão automática continuamente variável (CVT), isso pode ser um problema, já que o carro fica barulhento nesse regime de rotações. A solução da Mitsubishi (e de outros fabricantes) para o inconveniente foi a adoção de seis "marchas" virtuais que podem ser trocadas via borboletas atrás do volante, o que também aumenta a segurança em ultrapassagens e retomadas. Esperto.

    O ASX acelera de zero a 100 km/h em 9,6 segundos e atinge máxima de 196 km/h. Isso, no entanto, é na versão manual. Com o câmbio CVT, a aceleração passa para 11,9 segundos, enquanto a velocidade máxima cai para 188 km/h. Longe de ser empolgante, mas bom o suficiente para atender ao usuário cotidiano. No dia a dia esburacado, o comportamento neutro do carro é ideal. Como todo veículo mais alto, tende a inclinar nas curvas rápidas.

    Nas ruas de São Paulo, o Mitsubishi tem o mérito de se mesclar e se destacar ao mesmo tempo. Os agressivos faróis dianteiros - cujo design foi herdado do Lancer Evo X -, a "bocona" trapezoidal da grade dianteira, a linha inferior ascendente das janelas e os pronunciados vincos de capô e laterais deixam o crossover com cara essencialmente urbana e ainda conseguem ser atrativos o suficiente para chamar alguns olhares.

    Por dentro, conforto de sobra para motorista e passageiros. Com dois na frente e dois atrás, o ASX vai muito bem. Um quinto ocupante no meio, embora menos à vontade, tem o melhor assento para apreciar a bela vista do teto Sky View, que fica ainda mais bonita em um dia de chuva, quando a água em velocidade forma "trilhos" no vidro. Nas dimensões, o desenho externo pode enganar, já que o ASX é menor do que aparenta, o que não quer dizer que seja apertado. São 4,29 m de comprimento, 2,67 m de entre-eixos e 1,77 m de largura. No porta-malas vão 414 l de bagagem.

    E se você faz questão de muitos equipamentos, prepare-se para uma longa lista. A versão avaliada tinha nove airbags, freios ABS com distribuição eletrônica de força, BAS (que mantém o ABS funcionando mesmo se o motorista tirar o pé do freio), controles de estabilidade e tração, direção elétrica, sensor de estacionamento, sistema keyless e som com entrada auxiliar, além do obrigatório ar-condicionado e do trio elétrico.

    Vou para o campo
    Quando chega a uma estrada de terra e cascalho no interior de São Paulo, o ASX mostra um lado diferente. Com a tração integral ativada, o carro ganha força para encarar um traçado complicado e escorregadio com competência.

    Mesmo quando o motorista intencionalmente abusa nas curvas, os sistemas eletrônicos garantem boa estabilidade. Nesses casos, o carro também faz questão de dar uma bronca, evidenciada pelos sinais sonoros e luzes que piscam no painel, como que dizendo: "Não seja besta, rapaz". Ativo.

    Não pense, entretanto, que o Mitsubishi ASX vai ajudá-lo se você se meter em um atoleiro de verdade. Este carro não foi feito para o off-road. Ele encara, no máximo, uma trilha complicada, mas civilizada, entre sua casa na cidade e sua chácara mais afastada.

    Nesse trajeto feijão com arroz, o carro tem comportamento exemplar. Consegue ser silencioso, confortável e seguro. E, se a diversão não é o forte do Mitsubishi ASX, pelo menos ele tem visual bonito o suficiente para botar um sorriso na cara do proprietário.

    Fonte: Portal R7

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