Embora a largada fosse programada para às 9h01min, cerca de uma hora antes já havia quem estivesse de prontidão no local de partida. As placas dos veículos confirmavam que eles, os aventureiros, vinham de várias partes do país. Como o empresário Odair Queiroz, 39 anos de idade. A de seu veículo indicava ser de Cascavel (PR). Mas ele, o sobrinho e o amigo vieram da capital, Curitiba (PR). Era a primeira vez que participava da maior festa jipeira do Brasil. "Meu amigo, que também é meu navegador, já tinha vindo antes e me convidou" contou o empresário.

Odair e os outros 137 competidores percorreram um total de 100 km, passando por seis bairros na cidade de Brusque (SC). A prova do Raid chamou atenção de quem estava pelo caminho, fosse à beira das ruas, casas ou de longe. Divididos em cinco categorias (master, graduados e turismo da Copa SC, e graduados e turismo da Fenajeep), o percurso foi realizado em cinco pistas diferentes, além dos trechos em vias públicas.

Os primeiros a largar foram os que disputam o Campeonato Catarinense de Jeep Raid, cuja segunda etapa também teve sua realização na Fenajeep. De posse de uma planilha elaborada pela organização, piloto e navegador buscavam acertar o trajeto dentro do tempo estabelecido. Qualquer atraso ou chegada antecipada aos pontos de conversão (PC's) significava perda de pontos. E nem sempre tudo ocorria como esperado. Os eventuais imprevistos, como problemas mecânicos ou erros de percurso apareciam a toda hora.

Cenário de paisagens curiosas
Para evitar situações assim, a organização colocou equipes de apoio em diversos pontos do trajeto, além de outras nas próprias pistas. Não foram poucas vezes em que elas precisaram retirar algum jipe atolado ou que capotou. Quem passava primeiro, encontrava as pistas em melhores condições. Pior, era para os que seguiam depois.

O empresário Jair Sperandio, de Jaraguá do Sul (SC), viveu na pele a dificuldade dos problemas enfrentados durante a prova. Uma das rodas do veículo se soltou e quase o fez abandonar o percurso. Apesar disso, ele comemorou a participação. "Tivemos que voltar só com a tração. Mas foi muito legal. Ano que vem estarei aqui novamente", frisou ele, que também participou da Fenajeep pela primeira vez.

O cenário da prova do Raid foi composto por lugares curiosos e belos, apesar de, muitas vezes, tomados pela lama. Das estradas quase interioranas nos bairros Limoeiro e Batêas, ao túnel no Parque das Esculturas. No bairro Limoeiro, onde estava a primeira das pistas a serem percorridas, uma cavalgada repentina assustou os membros da organização. Eram mais de 50 animais a trafegar pela via, justamente nas proximidades de um a ponte pênsil, a qual comportava somente um veículo por vez. Felizmente, os cavaleiros tomaram outro rumo e sequer atrapalharam o desenrolar da competição. Cerca de três horas após a largada, os primeiros participantes adentravam o portão de acesso à base da Fenajeep, onde tudo começara.

Fonte: Fenajeep